quinta-feira, 19 de maio de 2022

 

Sexta, 20 de maio de 2022

 

Sexta-feira da V semana do tempo de Páscoa

 

 

LITURGIA

 

 

Sexta-feira da semana V

S. Bernardino de Sena, presbítero – MF
Branco – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.

L1: At 15, 22-31; Sal 56 (57), 8-9. 10-11
Ev: Jo 15, 12-17

* Na Ordem Franciscana – S. Bernardino de Sena, presbítero – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Bernardino de Sena, presbítero – MO
* Na Congregação das Irmãs Missionárias Servas do Espírito Santo e na Congregação dos Missionários do Verbo Divino – B. Josefa Stenmanns, Cofundadora da Congregação – FESTA
* Na Congregação Salesiana (Évora) – Aniversário da Dedicação da igreja de Nossa Senhora Auxiliadora – SOLENIDADE
 

Missa

Antífona de entrada Ap 5, 12
O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder e a riqueza,
a sabedoria, a honra e o louvor. Aleluia.

Oração coleta
Concedei-nos, Senhor, que a nossa vida
se conforme plenamente ao mistério que celebramos,
de modo que a alegria deste tempo pascal
nos fortaleça e defenda no caminho da salvação.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I Atos 15, 22-31
«O Espírito Santo e nós resolvemos não vos impor outras obrigações além destas que são indispensáveis»

Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, os Apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a Igreja de Jerusalém, resolveram escolher alguns irmãos, para os mandarem a Antioquia com Barnabé e Paulo: eram Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens de autoridade entre os irmãos. Mandaram por eles esta carta: «Os Apóstolos e os anciãos, irmãos vossos, saúdam os irmãos de origem pagã, residentes em Antioquia, na Síria e na Cilícia. Tendo sabido que, sem nossa autorização, alguns dos nossos vos foram inquietar, perturbando as vossas almas com as suas palavras, resolvemos de comum acordo escolher delegados para vo-los enviarmos, juntamente com os nossos queridos Barnabé e Paulo, homens que expuseram a vida pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso vos mandamos Judas e Silas, que vos transmitirão de viva voz as nossas decisões. O Espírito Santo e nós decidimos não vos impor outras obrigações, além destas que são indispensáveis: abster-vos das carnes imoladas aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e das relações imorais. Procedereis bem, evitando tudo isto. Adeus». Feitas as despedidas, os delegados desceram a Antioquia, onde reuniram a assembleia e entregaram a carta. Quando a leram, todos ficaram contentes com aquelas palavras de estímulo.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 56 (57), 8-9.10-11 (R. cf. 10a)
Refrão: Eu Vos louvarei, Senhor, no meio dos povos. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Firme está meu coração, ó Deus;
meu coração está firme:
quero cantar e salmodiar.
Desperta, minha alma; despertai, lira e cítara:
quero acordar a aurora. Refrão

Louvar-Vos-ei, Senhor, entre os povos,
cantar-Vos-ei entre as nações;
porque aos céus se eleva a vossa bondade
e até às nuvens a vossa fidelidade. Refrão

ALELUIA Jo 15, 15b
Refrão: Aleluia Repete-se

Eu chamo-vos amigos, diz o Senhor,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Refrão

EVANGELHO Jo 15, 12-17
«É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá. O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».

Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Santificai, Senhor, estes dons,
que Vos oferecemos como sacrifício espiritual,
e fazei de nós mesmos
uma oblação eterna para vossa glória.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I-V.

Antífona da comunhão
Cristo crucificado ressuscitou dos mortos para nos salvar. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 LEITURAS: I Atos 15, 22-31: As conclusões do “concílio” de Jerusalém são apresentadas como resoluções do Espírito Santo e dos Apóstolos. É esta uma das afirmações mais significativas da consciência que a Igreja primitiva tem de ser o lugar onde o Espírito de Deus está presente e atua, prolongando a presença e a atuação do Senhor. Aquelas conclusões foram depois comunicadas às diversas comunidades numa carta, que será uma verdadeira “encíclica”, isto é, uma carta destinada a circular entre todas.

Jo 15, 12-17: A insistência de Jesus para que os seus discípulos vivam no amor mútuo está na continuação lógica do amor que Ele próprio lhes tem, o qual, por sua vez, manifesta o amor que o Pai tem por eles, e que, deste modo, lhes manifesta que a força que comanda toda a história da salvação é o amor de Deus. De facto, essa história revela claramente que Deus é amor. E o amor que os homens possam manifestar, tanto para com Deus como de uns para com os outros, não é mais do que sinal de que reconhecem e compreendem aquele amor de Deus.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Tolosa

Terço na parte da tarde em:

Montalvão

Alpalhão

Gáfete

Tolosa

Amieira do Tejo

21.000 horas: Terço em Nisa, Espírito Santo.

 

 

MAIO, MÊS DE MARIA

 

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

SEMANA DA VIDA – ONDE ESTÁ A VERDADE?...

 

Quem se julga dono da verdade ensoberbece-se. Não raro, até parece que tem medo da verdade. É muito difícil lidar com gente que se tem como dona da verdade. Tem sempre razão, tem pouca ou nenhuma capacidade para parar, escutar, refletir e permitir ao menos o benefício da dúvida! Dogmatiza a sua verdade e afasta-se do caminho que a ela conduz. A verdade não é monopólio de ninguém, ninguém tem a verdade! Nós somos ou não verdadeiros na medida em que desejamos a verdade, a procuramos, humilde e diligentemente, e a vamos traduzindo em atitudes de vida, em gestos de amor para com Deus, para com os outros, para com a natureza e para connosco próprios. É uma fatura que, por mais que se pague, nunca está liquidada, está sempre em aberto, sempre nos apresenta a possibilidade de mais e melhor em todos os campos do ser do saber e do fazer.

O nosso maior compromisso deve ser sempre com a verdade. Por mais diversos que sejam os caminhos humanos - uns mais sofisticados e sabidos, outros mais simples e humildes -, todos haveremos de nos encontrar na Verdade. Judeu ou grego, escravo ou livre, de perto ou de longe, desta ou daquela raça, cultura ou cor de pele, lá nos encontraremos. Só a verdade nos libertará, só a verdade nos fará viver em comunhão plena. Só a verdade é a verdade, e não depende de maiorias parlamentares ou de outras. Dela vimos, para ela caminhamos apetrechados de instrumentos vários: de Inteligência para aprender e saber caminhar na sua direção; de Sentimento para sentir as diferentes emoções que a vida nos vai oferecendo; de Coração para amar e servir com amor; de Vontade para agirmos o melhor possível. Mas não só, a pessoa também é dotada de Consciência, uma faculdade que, não sujeita à vontade e aos sentimentos, aprova ou desaprova as nossas ações. Mais: temos a fé, uma faculdade inata ao homem, anterior à fé adquirida ou ensinada, mas que não deixa de estimular a busca de Deus e de querer sintonizar com Ele. É interessante perceber como se manifesta a fé dos que se dizem não crentes... Todas estas e outras ferramentas estão entregues à liberdade humana que as deve usar responsavelmente embora nem sempre aconteça.

Em Portugal, está a decorrer a Semana da Vida, de 8 a 15 de maio, Dia Internacional da Família. ‘A Vida que acolhemos’ é o tema desta semana inspirado na parábola do Bom Samaritano. Durante a semana acentuam-se três subtemas: o aborto, uma realidade que brada aos céus; a eutanásia, tema central na realidade política nacional; e a guerra na Europa, com todas as mortes e refugiados que provoca. Cada dia da semana tem o seu item específico: “Os que ainda não nasceram”, “Adoção”, “Os refugiados”, “O que é diferente”, “O que sofre”, “O que cuida”, a “Família, lugar de acolhimento".

Jesus é a Verdade que nos faz caminhar certo. Veio trazer-nos a vida e vida em abundância, pediu que nos amássemos uns aos outros como Ele nos amou. Fomentar a cultura da vida é, pois, um desafio constante, um gesto de amor.

Quem se mata, quem mata, quem pede a morte, no fundo no fundo não é porque não ame a vida ou não queira mais viver ou deseje tirar a vida a outros, sem mais. Esse ato é mais um sinal de revolta contra uma sociedade envolvente que o despreza, o não cuida nem ama. Contra uma sociedade que não é capaz de considerar um seu pedido de socorro em hora dura da sua vida, quer de sofrimento, quer por ser vítima de injustiças sociais ou de outras. Toda a gente ama a vida e gosta de viver. Se alguma exceção existe, confirma a regra. A vida humana é preciosa e inviolável, é o primeiro de todos os direitos, fundamenta a nossa cultura, é fonte de confiança. “O seu valor não depende da utilidade, beleza ou papel social que desempenha, mas da sua dignidade intrínseca, única e anterior a todo e qualquer outro critério seja ele a autonomia, a liberdade ou a qualidade de vida”. No entanto, não falta quem, por razões que só eles entendem, invocando a dignidade da vida e a liberdade individual, se arvorem em donos da verdade e queiram subverter o princípio que tanto tem custado a fazer caminho ao longos dos séculos, o qual, aliás, ainda não plenamente assumido: “Não matarás”.

A pessoa só é ética e moralmente livre quando, entre o bem e o mal, tem a capacidade interior de escolher o bem. Se opta pelo mal está a ser escrava da sua fragilidade e de tudo quanto a envolve. Quem mata ou aconselha a matar não opta pelo bem, destrói a liberdade, não há retorno. Somos seres de relação, somos uns com os outros, devemo-nos respeito e amor mútuo. E se, em teoria, todos somos iguais em liberdades, direitos e garantias, na prática, sobretudo as crianças - as pessoas mais frágeis e o melhor do mundo -, são discriminadas. Só em Portugal, por ano, são destruídas cerca de 15.000 crianças antes de nascerem, mas ninguém se alarma ou escandaliza, não são notícia!

Todos precisamos de bons samaritanos em situações de vulnerabilidade e fragilidade. Não de quem olhe para o lado e passe à frente ou acabe connosco. Não de leis que abram a porta para que outros o façam. Precisamos, isso sim, é de quem nos ame e ajude a viver e a morrer com dignidade, naturalmente, até ao fim. É certo que o sofrimento pode despertar “sentimentos e vivência de tristeza, solidão, ser peso para os outros, angústia, interrogações sobre o sentido da vida. Nesses estados de inquietação e sofrimento espiritual, muitos doentes encontram sentido no mistério da morte e ressurreição de Jesus. Outros, porém, sentem-no fútil e absurdo e manifestam o desejo de morrer ou até o pedido para morrer. Em tais pedidos está subjacente o valor da vida e o desejo de viver de outro modo. São sobretudo um pedido angustiado de ajuda face ao sofrimento intolerável e a manifestação da necessidade de proximidade afetiva face à solidão no morrer. Uns e outros pedem terapêuticas adequadas que aliviem ou suprimam a dor; cuidados imbuídos de compreensão empática e calor humano; acompanhamento espiritual; a presença humana, compreensiva e compassiva de familiares, amigos e outros membros da comunidade”.

Agradecemos e aplaudimos a ciência no seu enorme contributo ao bem estar da humanidade. Entendemos que ela deve estar ao serviço do conhecimento, do progresso sustentável, da vida e da qualidade de vida, isto é, da Verdade. Aplaudimos os médicos e todos quantos se manifestam a favor da vida. Um estudante de medicina, porém, numa intervenção que fez algures sobre os desafios da formação nessa área, afirmava que “já nem as faculdades são depositárias da conduta e do olhar devido sobre a ciência: tentam ensinar-nos que a vida nasce da ciência, quando ao invés, tal como tudo, é a ciência que nasce da vida”. E denunciava a subtileza com que até o código deontológico dos médicos está cada vez mais descomprometido com a vida humana, lembrando que “na mais recente atualização do Juramento de Hipócrates, já depois de incontáveis atualizações prévias, foi alterada uma simples frase: passou de “guardarei respeito absoluto pela vida humana”, para “guardarei respeito máximo pela vida”.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 13-05-2022.

 

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