Segunda, 23 de maio de 2022
Segunda-feira da VI semana do tempo de Páscoa
LITURGIA
Segunda-feira
da semana VI
Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L1: At 16, 11-15; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b
Ev: Jo 15, 26 – 16, 4a
* Na Diocese de Angra – B. João Batista Machado, presbítero e mártir, Padroeiro
principal – SOLENIDADE (transferida).
* Na Diocese de Bragança-Miranda – S. Rita de Cássia, religiosa – MF
* Na Arquidiocese de Évora – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé
– SOLENIDADE (transferida).
* Na Ordem de São Domingos (Porto) – Aniversário da Dedicação da igreja de
Cristo-Rei – SOLENIDADE
* Na Ordem de Malta – B. Guilherme Apor, Bispo e Mártir, capelão – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Joana
Antida Thouret, virgem – MF
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – I
Vésp. de Nossa Senhora Auxiliadora.
Missa
Antífona de
entrada Rm 6, 9
Cristo, ressuscitado de entre os mortos, já não pode morrer.
A morte não tem domínio sobre Ele. Aleluia.
Oração
coleta
Nós Vos pedimos, Deus de misericórdia,
que os dons recebidos neste tempo pascal
deem fruto abundante em toda a nossa vida.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Atos 16, 11-15
«O Senhor abriu-lhe o coração, para
aderir ao que Paulo dizia»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, deixámos Tróade e
navegámos diretamente para Samotrácia. No dia seguinte, fomos para Neápoles e
de lá para Filipos, cidade principal daquela região da Macedónia e colónia
romana. Estivemos nesta cidade durante alguns dias. No sábado, saímos pelas
portas da cidade, em direção à margem do rio, onde julgávamos que havia um
lugar de oração. Sentámo-nos e começámos a falar às mulheres ali reunidas. Uma
delas, chamada Lídia, escutava-nos com atenção; era negociante de púrpura,
natural da cidade de Tiatira, e adorava o verdadeiro Deus. O Senhor abriu-lhe o
coração, para aderir ao que Paulo dizia. Quando recebeu o Batismo, juntamente
com toda a sua família, fez-nos este pedido: «Se me considerais fiel ao Senhor,
vinde hospedar-vos em minha casa». E obrigou-nos a aceitar.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 149, 1-2.3-4.5-6a.9b (R. 4a ou
Aleluia)
Refrão: O Senhor ama o seu povo.
Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor na assembleia dos santos.
Alegre-se Israel em seu Criador,
rejubilem os filhos de Sião em seu Rei. Refrão
Louvem o seu nome com danças,
cantem ao som do tímpano e da cítara,
porque o Senhor ama o seu povo,
coroa os humildes com a vitória. Refrão
Exultem de alegria os fiéis,
cantem jubilosos em suas casas;
em sua boca os louvores de Deus.
Esta é a glória de todos os seus fiéis. Refrão
ALELUIA Jo 15, 26b.27a
Refrão: Aleluia Repete-se
O Espírito da verdade dará testemunho de Mim,
diz o Senhor, e vós também dareis testemunho. Refrão
EVANGELHO Jo 15, 26 - 16, 4a
«O Espírito da verdade dará testemunho de Mim»
O Espírito Santo dará aos discípulos a compreensão profunda do mistério de
Cristo, e a pregação deles a sua força e a sua verdade. Apesar disso, eles hão de
ser perseguidos. Mas a Ressurreição há-de fazer-lhes compreender o sentido dos
acontecimentos da vida terrestre de Jesus, e consequentemente também o das suas
próprias vidas.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: «Quando vier o Paráclito, que Eu vos enviarei de junto do Pai, o
Espírito da verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de Mim. E vós
também dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio. Disse-vos
estas palavras para não sucumbirdes. Hão de expulsar-vos das sinagogas; e mais
ainda, aproxima-se a hora em que todo aquele que vos matar julgará que presta
culto a Deus. Procederão assim por não terem conhecido o Pai, nem Me terem
conhecido a Mim. Mas Eu disse-vos isto, para que, ao chegar a hora, vos
lembreis de que vo-lo tinha dito».
Palavra da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Aceitai, Senhor, os dons da vossa Igreja em festa;
Vós, que lhe destes tão grande alegria,
fazei-a tomar parte na felicidade eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio Pascal I-V.
Antífona
da comunhão Jo 20, 19
Jesus apareceu aos seus discípulos e disse-lhes:
A paz esteja convosco. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Olhai com bondade, Senhor, para o vosso povo
e fazei chegar à gloriosa ressurreição da carne
aqueles que renovastes com os sacramentos de vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos
16, 11-15: Começamos hoje a ler nos Atos
dos Apóstolos a expansão missionária do Evangelho na Europa. Paulo passa da
Ásia à Grécia. Começam a ouvir-se os nomes clássicos, de nós conhecidos pelos
livros da antiga cultura grega. Esses antigos impérios estão em declínio. A
sabedoria humana não chega para levar os homens ao conhecimento de Deus.
Aparece agora a “loucura da Cruz”. E é uma mulher simples, negociante de
púrpura, que escuta Paulo no meio de um grupo à beira de um rio, a primeira a
quem o Senhor abre o coração à fé. Será a primeira cristã da Europa?
Jo
15, 26 - 16, 4a: O Espírito Santo dará
aos discípulos a compreensão profunda do mistério de Cristo, e a pregação deles
a sua força e a sua verdade. Apesar disso, eles hão de ser perseguidos. Mas a
Ressurreição há de fazer-lhes compreender o sentido dos acontecimentos da vida
terrestre de Jesus, e consequentemente também o das suas próprias vidas.
AGENDA DO DIA:
Terço na parte da tarde em:
Montalvão
Alpalhão
Gáfete
Tolosa
Amieira
do Tejo
17.20
horas: Terço em Nisa, Espírito Santo.
MAIO, MÊS DE MARIA
A VOZ DO PASTOR
BATER
A PORTA NÃO RESOLVE E BANALIZA
A fé
partilha-se e vive-se em comunidade, em Igreja, e anuncia-se na missão. Bater a
porta à comunidade cristã nada resolve, banaliza, empobrece. Empobrece a
comunidade e empobrece quem bate a porta. É certo que nem todas as comunidades
cristãs são mar de rosas. É possível que, numa ou noutra, muita gente viva de
suposições, de tradições, de fé herdada mas não experienciada, e, por isso,
destoe e faça destoar a comunidade. Tornam-se reivindicativas em exceções, não
raro muito consumidoras em ‘coisas do Senhor’, mas facilmente manipuláveis e
pouco ou nada proativas na construção da mesma. Constituídas por pessoas, as
comunidades são muitas vezes espaço de
contradições e de tensões, de falta de acolhimento e de escuta, de
individualismos e frustrações, de incapacidade para se questionarem sobre o que
transmitem, o que celebram, o que fazem, o que defendem e sobre qual a inclusão
de quem pensa diferente e muito as poderia ajudar a darem um salto de qualidade. É verdade, nem sempre são
“casa e escola de comunhão”.
A
Igreja, porém, ‘não é uma massa, mas uma comunidade formada por pessoas
identificáveis, que viveram a experiência da intimidade com Jesus’. Quando os compromissos
batismais são verdadeiramente assumidos e exercitados na comunidade cristã, sem
fanatismos nem superficialidade, eles são sempre novos e sempre desafiantes.
Não permitem que nos acomodemos, que nos fechemos em nós próprios, que
coloquemos trancas na porta da própria comunidade com medo que alguém saia ou
entre, como se ela fosse uma ilha ou um gueto sem sentido nem faísca criativa.
Se aquela comunidade onde estamos integrados não corresponde ao que pensamos ou
àquilo que deveria ser, importante será arregaçar as mangas e meter mãos à obra
para que venha a ser o que pretendemos que ela seja, diferente. Amuar, virar as
costas ou tornar-se indiferente é morrinha que nada resolve. Não podemos
esquecer que temos uma dívida para com a comunidade cristã, uma dívida que não
se paga desertando. Ela escancarou-nos as portas, nela fomos acolhidos e
gerados para a fé, nela nos fomos e vamos tornando mais cristãos, de forma
gradual e progressiva, num processo em que se vai conjugando a graça de Deus, o
testemunho da própria comunidade e o esforço pessoal de conversão.
Aí, e através das
pessoas que lhe deram e dão rosto – pais, avós, famílias,
pastores, catequistas e fiéis cristãos – fizemos ‘a descoberta do mistério de
Jesus Cristo e da alegria da vocação cristã’. Aí crescemos, formamos, fortalecemos, celebramos e nos
confirmamos na fé uns aos outros, sendo todos um só em Cristo Jesus. Aí,
através de um constante esforço para uma pastoral descentrada de si própria e
alicerçada na escuta da Palavra, na oração conjunta e no amor recíproco se
oferecem constantemente espaços de descoberta da fé, se desenvolve e dinamiza a
fé, se celebram os sacramentos, se faz catequese, se promove o voluntariado e a
ação social em favor da sociedade envolvente, se convive e faz festa, se
experimenta um modo de vida inspirado no Evangelho. Ao fomentar o crescimento
pessoal, familiar e social dos seus membros, ela possibilita a
complementaridade, enriquece, rasga horizontes e caminhos, motiva, estimula,
convida à comunhão, à mudança de vida, à vida com sentido.
Os
grupos, como espaço de reflecção, de partilha de vida, de sentimentos, de
ideias e de ação solidária, fortalecem, ampliam o nível de compreensão acerca
do mundo e da Igreja, geram novos recursos interiores para que cada um se mova
com mais autonomia e destreza na realidade concreta da sua própria vida. Todas estas experiências comunitárias, com mais ou menos
diversidade de culturas ou de origem, promovem uma postura ética como convém,
abrem à missão, fazem pôr a render os carismas e os talentos ao serviço da
construção de um mundo melhor no respeito pelas realidades terrenas sobre as
quais se aprende e se procura fazer uma leitura à luz da Palavra de Deus.
Da
comunidade se parte para a missão, para a comunidade se converge da missão. E
se a comunidade é essencial para a missão, a missão também é essencial para a
comunidade. Onde está um cristão a fazer seus os sentimentos de Cristo, aí
está, de alguma forma, a presença da Igreja como fermento, luz e sal: seja na
medicina, na economia, na política, na escola, na universidade, na família, nas
artes, no desporto, na ciência, na sociedade em que se vive, onde quer que for.
Como sabemos, “Há um só corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança,
para a qual Deus nos chamou. Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo. Há um
só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua por meio de todos e está
em todos” (Ef 4, 4-6).
Que
bom seria se todas as pessoas e famílias cristãs tivessem esta consciência ou
brio de pertença à comunidade cristã e agissem como tal,
sempre abertos às surpresas do Espírito e dispostos a colaborar. E que bom
seria se todas as comunidades conseguissem fomentar a tal pastoral de proposta,
de iniciação, de gestação, com padrões de coerência evangélica e de alegria
cristã. Só os valores de referência são capazes de orientar opções e de fundamentar
compromissos.
Conforme
o dom que cada um recebeu, a Igreja exorta-nos a que nos consagremos ao serviço
uns dos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus (cf. 1Ped
4, 10). De facto, se cada um fizer a sua parte, tudo será bem diferente!
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 20-05-2022.
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