PARÓQUIAS DE NISA
Quarta, 03 de novembro de 2021
Quarta-feira da XXXI semana do tempo comum
LITURGIA
Quarta-feira da semana XXXI
S. Martinho de Porres,
religioso – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Rom 13, 8-10; Sal 111 (112), 1-2. 4-5. 8a e 9
Ev Lc 14, 25-33
* Na Diocese de Viana do Castelo – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA; aniversário da
criação da Diocese (1977).
* Na Ordem de São Domingos – S. Martinho de Porres, religioso – FESTA
* Na Companhia de Jesus – B. Roberto Mayer, presbítero – MF
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – B. Pio Campidelli, religioso – MF
* Na Congregação dos Missionários e Missionárias de S. Carlos
(Scalabrinianos/as) – I Vésp. de S. Carlos Borromeu.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 37,
22-23
Não me abandoneis, Senhor;
meu Deus, não Vos afasteis de mim.
Senhor, socorrei-me e salvai-me.
ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e misericordioso,
de quem procede a graça de Vos servirmos fiel e dignamente,
fazei-nos caminhar sem obstáculos
para os bens por Vós prometidos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Rom 13, 8-10
«A caridade é o pleno cumprimento da lei»
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Não devais a ninguém coisa alguma, a não ser o amor de uns para com os
outros, pois, quem ama o próximo cumpre a lei. De facto, os mandamentos que
dizem: «Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás», e
todos os outros mandamentos, resumem-se nestas palavras: «Amarás ao próximo
como a ti mesmo». A caridade não faz mal ao próximo. A caridade é o pleno
cumprimento da lei.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 111 (112), 1-2.4-5.8a e 9 (R. cf. 5a)
Refrão: Ditoso o homem de coração bondoso e compassivo. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Feliz o homem que teme o Senhor
e ama ardentemente os seus preceitos.
A sua descendência será poderosa sobre a terra,
será abençoada a geração dos justos. Refrão
Brilha aos homens rectos, como luz nas trevas,
o homem misericordioso, compassivo e justo.
Ditoso o homem que se compadece e empresta
e dispõe das suas coisas com justiça. Refrão
O seu coração é inabalável, nada teme;
reparte com largueza pelos pobres,
a sua generosidade permanece para sempre
e pode levantar a fronte com dignidade. Refrão
ALELUIA 1 Pedro 4, 14
Refrão: Aleluia. Repete-se
Felizes de vós, se sois ultrajados pelo nome de Cristo,
porque o Espírito de Deus repousa sobre vós. Refrão
EVANGELHO Lc 14, 25-33
«Quem não renunciar a todos os seus bens
não pode ser meu discípulo»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, seguia Jesus uma grande multidão. Jesus voltou-Se e disse-lhes:
«Se alguém vem ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos
filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo.
Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo. Quem de
vós, desejando construir uma torre, não se senta primeiro a calcular a despesa,
para ver se tem com que terminá-la? Não suceda que, depois de assentar os
alicerces, se mostre incapaz de a concluir e todos os que olharem comecem a
fazer troça, dizendo: ‘Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de
concluir’. E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se
senta primeiro a considerar se é capaz de se opor, com dez mil soldados, àquele
que vem contra ele com vinte mil? Aliás, enquanto o outro ainda está longe,
manda-lhe uma delegação a pedir as condições de paz. Assim, quem de entre vós
não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, fazei que este sacrifício
seja para Vós uma oblação pura
e para nós o dom generoso da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 15, 11
O Senhor me ensinará o caminho da vida,
a seu lado viverei na plenitude da alegria.
Ou Jo 6, 58
Assim como o Pai que Me enviou
é o Deus vivo e Eu vivo pelo Pai,
também o que Me come viverá por Mim, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Multiplicai em nós, Senhor, os frutos da vossa graça,
para que os sacramentos celestes
que nos alimentam na vida presente
nos preparem para alcançarmos a herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Rom 13, 8-10: Qualquer
mandamento da Lei de Deus, mesmo da Lei dada por Deus a Moisés no Antigo
Testamento, se resume no amor. Quem ama cumpre toda a Lei. Mas é preciso
entender bem o que é o amor, o qual não é a mesma coisa que qualquer forma de
egoísmo. Amar é dar a vida, no dia a dia, pelos outros nossos irmãos.
Lc 14, 25-33: O
amor de Cristo não é para o Cristão, um amor ao lado dos outros amores; é o
coração de todos os seus amores. Por isso, todos os seus amores devem caber
dentro do amor ao Senhor. Se não couberem, não são amor verdadeiro. Seguir a
Cristo supõe a determinação de purificar todos os sentimentos do coração no
amor a Jesus Cristo. Exigência forte, mas a única onde cabe o amor total!
AGENDA
DO DIA:
1500 horas: Funeral em Montalvão
18.00 horas: Missa em Nisa.
PENSAMENTO
DO DIA
«Buscai
primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São
João XXIII
A VOZ DO PASTOR
PARA ALÉM DA MORTE A VIDA SEM FIM
Os cristãos rezam pelos seus falecidos desde os primórdios.
Foram encontradas orações escritas em túmulos, sobretudo de mártires. Esta
devoção foi crescendo como demonstração de fé na vida eterna e de amor para com
os falecidos. No século V, já se teria determinado um dia para rezar por
aqueles pelos quais ninguém rezava, iniciativa que se foi consolidando até ao
século XI, rezando por todos os defuntos. Cerca de dois séculos depois foi
estabelecido um dia oficial, o dia 2 de novembro. Depois do Dia de Todos os
Santos, o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. Bento XV, por causa da mortandade
havida no primeira Grande Guerra, decretou que os Padres rezassem três
Eucaristias no Dia de Todos os Fiéis Defuntos. A doutrina católica baseia-se em passagens
bíblicas do Antigo e Novo Testamento, e apoia-se na Tradição da Igreja.
Conforme as culturas e os lugares, há diferentes
formas de celebrar e honrar os mortos,
algumas até bastante festivas. Entre nós, os cristãos, fazemo-lo com
iniciativas diversas, segundo a fé e a devoção de cada um, de cada família, e
segundo os costumes das comunidades cristãs. As expressões mais comuns vão
desde a confissão sacramental para se participar na comunhão eucarística, à
celebração ou participação na Eucaristia, rezando também pelas intenções do
Santo Padre. Desde a oração pessoal ou familiar, em casa e na comunidade
cristã, à esmola, à mortificação e ao voluntariado por essa intenção. Desde as
visitas ou romagens ao Cemitério para rezar pelos falecidos, à participação em
eventos organizados. Desde o acender de velas sobre a campa, como que a
iluminar o caminho da eternidade, ao colocar uma coroa ou ramo de flores, a
simbolizar a vitória da vida sobre a morte e o amor para com os ali
sepultados...
Como sabemos, até à vinda gloriosa do
Senhor, no final dos tempos, os discípulos de Jesus distribuem-se por três
estados da única e mesma Igreja. Uns peregrinam sobre a terra, é a Igreja
militante. Outros, passada esta vida, são purificados no Purgatório, é a Igreja
padecente. Outros, também tendo passado já esta vida, são glorificados e já contemplam
Deus tal como Ele é, a Igreja triunfante. Mas todos comungamos no mesmo amor de
Deus e do próximo, embora de modo diverso. Há uma espécie de corrente interna
de graça entre os membros de toda a Igreja. Todos entoamos a Deus o mesmo hino
de louvor. Todos estamos unidos numa só Igreja e ligados uns aos outros em
Cristo. Jamais se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com
os irmãos que adormeceram na paz de Cristo. Antes pelo contrário, é reforçada
pela comunicação dos bens espirituais. Estando mais intimamente unidos com
Cristo, os bem-aventurados consolidam mais firmemente a Igreja na santidade.
Enobrecem o culto que ela presta a Deus na terra. Contribuem de muitas maneiras
para a sua mais ampla edificação em Cristo. Recebidos na Pátria celeste e
vivendo junto do Senhor, não cessam de interceder, com Ele e n'Ele, a nosso
favor diante do Pai. A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua
solicitude de irmãos (cf. Lumen Gentium, 49).
Rezemos pelos vivos, companheiros de viagem
em direção à Pátria definitiva, saibamos dar as mãos uns aos outros. Rezemos
pelos que, tendo já partido, se purificam no Purgatório, é um dever de
gratidão, de caridade e de justiça. Peçamos a intercessão dos santos no Céu
para que nos convertamos e vivamos como verdadeiros filhos de Deus, com alegria
e esperança.
A lembrar que também há de partir, deixo-lhe a ladainha dos póstumos natais do
‘Cancioneiro de Natal’ de David de Jesus Mourão Ferreira, falecido a 16 de
junho de 1996.
“LADAINHA DOS PÓSTUMOS NATAIS
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que hão de me lembrar de modo menos nítido
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que só uma voz me evoque a sós consigo
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que não viva já ninguém meu conhecido
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que nem vivo esteja um verso deste livro
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que terei de novo o Nada a sós comigo
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que nem o Natal terá qualquer sentido
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que o Nada retome a cor do Infinito”
..............
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
29-10-2021.
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