Sábado, 21 de maio de 2022
Sábado da V semana do tempo de Páscoa
LITURGIA
Sábado
da semana V
SS. Cristóvão Magallanes,
presbítero,
e Companheiros, mártires – MF
Branco ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. pascal.
L1: At 16, 1-10; Sal 99 (100), 2. 3. 5
Ev: Jo 15, 18-21
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. Augusto César Alves Ferreira da
Silva, Bispo Emérito de Portalegre-Castelo Branco (1972).
* Na Ordem de São Domingos – B. Jacinto Maria Cormier – MF
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa
Antífona de
entrada Cl 2, 12
Com Cristo fostes sepultados no Batismo
e também com Ele fostes ressuscitados pela fé no poder de Deus
que O ressuscitou dos mortos. Aleluia.
Oração
coleta
Deus todo-poderoso e eterno,
que, pelo Batismo, nos fizestes renascer para a vida eterna,
concedei que os vossos filhos,
regenerados para a esperança da imortalidade,
alcancem com a vossa ajuda a plenitude da glória.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Atos 16, 1-10
«Passa à Macedónia e vem ajudar-nos»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, Paulo chegou a Derbe
e depois a Listra. Havia lá um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia
crente e de pai grego. Os irmãos de Listra e de Icónio davam dele bom testemunho.
Querendo Paulo levá-lo consigo, mandou-o circuncidar, por causa dos judeus que
havia na região, pois todos sabiam que seu pai era grego. Nas cidades por onde
passavam, transmitiam as decisões dos Apóstolos e anciãos de Jerusalém,
recomendando que se cumprissem. Desse modo as Igrejas eram confirmadas na fé e
cresciam em número, de dia para dia. Como o Espírito Santo os tinha impedido de
anunciarem a palavra de Deus na Ásia, atravessaram a Frígia e o território da
Galácia. Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram dirigir-se à Bítínia,
mas o Espírito de Jesus não lho permitiu. Atravessaram então a Mísia e desceram
a Tróade. Durante a noite, Paulo teve uma visão: Um macedónio estava de pé
diante dele e fazia-lhe este pedido: «Passa à Macedónia e vem ajudar-nos». Logo
que ele teve esta visão, procurámos partir para a Macedónia, convencidos de que
Deus nos chamava para anunciar ali o Evangelho.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 99 (100), 2.3.5 (R. 2a)
Refrão: Aclamai o Senhor, terra inteira.
Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Aclamai o Senhor, terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo. Refrão
Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho. Refrão
Porque o Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração. Refrão
ALELUIA Col 3, 1
Refrão: Aleluia Repete-se
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus. Refrão
EVANGELHO Jo 15, 18-21
«Não sois do mundo, mas Eu vos escolhi do mundo»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: «Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro Me odiou a Mim. Se
fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. Mas porque não sois do mundo,
pois a minha escolha vos separou do mundo, é por isso que o mundo vos odeia.
Lembrai-vos das palavras que Eu vos disse: ‘O servo não é mais do que o seu
senhor’. Se Me perseguiram a Mim, também vos perseguirão a vós. Se guardaram a
minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do
meu nome, porque não conhecem Aquele que Me enviou».
Palavra da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Acolhei benignamente, Senhor, os dons da vossa família
e concedei-lhe o auxílio da vossa proteção,
para que não perca as graças recebidas
e alcance os bens eternos.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio Pascal I-V.
Antífona da comunhão Cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Guardai sempre, Senhor, com paternal bondade,
o povo que salvastes,
para que se alegrem com a ressurreição do vosso Filho
aqueles que foram remidos pela sua paixão.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos
16, 1-10: S. Paulo faz segunda viagem
apostólica. Parte de novo de Antioquia e pensa visitar as comunidades
anteriormente fundadas. A leitura situa-o já em plena viagem, de novo na Ásia
Menor, em Derbe, depois em Listra. Chega finalmente a Tróade, no extremo
ocidental da Ásia. Em visão, é chamado por certo europeu da região da Macedónia
do norte da Grécia. É o apelo da Europa ao Evangelho. Praza a Deus que tal
apelo não mais deixe de se fazer ouvir... Paulo viaja agora com Timóteo, que o
acompanhará até ao fim. Aparece também nesta passagem, pela primeira vez, o
sujeito no plural: “Procurámos partir...”, testemunho de que S. Lucas, o autor
do livro, está na comitiva.
Jo
15, 18-21: Ao amor dos discípulos
contrapõe-se o ódio do mundo para com eles, como já o tivera para com o próprio
Jesus. Mas, também como aconteceu com o Mestre, será com amor que os discípulos
vencerão quem os odeia. É a continuação da luta entre a luz e as trevas, a
morte e a Vida; mas a luz, a Vida, terão a última palavra: triunfará, por fim,
a força e a glória da ressurreição.
AGENDA DO DIA:
11.00
horas: Em Castelo Branco, celebração das Bodas de Ouro episcopais de D. Augusto
César
14.00
horas: Funeral em Falagueira
15,00
horas: Missa em Salavessa
16.00
horas: Missa em Pé da Serra
16.00
horas: Missa no Pardo
18.00
horas: Missa em Nisa
18.00
horas: Missa em Alpalhão
Terço na parte da tarde em:
Montalvão
Alpalhão
Gáfete
Tolosa
Amieira
do Tejo
17.20
horas: Terço em Nisa, Espírito Santo.
MAIO, MÊS DE MARIA
A VOZ DO PASTOR
BATER
A PORTA NÃO RESOLVE E BANALIZA
A fé
partilha-se e vive-se em comunidade, em Igreja, e anuncia-se na missão. Bater a
porta à comunidade cristã nada resolve, banaliza, empobrece. Empobrece a
comunidade e empobrece quem bate a porta. É certo que nem todas as comunidades cristãs
são mar de rosas. É possível que, numa ou noutra, muita gente viva de suposições,
de tradições, de fé herdada mas não experienciada, e, por isso, destoe e faça
destoar a comunidade. Tornam-se reivindicativas em exceções, não raro muito
consumidoras em ‘coisas do Senhor’, mas facilmente manipuláveis e pouco ou nada
proativas na construção da mesma. Constituídas por pessoas, as comunidades são muitas vezes espaço de contradições e de
tensões, de falta de acolhimento e de escuta, de individualismos e frustrações,
de incapacidade para se questionarem sobre o que transmitem, o que celebram, o
que fazem, o que defendem e sobre qual a inclusão de quem pensa diferente e
muito as poderia ajudar a darem um salto de qualidade. É verdade, nem sempre são
“casa e escola de comunhão”.
A
Igreja, porém, ‘não é uma massa, mas uma comunidade formada por pessoas
identificáveis, que viveram a experiência da intimidade com Jesus’. Quando os compromissos
batismais são verdadeiramente assumidos e exercitados na comunidade cristã, sem
fanatismos nem superficialidade, eles são sempre novos e sempre desafiantes.
Não permitem que nos acomodemos, que nos fechemos em nós próprios, que
coloquemos trancas na porta da própria comunidade com medo que alguém saia ou
entre, como se ela fosse uma ilha ou um gueto sem sentido nem faísca criativa.
Se aquela comunidade onde estamos integrados não corresponde ao que pensamos ou
àquilo que deveria ser, importante será arregaçar as mangas e meter mãos à obra
para que venha a ser o que pretendemos que ela seja, diferente. Amuar, virar as
costas ou tornar-se indiferente é morrinha que nada resolve. Não podemos
esquecer que temos uma dívida para com a comunidade cristã, uma dívida que não
se paga desertando. Ela escancarou-nos as portas, nela fomos acolhidos e gerados
para a fé, nela nos fomos e vamos tornando mais cristãos, de forma gradual e
progressiva, num processo em que se vai conjugando a graça de Deus, o
testemunho da própria comunidade e o esforço pessoal de conversão.
Aí, e através das
pessoas que lhe deram e dão rosto – pais, avós, famílias,
pastores, catequistas e fiéis cristãos – fizemos ‘a descoberta do mistério de
Jesus Cristo e da alegria da vocação cristã’. Aí crescemos, formamos, fortalecemos, celebramos e nos confirmamos
na fé uns aos outros, sendo todos um só em Cristo Jesus. Aí, através de um
constante esforço para uma pastoral descentrada de si própria e alicerçada na
escuta da Palavra, na oração conjunta e no amor recíproco se oferecem constantemente
espaços de descoberta da fé, se desenvolve e dinamiza a fé, se celebram os
sacramentos, se faz catequese, se promove o voluntariado e a ação social em
favor da sociedade envolvente, se convive e faz festa, se experimenta um modo
de vida inspirado no Evangelho. Ao fomentar o crescimento pessoal, familiar e
social dos seus membros, ela possibilita a complementaridade, enriquece, rasga horizontes
e caminhos, motiva, estimula, convida à comunhão, à mudança de vida, à vida com
sentido.
Os
grupos, como espaço de reflecção, de partilha de vida, de sentimentos, de
ideias e de ação solidária, fortalecem, ampliam o nível de compreensão acerca
do mundo e da Igreja, geram novos recursos interiores para que cada um se mova
com mais autonomia e destreza na realidade concreta da sua própria vida. Todas estas experiências comunitárias, com mais ou menos
diversidade de culturas ou de origem, promovem uma postura ética como convém, abrem
à missão, fazem pôr a render os carismas e os talentos ao serviço da construção
de um mundo melhor no respeito pelas realidades terrenas sobre as quais se aprende
e se procura fazer uma leitura à luz da Palavra de Deus.
Da
comunidade se parte para a missão, para a comunidade se converge da missão. E
se a comunidade é essencial para a missão, a missão também é essencial para a
comunidade. Onde está um cristão a fazer seus os sentimentos de Cristo, aí
está, de alguma forma, a presença da Igreja como fermento, luz e sal: seja na
medicina, na economia, na política, na escola, na universidade, na família, nas
artes, no desporto, na ciência, na sociedade em que se vive, onde quer que for.
Como sabemos, “Há um só corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança,
para a qual Deus nos chamou. Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo. Há um
só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua por meio de todos e está
em todos” (Ef 4, 4-6).
Que
bom seria se todas as pessoas e famílias cristãs tivessem esta consciência ou
brio de pertença à comunidade cristã e agissem como tal, sempre
abertos às surpresas do Espírito e dispostos a colaborar. E que bom seria se
todas as comunidades conseguissem fomentar a tal pastoral de proposta, de
iniciação, de gestação, com padrões de coerência evangélica e de alegria cristã.
Só os valores de referência são capazes de orientar opções e de fundamentar
compromissos.
Conforme
o dom que cada um recebeu, a Igreja exorta-nos a que nos consagremos ao serviço
uns dos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus (cf. 1Ped
4, 10). De facto, se cada um fizer a sua parte, tudo será bem diferente!
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 20-05-2022.
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