Segunda, 30 de maio de 2022
Segunda-feira da VII semana do tempo Pascal
LITURGIA
Segunda-feira
da semana VII
Branco –
Ofício da féria (Semana III do Saltério).
Missa da féria, pf. pascal.
L1: At 19, 1-8; Sal 67 (68), 2-3. 4-5ac. 6-7ab
Ev: Jo 16, 29-33
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – B. Batista Varano, virgem, da II Ordem – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – B. Marta
Wiecka, virgem – MO
* Nas Filhas de Maria, Mãe da Igreja – B. Matilde do Sagrado Coração Téllez
Robles, Fundadora da Congregação – FESTA
* Na Diocese de Beja (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja
Catedral.
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – I Vésp. da Visitação de Nossa Senhora.
* Na Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus – I Vésp.
de Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus.
MISSA
Antífona de
entrada At 1, 8
Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós,
e sereis minhas testemunhas até aos confins da terra. Aleluia.
Oração
coleta
Desça sobre nós, Senhor, a força do Espírito Santo,
para que possamos conhecer fielmente a vossa vontade
e dar testemunho dela na prática das boas obras.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Atos 19, 1-8
«Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou a região alta e chegou a
Éfeso. Encontrou lá alguns discípulos e perguntou-lhes: «Recebestes o Espírito
Santo, quando abraçastes a fé?». Eles responderam-lhe: «Nem sequer ouvimos
falar do Espírito Santo». Paulo perguntou: «Então, que batismo recebestes?».
Eles responderam: «O batismo de João». Disse-lhes Paulo: «João administrou um
batismo de penitência, dizendo ao povo que acreditasse n’Aquele que ia chegar
depois dele, isto é, em Jesus». Depois de ouvirem estas palavras, receberam o
Batismo em nome do Senhor Jesus. Quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito
Santo desceu sobre eles e começaram a falar línguas e a profetizar. Eram ao
todo uns doze homens. Paulo foi em seguida à sinagoga, onde falou com firmeza
durante três meses, argumentando de modo convincente sobre o reino de Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Sal. 67 (68), 2-3.4-5ac.6-7ab (R. 33a ou
Aleluia)
Refrão: Povos da terra, cantai ao Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Levanta-Se Deus, dispersam-se os inimigos
e fogem diante deles os que O odeiam.
Como se desfaz o fumo, assim eles se dissipam,
assim perecem os ímpios à vista de Deus. Refrão
Os justos exultam na presença de Deus,
exultam e transbordam de alegria.
Cantai a Deus, entoai um cântico ao seu nome;
o seu nome é Senhor: exultai na sua presença. Refrão
Pai dos órfãos e defensor das viúvas
é Deus na sua morada santa.
Aos abandonados Deus prepara uma casa,
conduz os cativos à liberdade. Refrão
ALELUIA Col 3, 1
Refrão: Aleluia Repete-se
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo está sentado à direita de Deus. Refrão
EVANGELHO Jo 16, 29-33
«Tende confiança: Eu venci o mundo»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disseram os discípulos a Jesus: «De facto agora falas
abertamente, sem enigmas. Agora vemos que sabes tudo e não precisas que ninguém
Te faça perguntas. Por isso acreditamos que saíste de Deus». Respondeu-lhes
Jesus: «Agora acreditais? Vai chegar a hora – e já chegou – em que sereis
dispersos, cada um para seu lado, e Me deixareis só; mas Eu não estou só,
porque o Pai está comigo. Digo-vos isto, para que em Mim tenhais a paz. No
mundo sofrereis tribulações. Mas tende confiança: Eu venci o mundo».
Palavra da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Nós Vos pedimos, Senhor,
que este santo sacrifício purifique o nosso coração
e nos dê o vigor da graça divina.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio pascal I-V; ou I-II da Ascensão
do Senhor.
Antífona
da comunhão Cf. Jo 14, 18; 16,
22
Não vos deixarei órfãos, diz o Senhor.
Eu virei de novo e o vosso coração exultará de alegria. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Protegei, Senhor, o vosso povo,
que saciastes nestes divinos mistérios,
e fazei-nos passar da antiga condição do pecado
à vida nova da graça.
Por Cristo nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 19, 1-8 : Os futuros cristãos de Éfeso eram ainda,
nesta altura, apenas discípulos de João Baptista, que tinham recebido somente o batismo
do Precursor. Ora o batismo de João era um rito ascético,
que convidava à penitência, ao passo que o batismo cristão é sinal
da vida nova dada por Jesus Cristo. É um dom, comunica o Espírito Santo; supõe
a conversão por parte de quem o recebe; mas é dom gratuito, fruto do sacrifício
pascal do Senhor. Os discípulos de Éfeso ainda não tinham chegado até aqui.
Jo 16, 29-33: Jesus anuncia aos discípulos que, enquanto
estiveram no mundo, sentirão, como Ele sentiu, as dificuldades, angústias e até
a perseguição inerentes a esta vida, mas pela força do Espírito de Jesus
ressuscitado eles vencerão o mundo, como Ele o venceu. É precisamente o momento
em que os
discípulos fazem um ato de fé e de confiança maior no
Mestre, é precisamente esse que Ele escolhe para lhes anunciar maiores
provações e lhes pedir maior confiança para as tribulações que os esperam. A
confiança no Senhor não pode ter limites!
AGENDA DO DIA:
18.30 horas: Funeral no
Pé da Serra
Terço na parte da tarde em:
Montalvão
Alpalhão
Gáfete
Tolosa
Amieira
do Tejo
17.20
horas: Terço em Nisa, Espírito Santo.
MAIO, MÊS DE MARIA
A VOZ DO PASTOR
BATER
A PORTA NÃO RESOLVE E BANALIZA
A
fé partilha-se e vive-se em comunidade, em Igreja, e anuncia-se na missão. Bater
a porta à comunidade cristã nada resolve, banaliza, empobrece. Empobrece a
comunidade e empobrece quem bate a porta. É certo que nem todas as comunidades
cristãs são mar de rosas. É possível que, numa ou noutra, muita gente viva de
suposições, de tradições, de fé herdada mas não experienciada, e, por isso,
destoe e faça destoar a comunidade. Tornam-se reivindicativas em exceções, não
raro muito consumidoras em ‘coisas do Senhor’, mas facilmente manipuláveis e
pouco ou nada proativas na construção da mesma. Constituídas por pessoas, as
comunidades são muitas vezes espaço de contradições e de tensões, de falta de
acolhimento e de escuta, de individualismos e frustrações, de incapacidade para
se questionarem sobre o que transmitem, o que celebram, o que fazem, o que
defendem e sobre qual a inclusão de quem pensa diferente e muito as poderia
ajudar a darem um salto de qualidade. É verdade, nem sempre são “casa e escola
de comunhão”.
A
Igreja, porém, ‘não é uma massa, mas uma comunidade formada por pessoas identificáveis,
que viveram a experiência da intimidade com Jesus’. Quando os compromissos
batismais são verdadeiramente assumidos e exercitados na comunidade cristã, sem
fanatismos nem superficialidade, eles são sempre novos e sempre desafiantes.
Não permitem que nos acomodemos, que nos fechemos em nós próprios, que
coloquemos trancas na porta da própria comunidade com medo que alguém saia ou
entre, como se ela fosse uma ilha ou um gueto sem sentido nem faísca criativa.
Se aquela comunidade onde estamos integrados não corresponde ao que pensamos ou
àquilo que deveria ser, importante será arregaçar as mangas e meter mãos à obra
para que venha a ser o que pretendemos que ela seja, diferente. Amuar, virar as
costas ou tornar-se indiferente é morrinha que nada resolve. Não podemos
esquecer que temos uma dívida para com a comunidade cristã, uma dívida que não
se paga desertando. Ela escancarou-nos as portas, nela fomos acolhidos e
gerados para a fé, nela nos fomos e vamos tornando mais cristãos, de forma
gradual e progressiva, num processo em que se vai conjugando a graça de Deus, o
testemunho da própria comunidade e o esforço pessoal de conversão.
Aí,
e através das pessoas que lhe deram e dão rosto – pais, avós, famílias,
pastores, catequistas e fiéis cristãos – fizemos ‘a descoberta do mistério de
Jesus Cristo e da alegria da vocação cristã’. Aí crescemos, formamos,
fortalecemos, celebramos e nos confirmamos na fé uns aos outros, sendo todos um
só em Cristo Jesus. Aí, através de um constante esforço para uma pastoral
descentrada de si própria e alicerçada na escuta da Palavra, na oração conjunta
e no amor recíproco se oferecem constantemente espaços de descoberta da fé, se
desenvolve e dinamiza a fé, se celebram os sacramentos, se faz catequese, se
promove o voluntariado e a ação social em favor da sociedade envolvente, se
convive e faz festa, se experimenta um modo de vida inspirado no Evangelho. Ao
fomentar o crescimento pessoal, familiar e social dos seus membros, ela
possibilita a complementaridade, enriquece, rasga horizontes e caminhos,
motiva, estimula, convida à comunhão, à mudança de vida, à vida com sentido.
Os
grupos, como espaço de reflecção, de partilha de vida, de sentimentos, de
ideias e de ação solidária, fortalecem, ampliam o nível de compreensão acerca
do mundo e da Igreja, geram novos recursos interiores para que cada um se mova
com mais autonomia e destreza na realidade concreta da sua própria vida. Todas
estas experiências comunitárias, com mais ou menos diversidade de culturas ou
de origem, promovem uma postura ética como convém, abrem à missão, fazem pôr a
render os carismas e os talentos ao serviço da construção de um mundo melhor no
respeito pelas realidades terrenas sobre as quais se aprende e se procura fazer
uma leitura à luz da Palavra de Deus.
Da
comunidade se parte para a missão, para a comunidade se converge da missão. E
se a comunidade é essencial para a missão, a missão também é essencial para a
comunidade. Onde está um cristão a fazer seus os sentimentos de Cristo, aí
está, de alguma forma, a presença da Igreja como fermento, luz e sal: seja na
medicina, na economia, na política, na escola, na universidade, na família, nas
artes, no desporto, na ciência, na sociedade em que se vive, onde quer que for.
Como sabemos, “Há um só corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança,
para a qual Deus nos chamou. Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo. Há um
só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua por meio de todos e está
em todos” (Ef 4, 4-6).
Que
bom seria se todas as pessoas e famílias cristãs tivessem esta consciência ou
brio de pertença à comunidade cristã e agissem como tal, sempre abertos às
surpresas do Espírito e dispostos a colaborar. E que bom seria se todas as
comunidades conseguissem fomentar a tal pastoral de proposta, de iniciação, de
gestação, com padrões de coerência evangélica e de alegria cristã. Só os
valores de referência são capazes de orientar opções e de fundamentar
compromissos.
Conforme
o dom que cada um recebeu, a Igreja exorta-nos a que nos consagremos ao serviço
uns dos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus (cf. 1Ped
4, 10). De facto, se cada um fizer a sua parte, tudo será bem diferente!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 20-05-2022.
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