Quarta, 11 de maio de 2022
Quarta-feira da IV semana do tempo de Páscoa
LITURGIA
Quarta-feira
da semana IV
Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L1: At 12, 24 – 13, 5a; Sal 66 (67), 2-3. 5. 6 e 8
Ev: Jo 12, 44-50
* Na Ordem Beneditina – SS. Odo, Máiolo, Odilão e Hugo, e B. Pedro o Venerável,
abades de Cluni – MO
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – SS. Odo,
Maiolo, Odilão, Hugo e B. Pedro o Venerável, abades de Cluny – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Inácio de Láconi, religioso, da I
Ordem – MO
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – B. Joana de Portugal – MF; S. Nereu e
S. Aquileu – MF; S. Pancrácio – MF
* Na Diocese de Aveiro (Cidade de Aveiro) – I Vésp. de B. Joana de Portugal.
MISSA
Antífona de
entrada Cf. Sl 17, 50; 21, 23
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.
Oração
coleta
Senhor nosso Deus,
vida dos fiéis, glória dos humildes e felicidade dos justos,
ouvi as súplicas do vosso povo
e saciai com a abundância dos vossos dons
os que têm sede das vossas promessas.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Atos 12, 24 __ 13, 5a
«Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, a palavra de Deus
crescia e multiplicava-se. Depois de Barnabé e Saulo cumprirem a sua missão,
voltaram de Jerusalém, trazendo consigo João, que tinha o sobrenome de Marcos.
Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores: Barnabé, Simeão, chamado o
Negro, Lúcio de Cirene, Manaen, irmão colaço do tetrarca Herodes e Saulo.
Estando eles a celebrar o culto do Senhor e a jejuar, disse-lhes o Espírito
Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei». Então, depois
de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e deixaram- nos partir. Enviados
pelo Espírito Santo, Barnabé e Saulo desceram a Selêucia e de lá navegaram para
Chipre. Tendo chegado a Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas
sinagogas dos judeus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 66 (67), 2-3.6.8 (R. 4)
Refrão: Louvado sejais, Senhor,
pelos povos de toda a terra. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os vossos caminhos
e entre os povos a vossa salvação. Refrão
Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra. Refrão
Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu louvor aos confins da terra. Refrão
ALELUIA Jo 8, 12
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão
EVANGELHO Jo 12, 44-50
«Eu vim como luz do mundo»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus disse em alta
voz: «Quem acredita em Mim não é em Mim que acredita, mas n’Aquele que Me
enviou; e quem Me vê, vê Aquele que Me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para
que todo aquele que acredita em Mim não fique nas trevas. Se alguém ouvir as
minhas palavras e não as guardar, não sou Eu que o julgo, porque não vim para
julgar o mundo, mas para o salvar. Quem Me rejeita e não acolhe as minhas
palavras tem quem o julgue: a palavra que anunciei o julgará no último dia.
Porque Eu não falei por Mim próprio: o Pai, que Me enviou, é que determinou o
que havia de dizer e anunciar. E Eu sei que o seu mandamento é vida eterna.
Portanto, as palavras que Eu digo, digo-as como o Pai Mas disse a Mim».
Palavra da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Senhor nosso Deus,
que, pela admirável permuta de dons neste sacrifício,
nos fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem,
concedei-nos que, conhecendo a vossa verdade,
dêmos testemunho dela na prática das boas obras.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio Pascal I-V.
Antífona
da comunhão Cf. Jo 15, 16.19
Eu vos escolhi do mundo e vos destinei, diz o Senhor,
para que deis fruto e o vosso fruto permaneça. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Protegei, Senhor, o vosso povo,
que saciastes nestes divinos mistérios,
e fazei-nos passar da antiga condição do pecado
à vida nova da graça.
Por Cristo nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 12, 24 - 13, 5a: Barnabé e Paulo vão ser, durante algum
tempo, companheiros na expansão missionária do Evangelho. Partem de Antioquia,
onde se tinham encontrado, e navegam para a ilha de Chipre, donde Barnabé é
oriundo. A sua missão tem origem numa graça do Espírito Santo, e é, ao mesmo tempo,
um gesto da Igreja; esta ora por eles, impõe-lhes as mãos e envia-os. O
Espírito atua na Igreja, e a Igreja é o lugar onde o Espírito está e Se
manifesta.
Jo
12, 44-50: Jesus continua a afirmar
que é o Enviado do Pai, que nos diz as palavras do Pai, que vem cumprir os
desígnios do Pai, que são de salvar o mundo, não de o condenar. Ele veio como
luz; por isso, haverá trevas onde a sua luz não chegar, haverá condenação para
quem não quiser ser salvo.
AGENDA DO DIA:
10.00
horas: Funeral em Nisa
11.30
horas: Funeral em Nisa
17.00
horas: Missa em Gáfete
18.00
horas: Missa em Tolosa
18.00
horas: Missa em Nisa – Espírito Santo.
18.00
horas: Funeral em Nisa
Terço na parte da tarde em:
Montalvão
Alpalhão
Gáfete
Tolosa
Amieira
do Tejo.
Terço às 21.00 em:
Nisa,
Espírito Santo
MAIO, MÊS DE MARIA
A VOZ DO PASTOR
SEM REDES, ANZÓIS, FISGAS, SETAS OU ARPÕES
Só com as armas do bem, da palavra, do testemunho e da
ação. A palavra é o meio por excelência de comunicação humana. Não para
esfarrapar os outros com críticas viperinas, mas para nos dizermos e nos
fazermos entender como irmãos, mesmo sabendo que é pela boca que morre o peixe.
Quando, porém, a palavra mexe connosco, tende-se a fechar os ouvidos.
Escutá-la, prestar-lhe atenção, implica consequências nem sempre fáceis, muito
menos cómodas. O mesmo se passa em relação à Palavra de Deus que tantas vezes
corta a desmanchar prazeres, projetos e rotinas tranquilizadoras, mesmo que
lícitas.
Há mais de dois mil anos, Jesus, nas margens do mar da
Galileia, entabulou conversa com uns pescadores, que, ao longo dos tempos,
artistas há que os têm pintado como se de pessoas idosas se tratasse, barbudas
e carecas. E nada há que nos leve a crer que de facto o fossem. Não prova nada,
mas Jesus até se dirige a eles chamando-os de rapazes: “Rapazes, tendes aí
alguma coisa de comer?” E os rapazes não tinham mesmo nada para comer!
Sentiam-se pescadores de mãos a abanar após uma noite de pesca sem qualquer
resultado. Os peixes tinham ido ao futebol ou saído para experimentar algum
passadiço lá por aquelas bandas. E se tais pescadores, ao romper da manhã,
ficaram muito surpreendidos por Jesus lhes ter aparecido nas margens do mar,
não ficaram menos estranhos quando Jesus lhes ordenou que arremessassem as
redes para o outro lado do barco (Jo 21, 1-19). Algo incrédulos, talvez a
esboçar um sorriso irónico à espera do fracasso desta ordem do Mestre,
aceitaram o repto. Pelo sim, pelo não, lá obedeceram a Jesus, lançaram as redes
para o outro lado do barco. E contra toda a lógica e sabedoria deles (o seu
know-how, como gente fina costuma dizer), deu-se o impensável, a pescaria
encheu o barco, fez arregalar os olhos aos pescadores que tiveram de meter a
viola ao saco e corrigir a sua incredulidade. Entretanto, ainda boquiabertos
perante este acontecimento tão extraordinário, Jesus vai mais longe, desafia-os
a serem antes ‘pescadores de homens’, mas sem redes, anzóis, fisgas, setas ou
arpões. Se pescar no mar, apesar de ser a sua profissão, e terem muita
experiência nessa arte, era difícil, esta pesca para a qual Jesus agora os
convida não iria ser mais fácil. Apesar disso, e exigindo outro saber, outras
técnicas e apetrechos, eles não hesitaram, deixaram as redes e o barco,
deixaram o seu trabalho e seguranças e lançaram-se nessa feliz aventura de
seguir Jesus, dispostos a enfrentar as mais felizes e as mais duras
consequências desse seguimento. Preparados na escola e na convivência de Jesus,
sentiram-se atraídos com o seu jeito, a sua palavra, a sua ação, a sua
liberdade e o seu amor, e acabaram por dar a vida pela sua pessoa, por tudo
quanto dele tinham ouvido e por tudo quanto tinham visto acontecer, nunca
tinham visto coisa assim. Colocaram-se, tal como Jesus, com toda a sua energia
e entusiasmo ao serviço da implantação do Reino de Deus na história, esperando
a vitória do bem, da justiça, da igualdade e do respeito por todos, sem distinção.
Confiantes na promessa de Jesus de que estaria com eles para os ajudar a
enfrentar as tempestades e as adversidades neste mar-mundo, partiram, sem medo,
com muita esperança e entusiasmo, mesmo quando no horizonte da missão faiscava
a perseguição e a morte. Ao longo dos tempos, Jesus jamais deixou de
estabelecer conversa com os jovens, rapazes e raparigas, convidando-os a
segui-lo com alegria e esperança. E para quê? Para os enviar em seu nome à
faina neste mar-mundo, sempre em rebuliço e tumultuoso, a sacudir o barco que é
a sua própria Igreja.
À proposta de Jesus, é possível que as redes, o barco
e os projetos pessoais de alguns a quem Jesus convida, sejam empecilho, os
impeçam dessa decisão, de correr riscos, de se lançarem ao largo e irem mais
além, preferindo continuar presos ao seu tudo, passando a vida acomodados e a
remendar as redes nas areias movediças da sua praia.
Sabemos que pelo batismo todos somos consagrados e
chamados à santidade (cf. LG39-42). Mas há pessoas cristãs que, mais atentas à
ação do Espírito e cada uma com a sua história, se sentem chamadas a uma
consagração especial, tendo como modelo e inspiração o próprio Jesus, pobre,
casto e obediente (cf. LG 43-47). São jovens, rapazes e raparigas, adultos e
casais que deixam as suas redes, os seus barcos, os seus projetos pessoais,
para se consagrarem à causa evangélica, ao serviço missionário e apostólico,
quer no ministério ordenado, quer na vida consagrada religiosa ou laical, quer
na oração em mosteiros, abadias e conventos, quer confundidas com a sociedade.
São uma força viva e atuante no tecido social e eclesial, agindo como fermento
e sal, como luz. São homens e mulheres que, com a sua vida e ação, testemunham
o amor misericordioso de Deus no mundo, em parlamentos e auditórios, em escolas,
colégios e universidades, em aldeias, vilas e cidades, no trabalho, no desporto
e no convívio, junto de crianças, jovens e adultos, de refugiados, migrantes e
deserdados de sorte, em ambientes de pobreza, de guerra e de paz...
Em qualquer vocação cristã, o Senhor chama a si
aquelas pessoas que entende para estarem com Ele e as enviar em seu nome. É um
inefável diálogo entre o amor de Deus que chama e a liberdade da pessoa que no
amor responde a Deus (cf. PdV36). Depois de uma semana vivida nesse contexto,
vamos viver o Dia Mundial de Oração pelas Vocações de especial consagração, em
Dia do Bom Pastor. Como nos pede a Igreja, cada comunidade cristã, cada
família, através da oração pessoal e comunitária, através da escuta, do
silêncio e da ação pastoral que sabe animar e propor, é desafiada a criar o
espaço ideal para que cada um dos seus membros possa discernir o projeto de
vida, pessoal e irrepetível, que o Pai lhe confia.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 06-05-2022.
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