PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 22 de novembro de 2021
Segunda da XXXIV semana do tempo comum
LITURGIA
22
Segunda-feira da semana XXXIV
S. Cecília, virgem e
mártir – MO
Vermelho – Ofício da memória (Semana II do Saltério).
Missa da memória.
L 1 Dan 1, 1-6. 8-20; Sal Dan 3, 52. 53 e
54. 55 e 56
Ev Lc 21, 1-4
* Na Congregação da Apresentação de Maria – Apresentação da Virgem Santa Maria,
Festa principal – SOLENIDADE (transferida); Aniversário da fundação da
Congregação (1796).
S.
CECÍLIA, virgem e
mártir
Nota
Histórica:
O culto de S.
Cecília, que deu o nome a uma basílica construída em Roma no século V, difundiu
se amplamente a partir da narração do seu martírio em que ela é exaltada como
exemplo perfeitíssimo de mulher cristã, que abraçou a virgindade e sofreu o
martírio por amor de Cristo.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA
Esta é a gloriosa
virgem mártir, que derramou o seu sangue por Cristo
não temeu as ameaças dos juízes
e assim alcançou o reino
dos Céus.
ORAÇÃO
COLECTA
Ouvi benignamente, Senhor,
as nossas súplicas e, por intercessão de Santa Cecília, concedei-nos as graças
que Vos pedimos. Por NossoSenhor.
LEITURA I (anos ímpares) Dan 1, 1-6.8-20
«Não havia quem se comparasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias»
Leitura da
Profecia de Daniel ~
No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei de
Babilónia, veio cercar Jerusalém. O Senhor entregou-lhe nas mãos Joaquim, rei de
Judá, e uma parte dos objetos do templo de Deus. Ele levou-os para a terra de
Sinear e depositou-os no tesouro do templo do seu deus. Depois o rei mandou a
Aspenaz, chefe do pessoal do palácio, que trouxesse de entre os filhos de
Israel alguns jovens de sangue real ou de família nobre, sem defeito, de boa
presença, dotados de toda a sabedoria, instruídos, inteligentes e cheios de
vigor, a fim de os colocar no palácio do rei e ensinar-lhes a literatura e a
língua dos caldeus. O rei fixou-lhes uma provisão diária da sua mesa e do vinho
que ele bebia, ordenando que fossem educados durante três anos e depois
entrariam ao serviço do rei. Entre eles havia alguns filhos de Judá: Daniel,
Ananias, Misael e Azarias. Daniel fez o propósito firme de não se contaminar
com o alimento do rei e o vinho que ele bebia. Pediu ao chefe do palácio que
não o obrigasse a manchar-se e Deus fez que Daniel ganhasse a simpatia do chefe
do pessoal do palácio. Mas o chefe do pessoal disse a Daniel: «Tenho medo do
rei, meu senhor, que vos determinou o alimento e a bebida. Se ele vir as vossas
fisionomias mais abatidas que a dos jovens da vossa idade, pondes a minha
cabeça em perigo diante do rei». Daniel disse ao guarda a quem o chefe do
pessoal tinha confiado Daniel, Ananias, Misael e Azarias: «Peço-te que ponhas à
prova os teus servos durante dez dias: dá-nos apenas legumes para comer e água
para beber. Depois verás o nosso aspecto e o dos jovens que comem do alimento
real e procederás com os teus servos conforme o que tiveres visto». O guarda
consentiu no que eles lhe propuseram e pô-los à prova durante dez dias. E
notou-se, ao fim dos dez dias, que eles tinham melhor aspecto e estavam mais
nutridos do que todos os jovens sustentados pelo alimento real. Então o guarda
retirou-lhes o alimento que lhes era destinado e o vinho que deviam beber e
continuou a dar-lhes legumes. Deus concedeu a esses quatro jovens a ciência e o
conhecimento de toda a escritura e de toda a sabedoria e a Daniel a
inteligência de todas as visões e sonhos. Ao fim do tempo fixado pelo rei para
que os vários jovens lhe fossem apresentados, o chefe do pessoal levou-os à
presença de Nabucodonosor. O rei conversou com eles e não havia entre todos
quem se comparasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias, que por isso ficaram ao
serviço do rei. Sempre que o rei os consultava em questões de sabedoria e
inteligência, verificava que eles eram dez vezes superiores aos magos e
adivinhos que havia em todo o seu reino.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Dan 3, 52.53 e 54.55 e 56 (R. 52b)
Refrão: Digno é o Senhor
de louvor e de glória para sempre. Repete-se
Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito o vosso nome glorioso e santo:
digno de louvor e de glória para sempre. Refrão
Bendito sejais no templo santo da vossa glória:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no trono da vossa realeza:
digno de louvor e de glória para sempre. Refrão
Bendito sejais, Vós que sondais os abismos
e estais sentado sobre os Querubins:
digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais no firmamento do céu:
digno de louvor e de glória para sempre. Refrão
ALELUIA Mt 24, 42a.44
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vigiai e estai preparados,
para vos apresentardes
sem temor diante do Filho do homem. Refrão
EVANGELHO Lc 21, 1-4
«Viu uma viúva muito pobre deitar duas pequenas moedas»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus levantou os olhos e viu os ricos deitarem na arca do
Tesouro as suas ofertas. Viu também uma viúva muito pobre deitar duas pequenas
moedas. Então Jesus disse: «Em verdade vos digo: Esta viúva pobre deu mais do
que todos os outros. Todos eles deram do que lhes sobrava; mas ela, na sua
penúria, ofereceu tudo o que possuía para viver».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Os dons que Vos
apresentamos na festa memória de Santa Cecília sejam agradáveis, Senhor, como
foi agradável a vossos olhos o co bate do seu martírio. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco
na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA
DA COMUNHÃO (Mt
16,24)
Quem quiser seguir-Me, diz o Senhor, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e
siga-Me.
ORAÇÃO
DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que
glorificastes Santa Cecília com a dupla coroa da virgindade e do martírio, concedei-nos,
por este sacramento, a graça de vencermos corajosamente todo o mal e de
chegarmos à glória do Céu, Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco =
Unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS
- Dan 1, 1-6.8-20: O
livro de Daniel é um livro escrito para um tempo de crise e de perseguição,
provavelmente em relação com as lutas do tempo dos Macabeus. Contém narrações e
profecias, estas escritas em estilo apocalíptico, que falam sobretudo por meio
de imagens. A narração que hoje se lê é imaginada no tempo do exílio de
Babilónia e pretende incutir o respeito pela observância da lei. A questão da
comida é apenas um exemplo, mas que mostra como Deus recompensa quem lhe é
fiel.
Lc 21, 1-4: Aos olhos de Deus é o
coração do homem que dá o sentido a todas as suas atitudes e ações, e não as
aparências. O muito e o pouco aos olhos de Deus está no amor que anima o
coração e não no valor material das coisas. É o olhar de Deus o único que pode
dar o justo valor a cada ação humana.
AGENDA
DO DIA:
PENSAMENTO
DO DIA
«Buscai
primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São
João XXIII
A VOZ DO PASTOR
UM JOVEM DETERMINADO QUE MUDA DE RUMO
Vamos celebrar a Jornada Mundial da Juventude
2021, em comunhão com jovens de todo o mundo. A personagem central da Mensagem
para este dia é Paulo de Tarso, constituído testemunha do que viu e ouviu (cf.
At 26,16). Foi um jovem de causas e corajoso. Manifestara ser um jovem culto,
decidido, disponível, comprometido com o bem e as tradições do seu povo, um
jovem de cara lavada e sonhador. No entanto, de costa voltadas às novidades da
história e às surpresas de Deus, fechou-se na sua verdade, tornou-se sectário e
perseguidor. Neste seu modo de ser e estar, respirando ameaças de morte contra
os cristãos, ofereceu-se generosamente para ir, os perseguir e prender nas
sinagogas de Damasco e os trazer para Jerusalém. Quando para lá se dirigia,
sente-se envolvido por uma luz «mais brilhante do que o Sol» e ouve uma voz que
o chama pelo nome: «Saulo, Saulo!” (cf. At 26,13).
Surpreendido pela estranha luz e voz, cai por
terra e pergunta: «Quem és tu, Senhor?». «Eu sou Jesus a quem tu persegues».
Jesus identifica-se com os cristãos a quem ele perseguia. Paulo “estava
convencido da justeza da sua posição. Mas, quando o Senhor se lhe revela, é
«lançado por terra» e fica cego. De repente, descobre que não é capaz, física e
espiritualmente, de ver. As suas certezas vacilam. No íntimo, sente que aquilo
que o animava com tanta paixão, ou seja, o zelo de eliminar os cristãos, estava
completamente errado. Dá-se conta de não ser o detentor absoluto da verdade;
antes pelo contrário, está bem longe dela. E, juntamente com as suas certezas,
cai também a sua «grandeza». De repente, descobre-se perdido, frágil,
«pequeno». Esta humildade – consciência da própria limitação – é fundamental.
Quem pensa que sabe tudo sobre si mesmo, os outros e até sobre as verdades
religiosas, terá dificuldade em encontrar Cristo. Tendo ficado cego, Saulo
perdeu os seus pontos de referência. Ficando sozinho na escuridão, para ele as
únicas coisas claras são a luz que viu e a voz que ouviu. Que paradoxo!
Precisamente quando uma pessoa reconhece estar cega, começa a ver…”.
A sua vida transforma-se completamente.
Reconhece quão longe estava da verdade e quão frágeis eram as suas certezas e
ideais. De inimigo e perseguidor dos cristãos, transforma-se num apaixonado
seguidor de Jesus Cristo. Não se cansa de contar a sua história pessoal do
encontro com Jesus a caminho de Damasco. Lança-se nesta aventura de anunciar a
pessoa e a mensagem de Jesus, sem medo e sem se retrair a sacrifícios e sem
deixar de se enfrentar quem queria fazê-lo calar. E tudo vive com muito mais
empenho que qualquer outro, “muito mais pelos trabalhos, muito mais pelas
prisões, imensamente mais pelos açoites, muitas vezes em perigo de morte. Cinco
vezes recebi dos Judeus os quarenta açoites menos um. Três vezes fui flagelado
com vergastadas, uma vez apedrejado, três vezes naufraguei, e passei uma noite
e um dia no alto mar. Viagens a pé sem conta, perigos nos rios, perigos de
salteadores, perigos da parte dos meus irmãos de raça, perigos da parte dos
pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos da parte
dos falsos irmãos. Trabalhos e duras fadigas, muitas noites sem dormir, fome e
sede, frequentes jejuns, frio e nudez! Além de outras coisas, a minha
preocupação quotidiana, a solicitude por todas as igrejas! (...). Em Damasco, o
etnarca do rei Aretas mandou guardar a cidade dos damascenos para me prender.
Mas fui descido num cesto, por uma janela, ao longo da muralha, e assim escapei
das suas mãos” (2Cor 11,22-31).
Ao olhar para Paulo, o Papa Francisco,
afirmando que a atitude de Paulo, antes do encontro com Jesus ressuscitado, não
nos é muito estranha, escreve aos jovens a dizer-lhes que “se a escuridão ao
vosso redor e dentro de vós mesmos vos impedir de ver corretamente, correis o risco
de perder-vos em batalhas sem sentido, e até de vos tornardes violentos. E,
infelizmente, as primeiras vítimas sereis vós mesmos e aqueles que estão mais
próximo de vós. Há também o perigo de lutar por causas que, originalmente,
defendem valores justos, mas, levadas ao extremo, tornam-se ideologias
destrutivas. Quantos jovens hoje, talvez impelidos pelas suas próprias
convicções políticas ou religiosas, acabam por se tornar instrumentos de
violência e destruição na vida de muitos! Alguns, que já nasceram rodeados dos
meios digitais, encontram o novo campo de batalha no ambiente virtual e nas
redes sociais, recorrendo sem escrúpulos à arma de falsas notícias para
espalhar venenos e demolir os seus adversários. Quando o Senhor irrompe na vida
de Paulo, não anula a sua personalidade, não cancela o seu zelo e paixão, mas
usa os seus dotes para fazer dele o grande evangelizador até aos confins da
terra”. E acrescenta: “Hoje, o convite de Cristo a Paulo é dirigido a cada um e
cada uma de vós, jovens: Levanta-te! Não podes ficar por terra a «lamentar-te
com pena de ti mesmo»; há uma missão que te espera! Também tu podes ser
testemunha das obras que Jesus começou a realizar em ti. Por isso, em nome de
Cristo, eu te digo (...), levanta-te e testemunha com alegria que Cristo vive!
Espalha a sua mensagem de amor e salvação entre os teus coetâneos, na escola,
na universidade, no trabalho, no mundo digital, por todo o lado”.
Força, jovem, coragem, o Senhor chama-te pelo
nome, confia em ti. Se reivindicas uma Igreja jovem, a Igreja será jovem quando
tu fores Igreja!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 19-11-2021.
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