segunda-feira, 1 de novembro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Terça, 02 de novembro de 2021

 

Terça-feira da XXXI semana do tempo comum

 

 

 

LITURGIA

 

 

 

Terça-feira da semana XXXI

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos
Roxo ou preto – Ofício como no Comum e no Próprio.
Missa própria (3 formulários), pf. dos defuntos.

As leituras escolhem-se de entre as que se propõem no Lecionário das Missas de defuntos (cf. Lecionário VIII, p. 1069-1131). As que se indicam a seguir são apenas sugeridas.

Primeira Missa
L 1 Job 19, 1. 23-27a; Sal 26, 1. 4. 7 e 8b e 9a. 13-14
L2 2 Cor 4, 14 – 5, 1
Ev Mt 11, 25-30

Segunda Missa
L 1 2 Mac 12, 43-46; Sal 102, 8 e 10. 13-14. 15-16. 17-18
L2 2 Cor 5, 1. 6-10
Ev Jo 11, 21-27

Terceira Missa
L 1 Is 25, 6a-7-9; Sal 22, 1-3a. 3b-4. 5. 6
L2 1 Tes 4, 13-18
Ev Jo 6, 51-58

Todos os sacerdotes podem celebrar hoje três Missas. Receberão o estipêndio de uma (CDC 951 § 1) e aplicarão as outras duas, uma por todos os fiéis defuntos e a outra pelas intenções do Santo Padre (BENTO XV, Const. Ap. Incruentum altaris, de 10 de agosto de 1915, I).

* Proibidas todas as outras celebrações.
* Na Diocese do Algarve – Ofertório para o Seminário Diocesano.
* Na Arquidiocese de Évora – Ofertório para os Seminários Diocesanos.

 

COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS

 

Nota Histórica:

Depois de ter cantado a glória e a felicidade dos Santos que «gozam em Deus a serenidade da vida imortal», a Liturgia, desde o início do século XI, consagra este dia à memória dos fiéis defuntos.
É uma continuação lógica da festa de Todos os Santos. Se nos limitássemos a lembrar os nossos irmãos Santos, a Comunhão de todos os crentes em Cristo não seria perfeita. Quer os fiéis que vivem na glória, quer os que vivem na purificação, preparando-se para a visão de Deus, são todos membros de Cristo pelo Baptismo. Continuam todos unidos a nós. A Igreja peregrina não podia, por isso, ao celebrar a Igreja da glória, esquecer a Igreja que se purifica no Purgatório.
É certo que a Igreja, todos os dias, na Missa, ao tornar sacramentalmente presente o Mistério Pascal, lembra «aqueles que nos precederam com o sinal da fé e dormem agora o sono da paz» (Prece Eucarística 1). Mas, neste dia, essa recordação é mais profunda e viva.
O Dia de Fiéis Defuntos não é dia de luto e tristeza. É dia de mais íntima comunhão com aqueles que «não perdemos, porque simplesmente os mandámos à frente» (S. Cipriano). É dia de esperança, porque sabemos que os nossos irmãos ressurgirão em Cristo para uma vida nova. É, sobretudo, dia de oração, que se revestirá da maior eficácia, se a unirmos ao Sacrifício de reconciliação, a Missa.
No Sacrifício da Missa, com efeito, o Sangue de Cristo lavará as culpas e alcançará a misericórdia de Deus para os nossos irmãos que adormeceram na paz com Ele, de modo que, acabada a Sua purificação, sejam admitidos no Seu Reino.

 

MISSA

Primeira Missa


ANTÍFONA DE ENTRADA cf. 1 Tess 4, 14; 1 Cor 15, 22
Assim como Jesus morreu e ressuscitou,
também aos que morrem em Jesus, Deus os levará com Ele à sua glória.
Se em Adão todos morreram, em Cristo todos voltarão à vida.


ORAÇÃO COLECTA
Deus, Pai de misericórdia,
escutai benignamente as nossas orações,
para que, ao confessarmos a fé na ressurreição do vosso Filho,
se confirme em nós a esperança da ressurreição dos vossos servos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Job 19, 1.23-27a
«Eu sei que o meu Redentor está vivo»


Leitura do Livro de Job

Job tomou a palavra e disse:
«Quem dera que as minhas palavras fossem escritas num livro,
ou gravadas em bronze com estilete de ferro,
ou esculpidas em pedra para sempre!
Eu sei que o meu Redentor está vivo
e no último dia Se levantará sobre a terra.
Revestido da minha pele, estarei de pé;
na minha carne verei a Deus.
Eu próprio O verei,
meus olhos O hão de contemplar».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 1.4.7 e 8b e 9a.13-14 (R. 1a ou 13)
Refrão: Espero contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Ou: O Senhor é a minha luz e a minha salvação.

O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei de temer?
O Senhor é o protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo?

Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida,
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário.

Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica,
tende compaixão de mim e atendei-me.
A vossa face, Senhor, eu procuro:
não escondais de mim o vosso rosto.

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor.


LEITURA II 2 Cor 4, 14 – 5, 1
«As coisas visíveis são passageiras;
as invisíveis são eternas»


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Como sabemos, irmãos,
Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus
também nos há de ressuscitar com Jesus
e nos levará convosco para junto d’Ele.

Tudo isto é por vossa causa,
para que uma graça mais abundante
multiplique as acções de graças de um maior número de cristãos
para glória de Deus.
Por isso, não desanimamos.
Ainda que em nós o homem exterior se vá arruinando,
o homem interior vai-se renovando de dia para dia.
Porque a ligeira aflição dum momento
prepara-nos, para além de toda e qualquer medida,
um peso eterno de glória.
Não olhamos para as coisas visíveis,
olhamos para as invisíveis:
as coisas visíveis são passageiras,
ao passo que as invisíveis são eternas.
Bem sabemos que,
se esta tenda, que é a nossa morada terrestre, for desfeita,
recebemos nos Céus uma habitação eterna,
que é obra de Deus
e não é feita pela mão dos homens.

 Palavra do Senhor.

ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão

EVANGELHO Mt 11, 25-30
«Vinde a Mim...Eu vos aliviarei»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus exclamou:
«Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes
e as revelaste aos pequeninos.
Sim, Pai, Eu Te bendigo,
porque assim foi do teu agrado.
Tudo Me foi dado por meu Pai.
Ninguém conhece o Filho senão o Pai
e ninguém conhece o Pai senão o Filho
e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Vinde a Mim,
todos os que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo
e aprendei de Mim,
que sou manso e humilde de coração,
e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai com bondade, Senhor, as nossas ofertas
e fazei que os vossos fiéis defuntos
sejam recebidos na glória do vosso Filho,
a quem nos unimos neste sacramento de amor.
Por Nosso Senhor.

Prefácio dos Defuntos

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 11, 25-26
Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor.
Quem crê em Mim, ainda que tenha morrido, viverá.
Quem vive e crê em Mim viverá para sempre.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor, que os vossos servos defuntos
por quem celebrámos o mistério pascal,
sejam conduzidos à vossa morada de luz e de paz.
Por Nosso Senhor.


Segunda Missa:


ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Esdr 2, 34-35
Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso, nos esplendores da luz perpétua.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor, glória dos fiéis e vida dos justos,
que nos salvastes pela morte e ressurreição do vosso Filho,
acolhei com bondade os vossos fiéis defuntos,
de modo que, tendo eles acreditado no mistério da ressurreição,
mereçam alcançar as alegrias da bem-aventurança eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I 2 Mac 12, 43-46
«Uma ação digna e nobre, inspirada na esperança da ressurreição»

Leitura do Segundo Livro dos Macabeus

Naqueles dias,
Judas Macabeu fez uma coleta entre os seus homens
de cerca de duas mil dracmas de prata
e enviou-as a Jerusalém,
para que se oferecesse um sacrifício de expiação
pelos pecados dos que tinham morrido,
praticando assim uma acção muito digna e nobre,
inspirada na esperança da ressurreição.
Porque, se ele não esperasse
que os que tinham morrido haviam de ressuscitar,
teria sido em vão e supérfluo orar pelos mortos.
Além disso, pensava na magnífica recompensa
que está reservada àqueles que morrem piedosamente.
Era um santo e piedoso pensamento.
Por isso é que ele mandou oferecer
um sacrifício de expiação pelos mortos,
para que fossem libertos do seu pecado.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 8 e 10.13-14.15-16.17-18 (R. 8a ou Salmo 36 (37), 39a)
Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão.
Ou: A salvação dos justos vem do Senhor.

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
Não nos tratou segundo os nossos pecados,
nem nos castigou segundo as nossas culpas.

Como um pai se compadece dos seus filhos,
assim o Senhor Se compadece dos que O temem.
Ele sabe de que somos formados
e não Se esquece que somos pó da terra.

Os dias do homem são como o feno:
ele desabrocha como a flor do campo;
mal sopra o vento desaparece
e não mais se conhece o seu lugar.

A bondade do Senhor permanece eternamente
sobre aqueles que O temem
e a sua justiça sobre os filhos dos seus filhos,
sobre aqueles que guardam a sua aliança
e se lembram de cumprir os seus preceitos.

LEITURA II 2 Cor 5, 1.6-10
«Recebemos nos Céus uma habitação eterna»


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos:
Nós sabemos
que, se esta tenda, que é a nossa morada terrestre, for desfeita,
recebemos nos Céus uma habitação eterna,
que é obra de Deus e não é feita pela mão dos homens.
Por isso, estamos sempre cheios de confiança,
sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo,
vivemos como exilados, longe do Senhor,
pois caminhamos à luz da fé e não da visão clara.
E com esta confiança, preferíamos exilar-nos do corpo,
para irmos habitar junto do Senhor.
Por isso nos empenhamos em ser-Lhe agradáveis,
quer continuemos a habitar no corpo,
quer tenhamos de sair dele.
Todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo,
para que receba cada qual o que tiver merecido
enquanto esteve no corpo,
quer o bem quer o mal.

Palavra do Senhor.

ALELUIA Jo 11, 25a.26
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor.
Quem acredita em Mim nunca morrerá. Refrão


EVANGELHO Jo 11, 21-27
«Eu sou a ressurreição e a vida»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
disse Marta a Jesus:
«Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
Mas eu sei que, mesmo agora,
tudo o que pedires a Deus, Ele To concederá».
Disse-lhe Jesus:
«Teu irmão ressuscitará».
Marta respondeu:
«Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia».
Disse-lhe Jesus:
«Eu sou a ressurreição e a vida.
Quem acredita em Mim,
ainda que tenha morrido, viverá;
e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá.
Acreditas nisto?».
Disse-Lhe Marta:
«Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus,
que havia de vir ao mundo».

 Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Deus de bondade infinita,
que purificastes na água do Baptismo os vossos servos defuntos,
purificai-os também agora no Sangue de Cristo,
por este sacrifício de reconciliação.
Por Nosso Senhor.

Prefácio dos Defuntos

ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Esdr 2, 35.34
V. Brilhe para eles a luz perpétua,
R. Vivam para sempre com os vossos Santos,
porque Vós sois bom, Senhor.
V. Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno,
nos esplendores da luz perpétua.
R. Vivam para sempre com os vossos Santos,
porque Vós sois bom, Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Ao recebermos o sacramento do vosso Filho,
que por nós foi imolado e ressuscitou glorioso,
humildemente Vos suplicamos, Senhor,
pelos vossos fiéis defuntos,
para que, purificados pelo mistério pascal,
alcancem a glória da ressurreição futura.
Por Nosso Senhor.

Terceira Missa:

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Rom 8, 11
Deus, que ressuscitou Jesus de entre os mortos,
também dará vida aos nossos corpos mortais
pelo seu Espírito que habita em nós.

ORAÇÃO COLETA
Senhor, que pela vitória do vosso Filho sobre a morte,
O exaltastes no reino da glória,
concedei aos nossos irmãos defuntos
que, libertos desta vida mortal,
possam contemplar-Vos para sempre
como seu Criador e Redentor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Is 25, 6a.7-9
«O Senhor destruirá a morte para sempre»


Leitura do Livro de Isaías

Sobre este monte,
o Senhor do Universo há-de preparar para todos os povos
um banquete de manjares suculentos.
Sobre este monte,
há-de tirar o véu que cobria todos os povos,
o pano que envolvia todas as nações;
Ele destruirá a morte para sempre.
O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces
e fará desaparecer da terra inteira
o opróbrio que pesa sobre o seu povo.
Porque o Senhor falou.
Dir-se-á naquele dia:
«Eis o nosso Deus,
de quem esperávamos a salvação;
é o Senhor, em quem pusemos a nossa confiança.
Alegremo-nos e rejubilemos,
porque nos salvou».

 Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 1 ou 4a)
Refrão: O Senhor é meu pastor:
nada me faltará.
Ou: Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
nada temo, porque Vós estais comigo.

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo
me enchem de confiança.

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça,
e o meu cálice transborda.

A bondade e a graça hão de acompanhar-me
todos os dias da minha vida
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.

LEITURA II 1 Tes 4, 13-18
«Estaremos sempre com o Senhor»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses

Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância
a respeito dos defuntos,
para não vos contristardes como os outros,
que não têm esperança.
Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou,
do mesmo modo, Deus levará com Jesus
os que em Jesus tiverem morrido.
Eis o que temos para vos dizer,
segundo a palavra do Senhor:
Nós, os vivos,
os que ficarmos para a vinda do Senhor,
não precederemos os que tiverem morrido.
Ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina,
o próprio Senhor descerá do Céu
e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.
Em seguida, nós, os vivos, os que tivermos ficado,
seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens,
para irmos ao encontro do Senhor nos ares,
e assim estaremos sempre com o Senhor.
Consolai-vos uns aos outros com estas palavras.

Palavra do Senhor.

ALELUIA Jo 6, 51
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou o pão vivo que desceu do Céu;
quem comer deste pão viverá eternamente. Refrão

EVANGELHO Jo 6, 51-58
«Quem comer deste pão viverá eternamente
e Eu o ressuscitarei no último dia»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
disse Jesus à multidão:
«Eu sou o pão vivo que desceu do Céu.
Quem comer deste pão viverá eternamente.
E o pão que Eu hei-de dar é minha carne,
que Eu darei pela vida do mundo».
Os judeus discutiam entre si:
«Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?».
Jesus disse-lhes:
«Em verdade, em verdade vos digo:
Se não comerdes a carne do Filho do homem
e não beberdes o seu sangue,
não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
tem a vida eterna;
e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida
e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
permanece em Mim e Eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou
e Eu vivo pelo Pai,
também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu;
não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram:
quem comer deste pão viverá eternamente».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei benignamente, Senhor, esta oblação
em favor de todos os vossos fiéis que adormeceram em Cristo
e fazei que, libertos dos laços da morte,
por este sacrifício de salvação
mereçam entrar na vida eterna.
Por Nosso Senhor.
Prefácio dos Defuntos

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Filip 3, 20-21
Esperamos o nosso Salvador, Jesus Cristo,
que transformará o nosso corpo mortal
à imagem do seu Corpo glorioso.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Derramai, Senhor, a abundância da vossa misericórdia
sobre os nossos irmãos defuntos,
pelos quais Vos oferecemos este sacrifício;
Vós que lhes destes a graça do Batismo,
dai-lhes a plenitude da alegria eterna.
Por Nosso Senhor.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS:

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

17.00 horas: Missa em Gáfete

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão

18.00 horas: Missa em Tolosa.

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

PARA ALÉM DA MORTE A VIDA SEM FIM

 

Os cristãos rezam pelos seus falecidos desde os primórdios. Foram encontradas orações escritas em túmulos, sobretudo de mártires. Esta devoção foi crescendo como demonstração de fé na vida eterna e de amor para com os falecidos. No século V, já se teria determinado um dia para rezar por aqueles pelos quais ninguém rezava, iniciativa que se foi consolidando até ao século XI, rezando por todos os defuntos. Cerca de dois séculos depois foi estabelecido um dia oficial, o dia 2 de novembro. Depois do Dia de Todos os Santos, o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. Bento XV, por causa da mortandade havida no primeira Grande Guerra, decretou que os Padres rezassem três Eucaristias no Dia de Todos os Fiéis Defuntos. A doutrina católica baseia-se em passagens bíblicas do Antigo e Novo Testamento, e apoia-se na Tradição da Igreja.

Conforme as culturas e os lugares, há diferentes formas  de celebrar e honrar os mortos, algumas até bastante festivas. Entre nós, os cristãos, fazemo-lo com iniciativas diversas, segundo a fé e a devoção de cada um, de cada família, e segundo os costumes das comunidades cristãs. As expressões mais comuns vão desde a confissão sacramental para se participar na comunhão eucarística, à celebração ou participação na Eucaristia, rezando também pelas intenções do Santo Padre. Desde a oração pessoal ou familiar, em casa e na comunidade cristã, à esmola, à mortificação e ao voluntariado por essa intenção. Desde as visitas ou romagens ao Cemitério para rezar pelos falecidos, à participação em eventos organizados. Desde o acender de velas sobre a campa, como que a iluminar o caminho da eternidade, ao colocar uma coroa ou ramo de flores, a simbolizar a vitória da vida sobre a morte e o amor para com os ali sepultados...

Como sabemos, até à vinda gloriosa do Senhor, no final dos tempos, os discípulos de Jesus distribuem-se por três estados da única e mesma Igreja. Uns peregrinam sobre a terra, é a Igreja militante. Outros, passada esta vida, são purificados no Purgatório, é a Igreja padecente. Outros, também tendo passado já esta vida, são glorificados e já contemplam Deus tal como Ele é, a Igreja triunfante. Mas todos comungamos no mesmo amor de Deus e do próximo, embora de modo diverso. Há uma espécie de corrente interna de graça entre os membros de toda a Igreja. Todos entoamos a Deus o mesmo hino de louvor. Todos estamos unidos numa só Igreja e ligados uns aos outros em Cristo. Jamais se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo. Antes pelo contrário, é reforçada pela comunicação dos bens espirituais. Estando mais intimamente unidos com Cristo, os bem-aventurados consolidam mais firmemente a Igreja na santidade. Enobrecem o culto que ela presta a Deus na terra. Contribuem de muitas maneiras para a sua mais ampla edificação em Cristo. Recebidos na Pátria celeste e vivendo junto do Senhor, não cessam de interceder, com Ele e n'Ele, a nosso favor diante do Pai. A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua solicitude de irmãos (cf. Lumen Gentium, 49).

Rezemos pelos vivos, companheiros de viagem em direção à Pátria definitiva, saibamos dar as mãos uns aos outros. Rezemos pelos que, tendo já partido, se purificam no Purgatório, é um dever de gratidão, de caridade e de justiça. Peçamos a intercessão dos santos no Céu para que nos convertamos e vivamos como verdadeiros filhos de Deus, com alegria e esperança.

A lembrar que também há de partir, deixo-lhe a ladainha dos póstumos natais do ‘Cancioneiro de Natal’ de David de Jesus Mourão Ferreira, falecido a 16 de junho de 1996.

 

“LADAINHA DOS PÓSTUMOS NATAIS

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que se veja à mesa o meu lugar vazio

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que hão de me lembrar de modo menos nítido

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que só uma voz me evoque a sós consigo

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que não viva já ninguém meu conhecido

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que nem vivo esteja um verso deste livro

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que terei de novo o Nada a sós comigo

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que nem o Natal terá qualquer sentido

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que o Nada retome a cor do Infinito”

..............

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 29-10-2021.

 

 

 

 

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