Domingo,29 de maio de 2022
Domingo
da Ascensão
LITURGIA
DOMINGO
VII DA PÁSCOA
ASCENSÃO DO SENHOR – SOLENIDADE
Branco – Ofício da solenidade. Te
Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. da Ascensão.
L1: At 1, 1-11; Sal 46 (47), 2-3. 6-7. 8-9
L2: Ef 1, 17-23 ou Hebr 9, 24-28; 10, 19-23
Ev: Lc 24, 46-53
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social.
* Em todas as Dioceses de Portugal – Ofertório para os Meios de Comunicação
Social.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António José Cavaco Carrilho, Bispo
Emérito do Funchal (1999).
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
Missa
Antífona
de entrada Cf. At 1, 11
Homens da Galileia, porque estais a olhar para o céu?
Como vistes Jesus subir ao céu, assim há de vir na sua glória. Aleluia.
Diz-se o Glória.
Oração
coleta
Deus todo-poderoso,
fazei-nos exultar em santa alegria e em filial ação de graças,
porque a ascensão de Cristo, vosso Filho, é a nossa esperança:
tendo-nos precedido na glória, como nossa Cabeça,
para aí nos chama, como membros do seu Corpo.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
Ou:
Nós Vos suplicamos, Deus todo-poderoso,
que, assim como acreditamos
que o vosso Filho unigénito, nosso Redentor,
hoje subiu aos céus,
assim também nós habitemos em espírito nas moradas celestes.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Atos 1, 1-11
«Elevou-Se à vista deles»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei
todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, desde o princípio até ao
dia em que foi elevado ao Céu, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas
instruções aos Apóstolos que escolhera. Foi também a eles que, depois da sua
paixão, Se apresentou vivo com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta
dias e falando-lhes do reino de Deus. Um dia em que estava com eles à mesa,
mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa
do Pai, «da qual – disse Ele – Me ouvistes falar. Na verdade, João batizou com
água; vós, porém, sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias».
Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que vais
restaurar o reino de Israel?». Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os
tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade; mas recebereis
a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas
em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra». Dito
isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos. E estando de
olhar fito no Céu, enquanto Jesus Se afastava, apresentaram-se-lhes dois homens
vestidos de branco, que disseram: «Homens da Galileia, porque estais a olhar
para o Céu? Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do
mesmo modo que O vistes ir para o Céu».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 46 (47), 2-3.6-7.8-9 (R. 6)
Refrão: Por entre aclamações e ao som da trombeta,
ergue-Se Deus, o Senhor. Repete-se
Ou: Ergue-Se Deus, o Senhor,
em júbilo e ao som da trombeta. Repete-se
Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria,
porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,
o Rei soberano de toda a terra. Refrão
Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso Rei, cantai. Refrão
Deus é Rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado. Refrão
LEITURA II Ef 1, 17-23
«Colocou-O à sua direita nos Céus»
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: O Deus de Nosso Senhor Jesus
Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de revelação
para O conhecerdes plenamente e ilumine os olhos do vosso coração, para
compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de glória da sua
herança entre os santos e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os
crentes. Assim o mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Cristo, que
Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus, acima de todo o
Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome que é pronunciado,
não só neste mundo, mas também no mundo que há-de vir. Tudo submeteu aos seus
pés e pô-l’O acima de todas as coisas como Cabeça de toda a Igreja, que é o seu
Corpo, a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Mt 28, 19a.20b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Ide e ensinai todos os povos, diz o Senhor:
Eu estou sempre convosco
até ao fim dos tempos. Refrão
EVANGELHO Lc 24, 46-53
«Enquanto os abençoava, foi elevado ao Céu»
Conclusão do
santo Evangelho segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: «Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos
mortos ao terceiro dia e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento
e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois
testemunhas disso. Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por
isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto».
Depois Jesus levou os discípulos até junto de Betânia e, erguendo as mãos,
abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu. Eles
prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande
alegria. E estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus.
Palavra da salvação.
Diz-se o Credo.
Oração sobre
as oblatas
Recebei, Senhor, o sacrifício que Vos oferecemos,
ao celebrar a admirável ascensão do vosso Filho,
e, por esta sagrada permuta de dons,
fazei que nos elevemos às realidades do céu.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio I ou II da Ascensão do Senhor.
No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai
benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se
também as comemorações próprias.
Antífona
da comunhão Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Deus todo-poderoso e eterno,
que, durante a nossa vida sobre a terra,
nos fazeis saborear os mistérios divinos,
despertai em nós os desejos da pátria celeste,
onde já se encontra convosco, em Cristo,
a nossa natureza humana.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 1, 1-11: Depois da Ascensão, Jesus deixa de estar
visivelmente presente num determinado lugar da terra. No entanto, Ele, que
permanece eternamente vivo «depois da Sua Paixão», continuará sempre presente
no meio de nós. A Ascensão inaugura o tempo da Igreja, na qual, de futuro, o céu e a terra se vão encontrar. Na
Igreja, embora não O vejamos fisicamente, temos a possibilidade de viver de
Cristo e com Cristo. Na Igreja, pelos Seus Apóstolos, testemunhas da
Ressurreição, anunciadores do perdão e da vida divina, portadores da força do
Espírito, Jesus continua hoje a Sua obra de Salvação..
Ef 1, 17-23 : Com a Sua Ascensão, Jesus foi plenamente
glorificado pelo Pai, que O fez sentar à Sua direita, Lhe deu todo o poder, O
constituiu Chefe do novo Povo de Deus e Senhor de todo o universo. Vivendo agora
junto do Pai, Jesus não pertence, porém, ao passado, nem está separado de nós,
como se habitasse alturas inacessíveis. É d’Ele que jorra, continuamente, sobre
o imenso Corpo, que é a Igreja, a vida nova, recebida no Batismo,
para desabrochar, em toda a sua força e beleza, no Céu.
Lc 24, 46-53: A glorificação de Jesus começou na manhã de
Páscoa, quando, triunfando do pecado e da morte, nos alcançou a vida plena.
Porém, a subida de Jesus ao Céu, descrita de modo humano, de harmonia com a
concepção antiga do universo, é a posse definitiva e total da glória, que já
Lhe pertencia, pela Paixão e Ressurreição.
A glorificação de Jesus é também a glorificação da humanidade. Com efeito, pelo
perdão dos pecados, prometido a todos os povos, nós participamos da vida do
Ressuscitado, tornamo-nos membros do Seu Corpo místico, destinados à mesma
glória da Cabeça. Reconfortados por esta certeza, fortificados pelo Espírito
Santo, colaboremos para que a obra de Cristo atinja todos os homens.
AGENDA DO DIA:
09.30 horas: Missa em
Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em Arês
10.45 horas: Missa em
Tolosa
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em
Alpalhão
12.00 horas: Missa em
Gáfete
15.30 horas: Missa em
Montalvão
15.30 horas: Missa em
Arneiro
Terço na parte da tarde em:
Montalvão
Alpalhão
Gáfete
Tolosa
Amieira
do Tejo
17.20
horas: Terço em Nisa, Espírito Santo.
MAIO, MÊS DE MARIA
A VOZ DO PASTOR
BATER
A PORTA NÃO RESOLVE E BANALIZA
A
fé partilha-se e vive-se em comunidade, em Igreja, e anuncia-se na missão.
Bater a porta à comunidade cristã nada resolve, banaliza, empobrece. Empobrece
a comunidade e empobrece quem bate a porta. É certo que nem todas as
comunidades cristãs são mar de rosas. É possível que, numa ou noutra, muita
gente viva de suposições, de tradições, de fé herdada mas não experienciada, e,
por isso, destoe e faça destoar a comunidade. Tornam-se reivindicativas em
exceções, não raro muito consumidoras em ‘coisas do Senhor’, mas facilmente
manipuláveis e pouco ou nada proativas na construção da mesma. Constituídas por
pessoas, as comunidades são muitas vezes espaço de contradições e de tensões,
de falta de acolhimento e de escuta, de individualismos e frustrações, de incapacidade
para se questionarem sobre o que transmitem, o que celebram, o que fazem, o que
defendem e sobre qual a inclusão de quem pensa diferente e muito as poderia
ajudar a darem um salto de qualidade. É verdade, nem sempre são “casa e escola
de comunhão”.
A
Igreja, porém, ‘não é uma massa, mas uma comunidade formada por pessoas
identificáveis, que viveram a experiência da intimidade com Jesus’. Quando os
compromissos batismais são verdadeiramente assumidos e exercitados na
comunidade cristã, sem fanatismos nem superficialidade, eles são sempre novos e
sempre desafiantes. Não permitem que nos acomodemos, que nos fechemos em nós
próprios, que coloquemos trancas na porta da própria comunidade com medo que
alguém saia ou entre, como se ela fosse uma ilha ou um gueto sem sentido nem
faísca criativa. Se aquela comunidade onde estamos integrados não corresponde
ao que pensamos ou àquilo que deveria ser, importante será arregaçar as mangas
e meter mãos à obra para que venha a ser o que pretendemos que ela seja, diferente.
Amuar, virar as costas ou tornar-se indiferente é morrinha que nada resolve.
Não podemos esquecer que temos uma dívida para com a comunidade cristã, uma
dívida que não se paga desertando. Ela escancarou-nos as portas, nela fomos
acolhidos e gerados para a fé, nela nos fomos e vamos tornando mais cristãos,
de forma gradual e progressiva, num processo em que se vai conjugando a graça
de Deus, o testemunho da própria comunidade e o esforço pessoal de conversão.
Aí,
e através das pessoas que lhe deram e dão rosto – pais, avós, famílias,
pastores, catequistas e fiéis cristãos – fizemos ‘a descoberta do mistério de
Jesus Cristo e da alegria da vocação cristã’. Aí crescemos, formamos,
fortalecemos, celebramos e nos confirmamos na fé uns aos outros, sendo todos um
só em Cristo Jesus. Aí, através de um constante esforço para uma pastoral
descentrada de si própria e alicerçada na escuta da Palavra, na oração conjunta
e no amor recíproco se oferecem constantemente espaços de descoberta da fé, se
desenvolve e dinamiza a fé, se celebram os sacramentos, se faz catequese, se
promove o voluntariado e a ação social em favor da sociedade envolvente, se
convive e faz festa, se experimenta um modo de vida inspirado no Evangelho. Ao
fomentar o crescimento pessoal, familiar e social dos seus membros, ela
possibilita a complementaridade, enriquece, rasga horizontes e caminhos,
motiva, estimula, convida à comunhão, à mudança de vida, à vida com sentido.
Os
grupos, como espaço de reflecção, de partilha de vida, de sentimentos, de
ideias e de ação solidária, fortalecem, ampliam o nível de compreensão acerca
do mundo e da Igreja, geram novos recursos interiores para que cada um se mova
com mais autonomia e destreza na realidade concreta da sua própria vida. Todas
estas experiências comunitárias, com mais ou menos diversidade de culturas ou
de origem, promovem uma postura ética como convém, abrem à missão, fazem pôr a
render os carismas e os talentos ao serviço da construção de um mundo melhor no
respeito pelas realidades terrenas sobre as quais se aprende e se procura fazer
uma leitura à luz da Palavra de Deus.
Da
comunidade se parte para a missão, para a comunidade se converge da missão. E
se a comunidade é essencial para a missão, a missão também é essencial para a
comunidade. Onde está um cristão a fazer seus os sentimentos de Cristo, aí
está, de alguma forma, a presença da Igreja como fermento, luz e sal: seja na
medicina, na economia, na política, na escola, na universidade, na família, nas
artes, no desporto, na ciência, na sociedade em que se vive, onde quer que for.
Como sabemos, “Há um só corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança,
para a qual Deus nos chamou. Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo. Há um
só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua por meio de todos e está
em todos” (Ef 4, 4-6).
Que
bom seria se todas as pessoas e famílias cristãs tivessem esta consciência ou
brio de pertença à comunidade cristã e agissem como tal, sempre abertos às
surpresas do Espírito e dispostos a colaborar. E que bom seria se todas as
comunidades conseguissem fomentar a tal pastoral de proposta, de iniciação, de
gestação, com padrões de coerência evangélica e de alegria cristã. Só os
valores de referência são capazes de orientar opções e de fundamentar compromissos.
Conforme
o dom que cada um recebeu, a Igreja exorta-nos a que nos consagremos ao serviço
uns dos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus (cf. 1Ped
4, 10). De facto, se cada um fizer a sua parte, tudo será bem diferente!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 20-05-2022.
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