PARÓQUIAS DE NISA
Domingo, 07 de novembro de 2021
XXXII domingo do tempo comum
LITURGIA
DOMINGO
XXXII DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana IV
do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 1 Reis 17, 10-16; Sal 145 (146), 7b-8a. 8bcd. 9. 10
L2 Hebr 9, 24-28
Ev Mc 12, 38-44 ou Mc 12, 41-44
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Nas Dioceses do Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Bragança-Miranda, Coimbra,
Évora, Funchal, Guarda, Lamego, Leiria-Fátima, Lisboa, Portalegre e Castelo
Branco, Porto, Vila Real e Viseu – Ofertório para os Seminários Diocesanos.
* Na Diocese de Angra – Dia da Igreja Diocesana; Coleta para a Diocese.
* Na Diocese de Viana do Castelo – Termina a Semana da Diocese.
* Na Diocese de Bragança-Miranda (Basílica de Santo Cristo de Outeiro) – I
Vésp. do aniversário da Basílica de Santo Cristo de Outeiro.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
87, 3
Chegue até Vós, Senhor, a minha oração,
inclinai o ouvido ao meu clamor.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e misericordioso,
afastai de nós toda a adversidade,
para que, sem obstáculos do corpo ou do espírito,
possamos livremente cumprir a vossa vontade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Reis 17, 10-16
«Do seu punhado de farinha, a viúva fez um pãozinho
e trouxe-o a Elias»
Leitura do
Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias, o profeta Elias pôs-se a caminho e foi a Sarepta. Ao chegar às
portas da cidade, encontrou uma viúva a apanhar lenha. Chamou-a e disse-lhe:
«Por favor, traz-me uma bilha de água para eu beber». Quando ela ia a buscar a
água, Elias chamou-a e disse: «Por favor, traz-me também um pedaço de pão». Mas
ela respondeu: «Tão certo como estar vivo o Senhor, teu Deus, eu não tenho pão
cozido, mas somente um punhado de farinha na panela e um pouco de azeite na
almotolia. Vim apanhar dois cavacos de lenha, a fim de preparar esse resto para
mim e meu filho. Depois comeremos e esperaremos a morte». Elias disse-lhe: «Não
temas; volta e faz como disseste. Mas primeiro coze um pãozinho e traz-mo aqui.
Depois prepararás o resto para ti e teu filho. Porque assim fala o Senhor, Deus
de Israel: ‘Não se esgotará a panela da farinha, nem se esvaziará a almotolia
do azeite, até ao dia em que o Senhor mandar chuva sobre a face da terra’». A
mulher foi e fez como Elias lhe mandara; e comeram ele, ela e seu filho. Desde
aquele dia, nem a panela da farinha se esgotou, nem se esvaziou a almotolia do
azeite, como o Senhor prometera pela boca de Elias.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 145 (146), 7.8-9a.9bc-10 (R. 1 ou
Aleluia)
Refrão: Ó minha alma, louva o Senhor.
Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos. Refrão
O Senhor ilumina os olhos do cego,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos. Refrão
O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
e entrava o caminho aos pecadores. Refrão
O Senhor reina eternamente;
o teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações. Refrão
LEITURA II Hebr 9, 24-28
«Cristo ofereceu-Se uma só vez
para tomar sobre Si os pecados de muitos»
Leitura da
Epístola aos Hebreus
Cristo não entrou num santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro,
mas no próprio Céu, para Se apresentar agora na presença de Deus em nosso
favor. E não entrou para Se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote que
entra cada ano no Santuário, com sangue alheio; nesse caso, Cristo deveria ter
padecido muitas vezes, desde o princípio do mundo. Mas Ele manifestou-Se uma só
vez, na plenitude dos tempos, para destruir o pecado pelo sacrifício de Si
mesmo. E, como está determinado que os homens morram uma só vez e a seguir haja
o julgamento, assim também Cristo, depois de Se ter oferecido uma só vez para
tomar sobre Si os pecados da multidão, aparecerá segunda vez, sem a aparência
do pecado, para dar a salvação àqueles que O esperam.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Mt 5, 3
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão
EVANGELHO – Forma longa Mc 12, 38-44
«Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus ensinava a multidão, dizendo: «Acautelai-vos dos escribas,
que gostam de exibir longas vestes, de receber cumprimentos nas praças, de
ocupar os primeiros assentos nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes.
Devoram as casas das viúvas, com pretexto de fazerem longas rezas. Estes
receberão uma sentença mais severa». Jesus sentou-Se em frente da arca do
tesouro a observar como a multidão deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos
deitavam quantias avultadas. Veio uma pobre viúva e deitou duas pequenas
moedas, isto é, um quadrante. Jesus chamou os discípulos e disse-lhes: «Em
verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na caixa mais do que todos os outros.
Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, na sua pobreza, ofereceu tudo o que
tinha, tudo o que possuía para viver».
Palavra da salvação.
EVANGELHO – Forma breve Mc 12, 41-44
«Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele
tempo, Jesus sentou-Se em frente da arca do tesouro a observar como a multidão
deitava o dinheiro na caixa. Muitos ricos deitavam quantias avultadas. Veio uma
pobre viúva e deitou duas pequenas moedas, isto é, um quadrante. Jesus chamou
os discípulos e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Esta pobre viúva deitou na
caixa mais do que todos os outros. Eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela,
na sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATA
Olhai, Senhor, com benevolência
para o sacrifício que Vos apresentamos,
a fim de participarmos com sincera piedade
no memorial da paixão do vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 22, 1-2
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados.
Conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.
Ou Lc 24, 35
Os discípulos reconheceram
o Senhor Jesus ao partir o pão.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos damos graças, Senhor,
pelo alimento celeste que recebemos
e imploramos da vossa misericórdia
que, pela ação do Espírito Santo,
perseverem na vossa graça
os que receberam a força do alto.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus
que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: 1
Reis 17, 10-16: Frequentes
vezes, a palavra de Deus apresenta o contraste entre a opulência e a pobreza,
entre a ostentação e a simplicidade, para nos fazer compreender que os humildes
e os simples, que a Sagrada Escritura chama “os pobres”, têm o primeiro lugar
aos olhos de Deus. Nesta leitura, vemos como foi uma pobre viúva que soube
acolher o profeta de Deus, e como por isso foi recompensada com dons
abundantes. Ensinamento semelhante ao que ouviremos no Evangelho.
Hebr 9,
24-28: O sacrifício de Cristo, oferecido por Ele sobre a Cruz, é o momento
culminante de toda a vida de Jesus e até da história de toda a humanidade.
Oferecendo-Se em sacrifício ao Pai, Ele abriu o caminho para junto de Deus,
primeiro para Ele mesmo, como homem que também era, e, em Si e consigo, para
todos os que a Ele se entregam e Lhe obedecem, como Ele obedeceu ao Pai. Em
Cristo todos podem encontrar o caminho e a porta para Deus.
Mc 12, 38-44: Como a viúva de que falava a primeira leitura também esta
outra viúva a que se refere agora o Evangelho amou mais a palavra de Deus do
que os seus poucos bens, que eram, na verdade os únicos e bem pequenos. Mas,
por isso mesmo, a sua ação foi de maior alcance e mais meritória do que as
grandes dádivas dos que muito possuíam. Gesto bem pequeno, portador de uma
grande lição, porque inspirado por um grande amor.
AGENDA
DO DIA:
09.30 horas: Missa em
Amieira do Tejo.
10.00 horas: Missa em
Arez
10.45 horas: Missa em Tolosa
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em
Alpalhão
12.00 horas: Missa em Gáfete
15.30 horas: Missa em
Montalvão
15.30 horas: Missa em Cacheiro
15.30 horas: Missa em Arneiro
PENSAMENTO
DO DIA
«Buscai
primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São
João XXIII
A VOZ DO PASTOR
AS ALMINHAS
– UM PATRIMÓNIO A NÃO ESQUECER
Estamos em novembro, um mês que a tradição cristã
dedica, de forma muito especial, a uma mais viva comunhão com os que partiram.
Hoje vou tornar presente um património interessante, fruto dessa devoção do
povo. As pessoas dedicadas à investigação sempre querem saber qual a sua
origem. Assim, aventam-se várias hipóteses acerca das origens mais remotas das
Alminhas que salpicam grande parte do nosso território, não só, mas sobretudo a
norte do país. Embora todas as hipóteses sejam plausíveis e sejam de trazer à
baila, o seu adn não dá certezas, como é evidente. São hipóteses, embora,
algumas dessas hipóteses, possam ter ou tenham como fundamento o sentimento
religioso que o homem sempre teve e é incapaz de apagar dentro de si.
Deixando essas questões bem pertinentes para quem
gosta de investigar, há quem afirme que as Alminhas são uma criação bem
portuguesa. A sua multiplicação, bem como a multiplicação das Confrarias das
Almas e dos altares das almas em igrejas, deu-se sobretudo a partir do Concílio
de Trento. A Igreja crê e ensina que os eleitos são purificados das
consequências pessoais de todas as suas culpas antes de serem acolhidos
definitivamente na intimidade de Deus. A esse estado de purificação é que a
Igreja chama Purgatório. E a nós, os vivos, é-nos pedido o sentimento de
gratidão, de caridade e de justiça, de rezar pelos fiéis defuntos para que Deus
tenha misericórdia deles, os purifique na sua caridade e os introduza no seu
Reino de luz e vida.
A piedade popular, que, como sabemos, é “caraterizada por
uma grande variedade e riqueza de expressões corporais, gestuais e simbólicas”,
logo se manifestou também “muito atenta à memória dos defuntos e solícita em
sufragá-los com orações”. Expressões dessa forma de fazer memória e de convidar
à oração de sufrágio são, de facto, as Alminhas, que, embora aqui ou ali
estejam esquecidas e a perderem-se - o que é pena! -, constituem um verdadeiro
património de religiosidade popular, quer construídas por iniciativa das
comunidades cristãs locais quer pela devoção e imaginação de particulares.
Regra geral mostram-se em sítios de passagem para serem vistas e cumprirem a
sua função: levar os vivos a encontrarem-se com Deus e a rezar pelas benditas
almas do Purgatório, sem esquecerem que também são peregrinos a caminho dessa
eternidade em Deus.
E quem, do norte, não guarda essa feliz memória das
Alminhas, com flores ou sem flores, altaneiras ou encrustadas em paredes, no
meio de lugares ou nas encruzilhadas de caminhos, com lampadário ou vela acesa,
ou não, com figuras em painel de azulejos, em pequenos retábulos ou telas, mais
rústicas ou mais sofisticadas, mas sempre a lembrar ao transeunte a necessidade
delas se lembrar e por elas rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria ou o que a sua
devoção lhe pudesse ditar? E quem não conserva na memória aquela pessoa que
sempre parava para rezar, a outra que ao passar tirava a boina ou o chapéu, a
outra que fazia uma pausa, uma vénia ou até uma genuflexão? E aquela outra que
as cuidava como se de catedrais populares se tratasse e ficava triste como a
noite quando os amigos do alheio as arrombavam, profanavam e roubavam? E quem,
sendo criança e tudo isto presenciava e vivia, não assimilava a mensagem que
estas pessoas faziam passar com testemunho tão simples quão significativo?!...
Em paróquias por onde passei a paroquiar, havia
Alminhas e muita devoção às Almas do Purgatório promovida pelas respetivas
Confrarias, sendo uma boa oportunidade para congregar e evangelizar. Não raro,
porém, perante algumas incoerências no modo de estar e viver, embora seja um
santo e salutar pensamento rezar pelos mortos para que sejam perdoados de seus
pecados, havia necessidade de alertar para que não se reduzisse a vivência da
fé e a pertença à Igreja apenas a rezar pelos mortos, andando aos encontrões aos
vivos!...
Hoje digo o mesmo! Encontramos gente que só participa
na Eucaristia, mesmo ao Domingo, quando a intenção é rezar pelos mortos.
Sobretudo pelos seus mortos. E tantas vezes se esquece de rezar pelos vivos,
pelos seus inclusive. Não se sentem motivados para ajudar os seus a viverem
cristãmente, antes pelo contrário, desajudam-se mutuamente e faz-se da Igreja
uma espécie de instância fúnebre de encomendação das almas. Dá a impressão que
estão à espera que os seus familiares morram para depois rezar por eles.
Enquanto podem e devem fazer alguma coisa para os ajudar à conversão, a viver e
a morrer cristãmente, nada ou pouco fazem. Embora compreenda alguns argumentos,
até me parece pouco pedagógico a marcação de muitas intenções nas missas ao
Domingo só para ter mais gente nas igrejas...
A par das Alminhas, há outros pequenos nichos a quem,
por vezes, até se dá também o nome de Alminhas, embora tenham como titular um
Santo. São nichos, edículas, capelinhas em honra do Coração de Jesus, de Nossa
Senhora ou de Santos, são cruzeiros, são estações da Via Sacra, são quadros dos
Passos do Senhor, são padrões....
Muitas paróquias zelam muito bem este património,
cuidam-no e promovem o seu verdadeiro sentido e valor cristão.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 5-11-2021.
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