Domingo, 08 de maio de 2022
IV domingo do tempo de Páscoa
Domingo
do Bom Pastor
Domingo
de oração pelas vocações
LITURGIA
DOMINGO
IV DA PÁSCOA
Branco – Ofício próprio (Semana IV
do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. pascal.
L1: At 13, 14. 43-52; Sal 99 (100), 2. 3. 5
L2: Ap 7, 9. 14b-17
Ev: Jo 10, 27-30
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Domingo do Bom Pastor.
* Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
* Na Diocese do Algarve – Dia da Solidariedade e Partilha: ofertório para o
Instituto de Sustentação do Clero.
* Na Diocese de Angra – Ofertório para a Pastoral das Vocações e Seminário.
* Na Diocese de Beja – Ofertório para a Casa Episcopal.
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Ofertório para o Instituto Diocesano do
Clero.
* Na Diocese da Guarda – Ofertório para a Fundação Nun’Álvares.
* Na Diocese do Porto – Ofertório para as Vocações.
* Na Diocese de Viana do Castelo – Ofertório para o Instituto Especial do
Clero.
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – Cristo, Bom
Pastor, Padroeiro da Congregação.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Missa
Antífona de
entrada Cf. Sl 32, 5-6
A bondade do Senhor encheu a terra,
a palavra do Senhor criou os céus. Aleluia.
Diz-se o Glória.
Oração
coleta
Deus todo-poderoso e eterno,
conduzi-nos à posse das alegrias celestes,
para que o pequenino rebanho dos vossos fiéis
chegue um dia à glória do reino,
onde já Se encontra o seu poderoso Pastor, Jesus Cristo, vosso Filho.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Actos 13, 14.43-52
«Vamos voltar-nos para os pagãos»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, Paulo e Barnabé
seguiram de Perga até Antioquia da Pisídia. A um sábado, entraram na sinagoga e
sentaram-se. Terminada a reunião da sinagoga, muitos judeus e prosélitos
piedosos seguiram Paulo e Barnabé, que nas suas conversas com eles os exortavam
a perseverar na graça de Deus. No sábado seguinte, reuniu-se quase toda a
cidade para ouvir a palavra do Senhor. Ao verem a multidão, os judeus
encheram-se de inveja e responderam com blasfémias. Corajosamente, Paulo e
Barnabé declararam: «Era a vós que devia ser anunciada primeiro a palavra de
Deus. Uma vez, porém, que a rejeitais e não vos julgais dignos da vida eterna,
voltamo-nos para os gentios, pois assim nos mandou o Senhor: ‘Fiz de ti a luz
das nações, para levares a salvação até aos confins da terra’». Ao ouvirem
estas palavras, os gentios encheram-se de alegria e glorificavam a palavra do
Senhor. Todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé e a
palavra do Senhor divulgava-se por toda a região. Mas os judeus, instigando
algumas senhoras piedosas mais distintas e os homens principais da cidade, desencadearam
uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território.
Estes, sacudindo contra eles o pó dos seus pés, seguiram para Icónio.
Entretanto, os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 99 (100), 2.4.5.6.11.12.13b (R. 3c)
Refrão: Nós somos o povo de Deus,
somos as ovelhas do seu rebanho. Repete-se
Ou: Nós somos o povo do Senhor;
Ele é o nosso alimento. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Aclamai o Senhor, terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo. Refrão
Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho. Refrão
O Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração. Refrão
LEITURA II Ap 7, 9.14b-17
«O Cordeiro será o seu pastor
e os conduzirá às fontes da água viva»
Leitura do Livro
do Apocalipse
Eu, João, vi uma multidão imensa,
que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam
de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro, vestidos com túnicas brancas
e de palmas na mão. Um dos Anciãos tomou a palavra para me dizer: «Estes são os
que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no
sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, servindo-O dia e
noite no seu templo. Aquele que está sentado no trono abrigá-los-á na sua
tenda. Nunca mais terão fome nem sede, nem o sol ou o vento ardente cairão
sobre eles. O Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os
conduzirá às fontes da água viva. E Deus enxugará todas as lágrimas dos seus
olhos».
Palavra do Senhor.
ALELUIA Jo 10, 14
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu sou o bom pastor, diz o Senhor:
conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-Me. Refrão
EVANGELHO Jo 10, 27-30
«Eu dou a vida eterna às minhas ovelhas»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus: «As
minhas ovelhas escutam a minha voz. Eu conheço as minhas ovelhas e elas
seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão de perecer e ninguém as
arrebatará da minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos e ninguém
pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só».
Palavra da salvação.
Diz-se o Credo.
Oração
sobre as oblatas
Concedei, Senhor, que, em todo o tempo,
possamos alegrar-nos com estes mistérios pascais,
de modo que o ato sempre renovado da nossa redenção
seja para nós causa de alegria eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio Pascal I-V.
Antífona
da comunhão
Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida pelas suas ovelhas
e Se entregou à morte pelo seu rebanho. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Bom Pastor,
olhai benignamente para o vosso rebanho
e conduzi às pastagens eternas
as ovelhas que remistes com o precioso Sangue do vosso Filho.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Actos 13,
14.43-52 :Desde o princípio, os
discípulos de Jesus compreenderam que o amor e os planos de salvação do «Bom
Pastor» eram universais, abarcavam toda a humanidade. Por isso, S. Paulo, vendo
na hostilidade dos judeus uma indicação de Deus, volta-se, definitivamente,
para os pagãos, no desejo de continuar a missão de Jesus, estabelecido por Deus
luz das nações e Salvador de toda a terra. O Apóstolo estava, na verdade, convencido
de que a Igreja tem de ser missionária. Tem de levar a todos os homens e a
todos os povos sem distinções a salvação alcançada por Jesus..
Ap
7, 9.14b-17 : Unido, pelo seu Batismo,
a Cristo, Bom Pastor, o cristão participa já do triunfo do Ressuscitado. O
cristão, vivendo a fé recebida, trabalhando pela construção de um mundo melhor,
um mundo sem injustiças, sem desigualdades, sem divisões, prolonga, no tempo
presente, esse mesmo triunfo. Contudo, o seu destino é mais glorioso, pois
ultrapassa os horizontes do mundo. A vida do cristão, com efeito, é uma
caminhada, sob a direção do Bom Pastor, para as águas vivas da vida eterna,
para o Céu. Será aí que, finalmente, a grande família de Deus, composta de
homens de todas as raças e culturas, se reunirá, para viver uma felicidade sem
sombra, no gozo pleno do triunfo definitivo de Cristo Ressuscitado.
Jo
10, 27-30: Aquele que, pela fé,
aceitou a palavra de Jesus e aderiu à Sua Pessoa, fica estreitamente unido a
Ele. Na verdade, o Senhor Jesus estabelece com o Seu discípulo relações de
profunda intimidade, caracterizadas por um conhecimento mútuo e uma amizade
recíproca, que levam a uma comunhão de vida: Jesus comunica àquele que acredita
n’Ele a Sua vida, a vida mesma de Deus, a vida que não morre. Em virtude desta
união com Cristo, o cristão sente-se já salvo em plenitude e, mesmo no meio das
vicissitudes da vida, experimenta uma inabalável segurança, que tem o seu
fundamento no próprio poder do Pai, de que Jesus participa, pois é um com Ele.
AGENDA DO DIA:
Terço na parte da tarde em:
Montalvão
Alpalhão
Gáfete
Tolosa
Amieira
do Tejo.
Terço à noite em:
Nisa,
Espírito Santo.
Missas dominicais:
09.30 horas: Missa em
Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em
Arês
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em
Alpalhão
12.00 horas: Missa em Gáfete
15.00 horas: Missa em Montalvão
15.30 horas: Missa em
Arneiro.
MAIO, MÊS DE MARIA
A VOZ DO PASTOR
SEM REDES, ANZÓIS, FISGAS, SETAS OU ARPÕES
Só com as armas do bem, da palavra, do testemunho e da
ação. A palavra é o meio por excelência de comunicação humana. Não para
esfarrapar os outros com críticas viperinas, mas para nos dizermos e nos
fazermos entender como irmãos, mesmo sabendo que é pela boca que morre o peixe.
Quando, porém, a palavra mexe connosco, tende-se a fechar os ouvidos.
Escutá-la, prestar-lhe atenção, implica consequências nem sempre fáceis, muito
menos cómodas. O mesmo se passa em relação à Palavra de Deus que tantas vezes
corta a desmanchar prazeres, projetos e rotinas tranquilizadoras, mesmo que
lícitas.
Há mais de dois mil anos, Jesus, nas margens do mar da
Galileia, entabulou conversa com uns pescadores, que, ao longo dos tempos,
artistas há que os têm pintado como se de pessoas idosas se tratasse, barbudas
e carecas. E nada há que nos leve a crer que de facto o fossem. Não prova nada,
mas Jesus até se dirige a eles chamando-os de rapazes: “Rapazes, tendes aí
alguma coisa de comer?” E os rapazes não tinham mesmo nada para comer!
Sentiam-se pescadores de mãos a abanar após uma noite de pesca sem qualquer
resultado. Os peixes tinham ido ao futebol ou saído para experimentar algum
passadiço lá por aquelas bandas. E se tais pescadores, ao romper da manhã,
ficaram muito surpreendidos por Jesus lhes ter aparecido nas margens do mar,
não ficaram menos estranhos quando Jesus lhes ordenou que arremessassem as
redes para o outro lado do barco (Jo 21, 1-19). Algo incrédulos, talvez a
esboçar um sorriso irónico à espera do fracasso desta ordem do Mestre,
aceitaram o repto. Pelo sim, pelo não, lá obedeceram a Jesus, lançaram as redes
para o outro lado do barco. E contra toda a lógica e sabedoria deles (o seu
know-how, como gente fina costuma dizer), deu-se o impensável, a pescaria
encheu o barco, fez arregalar os olhos aos pescadores que tiveram de meter a
viola ao saco e corrigir a sua incredulidade. Entretanto, ainda boquiabertos
perante este acontecimento tão extraordinário, Jesus vai mais longe, desafia-os
a serem antes ‘pescadores de homens’, mas sem redes, anzóis, fisgas, setas ou
arpões. Se pescar no mar, apesar de ser a sua profissão, e terem muita
experiência nessa arte, era difícil, esta pesca para a qual Jesus agora os
convida não iria ser mais fácil. Apesar disso, e exigindo outro saber, outras
técnicas e apetrechos, eles não hesitaram, deixaram as redes e o barco,
deixaram o seu trabalho e seguranças e lançaram-se nessa feliz aventura de
seguir Jesus, dispostos a enfrentar as mais felizes e as mais duras
consequências desse seguimento. Preparados na escola e na convivência de Jesus,
sentiram-se atraídos com o seu jeito, a sua palavra, a sua ação, a sua
liberdade e o seu amor, e acabaram por dar a vida pela sua pessoa, por tudo
quanto dele tinham ouvido e por tudo quanto tinham visto acontecer, nunca
tinham visto coisa assim. Colocaram-se, tal como Jesus, com toda a sua energia
e entusiasmo ao serviço da implantação do Reino de Deus na história, esperando
a vitória do bem, da justiça, da igualdade e do respeito por todos, sem
distinção. Confiantes na promessa de Jesus de que estaria com eles para os
ajudar a enfrentar as tempestades e as adversidades neste mar-mundo, partiram,
sem medo, com muita esperança e entusiasmo, mesmo quando no horizonte da missão
faiscava a perseguição e a morte. Ao longo dos tempos, Jesus jamais deixou de
estabelecer conversa com os jovens, rapazes e raparigas, convidando-os a
segui-lo com alegria e esperança. E para quê? Para os enviar em seu nome à
faina neste mar-mundo, sempre em rebuliço e tumultuoso, a sacudir o barco que é
a sua própria Igreja.
À proposta de Jesus, é possível que as redes, o barco
e os projetos pessoais de alguns a quem Jesus convida, sejam empecilho, os
impeçam dessa decisão, de correr riscos, de se lançarem ao largo e irem mais
além, preferindo continuar presos ao seu tudo, passando a vida acomodados e a
remendar as redes nas areias movediças da sua praia.
Sabemos que pelo batismo todos somos consagrados e
chamados à santidade (cf. LG39-42). Mas há pessoas cristãs que, mais atentas à
ação do Espírito e cada uma com a sua história, se sentem chamadas a uma
consagração especial, tendo como modelo e inspiração o próprio Jesus, pobre,
casto e obediente (cf. LG 43-47). São jovens, rapazes e raparigas, adultos e
casais que deixam as suas redes, os seus barcos, os seus projetos pessoais,
para se consagrarem à causa evangélica, ao serviço missionário e apostólico,
quer no ministério ordenado, quer na vida consagrada religiosa ou laical, quer
na oração em mosteiros, abadias e conventos, quer confundidas com a sociedade.
São uma força viva e atuante no tecido social e eclesial, agindo como fermento
e sal, como luz. São homens e mulheres que, com a sua vida e ação, testemunham
o amor misericordioso de Deus no mundo, em parlamentos e auditórios, em
escolas, colégios e universidades, em aldeias, vilas e cidades, no trabalho, no
desporto e no convívio, junto de crianças, jovens e adultos, de refugiados,
migrantes e deserdados de sorte, em ambientes de pobreza, de guerra e de paz...
Em qualquer vocação cristã, o Senhor chama a si
aquelas pessoas que entende para estarem com Ele e as enviar em seu nome. É um
inefável diálogo entre o amor de Deus que chama e a liberdade da pessoa que no
amor responde a Deus (cf. PdV36). Depois de uma semana vivida nesse contexto,
vamos viver o Dia Mundial de Oração pelas Vocações de especial consagração, em
Dia do Bom Pastor. Como nos pede a Igreja, cada comunidade cristã, cada
família, através da oração pessoal e comunitária, através da escuta, do
silêncio e da ação pastoral que sabe animar e propor, é desafiada a criar o
espaço ideal para que cada um dos seus membros possa discernir o projeto de
vida, pessoal e irrepetível, que o Pai lhe confia.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 06-05-2022.
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