domingo, 15 de maio de 2022

 

Segunda, 16 de maio de 2022

 

Segunda-feira da V semana do tempo de Páscoa

 

 

LITURGIA

 

 

Segunda-feira da semana V

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L1: At 14, 5-18; Sal 113 B (114), 1-2. 3-4. 15-16
Ev: Jo 14, 21-26

* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Teodoro de Faria, Bispo Emérito do Funchal (1982).
* Na Ordem Agostiniana – SS. Alípio e Possídio, bispos – MO
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Simão Stock, religioso – MF
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Margarida de Cortona, da III Ordem – MO
* Na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs (Lassalistas/La Salle) – S. João Batista de La Salle, presbítero, Fundador da Congregação, Padroeiro de todos os Educadores e Professores Cristãos – SOLENIDADE (transferida).
* Na Companhia de Jesus – S. André Bobola, presbítero e mártir – MO
* Na Congregação Salesiana – S. Luís Orione, presbítero – MF
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – S. Gema Galgani, virgem – MO

MISSA

Antífona de entrada
Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida pelas suas ovelhas
e Se entregou à morte pelo seu rebanho. Aleluia.

Oração coleta
Defendei, Senhor, a vossa família,
com a auxílio da vossa contínua proteção,
para que, pela ressurreição do vosso Filho unigénito,
seja liberta de todo o mal
e enriquecida com os dons celestes.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I Actos 14, 5-18
«Vimos anunciar-vos que deveis abandonar estes ídolos
e voltar-vos para o Deus vivo»


Leitura dos Actos dos Apóstolos


Naqueles dias, surgiu em Icónio um movimento, da parte dos pagãos e dos judeus, com os seus chefes, para maltratar e apedrejar Barnabé e Paulo. Conscientes da situação, estes refugiaram-se nas cidades da Licaónia, Listra, Derbe e seus arredores, onde começaram a anunciar a boa nova. Havia em Listra um homem inválido dos pés, coxo de nascença, que nunca tinha podido andar. Um dia em que escutava as palavras de Paulo, este fixou nele os olhos e, vendo que tinha fé para ser curado, disse-lhe com voz forte: «Levanta-te e põe-te direito sobre os pés». Ele levantou-se e começou a andar. Ao ver o que Paulo tinha feito, a multidão exclamou em licaónico: «Os deuses tomaram forma humana e desceram até nós». A Barnabé chamavam Zeus e a Paulo Hermes, porque era este que falava. Então o sacerdote do templo de Zeus, que estava à entrada da cidade, trouxe touros e grinaldas para as portas do templo e, juntamente com a multidão, pretendia oferecer-lhes um sacrifício. Quando souberam isto, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram as túnicas e precipitaram-se para a multidão, clamando: «Amigos, que fazeis? Nós somos homens como vós e vimos anunciar-vos que deveis abandonar estes ídolos e voltar-vos para o Deus vivo, que fez o céu, a terra e o mar e tudo o que neles existe. Nas gerações passadas, permitiu que todas as nações seguissem os seus caminhos. Mas nem por isso deixou de dar testemunho da sua generosidade, concedendo-vos do céu as chuvas e estações férteis, para saciar de alimento e felicidade os vossos corações». Com estas palavras, a custo impediram a multidão de lhes oferecer um sacrifício.

 
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 113 B (115), 1-2.3-4.15-16 (R. 1b)
Refrão: Glória, Senhor, ao vosso nome! Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Não a nós, Senhor, não a nós,
mas ao vosso nome dai glória,
pela vossa misericórdia e fidelidade,
porque diriam os povos: «Onde está o seu Deus?» Refrão

O nosso Deus está no céu,
faz tudo o que Lhe apraz.
Os ídolos dos gentios são ouro e prata,
são obra das mãos dos homens. Refrão

Bendito seja o Senhor,
que fez o céu e a terra.
O céu é a morada do Senhor;
a terra, deu-a aos filhos dos homens. Refrão

ALELUIA Jo 14, 26
Refrão: Aleluia Repete-se
O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas
e vos recordará tudo o que Eu vos disse. Refrão

EVANGELHO Jo 14, 21-26
«O Paráclito que o Pai enviará em meu nome
vos ensinará todas as coisas»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se alguém aceita os meus mandamentos e os cumpre, esse realmente Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai e Eu amá-lo-ei e manifestar-Me-ei a ele». Disse-Lhe Judas, não o Iscariotes: «Senhor, como é que Te vais manifestar a nós e não ao mundo?» Jesus respondeu-lhe: «Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Ora a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que Me enviou. Disse- vos estas coisas, enquanto estava convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse».


Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Subam à vossa presença, Senhor,
as nossas orações e as nossas ofertas,
de modo que, purificados pela vossa graça,
possamos participar dignamente
nos sacramentos da vossa misericórdia.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I-V.

Antífona da comunhão Cf. Jo 14, 27
Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz.
Não vo-la dou como a dá o mundo, diz o Senhor. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Deus todo-poderoso e eterno,
que, em Cristo ressuscitado, nos renovais para a vida eterna,
multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal
e infundi em nossos corações
a força do alimento que nos salva.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 LEITURAS: Actos 14, 5-18: Estamos hoje durante o percurso da primeira viagem missionária de S. Paulo, feita conjuntamente com S. Barnabé, e estamos em plena Ásia Menor, a Turquia actual, e na cidade de Listra, terra de pagãos. O ponto de partida para os evangelizar foi uma cura miraculosa; mas essa evangelização não se ficou pelo extraordinário da cura, pelo milagre. A cura foi um “sinal”: a palavra dos Apóstolos fez a catequese a partir desse sinal. Os Apóstolos procuram ir até a anunciar-lhes o Deus verdadeiro, a partir da experiência que eles agora eram capazes de ter da acção de Deus no meio de si.).

Jo 14, 21-26: A união entre Jesus Cristo e os cristãos vai ser maior depois da sua morte do que o havia sido antes. Os cristãos mostrarão que O amam guardando os seus mandamentos, sobretudo o mandamento do amor fraterno; e o Senhor, que está agora no Pai, vai manifestar-Se-lhes na intimidade profunda do coração, na fé, na esperança e na caridade. Mas toda esta ação divina junto dos homens será fruto do Espírito Santo, o Defensor, o Paráclito, que os discípulos hão de receber no Pentecostes.  

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 10.30 horas: Funeral em Nisa.

Terço na parte da tarde em:

Montalvão

Alpalhão

Gáfete

Tolosa

Amieira do Tejo.

21.000 horas: Terço em Nisa, Espírito Santo

 

 

MAIO, MÊS DE MARIA

 

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

SEMANA DA VIDA – ONDE ESTÁ A VERDADE?...

 

Quem se julga dono da verdade ensoberbece-se. Não raro, até parece que tem medo da verdade. É muito difícil lidar com gente que se tem como dona da verdade. Tem sempre razão, tem pouca ou nenhuma capacidade para parar, escutar, refletir e permitir ao menos o benefício da dúvida! Dogmatiza a sua verdade e afasta-se do caminho que a ela conduz. A verdade não é monopólio de ninguém, ninguém tem a verdade! Nós somos ou não verdadeiros na medida em que desejamos a verdade, a procuramos, humilde e diligentemente, e a vamos traduzindo em atitudes de vida, em gestos de amor para com Deus, para com os outros, para com a natureza e para connosco próprios. É uma fatura que, por mais que se pague, nunca está liquidada, está sempre em aberto, sempre nos apresenta a possibilidade de mais e melhor em todos os campos do ser do saber e do fazer.

O nosso maior compromisso deve ser sempre com a verdade. Por mais diversos que sejam os caminhos humanos - uns mais sofisticados e sabidos, outros mais simples e humildes -, todos haveremos de nos encontrar na Verdade. Judeu ou grego, escravo ou livre, de perto ou de longe, desta ou daquela raça, cultura ou cor de pele, lá nos encontraremos. Só a verdade nos libertará, só a verdade nos fará viver em comunhão plena. Só a verdade é a verdade, e não depende de maiorias parlamentares ou de outras. Dela vimos, para ela caminhamos apetrechados de instrumentos vários: de Inteligência para aprender e saber caminhar na sua direção; de Sentimento para sentir as diferentes emoções que a vida nos vai oferecendo; de Coração para amar e servir com amor; de Vontade para agirmos o melhor possível. Mas não só, a pessoa também é dotada de Consciência, uma faculdade que, não sujeita à vontade e aos sentimentos, aprova ou desaprova as nossas ações. Mais: temos a fé, uma faculdade inata ao homem, anterior à fé adquirida ou ensinada, mas que não deixa de estimular a busca de Deus e de querer sintonizar com Ele. É interessante perceber como se manifesta a fé dos que se dizem não crentes... Todas estas e outras ferramentas estão entregues à liberdade humana que as deve usar responsavelmente embora nem sempre aconteça.

Em Portugal, está a decorrer a Semana da Vida, de 8 a 15 de maio, Dia Internacional da Família. ‘A Vida que acolhemos’ é o tema desta semana inspirado na parábola do Bom Samaritano. Durante a semana acentuam-se três subtemas: o aborto, uma realidade que brada aos céus; a eutanásia, tema central na realidade política nacional; e a guerra na Europa, com todas as mortes e refugiados que provoca. Cada dia da semana tem o seu item específico: “Os que ainda não nasceram”, “Adoção”, “Os refugiados”, “O que é diferente”, “O que sofre”, “O que cuida”, a “Família, lugar de acolhimento".

Jesus é a Verdade que nos faz caminhar certo. Veio trazer-nos a vida e vida em abundância, pediu que nos amássemos uns aos outros como Ele nos amou. Fomentar a cultura da vida é, pois, um desafio constante, um gesto de amor.

Quem se mata, quem mata, quem pede a morte, no fundo no fundo não é porque não ame a vida ou não queira mais viver ou deseje tirar a vida a outros, sem mais. Esse ato é mais um sinal de revolta contra uma sociedade envolvente que o despreza, o não cuida nem ama. Contra uma sociedade que não é capaz de considerar um seu pedido de socorro em hora dura da sua vida, quer de sofrimento, quer por ser vítima de injustiças sociais ou de outras. Toda a gente ama a vida e gosta de viver. Se alguma exceção existe, confirma a regra. A vida humana é preciosa e inviolável, é o primeiro de todos os direitos, fundamenta a nossa cultura, é fonte de confiança. “O seu valor não depende da utilidade, beleza ou papel social que desempenha, mas da sua dignidade intrínseca, única e anterior a todo e qualquer outro critério seja ele a autonomia, a liberdade ou a qualidade de vida”. No entanto, não falta quem, por razões que só eles entendem, invocando a dignidade da vida e a liberdade individual, se arvorem em donos da verdade e queiram subverter o princípio que tanto tem custado a fazer caminho ao longos dos séculos, o qual, aliás, ainda não plenamente assumido: “Não matarás”.

A pessoa só é ética e moralmente livre quando, entre o bem e o mal, tem a capacidade interior de escolher o bem. Se opta pelo mal está a ser escrava da sua fragilidade e de tudo quanto a envolve. Quem mata ou aconselha a matar não opta pelo bem, destrói a liberdade, não há retorno. Somos seres de relação, somos uns com os outros, devemo-nos respeito e amor mútuo. E se, em teoria, todos somos iguais em liberdades, direitos e garantias, na prática, sobretudo as crianças - as pessoas mais frágeis e o melhor do mundo -, são discriminadas. Só em Portugal, por ano, são destruídas cerca de 15.000 crianças antes de nascerem, mas ninguém se alarma ou escandaliza, não são notícia!

Todos precisamos de bons samaritanos em situações de vulnerabilidade e fragilidade. Não de quem olhe para o lado e passe à frente ou acabe connosco. Não de leis que abram a porta para que outros o façam. Precisamos, isso sim, é de quem nos ame e ajude a viver e a morrer com dignidade, naturalmente, até ao fim. É certo que o sofrimento pode despertar “sentimentos e vivência de tristeza, solidão, ser peso para os outros, angústia, interrogações sobre o sentido da vida. Nesses estados de inquietação e sofrimento espiritual, muitos doentes encontram sentido no mistério da morte e ressurreição de Jesus. Outros, porém, sentem-no fútil e absurdo e manifestam o desejo de morrer ou até o pedido para morrer. Em tais pedidos está subjacente o valor da vida e o desejo de viver de outro modo. São sobretudo um pedido angustiado de ajuda face ao sofrimento intolerável e a manifestação da necessidade de proximidade afetiva face à solidão no morrer. Uns e outros pedem terapêuticas adequadas que aliviem ou suprimam a dor; cuidados imbuídos de compreensão empática e calor humano; acompanhamento espiritual; a presença humana, compreensiva e compassiva de familiares, amigos e outros membros da comunidade”.

Agradecemos e aplaudimos a ciência no seu enorme contributo ao bem estar da humanidade. Entendemos que ela deve estar ao serviço do conhecimento, do progresso sustentável, da vida e da qualidade de vida, isto é, da Verdade. Aplaudimos os médicos e todos quantos se manifestam a favor da vida. Um estudante de medicina, porém, numa intervenção que fez algures sobre os desafios da formação nessa área, afirmava que “já nem as faculdades são depositárias da conduta e do olhar devido sobre a ciência: tentam ensinar-nos que a vida nasce da ciência, quando ao invés, tal como tudo, é a ciência que nasce da vida”. E denunciava a subtileza com que até o código deontológico dos médicos está cada vez mais descomprometido com a vida humana, lembrando que “na mais recente atualização do Juramento de Hipócrates, já depois de incontáveis atualizações prévias, foi alterada uma simples frase: passou de “guardarei respeito absoluto pela vida humana”, para “guardarei respeito máximo pela vida”.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 13-05-2022.

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