Sábado, 07 de maio de 2022
Sábado da III semana do tempo de Páscoa
LITURGIA
Sábado
da semana III
Branco
– Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L1: At 9, 31-42; Sal 115 (116), 12-13. 14-15. 16-17
Ev: Jo 6, 60-69
* Na Ordem Agostiniana – B. Maria de S. José Alvarado, virgem – MF
* Na Congregação dos Missionários Monfortinos – B. Maria Luísa Trichet, virgem,
cofundadora das Filhas da Sabedoria – MO
* Na Congregação das Franciscanas Missionárias da Mãe do Divino Pastor – Nossa
Senhora, Mãe do Divino Pastor, Padroeira da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Rogacionistas do Coração de Jesus – Bem-Aventurada Virgem
Santa Maria, Rainha e Mãe do “Rogate” – MO
* Nas Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados – Nossa Senhora dos Desamparados,
Padroeira principal e Titular – SOLENIDADE
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa
Antífona de
entrada Cl 2, 12
Com Cristo fostes sepultados no Batismo
e também com Ele fostes ressuscitados pela fé no poder de Deus
que O ressuscitou dos mortos. Aleluia.
Oração
coleta
Senhor nosso Deus,
que renovais nas águas do Batismo os que acreditam em Vós,
protegei os que renasceram em Cristo,
para que, vencendo todos os ataques do mal,
conservem fielmente os dons da vossa graça.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Atos 9, 31-42
«A Igreja crescia na consolação do Espírito Santo»
A Igreja não é uma ideia abstracta, nem uma realidade invisível; a Igreja é
a comunidade dos que crêem no Senhor Jesus, e está em cada lugar onde esta
comunidade se encontrar, mas sempre na comunhão universal da mesma fé, da mesma
esperança e do mesmo amor. Por isso, Pedro, cabeça visível do Colégio dos
Apóstolos, começa a percorrer as várias comunidades locais; e em todas se faz
sentir a presença do Espírito Santo e a força da ressurreição.
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, a Igreja gozava de paz, por toda a Judeia, Galileia e Samaria,
consolidava-se e caminhava no temor do Senhor e crescia na consolação do
Espírito Santo. Pedro, que percorria todas essas regiões, desceu também até
junto dos fiéis que habitavam em Lida. Encontrou lá, prostrado numa enxerga
havia oito anos, um homem chamado Eneias, que era paralítico. Disse-lhe Pedro:
«Eneias, Jesus Cristo vai curar-te. Levanta-te e compõe a tua enxerga». E ele
pôs-se logo de pé. Todos os habitantes de Lida e de Saron o viram e se
converteram ao Senhor. Havia em Jope, entre os discípulos, uma senhora crente
chamada Tabita, que quer dizer «Gazela». Era rica em boas obras e esmolas que
fazia. Nesses dias caiu doente e morreu. Depois de a terem lavado,
depositaram-na na sala superior. Como Lida era perto de Jope e os discípulos
ouviram dizer que Pedro estava lá, enviaram-lhe dois homens com este pedido:
«Vem depressa ter connosco». Pedro partiu imediatamente com eles. Quando
chegou, levaram-no à sala superior e apresentaram-se todas as viúvas, chorando
e mostrando as túnicas e mantos feitos por Gazela, enquanto estava ainda com
elas. Pedro mandou sair toda a gente, pôs-se de joelhos e orou. Depois
voltou-se para a defunta e disse: «Tabita, levanta-te». Ela abriu os olhos e,
ao ver Pedro, sentou-se. Pedro estendeu-lhe a mão e levantou-a e, chamando os
fiéis e as viúvas, apresentou-lha viva. Isto soube-se em toda a cidade de Jope
e muitos acreditaram no Senhor.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Sal. 115 (116), 12-13.14-15.16-17 (R. cf. 12
ou Aleluia)
Refrão: Bendito seja o Senhor
por tudo quanto fez por mim. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor. Refrão
Cumprirei as minhas promessas ao Senhor
na presença de todo o povo.
É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis. Refrão
Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome. Refrão
ALELUIA cf. Jo 6, 63c.68c
Refrão: Aleluia. Repete-se
As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida:
Vós tendes palavras de vida eterna. Refrão
EVANGELHO Jo 6, 60-69
«Para quem iremos, Senhor?
Tu tens palavras de vida eterna»
A passagem da ordem material, como a que foi possível experimentar na
refeição servida por Jesus, mesmo recorrendo à multiplicação maravilhosa dos
pães e dos peixes, para a ordem do Espírito, como aquela de que Jesus falava
quando Se apresentou como o Pão da vida, pareceu coisa muito dura aos seus
ouvintes. O homem carnal dificilmente sobe à esfera espiritual. No entanto, as
palavras de Jesus são reveladoras de realidades divinas, que só o Espírito pode
fazer compreender. A religião cristã é mais do que uma doutrina ou uma moral ou
uma prática ritual; é a experiência de um mistério, só acessível à fé pela ação
do Espírito de Deus. O Tempo Pascal é o Tempo privilegiado desta experiência.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, muitos discípulos, ao ouvirem Jesus, disseram: «Estas palavras
são duras. Quem pode escutá-las?». Jesus, conhecendo interiormente que os
discípulos murmuravam por causa disso, perguntou-lhes: «Isto escandaliza-vos? E
se virdes o Filho do homem subir para onde estava anteriormente? O espírito é
que dá vida, a carne não serve de nada. As palavras que Eu vos disse são
espírito e vida. Mas, entre vós, há alguns que não acreditam». Na verdade,
Jesus bem sabia, desde o início, quais eram os que não acreditavam e quem era
aquele que O havia de entregar. E acrescentou: «Por isso é que vos disse:
Ninguém pode vir a Mim, se não lhe for concedido por meu Pai». A partir de
então, muitos dos discípulos afastaram-se e já não andavam com Ele. Jesus disse
aos Doze: «Também vós quereis ir embora?» Respondeu-Lhe Simão Pedro: «Para quem
iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e sabemos que
Tu és o Santo de Deus».
Palavra da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Acolhei benignamente, Senhor, os dons da vossa família
e concedei-lhe o auxílio da vossa proteção,
para que não perca as graças recebidas
e alcance os bens eternos.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio Pascal I-V.
Antífona
da comunhão Cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Guardai sempre, Senhor, com paternal bondade
o povo que salvastes,
para que se alegrem com a ressurreição do vosso Filho
aqueles que foram remidos pela sua paixão.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 9,
31-42 :A Igreja não é uma ideia abstrata,
nem uma realidade invisível; a Igreja é a comunidade dos que creem no Senhor
Jesus, e está em cada lugar onde esta comunidade se encontrar, mas sempre na
comunhão universal da mesma fé, da mesma esperança e do mesmo amor. Por isso,
Pedro, cabeça visível do Colégio dos Apóstolos, começa a percorrer as várias
comunidades locais; e em todas se faz sentir a presença do Espírito Santo e a
força da ressurreição.
Jo
6, 60-69 :A passagem da ordem
material, como a que foi possível experimentar na refeição servida por Jesus,
mesmo recorrendo à multiplicação maravilhosa dos pães e dos peixes, para a
ordem do Espírito, como aquela de que Jesus falava quando Se apresentou como o
Pão da vida, pareceu coisa muito dura aos seus ouvintes. O homem carnal
dificilmente sobe à esfera espiritual. No entanto, as palavras de Jesus são
reveladoras de realidades divinas, que só o Espírito pode fazer compreender. A
religião cristã é mais do que uma doutrina ou uma moral ou uma prática ritual;
é a experiência de um mistério, só acessível à fé pela ação do Espírito de
Deus. O Tempo Pascal é o Tempo privilegiado desta experiência.
AGENDA DO DIA:
Terço na parte da tarde em:
Montalvão
Alpalhão
Gáfete
Tolosa
Amieira
do Tejo.
Terço à noite em:
Nisa,
Espírito Santo
Missas:
09.00
horas: Missa em Nisa – Nossa Senhora da Graça
15.00
horas: Missa em Salavessa
16.00
horas: Missa em Pé da Serra
16.00
horas: Missa no Pardo
18.00
horas: Missa em Alpalhão
17.20
horas: Oração comunitária do Terço na Igreja do Espírito Santo
18.00
horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
MAIO, MÊS DE MARIA
A VOZ DO PASTOR
MAIS COMPROMISSO QUE TEORIA DA MISERICÓRDIA
Celebramos o Domingo da
Misericórdia. Há festas litúrgicas na Igreja que devem a sua origem e
implementação mais rápida a revelações particulares. Mas sempre sem grande
pressa da Igreja em assumir tais revelações já que, para ela, o tempo tem
sentido de eternidade. Assim como vai distinguindo os carismas das manias,
mesmo no meio da impaciência dos mais devotos e voluntariosos, também põe à
prova por longo tempo estas novidades que lhe chegam bem como as formas como
elas se apresentam e os conteúdos que propõem. Mas procura agir sempre
respeitosamente com todos, pois sabe que não tem o monopólio do Espírito Santo
e que Este sopra onde quer, quando quer, como quer, em quem quer e ninguém tem
nada com isso. Costuma dizer-se que o seguro morreu de velho e a prudência
foi-lhe ao enterro!...
É o caso, por exemplo,
das Solenidades do Corpo de Deus e do Sagrado Coração de Jesus. Aliás, no seu
comentário teológico sobre a mensagem de Fátima, o então cardeal Joseph
Ratzinger, futuro Bento XVI, escreveu que “frequentemente as revelações
privadas provêm da piedade popular e nela se refletem, dando-lhe novo impulso e
suscitando formas novas. Isto não exclui que aquelas tenham influência também
na própria liturgia, como o demonstram por exemplo a festa do Corpo de Deus e a
do Sagrado Coração de Jesus”.
Foi pelo ano de 1263 que
um Padre de Praga, perante as dúvidas que o assaltavam sobre a presença real de
Cristo na Eucaristia, se sentiu agraciado com a evidência do facto quando a
hóstia começou a gotejar sangue na presença de todos os fiéis presentes. Este
fenómeno que teve lugar em Bolsena, na região de Lácio, por onde o sacerdote
passeava, foi devidamente estudado. Diz a tradição que, além do Papa Urbano IV,
faziam parte dessa comissão de avaliação São Tomás de Aquino e São Boaventura,
e que dois!... Também, neste tempo, já era sobejamente conhecido o famoso
milagre eucarístico de Lanciano do século VIII, um dos mais célebres do mundo,
cientificamente estudado. O Papa Urbano IV, que antes de ser Papa era arcediago
de Liége, foi a pessoa a quem, Juliana de Liège, mais conhecida por Santa
Juliana de Mont Cornillon, em 1230 confidenciou as visões que tinha, recebendo
dos Céus a incumbência de transmitir à Igreja o desejo divino de se incluir no
Calendário Litúrgico uma festa em honra da Santíssima Eucaristia. A festa logo
começou a ser celebrada em Liège. Só em 11 de agosto de 1264, Urbano IV
instituiu a Festa de Corpus Christi, estendendo a toda a Igreja o culto público
à Sagrada Eucaristia que apenas era celebrado em algumas dioceses por
influência de Santa Juliana. Clemente V, cinquenta anos mais tarde, tornou
obrigatória a celebração dessa Festa da Eucaristia. E o Concílio de Trento, em
meados do século XVI, oficializou as procissões eucarísticas, como ação de
graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública de fé na
presença real de Cristo na Hóstia Sagrada. Como afirmava São João Paulo II, a
Eucaristia é o “tesouro mais precioso herdado de Cristo, o Sacramento de sua
própria Presença” em que o povo de Deus “O louva, canta e leva em procissão
pelas ruas da cidade” (14/6/2001).
Igualmente a Festa ao
Sagrado Coração de Jesus. A sua devoção já existe desde tempos imemoriais, mas
a sua maior difusão e implementação deve-se sobretudo a Santa Maria de Alacoque
(1601-1680), uma monja do mosteiro de Paray-le-Monial, em França. Durante anos
teve aparições de Jesus que lhe pedia uma particular devoção ao seu coração.
Pedia-lhe que comungasse em cada primeira sexta-feira do mês – foi em
sexta-feira que Jesus foi crucificado - e que a sexta-feira a seguir à oitava
da Festa do Corpo de Deus fosse dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Foi o
papa Pio IX, em 1856, quem estendeu a festa do Sagrado Coração de Jesus a toda
a Igreja, celebrando-se o coração como órgão humano unido à divindade de Cristo
e o amor de Deus pelos homens.
Vamos celebrar o Domingo
da Divina Misericórdia, o segundo Domingo da Páscoa. Também se fundamenta em
revelações feitas por Jesus a Santa Faustina Kowalska, em Plock, Polónia. Desde
o ano 2000, por vontade do Papa São João Paulo II, faz parte do calendário
litúrgico da Igreja. Nesse ano, em 30 de abril, o Papa, na homilia da
celebração de canonização de Santa Faustina, afirmava ser importante “que
acolhamos inteiramente a mensagem que nos vem da palavra de Deus neste segundo
Domingo de Páscoa que de agora em diante na Igreja inteira tomará o nome de
‘Domingo da Divina Misericórdia”.
A imagem divulgada do
Senhor da Divina Misericórdia representa Jesus no momento em que aparece aos
discípulos no Cenáculo, após a ressurreição (Jo 20,19-31), quando lhes dá o
poder de perdoar os pecados. O perdão é o sinal mais visível do amor do Pai que
Jesus quis revelar em toda a sua vida até ao alto do Calvário. Nestas
revelações privadas, Jesus dá muita importância à sua Segunda Vinda, como
referem os capítulos 13 e 25 de São Mateus. E os apelos de Jesus são que se
fale ao mundo da sua misericórdia, que toda a humanidade conheça a sua
misericórdia (cf. Diário 848), pois “Quem não queira passar pela porta de Minha
misericórdia, tem que passar pela porta de Minha justiça” (Diário, 1146). O
Senhor deixou-nos o sacramento da sua misericórdia, o sacramento da
reconciliação com Deus e com os irmãos, o sacramento que faz experimentar a
força libertadora do perdão. É a ação da Divina Misericórdia até o fim dos
tempos, não podendo deixar de ter o seu lugar central na vida cristã. E a
Igreja convida a celebrar a Divina Misericórdia de várias formas, enriquecendo
o Domingo da Misericórdia com a Indulgência Plenária “para que os fiéis possam
receber mais amplamente o dom do conforto do Espírito Santo e desta forma
alimentar uma caridade crescente para com Deus e o próximo e, obtendo eles
mesmos o perdão de Deus, sejam por sua vez induzidos a perdoar imediatamente
aos irmãos” (Decreto da P. Apostólica, 2002). A interpretação da própria imagem
do Senhor da Divina Misericórdia sugerida a Santa Faustina e explicada por
Jesus, é um símbolo da caridade, do perdão e do amor de Deus, fonte da
Misericórdia. Fazem ainda parte desta devoção o terço próprio da Divina
Misericórdia, sendo rezado, se possível, pelas 15 horas, o momento da morte de
Jesus. Inicia-se rezando o Pai Nosso, a Ave Maria e o Credo. Nas contas do ‘Pai
Nosso’, diz-se: “Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade
de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos
pecados e do mundo inteiro”. Nas contas das ‘Ave Maria’, reza-se: “Pela Sua
dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro”. No final das
dezenas, reza-se três vezes: “Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende
piedade de nós e do mundo inteiro”.
“A cultura da
misericórdia forma-se na oração assídua, na abertura dócil à ação do Espírito,
na familiaridade com a vida dos Santos e na solidariedade concreta para com os
pobres. É um convite premente para não se equivocar onde é determinante
comprometer-se” (MeM20).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 22-04-2022.
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