terça-feira, 10 de maio de 2022

 

Quarta, 11 de maio de 2022

 

Quarta-feira da IV semana do tempo de Páscoa

 

 

LITURGIA

 

 

Quarta-feira da semana IV

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L1: At 12, 24 – 13, 5a; Sal 66 (67), 2-3. 5. 6 e 8
Ev: Jo 12, 44-50

* Na Ordem Beneditina – SS. Odo, Máiolo, Odilão e Hugo, e B. Pedro o Venerável, abades de Cluni – MO
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – SS. Odo, Maiolo, Odilão, Hugo e B. Pedro o Venerável, abades de Cluny – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Inácio de Láconi, religioso, da I Ordem – MO
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – B. Joana de Portugal – MF; S. Nereu e S. Aquileu – MF; S. Pancrácio – MF
* Na Diocese de Aveiro (Cidade de Aveiro) – I Vésp. de B. Joana de Portugal.

 

MISSA

Antífona de entrada Cf. Sl 17, 50; 21, 23
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
vida dos fiéis, glória dos humildes e felicidade dos justos,
ouvi as súplicas do vosso povo
e saciai com a abundância dos vossos dons
os que têm sede das vossas promessas.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I Atos 12, 24 __ 13, 5a
«Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, a palavra de Deus crescia e multiplicava-se. Depois de Barnabé e Saulo cumprirem a sua missão, voltaram de Jerusalém, trazendo consigo João, que tinha o sobrenome de Marcos. Na Igreja de Antioquia havia profetas e doutores: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaen, irmão colaço do tetrarca Herodes e Saulo. Estando eles a celebrar o culto do Senhor e a jejuar, disse-lhes o Espírito Santo: «Separai Barnabé e Saulo para o trabalho a que os chamei». Então, depois de terem jejuado e orado, impuseram-lhes as mãos e deixaram- nos partir. Enviados pelo Espírito Santo, Barnabé e Saulo desceram a Selêucia e de lá navegaram para Chipre. Tendo chegado a Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 66 (67), 2-3.6.8 (R. 4)
Refrão: Louvado sejais, Senhor,
pelos povos de toda a terra. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os vossos caminhos
e entre os povos a vossa salvação. Refrão

Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra. Refrão

Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu louvor aos confins da terra. Refrão

ALELUIA Jo 8, 12
Refrão: Aleluia Repete-se

Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão

EVANGELHO Jo 12, 44-50
«Eu vim como luz do mundo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus disse em alta voz: «Quem acredita em Mim não é em Mim que acredita, mas n’Aquele que Me enviou; e quem Me vê, vê Aquele que Me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que acredita em Mim não fique nas trevas. Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, não sou Eu que o julgo, porque não vim para julgar o mundo, mas para o salvar. Quem Me rejeita e não acolhe as minhas palavras tem quem o julgue: a palavra que anunciei o julgará no último dia. Porque Eu não falei por Mim próprio: o Pai, que Me enviou, é que determinou o que havia de dizer e anunciar. E Eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, as palavras que Eu digo, digo-as como o Pai Mas disse a Mim».

Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Senhor nosso Deus,
que, pela admirável permuta de dons neste sacrifício,
nos fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem,
concedei-nos que, conhecendo a vossa verdade,
dêmos testemunho dela na prática das boas obras.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I-V.

Antífona da comunhão Cf. Jo 15, 16.19
Eu vos escolhi do mundo e vos destinei, diz o Senhor,
para que deis fruto e o vosso fruto permaneça. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Protegei, Senhor, o vosso povo,
que saciastes nestes divinos mistérios,
e fazei-nos passar da antiga condição do pecado
à vida nova da graça.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 LEITURAS: Atos 12, 24 - 13, 5a: Barnabé e Paulo vão ser, durante algum tempo, companheiros na expansão missionária do Evangelho. Partem de Antioquia, onde se tinham encontrado, e navegam para a ilha de Chipre, donde Barnabé é oriundo. A sua missão tem origem numa graça do Espírito Santo, e é, ao mesmo tempo, um gesto da Igreja; esta ora por eles, impõe-lhes as mãos e envia-os. O Espírito atua na Igreja, e a Igreja é o lugar onde o Espírito está e Se manifesta.

Jo 12, 44-50: Jesus continua a afirmar que é o Enviado do Pai, que nos diz as palavras do Pai, que vem cumprir os desígnios do Pai, que são de salvar o mundo, não de o condenar. Ele veio como luz; por isso, haverá trevas onde a sua luz não chegar, haverá condenação para quem não quiser ser salvo.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

10.00 horas: Funeral em Nisa

11.30 horas: Funeral em Nisa

17.00 horas: Missa em Gáfete

18.00 horas: Missa em Tolosa

18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo.

18.00 horas: Funeral em Nisa

 

Terço na parte da tarde em:

Montalvão

Alpalhão

Gáfete

Tolosa

Amieira do Tejo.

Terço às 21.00 em:

Nisa, Espírito Santo

 

 

MAIO, MÊS DE MARIA

 

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

SEM REDES, ANZÓIS, FISGAS, SETAS OU ARPÕES

 

Só com as armas do bem, da palavra, do testemunho e da ação. A palavra é o meio por excelência de comunicação humana. Não para esfarrapar os outros com críticas viperinas, mas para nos dizermos e nos fazermos entender como irmãos, mesmo sabendo que é pela boca que morre o peixe. Quando, porém, a palavra mexe connosco, tende-se a fechar os ouvidos. Escutá-la, prestar-lhe atenção, implica consequências nem sempre fáceis, muito menos cómodas. O mesmo se passa em relação à Palavra de Deus que tantas vezes corta a desmanchar prazeres, projetos e rotinas tranquilizadoras, mesmo que lícitas.

Há mais de dois mil anos, Jesus, nas margens do mar da Galileia, entabulou conversa com uns pescadores, que, ao longo dos tempos, artistas há que os têm pintado como se de pessoas idosas se tratasse, barbudas e carecas. E nada há que nos leve a crer que de facto o fossem. Não prova nada, mas Jesus até se dirige a eles chamando-os de rapazes: “Rapazes, tendes aí alguma coisa de comer?” E os rapazes não tinham mesmo nada para comer! Sentiam-se pescadores de mãos a abanar após uma noite de pesca sem qualquer resultado. Os peixes tinham ido ao futebol ou saído para experimentar algum passadiço lá por aquelas bandas. E se tais pescadores, ao romper da manhã, ficaram muito surpreendidos por Jesus lhes ter aparecido nas margens do mar, não ficaram menos estranhos quando Jesus lhes ordenou que arremessassem as redes para o outro lado do barco (Jo 21, 1-19). Algo incrédulos, talvez a esboçar um sorriso irónico à espera do fracasso desta ordem do Mestre, aceitaram o repto. Pelo sim, pelo não, lá obedeceram a Jesus, lançaram as redes para o outro lado do barco. E contra toda a lógica e sabedoria deles (o seu know-how, como gente fina costuma dizer), deu-se o impensável, a pescaria encheu o barco, fez arregalar os olhos aos pescadores que tiveram de meter a viola ao saco e corrigir a sua incredulidade. Entretanto, ainda boquiabertos perante este acontecimento tão extraordinário, Jesus vai mais longe, desafia-os a serem antes ‘pescadores de homens’, mas sem redes, anzóis, fisgas, setas ou arpões. Se pescar no mar, apesar de ser a sua profissão, e terem muita experiência nessa arte, era difícil, esta pesca para a qual Jesus agora os convida não iria ser mais fácil. Apesar disso, e exigindo outro saber, outras técnicas e apetrechos, eles não hesitaram, deixaram as redes e o barco, deixaram o seu trabalho e seguranças e lançaram-se nessa feliz aventura de seguir Jesus, dispostos a enfrentar as mais felizes e as mais duras consequências desse seguimento. Preparados na escola e na convivência de Jesus, sentiram-se atraídos com o seu jeito, a sua palavra, a sua ação, a sua liberdade e o seu amor, e acabaram por dar a vida pela sua pessoa, por tudo quanto dele tinham ouvido e por tudo quanto tinham visto acontecer, nunca tinham visto coisa assim. Colocaram-se, tal como Jesus, com toda a sua energia e entusiasmo ao serviço da implantação do Reino de Deus na história, esperando a vitória do bem, da justiça, da igualdade e do respeito por todos, sem distinção. Confiantes na promessa de Jesus de que estaria com eles para os ajudar a enfrentar as tempestades e as adversidades neste mar-mundo, partiram, sem medo, com muita esperança e entusiasmo, mesmo quando no horizonte da missão faiscava a perseguição e a morte. Ao longo dos tempos, Jesus jamais deixou de estabelecer conversa com os jovens, rapazes e raparigas, convidando-os a segui-lo com alegria e esperança. E para quê? Para os enviar em seu nome à faina neste mar-mundo, sempre em rebuliço e tumultuoso, a sacudir o barco que é a sua própria Igreja.

À proposta de Jesus, é possível que as redes, o barco e os projetos pessoais de alguns a quem Jesus convida, sejam empecilho, os impeçam dessa decisão, de correr riscos, de se lançarem ao largo e irem mais além, preferindo continuar presos ao seu tudo, passando a vida acomodados e a remendar as redes nas areias movediças da sua praia.

Sabemos que pelo batismo todos somos consagrados e chamados à santidade (cf. LG39-42). Mas há pessoas cristãs que, mais atentas à ação do Espírito e cada uma com a sua história, se sentem chamadas a uma consagração especial, tendo como modelo e inspiração o próprio Jesus, pobre, casto e obediente (cf. LG 43-47). São jovens, rapazes e raparigas, adultos e casais que deixam as suas redes, os seus barcos, os seus projetos pessoais, para se consagrarem à causa evangélica, ao serviço missionário e apostólico, quer no ministério ordenado, quer na vida consagrada religiosa ou laical, quer na oração em mosteiros, abadias e conventos, quer confundidas com a sociedade. São uma força viva e atuante no tecido social e eclesial, agindo como fermento e sal, como luz. São homens e mulheres que, com a sua vida e ação, testemunham o amor misericordioso de Deus no mundo, em parlamentos e auditórios, em escolas, colégios e universidades, em aldeias, vilas e cidades, no trabalho, no desporto e no convívio, junto de crianças, jovens e adultos, de refugiados, migrantes e deserdados de sorte, em ambientes de pobreza, de guerra e de paz...

Em qualquer vocação cristã, o Senhor chama a si aquelas pessoas que entende para estarem com Ele e as enviar em seu nome. É um inefável diálogo entre o amor de Deus que chama e a liberdade da pessoa que no amor responde a Deus (cf. PdV36). Depois de uma semana vivida nesse contexto, vamos viver o Dia Mundial de Oração pelas Vocações de especial consagração, em Dia do Bom Pastor. Como nos pede a Igreja, cada comunidade cristã, cada família, através da oração pessoal e comunitária, através da escuta, do silêncio e da ação pastoral que sabe animar e propor, é desafiada a criar o espaço ideal para que cada um dos seus membros possa discernir o projeto de vida, pessoal e irrepetível, que o Pai lhe confia.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 06-05-2022.

 

 

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