sexta-feira, 27 de maio de 2022

 

 

Sábado,28de maio de 2022

 

Sábado da VI semana do tempo de Páscoa

 

 

LITURGIA

 

 

Sábado da semana VI

Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.

L1: At 18, 23-28; Sal 46 (47), 2-3. 8-9. 10
Ev: Jo 16, 23b-28

* Na Ordem Franciscana – S. Maria Ana de Paredes, virgem, da III Ordem – MF
* Na Ordem de Malta – S. Ubaldesca de Taccini, virgem e religiosa – MO
* I Vésp. da Ascensão do Senhor – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

MISSA

Antífona de entrada Cf. 1Pd 2, 9
Povo resgatado, proclamai as maravilhas do Senhor,
que vos chamou das trevas para a sua luz admirável. Aleluia.

Oração coleta
Senhor nosso Deus, santificai as nossas almas
com a prática constante das boas obras,
de modo que, aspirando sempre aos dons mais excelentes,
possamos viver plenamente o mistério pascal.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Atos 18, 23-28
«Apolo demonstrava pelas Escrituras que Jesus era o Messias»


Leitura dos Atos Apóstolos

Depois de ter passado algum tempo em Antioquia, Paulo partiu de novo e percorreu sucessivamente a Galácia e a Frígia, fortalecendo todos os discípulos na fé. Entretanto, chegou a Éfeso um judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloquente, muito versado nas Escrituras. Fora instruído no caminho do Senhor e pregava com muito entusiasmo, ensinando com exatidão o que se referia a Jesus, embora só conhecesse o batismo de João. E começou a falar também com firmeza na sinagoga. Priscila e Áquila, ouvindo-o falar, tomaram-no consigo e expuseram-lhe com maior exatidão o caminho do Senhor. Como ele queria partir para a Acaia, os irmãos encorajaram-no e escreveram aos discípulos que o recebessem. Depois de lá ter chegado, ajudava muito os fiéis com o auxílio da graça: refutava energicamente os judeus em público, demonstrando pelas Escrituras que Jesus era o Messias.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 46 (47), 2-3.8-9.10 (cf. 8a ou Aleluia)
Refrão: Deus é o Senhor de toda a terra. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com júbilo,
porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,
o Rei soberano de toda a terra. Refrão

Deus é Rei do universo,
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no trono sagrado. Refrão

Reuniram-se os príncipes dos povos
ao povo do Deus de Abraão;
porque a Deus pertencem os poderes da terra,
Ele está acima de todas as coisas. Refrão

ALELUIA Jo 16, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Saí do Pai e vim ao mundo;
agora deixo o mundo e vou para o Pai. Refrão

EVANGELHO Jo 16, 23b-28
«O Pai vos ama, porque vós Me amastes e acreditastes»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade, em verdade vos digo: Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo dará. Até agora não pedistes nada em meu nome: pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa. Tenho-vos dito tudo isto em parábolas mas vai chegar a hora em que não vos falarei mais em parábolas: falar-vos-ei claramente do Pai. Nesse dia pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei por vós ao Pai, pois o próprio Pai vos ama, porque vós Me amastes e acreditastes que Eu saí de Deus. Saí de Deus e vim ao mundo. agora deixo o mundo e vou para o Pai».

Palavra da salvação.

Oração sobre as oblatas
Santificai, Senhor, estes dons,
que Vos oferecemos como sacrifício espiritual,
e fazei de nós mesmos
uma oblação eterna para vossa glória.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I-V; ou da Ascensão do Senhor.

Antífona da comunhão Cf. Jo 17, 24
Eu quero, ó Pai, que estejam sempre comigo aqueles que Me deste,
para que vejam a minha glória. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Cristo nosso Senhor.

.

Missa da vigília

 
Esta Missa diz-se na tarde da véspera da solenidade, antes ou depois das Vésperas I da Ascensão.


Antífona de entrada Cf. Sl 67, 33.35
Reinos da terra, cantai a Deus,
entoai hinos ao Senhor, que sobe às alturas do céu.
Sobre as nuvens resplandece o seu poder e majestade. Aleluia.

Diz-se o Glória
.

Oração coleta
Senhor nosso Deus,
cujo Filho hoje sobe ao céu na presença dos apóstolos,
concedei-nos que, segundo a sua promessa,
Ele viva sempre connosco na terra,
para que mereçamos um dia viver com Ele no céu.
Ele que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I Atos 1, 1-11
«Elevou-Se à vista deles»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, desde o princípio até ao dia em que foi elevado ao Céu, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera. Foi também a eles que, depois da sua paixão, Se apresentou vivo com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando-lhes do reino de Deus. Um dia em que estava com eles à mesa, mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, «da qual – disse Ele – Me ouvistes falar. Na verdade, João batizou com água; vós, porém, sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias». Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar: «Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?». Ele respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a sua autoridade; mas recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria e até aos confins da terra». Dito isto, elevou-Se à vista deles e uma nuvem escondeu-O a seus olhos. E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Se afastava, apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco, que disseram: «Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu? Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu, virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».

 Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 46 (47), 2-3.6-7.8-9 (R. 6)
Refrão: Por entre aclamações e ao som da trombeta,
ergue-Se Deus, o Senhor
. Repete-se

Ou: Ergue-Se Deus, o Senhor,
em júbilo e ao som da trombeta.
Repete-se

Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria,
porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,
o Rei soberano de toda a terra. Refrão

Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso Rei, cantai. Refrão

Deus é Rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado. Refrão

LEITURA II Ef 1, 17-23
«Colocou-O à sua direita nos Céus»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios

Irmãos: O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de revelação para O conhecerdes plenamente e ilumine os olhos do vosso coração, para compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. Assim o mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Cristo, que Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus, acima de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome que é pronunciado, não só neste mundo, mas também no mundo que há-de vir. Tudo submeteu aos seus pés e pô-l’O acima de todas as coisas como Cabeça de toda a Igreja, que é o seu Corpo, a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.

Palavra do Senhor.

ALELUIA Mt 28, 19a.20b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Ide e ensinai todos os povos, diz o Senhor:
Eu estou sempre convosco
até ao fim dos tempos. Refrão

EVANGELHO Lc 24, 46-53
«Enquanto os abençoava, foi elevado ao Céu»


Conclusão do santo Evangelho segundo São Lucas

 Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas disso. Eu vos enviarei Aquele que foi prometido por meu Pai. Por isso, permanecei na cidade, até que sejais revestidos com a força do alto». Depois Jesus levou os discípulos até junto de Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. Enquanto os abençoava, afastou-Se deles e foi elevado ao Céu. Eles prostraram-se diante de Jesus, e depois voltaram para Jerusalém com grande alegria. E estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus.

Palavra da salvação.

Diz-se o Credo.

Oração sobre as oblatas
Senhor nosso Deus,
cujo Filho unigénito, nosso Sumo Sacerdote,
vive para sempre à vossa direita a interceder por nós,
concedei que, aproximando-nos confiadamente do trono da graça,
alcancemos os dons da vossa misericórdia.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio I ou II da Ascensão do Senhor.

No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.

Antífona da comunhão Cf. Heb 10, 12
Jesus Cristo, tendo oferecido pelos pecados o único sacrifício,
vive para sempre à direita de Deus Pai. Aleluia.

Oração depois da comunhão
Os dons que recebemos do vosso altar, Senhor,
despertem em nossos corações o desejo da pátria celeste
e, encaminhando os nossos passos no seguimento de Cristo,
nos façam chegar onde Ele entrou como nosso Salvador. Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.


Pode utilizar-se a fórmula de bênção solene.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 LEITURAS: Atos 18, 23-28: A grande descoberta de Apolo, e é a de todos os discípulos de Jesus de todos os tempos, foi a de que Ele é o Messias. É esta a fé cristã, e é dela que deriva toda a acção missionária da Igreja. De facto, não basta descobrir que Jesus é um homem extraordinário; é necessário para a salvação acreditar que Ele é o Messias, o Filho de Deus, o Salvador. É o que as Escrituras, de um extremo ao outro, nos revelam.

Jo 16, 23b-28: A fé em Jesus ressuscitado leva a entrar na comunhão com o Pai, como o próprio Jesus entrou pelo seu Mistério Pascal. O amor que o Pai tem ao Filho, Ele o estende agora aos homens que, unidos ao Filho, se tornam também filhos de Deus adotivos. E a leitura termina com uma palavra que resume, de maneira admirável, todo o Mistério Pascal, desde a sua origem até ao seu termo.

Vigília:

Actos 1, 1-11 : terra. No entanto, Ele, que permanece eternamente vivo «depois da Sua Paixão», continuará sempre presente no meio de nós. A Ascensão inaugura o tempo da Igreja, na qual, de futuro, o céu e a terra se vão encontrar. Na Igreja, embora não O vejamos fisicamente, temos a possibilidade de viver de Cristo e com Cristo. Na Igreja, pelos Seus Apóstolos, testemunhas da Ressurreição, anunciadores do perdão e da vida divina, portadores da força do Espírito, Jesus continua hoje a Sua obra de Salvação.

Ef 1, 17-23: Com a Sua Ascensão, Jesus foi plenamente glorificado pelo Pai, que O fez sentar à Sua direita, Lhe deu todo o poder, O constituiu Chefe do novo Povo de Deus e Senhor de todo o universo. Vivendo agora junto do Pai, Jesus não pertence, porém, ao passado, nem está separado de nós, como se habitasse alturas inacessíveis. É d’Ele que jorra, continuamente, sobre o imenso Corpo, que é a Igreja, a vida nova, recebida no Batismo, para desabrochar, em toda a sua força e beleza, no Céu.

Lc 24, 46-53: A glorificação de Jesus começou na manhã de Páscoa, quando, triunfando do pecado e da morte, nos alcançou a vida plena. Porém, a subida de Jesus ao Céu, descrita de modo humano, de harmonia com a conceção antiga do universo, é a posse definitiva e total da glória, que já Lhe pertencia, pela Paixão e Ressurreição. A glorificação de Jesus é também a glorificação da humanidade. Com efeito, pelo perdão dos pecados, prometido a todos os povos, nós participamos da vida do Ressuscitado, tornamo-nos membros do Seu Corpo místico, destinados à mesma glória da Cabeça. Reconfortados por esta certeza, fortificados pelo Espírito Santo, colaboremos para que a obra de Cristo atinja todos os homens.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

11.00 horas: Batizados na Igreja e Nossa Senhora da Graça

12.00 horas: Casamento e batizados em Tolosa

15.00 horas: Missa na Falagueira

16.00 horas: Missa em Monte Claro

16.00 horas: Missa no Pardo

18.00 horas; Missa em Alpalhãp

18,00 horas: Missa em Nisa.

 

Terço na parte da tarde em:

Montalvão

Alpalhão

Gáfete

Tolosa

Amieira do Tejo

17.20 horas: Terço em Nisa, Espírito Santo.

 

 

MAIO, MÊS DE MARIA

 

 

 

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

BATER A PORTA NÃO RESOLVE E BANALIZA

 

A fé partilha-se e vive-se em comunidade, em Igreja, e anuncia-se na missão. Bater a porta à comunidade cristã nada resolve, banaliza, empobrece. Empobrece a comunidade e empobrece quem bate a porta. É certo que nem todas as comunidades cristãs são mar de rosas. É possível que, numa ou noutra, muita gente viva de suposições, de tradições, de fé herdada mas não experienciada, e, por isso, destoe e faça destoar a comunidade. Tornam-se reivindicativas em exceções, não raro muito consumidoras em ‘coisas do Senhor’, mas facilmente manipuláveis e pouco ou nada proativas na construção da mesma. Constituídas por pessoas, as comunidades são muitas vezes espaço de contradições e de tensões, de falta de acolhimento e de escuta, de individualismos e frustrações, de incapacidade para se questionarem sobre o que transmitem, o que celebram, o que fazem, o que defendem e sobre qual a inclusão de quem pensa diferente e muito as poderia ajudar a darem um salto de qualidade. É verdade, nem sempre são “casa e escola de comunhão”.

A Igreja, porém, ‘não é uma massa, mas uma comunidade formada por pessoas identificáveis, que viveram a experiência da intimidade com Jesus’. Quando os compromissos batismais são verdadeiramente assumidos e exercitados na comunidade cristã, sem fanatismos nem superficialidade, eles são sempre novos e sempre desafiantes. Não permitem que nos acomodemos, que nos fechemos em nós próprios, que coloquemos trancas na porta da própria comunidade com medo que alguém saia ou entre, como se ela fosse uma ilha ou um gueto sem sentido nem faísca criativa. Se aquela comunidade onde estamos integrados não corresponde ao que pensamos ou àquilo que deveria ser, importante será arregaçar as mangas e meter mãos à obra para que venha a ser o que pretendemos que ela seja, diferente. Amuar, virar as costas ou tornar-se indiferente é morrinha que nada resolve. Não podemos esquecer que temos uma dívida para com a comunidade cristã, uma dívida que não se paga desertando. Ela escancarou-nos as portas, nela fomos acolhidos e gerados para a fé, nela nos fomos e vamos tornando mais cristãos, de forma gradual e progressiva, num processo em que se vai conjugando a graça de Deus, o testemunho da própria comunidade e o esforço pessoal de conversão.

Aí, e através das pessoas que lhe deram e dão rosto – pais, avós, famílias, pastores, catequistas e fiéis cristãos – fizemos ‘a descoberta do mistério de Jesus Cristo e da alegria da vocação cristã’. Aí crescemos, formamos, fortalecemos, celebramos e nos confirmamos na fé uns aos outros, sendo todos um só em Cristo Jesus. Aí, através de um constante esforço para uma pastoral descentrada de si própria e alicerçada na escuta da Palavra, na oração conjunta e no amor recíproco se oferecem constantemente espaços de descoberta da fé, se desenvolve e dinamiza a fé, se celebram os sacramentos, se faz catequese, se promove o voluntariado e a ação social em favor da sociedade envolvente, se convive e faz festa, se experimenta um modo de vida inspirado no Evangelho. Ao fomentar o crescimento pessoal, familiar e social dos seus membros, ela possibilita a complementaridade, enriquece, rasga horizontes e caminhos, motiva, estimula, convida à comunhão, à mudança de vida, à vida com sentido.

Os grupos, como espaço de reflecção, de partilha de vida, de sentimentos, de ideias e de ação solidária, fortalecem, ampliam o nível de compreensão acerca do mundo e da Igreja, geram novos recursos interiores para que cada um se mova com mais autonomia e destreza na realidade concreta da sua própria vida. Todas estas experiências comunitárias, com mais ou menos diversidade de culturas ou de origem, promovem uma postura ética como convém, abrem à missão, fazem pôr a render os carismas e os talentos ao serviço da construção de um mundo melhor no respeito pelas realidades terrenas sobre as quais se aprende e se procura fazer uma leitura à luz da Palavra de Deus.

Da comunidade se parte para a missão, para a comunidade se converge da missão. E se a comunidade é essencial para a missão, a missão também é essencial para a comunidade. Onde está um cristão a fazer seus os sentimentos de Cristo, aí está, de alguma forma, a presença da Igreja como fermento, luz e sal: seja na medicina, na economia, na política, na escola, na universidade, na família, nas artes, no desporto, na ciência, na sociedade em que se vive, onde quer que for. Como sabemos, “Há um só corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança, para a qual Deus nos chamou. Há um só Senhor, uma só fé e um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua por meio de todos e está em todos” (Ef 4, 4-6).

Que bom seria se todas as pessoas e famílias cristãs tivessem esta consciência ou brio de pertença à comunidade cristã e agissem como tal, sempre abertos às surpresas do Espírito e dispostos a colaborar. E que bom seria se todas as comunidades conseguissem fomentar a tal pastoral de proposta, de iniciação, de gestação, com padrões de coerência evangélica e de alegria cristã. Só os valores de referência são capazes de orientar opções e de fundamentar compromissos.

Conforme o dom que cada um recebeu, a Igreja exorta-nos a que nos consagremos ao serviço uns dos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus (cf. 1Ped 4, 10). De facto, se cada um fizer a sua parte, tudo será bem diferente!

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 20-05-2022.

 

 

 

 

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