terça-feira, 24 de maio de 2022

 

 

Quarta, 25 de maio de 2022

 

Quarta-feira da VI semana do tempo de Páscoa

 

 

LITURGIA

 

 

Quarta-feira da semana VI

S. Beda Venerável, presbítero e doutor da Igreja – MF
S. Gregório VII, papa – MF
S. Maria Madalena de Pazzi, virgem – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.

L1: At 17, 15. 22 – 18, 1; Sal 148, 1-2. 11-12ab. 12c-14a. 14bcd
Ev: Jo 16, 12-15

* Na Ordem Beneditina – S. Beda Venerável – MO
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Maria Madalena de Pazzi, virgem – FESTA e MO
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – S. Beda Venerável, presbítero e doutor da Igreja – MO
* Na Ordem de Malta – S. Madalena Sofia Barat – religiosa e fundadora – MF
* Na Congregação das Religiosas de Maria Imaculada – S. Vicenta Maria, Fundadora da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação Salesiana (Mogofores) – Aniversário da Dedicação da igreja de Nossa Senhora Auxiliadora – SOLENIDADE

Missa

Nas regiões em que a solenidade da Ascensão se celebra no domingo seguinte, celebra-se esta Missa também à tarde.

Antífona de entrada Sl 17, 50 ; 21, 23
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.

Oração coleta
Concedei-nos, Senhor,
que, celebrando agora o mistério da ressurreição do vosso Filho,
mereçamos alegrar-nos com todos os santos,
quando Ele vier na sua glória.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I Atos 17, 15.22 — 18, 1
«Aquele que venerais sem O conhecer, é esse que eu vos anuncio»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, os que acompanhavam Paulo levaram-no a Atenas e voltaram em seguida, encarregados de transmitirem a Silas e a Timóteo a ordem de irem ter com Paulo o mais depressa possível. Um dia, Paulo, de pé no meio do Areópago, disse: «Atenienses, vejo que sois em tudo extremamente religiosos. Na verdade, quando eu andava percorrendo a vossa cidade e observando os vossos monumentos sagrados, encontrei até um altar com a inscrição: ‘Ao Deus desconhecido’. Pois bem: Aquele que venerais sem O conhecer, é esse que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe é o Senhor do céu e da terra. Não habita em templos feitos por mãos humanas, nem é servido pelas mãos dos homens, como se tivesse necessidade de alguma coisa. É Ele que a todos dá a vida, a respiração e tudo o mais. Criou de um só homem todo o género humano, para habitar sobre a superfície da terra, e fixou períodos determinados e os limites da sua habitação, para que os homens procurassem a Deus e se esforçassem realmente para O atingir e encontrar. Na verdade, Ele não está longe de cada um de nós. É n’Ele que vivemos, nos movemos e existimos, como disseram alguns dos vossos poetas: ‘Somos da raça de Deus’. Se nós somos da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e engenho do homem. Sem olhar a estes tempos de ignorância, Deus fez saber agora aos homens que todos e em toda a parte se devem arrepender; pois Ele fixou um dia em que há-de julgar o universo com justiça por meio de um homem que escolheu, e deu a todos motivo de crédito, ressuscitando-O de entre os mortos». Ao ouvirem falar da ressurreição dos mortos, alguns zombavam, mas outros disseram: «Havemos de te ouvir falar disto ainda outra vez». Foi assim que Paulo saiu do meio deles. No entanto, alguns homens juntaram-se a Paulo e abraçaram a fé: entre eles, Dionísio, o Areopagita, e também uma mulher chamada Dâmaris, e outros com eles. Depois disto, Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 148, 1-2.11-12ab.12bc-14a.14bcd
Refrão: O céu e a terra proclamam a vossa glória. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Louvai o Senhor do alto dos céus,
louvai-O nas alturas,
louvai-O, todos os seus Anjos. Refrão

Reis e povos do mundo,
príncipes e todos os juízes da terra,
jovens e donzelas, velhos e crianças; Refrão

Louvem todos o nome do Senhor,
porque o seu nome é sublime,
a sua majestade está acima do céu e da terra. Refrão

Exaltou a força do seu povo:
louvem-n’O todos os seus fiéis,
os filhos de Israel, seu povo eleito. Refrão

ALELUIA cf. Jo 14, 16
Refrão: Aleluia Repete-se

Eu pedirei ao Pai, que vos dará o Espírito Santo,
para estar convosco para sempre. Refrão

EVANGELHO Jo 16, 12-15
«Tudo o que o Pai tem é meu.
O Espírito receberá do que é meu, para vo-lo anunciar»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas não as podeis compreender agora. Quando vier o Espírito da verdade, Ele vos guiará para a verdade plena; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele Me glorificará, porque receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo. Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que Ele receberá do que é meu e vos há de anunciá-lo».

Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Senhor nosso Deus,
que, pela admirável permuta de dons neste sacrifício,
nos fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem,
concedei-nos que, conhecendo a vossa verdade,
dêmos testemunho dela na prática das boas obras.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I-V.

Antífona da comunhão
Cf. Jo 15, 16.19
Eu vos escolhi do mundo e vos destinei, diz o Senhor,
para que deis fruto e o vosso fruto permaneça. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Protegei, Senhor, o vosso povo,
que saciastes nestes divinos mistérios,
e fazei-nos passar da antiga condição do pecado
à vida nova da graça.
Por Cristo nosso Senhor.
______

Nas regiões em que a solenidade da Ascensão se celebra no Domingo VII da Páscoa.

Antífona de entrada Cf. Sl 67, 8-9
Quando saístes, Senhor, à frente do vosso povo,
abrindo-lhe o caminho e habitando no meio dele,
estremeceu a terra e abriram-se as fontes do céu. Aleluia.

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
que nos fizestes tomar parte no mistério da redenção,
concedei que vivamos sempre
na alegria da ressurreição de Cristo, vosso Filho.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
Oração sobre as oblatas
Subam à vossa presença, Senhor,
as nossas orações e as nossas ofertas,
de modo que, purificados pela vossa graça,
possamos participar dignamente
nos sacramentos da vossa misericórdia.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I-V.

Antífona da comunhão Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Aleluia.


Oração depois da comunhão
Deus todo-poderoso e eterno,
que, em Cristo ressuscitado, nos renovais para a vida eterna,
multiplicai em nós os frutos do sacramento pascal
e infundi em nossos corações
a força do alimento que nos salva.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 LEITURAS: Atos 17, 15.22 — 18, 1: Paulo chega a Atenas, a capital da Grécia, que foi a escola de todo o saber da antiguidade. À vista da multidão dos deuses adorados pelos pagãos, Paulo anuncia-lhes o Deus de Jesus Cristo. Pode observar-se como, a não-judeus, Paulo não parte da Escritura, mas da ordem natural. Partindo de Deus Criador, chega até Jesus Cristo ressuscitado. Mas, chegando aqui, aqueles homens não conseguiram ouvir mais; a ressurreição estava acima da sua filosofia.

 

Jo 16, 12-15: A ciência dos gregos, apesar de ser a mais alta do tempo, não conseguiu ultrapassar a limitada medida do homem. A própria palavra divina, mesmo anunciada por Jesus, mas escutada pelos ouvidos, ainda muito terrenos, dos discípulos, não conseguiu ser entendida logo que escutada. Será só depois o Espírito de Deus que conduzirá os mesmos discípulos até à compreensão profunda dessa mesma palavra.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

08.45 horas: Funeral em S. Simão do Pé da Serra

10.00 horas: Reunião arciprestal - Nisa

16.00 horas: Funeral no Arneiro

17.00 horas Missa em Gáfete

18,00 horas: Missa em Tolosa

18,00 horas: Missa em Nisa

18,00 horas: Funeral em Alpalhão.

Terço na parte da tarde em:

Montalvão

Alpalhão

Gáfete

Tolosa

Amieira do Tejo

17.20 horas: Terço em Nisa, Espírito Santo.

 

 

MAIO, MÊS DE MARIA

 

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 


BATER A PORTA NÃO RESOLVE E BANALIZA

 

A fé partilha-se e vive-se em comunidade, em Igreja, e anuncia-se na missão. Bater a porta à comunidade cristã nada resolve, banaliza, empobrece. Empobrece a comunidade e empobrece quem bate a porta. É certo que nem todas as comunidades cristãs são mar de rosas. É possível que, numa ou noutra, muita gente viva de suposições, de tradições, de fé herdada mas não experienciada, e, por isso, destoe e faça destoar a comunidade. Tornam-se reivindicativas em exceções, não raro muito consumidoras em ‘coisas do Senhor’, mas facilmente manipuláveis e pouco ou nada proativas na construção da mesma. Constituídas por pessoas, as comunidades são muitas vezes espaço de contradições e de tensões, de falta de acolhimento e de escuta, de individualismos e frustrações, de incapacidade para se questionarem sobre o que transmitem, o que celebram, o que fazem, o que defendem e sobre qual a inclusão de quem pensa diferente e muito as poderia ajudar a darem um salto de qualidade. É verdade, nem sempre são “casa e escola de comunhão”.

A Igreja, porém, ‘não é uma massa, mas uma comunidade formada por pessoas identificáveis, que viveram a experiência da intimidade com Jesus’. Quando os compromissos batismais são verdadeiramente assumidos e exercitados na comunidade cristã, sem fanatismos nem superficialidade, eles são sempre novos e sempre desafiantes. Não permitem que nos acomodemos, que nos fechemos em nós próprios, que coloquemos trancas na porta da própria comunidade com medo que alguém saia ou entre, como se ela fosse uma ilha ou um gueto sem sentido nem faísca criativa. Se aquela comunidade onde estamos integrados não corresponde ao que pensamos ou àquilo que deveria ser, importante será arregaçar as mangas e meter mãos à obra para que venha a ser o que pretendemos que ela seja, diferente. Amuar, virar as costas ou tornar-se indiferente é morrinha que nada resolve. Não podemos esquecer que temos uma dívida para com a comunidade cristã, uma dívida que não se paga desertando. Ela escancarou-nos as portas, nela fomos acolhidos e gerados para a fé, nela nos fomos e vamos tornando mais cristãos, de forma gradual e progressiva, num processo em que se vai conjugando a graça de Deus, o testemunho da própria comunidade e o esforço pessoal de conversão.

Aí, e através das pessoas que lhe deram e dão rosto – pais, avós, famílias, pastores, catequistas e fiéis cristãos – fizemos ‘a descoberta do mistério de Jesus Cristo e da alegria da vocação cristã’. Aí crescemos, formamos, fortalecemos, celebramos e nos confirmamos na fé uns aos outros, sendo todos um só em Cristo Jesus. Aí, através de um constante esforço para uma pastoral descentrada de si própria e alicerçada na escuta da Palavra, na oração conjunta e no amor recíproco se oferecem constantemente espaços de descoberta da fé, se desenvolve e dinamiza a fé, se celebram os sacramentos, se faz catequese, se promove o voluntariado e a ação social em favor da sociedade envolvente, se convive e faz festa, se experimenta um modo de vida inspirado no Evangelho. Ao fomentar o crescimento pessoal, familiar e social dos seus membros, ela possibilita a complementaridade, enriquece, rasga horizontes e caminhos, motiva, estimula, convida à comunhão, à mudança de vida, à vida com sentido.

Os grupos, como espaço de reflecção, de partilha de vida, de sentimentos, de ideias e de ação solidária, fortalecem, ampliam o nível de compreensão acerca do mundo e da Igreja, geram novos recursos interiores para que cada um se mova com mais autonomia e destreza na realidade concreta da sua própria vida. Todas estas experiências comunitárias, com mais ou menos diversidade de culturas ou de origem, promovem uma postura ética como convém, abrem à missão, fazem pôr a render os carismas e os talentos ao serviço da construção de um mundo melhor no respeito pelas realidades terrenas sobre as quais se aprende e se procura fazer uma leitura à luz da Palavra de Deus.

Da comunidade se parte para a missão, para a comunidade se converge da missão. E se a comunidade é essencial para a missão, a missão também é essencial para a comunidade. Onde está um cristão a fazer seus os sentimentos de Cristo, aí está, de alguma forma, a presença da Igreja como fermento, luz e sal: seja na medicina, na economia, na política, na escola, na universidade, na família, nas artes, no desporto, na ciência, na sociedade em que se vive, onde quer que for. Como sabemos, “Há um só corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança, para a qual Deus nos chamou. Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua por meio de todos e está em todos” (Ef 4, 4-6).

Que bom seria se todas as pessoas e famílias cristãs tivessem esta consciência ou brio de pertença à comunidade cristã e agissem como tal, sempre abertos às surpresas do Espírito e dispostos a colaborar. E que bom seria se todas as comunidades conseguissem fomentar a tal pastoral de proposta, de iniciação, de gestação, com padrões de coerência evangélica e de alegria cristã. Só os valores de referência são capazes de orientar opções e de fundamentar compromissos.

Conforme o dom que cada um recebeu, a Igreja exorta-nos a que nos consagremos ao serviço uns dos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus (cf. 1Ped 4, 10). De facto, se cada um fizer a sua parte, tudo será bem diferente!

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 20-05-2022.

 

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