Sexta, 13 de maio de 2022
Sexta-feira da IV semana do tempo de Páscoa
LITURGIA
Sexta-feira
da semana IV
Virgem Santa Maria do Rosário de
Fátima – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. de Nossa Senhora.
L1: Ap 11, 19a; 12, 1-6a. 10ab; Sal 44 (45), 11-12. 14-15. 16-17
Ev: Lc 11, 27-28
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese de Leiria-Fátima (Padroeira principal) – Virgem Santa Maria do
Rosário de Fátima – SOLENIDADE
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo e no Instituto Missionário da Consolata
– Virgem Santa Maria do Rosário de Fátima, Padroeira principal da Província
Portuguesa – FESTA
* Na Congregação das Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora de Fátima – Virgem
Santa Maria do Rosário de Fátima, Titular e Padroeira principal da Congregação
– SOLENIDADE
* Na Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima – Virgem Santa Maria do
Rosário de Fátima, Titular da Congregação – SOLENIDADE
* No Instituto dos Servos do Coração Imaculado de Maria – Aniversário da
fundação do Instituto (1991).
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Virgem Santa Maria do Rosário de Fátima – MO
Virgem santa Maria do Rosário de Fátima
Nota
Histórica:
Em 1917, a Virgem Maria
apareceu seis vezes, em Fátima, a três pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta.
Por meio deles, a Santa Mãe de Deus recomendou insistentemente aos homens a
firmeza da fé e o espírito de oração, penitência e reparação. O culto da Virgem
santa Maria de Fátima foi especialmente honrado com as peregrinações dos papas
são Paulo VI no ano 1967, são João Paulo II nos anos 1982, 1991 e 2000, o papa
Bento XVI no ano 2010 e o papa Francisco no ano 2017.
Missa
Antífona de
entrada Cf. Heb 4, 16
Vamos confiantes ao trono da graça
e alcançaremos misericórdia do Senhor. Aleluia.
Diz-se o Glória.
Oração
coleta
Senhor nosso Deus,
que nos destes a Mãe do vosso Filho como nossa Mãe,
concedei-nos que, seguindo os seus ensinamentos
e com espírito de verdadeira penitência e oração,
trabalhemos generosamente pela salvação do mundo
e pela dilatação do reino de Cristo.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Ap 11, 19a; 12, 1-6a.10ab
«Apareceu no Céu um sinal grandioso»
Leitura do
Apocalipse de São João
O
templo de Deus abriu-se no Céu
e a arca da aliança foi vista no seu templo.
Apareceu no Céu um sinal grandioso:
uma mulher revestida de sol,
com a lua debaixo dos pés
e uma coroa de doze estrelas na cabeça.
Estava para ser mãe
e gritava com as dores e ânsias da maternidade.
E apareceu no Céu outro sinal:
um enorme dragão cor de fogo,
com sete cabeças e dez chifres
e nas cabeças sete diademas.
A cauda arrastava um terço das estrelas do céu
e lançou-as sobre a terra.
O dragão colocou-se diante da mulher que estava para ser mãe,
para lhe devorar o filho, logo que nascesse.
Ela teve um filho varão,
que há-de reger todas as nações com ceptro de ferro.
O filho foi levado para junto de Deus e do seu trono
e a mulher fugiu para o deserto,
onde Deus lhe tinha preparado um lugar.
E ouvi uma voz poderosa que clamava no Céu:
«Agora chegou a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus
e o domínio do seu Ungido».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 44 (45), 11-12.14-15.16-17 (R. 11a)
Refrão: Escuta e inclina-te diante do Senhor.
Ouve, filha, vê e presta atenção,
esquece o teu povo e a casa de teu pai.
De tua beleza se enamora o Rei,
Ele é o teu Senhor, presta-Lhe homenagem.
A filha do Rei avança cheia de esplendor:
de brocados de ouro são os seus vestidos.
Com um manto multicor é apresentada ao Rei,
seguem-na as donzelas, suas companheiras.
Cheias de entusiasmo e alegria,
entram no palácio do Rei.
Em lugar de teus pais, terás muitos filhos;
estabelecê-los-ás príncipes sobre toda a terra.
ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Sois ditosa, ó Virgem Santa Maria,
sois digníssima de todos os louvores,
porque de Vós nasceu o sol da justiça,
Cristo, nosso Deus. Refrão
EVANGELHO Lc 11, 27-28
«Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele
tempo,
enquanto Jesus falava à multidão,
uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse:
«Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre
e Te amamentou ao seu peito».
Mas Jesus respondeu:
«Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus
e a põem em prática».
Palavra
da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Por este sacrifício de reconciliação e de louvor,
que Vos oferecemos na festa da Virgem santa Maria,
perdoai benignamente, Senhor, os nossos pecados
e orientai os nossos corações no caminho da santidade e da paz.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio
Maria, imagem e mãe da Igreja
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
e exaltar a vossa infinita bondade,
na celebração da festa da Virgem santa Maria.
Recebendo o vosso Verbo em seu coração imaculado,
Ela mereceu concebê-l’O em seu seio virginal
e, dando à luz o Criador do universo,
preparou o nascimento da Igreja.
Junto à cruz, aceitou o testamento da caridade divina
e recebeu todos os homens como seus filhos,
pela morte de Cristo gerados para a vida eterna.
Enquanto esperava, com os apóstolos, a vinda do Espírito Santo,
associando-se às preces dos discípulos,
tornou-se modelo admirável da Igreja em oração.
Elevada à glória do céu,
assiste com amor materno a Igreja, ainda peregrina sobre a terra,
protegendo misericordiosamente os seus passos
a caminho da pátria celeste,
enquanto espera a vinda gloriosa do Senhor.
Por isso, com os anjos e os santos,
proclamamos a vossa glória,
dizendo (cantando) numa só voz:
Santo, Santo, Santo,
Senhor Deus do universo.
O céu e a terra proclamam a vossa glória.
Hossana nas alturas.
Bendito O que vem em nome do Senhor.
Hossana nas alturas.
Antífona
da comunhão Cf. Jdt 13, 24-25
Bendito seja o Senhor, que deu tanta glória ao vosso nome:
todas as gerações cantarão os vossos louvores.
Ou: Jo 19, 26-27
Suspenso na cruz, Jesus disse a sua Mãe: Eis o teu filho.
Depois disse ao discípulo: Eis a tua Mãe.
Oração
depois da comunhão
Concedei, Senhor,
que o sacramento que recebemos conduza à vida eterna
aqueles que proclamam a Virgem santa Maria
Mãe do vosso Filho e Mãe da Igreja.
Por Cristo nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos
13, 13-25: Da ilha de Chipre, pátria
de Barnabé, Paulo e os companheiros passam ao continente, à Turquia atual, e
prosseguem a sua viagem missionária. Em cada povoação onde chegam vão à
sinagoga ao sábado, tomam parte no culto e anunciam Jesus aos Judeus, antes de
o fazerem a todos os demais. Paulo mostra que Jesus é o descendente de David,
prometido e esperado, e que assim o Antigo Testamento vem a florir e a dar o
seu fruto no Novo Testamento.
Jo
13, 16-20: A partir deste dia, a segunda
leitura é tirada do discurso de Jesus na última Ceia. Hoje, Jesus faz o
comentário ao gesto que acabou de praticar, o de lavar os pés aos Apóstolos,
como foi lido na Missa da Ceia do Senhor, em Quinta-feira Santa. Foi uma lição
de serviço. Deste modo, Jesus manifesta que a missão do Mestre é servir e não
ser servido, missão que os seus discípulos hão de imitar. O maior de todos os
seus serviços foi o de dar a vida pelos homens.
AGENDA DO DIA:
10.00
horas: Funeral em Alpalhão
11.30
horas: Funeral em Alpalhão
18.00
horas: Missa em Alpalhão
21.00
horas: Missa e procissão de velas em Nisa
21.00
horas: Procissão de velas em Gáfete.
Terço na parte da tarde em:
Montalvão
Alpalhão
Gáfete
Tolosa
Amieira
do Tejo.
Terço às 21.00 em:
Nisa,
Espírito Santo
MAIO, MÊS DE MARIA
A VOZ DO PASTOR
SEM REDES, ANZÓIS, FISGAS, SETAS OU ARPÕES
Só com as armas do bem, da palavra, do testemunho e da
ação. A palavra é o meio por excelência de comunicação humana. Não para
esfarrapar os outros com críticas viperinas, mas para nos dizermos e nos
fazermos entender como irmãos, mesmo sabendo que é pela boca que morre o peixe.
Quando, porém, a palavra mexe connosco, tende-se a fechar os ouvidos.
Escutá-la, prestar-lhe atenção, implica consequências nem sempre fáceis, muito
menos cómodas. O mesmo se passa em relação à Palavra de Deus que tantas vezes
corta a desmanchar prazeres, projetos e rotinas tranquilizadoras, mesmo que
lícitas.
Há mais de dois mil anos, Jesus, nas margens do mar da
Galileia, entabulou conversa com uns pescadores, que, ao longo dos tempos, artistas
há que os têm pintado como se de pessoas idosas se tratasse, barbudas e
carecas. E nada há que nos leve a crer que de facto o fossem. Não prova nada,
mas Jesus até se dirige a eles chamando-os de rapazes: “Rapazes, tendes aí
alguma coisa de comer?” E os rapazes não tinham mesmo nada para comer!
Sentiam-se pescadores de mãos a abanar após uma noite de pesca sem qualquer
resultado. Os peixes tinham ido ao futebol ou saído para experimentar algum
passadiço lá por aquelas bandas. E se tais pescadores, ao romper da manhã,
ficaram muito surpreendidos por Jesus lhes ter aparecido nas margens do mar,
não ficaram menos estranhos quando Jesus lhes ordenou que arremessassem as
redes para o outro lado do barco (Jo 21, 1-19). Algo incrédulos, talvez a
esboçar um sorriso irónico à espera do fracasso desta ordem do Mestre,
aceitaram o repto. Pelo sim, pelo não, lá obedeceram a Jesus, lançaram as redes
para o outro lado do barco. E contra toda a lógica e sabedoria deles (o seu
know-how, como gente fina costuma dizer), deu-se o impensável, a pescaria
encheu o barco, fez arregalar os olhos aos pescadores que tiveram de meter a
viola ao saco e corrigir a sua incredulidade. Entretanto, ainda boquiabertos
perante este acontecimento tão extraordinário, Jesus vai mais longe, desafia-os
a serem antes ‘pescadores de homens’, mas sem redes, anzóis, fisgas, setas ou
arpões. Se pescar no mar, apesar de ser a sua profissão, e terem muita
experiência nessa arte, era difícil, esta pesca para a qual Jesus agora os
convida não iria ser mais fácil. Apesar disso, e exigindo outro saber, outras
técnicas e apetrechos, eles não hesitaram, deixaram as redes e o barco,
deixaram o seu trabalho e seguranças e lançaram-se nessa feliz aventura de
seguir Jesus, dispostos a enfrentar as mais felizes e as mais duras
consequências desse seguimento. Preparados na escola e na convivência de Jesus,
sentiram-se atraídos com o seu jeito, a sua palavra, a sua ação, a sua
liberdade e o seu amor, e acabaram por dar a vida pela sua pessoa, por tudo
quanto dele tinham ouvido e por tudo quanto tinham visto acontecer, nunca
tinham visto coisa assim. Colocaram-se, tal como Jesus, com toda a sua energia
e entusiasmo ao serviço da implantação do Reino de Deus na história, esperando
a vitória do bem, da justiça, da igualdade e do respeito por todos, sem
distinção. Confiantes na promessa de Jesus de que estaria com eles para os
ajudar a enfrentar as tempestades e as adversidades neste mar-mundo, partiram,
sem medo, com muita esperança e entusiasmo, mesmo quando no horizonte da missão
faiscava a perseguição e a morte. Ao longo dos tempos, Jesus jamais deixou de
estabelecer conversa com os jovens, rapazes e raparigas, convidando-os a
segui-lo com alegria e esperança. E para quê? Para os enviar em seu nome à
faina neste mar-mundo, sempre em rebuliço e tumultuoso, a sacudir o barco que é
a sua própria Igreja.
À proposta de Jesus, é possível que as redes, o barco
e os projetos pessoais de alguns a quem Jesus convida, sejam empecilho, os
impeçam dessa decisão, de correr riscos, de se lançarem ao largo e irem mais
além, preferindo continuar presos ao seu tudo, passando a vida acomodados e a
remendar as redes nas areias movediças da sua praia.
Sabemos que pelo batismo todos somos consagrados e
chamados à santidade (cf. LG39-42). Mas há pessoas cristãs que, mais atentas à
ação do Espírito e cada uma com a sua história, se sentem chamadas a uma
consagração especial, tendo como modelo e inspiração o próprio Jesus, pobre,
casto e obediente (cf. LG 43-47). São jovens, rapazes e raparigas, adultos e
casais que deixam as suas redes, os seus barcos, os seus projetos pessoais,
para se consagrarem à causa evangélica, ao serviço missionário e apostólico,
quer no ministério ordenado, quer na vida consagrada religiosa ou laical, quer
na oração em mosteiros, abadias e conventos, quer confundidas com a sociedade.
São uma força viva e atuante no tecido social e eclesial, agindo como fermento
e sal, como luz. São homens e mulheres que, com a sua vida e ação, testemunham
o amor misericordioso de Deus no mundo, em parlamentos e auditórios, em
escolas, colégios e universidades, em aldeias, vilas e cidades, no trabalho, no
desporto e no convívio, junto de crianças, jovens e adultos, de refugiados,
migrantes e deserdados de sorte, em ambientes de pobreza, de guerra e de paz...
Em qualquer vocação cristã, o Senhor chama a si
aquelas pessoas que entende para estarem com Ele e as enviar em seu nome. É um
inefável diálogo entre o amor de Deus que chama e a liberdade da pessoa que no
amor responde a Deus (cf. PdV36). Depois de uma semana vivida nesse contexto,
vamos viver o Dia Mundial de Oração pelas Vocações de especial consagração, em
Dia do Bom Pastor. Como nos pede a Igreja, cada comunidade cristã, cada
família, através da oração pessoal e comunitária, através da escuta, do
silêncio e da ação pastoral que sabe animar e propor, é desafiada a criar o
espaço ideal para que cada um dos seus membros possa discernir o projeto de
vida, pessoal e irrepetível, que o Pai lhe confia.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 06-05-2022.
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