PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 04 de novembro de 2021
Quinta-feira da XXXI semana do tempo comum
LITURGIA
Quinta-feira
da semana XXXI
S. Carlos Borromeu,
bispo – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Rom 14, 7-12; Sal 26 (27), 1. 4. 13-14
Ev Lc 15, 1-10
* Na Congregação dos Missionários e Missionárias de S. Carlos
(Scalabrinianos/as) – S. Carlos Borromeu – SOLENIDADE
S. Carlos
Borromeu
Nota
Histórica:
Nasceu em Arona
(Lombardia) no ano 1538; depois de ter conseguido o doutoramento In utroque
iure, foi nomeado cardeal por Pio IV, seu tio, e eleito bispo de Milão. Foi um
verdadeiro pastor da Igreja no exercício desta missão: visitou várias vezes
toda a diocese, convocou sínodos e desenvolveu a mais intensa actividade, em
todos os sectores, para a salvação das almas, promovendo por todos os meios a
renovação da vida cristã. Morreu no dia 3 de Novembro de 1584.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Ez 34,
11.23.24
Eu cuidarei das minhas ovelhas, diz o Senhor.
Escolherei um pastor que as apascente.
Eu, o Senhor, serei o seu Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Conservai, Senhor, no vosso povo o espírito que animava São Carlos, para que a
Igreja se renove sem cessar e, reproduzindo fielmente a imagem de Cristo, possa
mostrar ao mundo o verdadeiro rosto do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Rom 14, 7-12
«Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor»
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 1.4.13-14 (R. 13)
Refrão: Espero contemplar a bondade do Senhor, na terra dos vivos. Repete-se
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei de temer?
O Senhor é protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo? Refrão
Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida,
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário. Refrão
Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem confiança e confia no Senhor. Refrão
ALELUIA Mt 11, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde a Mim,
vós todos que andais cansados e oprimidos
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor. Refrão
EVANGELHO Lc 15, 1-10
«Haverá alegria entre os Anjos de Deus
por um só pecador que se arrependa»
Evangelho de Nosso
Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para
O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este
homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte
parábola: «Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não
deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que anda
perdida, até a encontrar? Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros e,
ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo,
porque encontrei a minha ovelha perdida’. Eu vos digo: Assim haverá mais
alegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove
justos, que não precisam de arrependimento. Ou então, qual é a mulher que,
possuindo dez dracmas e tendo perdido uma, não acende uma lâmpada, varre a casa
e procura cuidadosamente a moeda até a encontrar? Quando a encontra, chama as
amigas e vizinhas e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma
perdida’. Eu vos digo: Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só
pecador que se arrependa».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que trazemos ao vosso altar, ao celebrar a memória
de São Carlos, pastor vigilante e exemplo admirável de santidade, e, pela
virtude deste sacrifício, dai-nos a graça de produzir também nós, frutos
abundantes de boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é
Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 10, 10
Eu vim para que tenham vida
e a tenham em abundância, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
A comunhão nos santos mistérios nos dê, Senhor, a fortaleza de alma que tornou
São Carlos fiel à sua missão e exemplo admirável de caridade. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS:
Rom 14, 7-12 Em relação aos outros,
não os devemos julgar nem termo-nos por mais fortes do que eles. Pertencemos
todos ao mesmo Senhor, que é Deus, e, diante d’Ele, somos todos seus servos.
Ele é que julgará, e a Ele todos, fortes e fracos, daremos contas. Cristo, que
pela ressurreição de entre os mortos foi constituído Senhor, compartilha com o
Pai este poder de julgar. Mas é nossa libertação sermos servos de tal Senhor,
diante de quem todo o joelho se dobrará
Lc 15, 1-10: Com
duas maravilhosas parábolas de misericórdia, a da ovelha e a da moeda perdidas
e reencontradas, Jesus ensina fariseus e escribas, duros e intransigentes, que
os pecadores não são para se desprezarem, mas para se acolherem e ajudarem a
encontrar um caminho de conversão. É nota particular de S. Lucas insistir na
misericórdia de Deus para com os pecadores.
AGENDA
DO DIA:
09.30 horas: Funeral em Arez
16.00 horas: Missa no Lar de Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
PENSAMENTO
DO DIA
«Buscai
primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São
João XXIII
A VOZ DO PASTOR
PARA ALÉM DA MORTE A VIDA SEM FIM
Os cristãos rezam pelos seus falecidos desde os
primórdios. Foram encontradas orações escritas em túmulos, sobretudo de mártires.
Esta devoção foi crescendo como demonstração de fé na vida eterna e de amor
para com os falecidos. No século V, já se teria determinado um dia para rezar
por aqueles pelos quais ninguém rezava, iniciativa que se foi consolidando até
ao século XI, rezando por todos os defuntos. Cerca de dois séculos depois foi
estabelecido um dia oficial, o dia 2 de novembro. Depois do Dia de Todos os
Santos, o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. Bento XV, por causa da mortandade
havida no primeira Grande Guerra, decretou que os Padres rezassem três
Eucaristias no Dia de Todos os Fiéis Defuntos. A doutrina católica baseia-se em passagens
bíblicas do Antigo e Novo Testamento, e apoia-se na Tradição da Igreja.
Conforme as culturas e os lugares, há diferentes
formas de celebrar e honrar os mortos,
algumas até bastante festivas. Entre nós, os cristãos, fazemo-lo com
iniciativas diversas, segundo a fé e a devoção de cada um, de cada família, e
segundo os costumes das comunidades cristãs. As expressões mais comuns vão
desde a confissão sacramental para se participar na comunhão eucarística, à
celebração ou participação na Eucaristia, rezando também pelas intenções do
Santo Padre. Desde a oração pessoal ou familiar, em casa e na comunidade
cristã, à esmola, à mortificação e ao voluntariado por essa intenção. Desde as
visitas ou romagens ao Cemitério para rezar pelos falecidos, à participação em
eventos organizados. Desde o acender de velas sobre a campa, como que a
iluminar o caminho da eternidade, ao colocar uma coroa ou ramo de flores, a
simbolizar a vitória da vida sobre a morte e o amor para com os ali
sepultados...
Como sabemos, até à vinda gloriosa do
Senhor, no final dos tempos, os discípulos de Jesus distribuem-se por três
estados da única e mesma Igreja. Uns peregrinam sobre a terra, é a Igreja
militante. Outros, passada esta vida, são purificados no Purgatório, é a Igreja
padecente. Outros, também tendo passado já esta vida, são glorificados e já
contemplam Deus tal como Ele é, a Igreja triunfante. Mas todos comungamos no
mesmo amor de Deus e do próximo, embora de modo diverso. Há uma espécie de
corrente interna de graça entre os membros de toda a Igreja. Todos entoamos a
Deus o mesmo hino de louvor. Todos estamos unidos numa só Igreja e ligados uns
aos outros em Cristo. Jamais se interrompe a união dos que ainda caminham sobre
a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo. Antes pelo contrário, é
reforçada pela comunicação dos bens espirituais. Estando mais intimamente
unidos com Cristo, os bem-aventurados consolidam mais firmemente a Igreja na
santidade. Enobrecem o culto que ela presta a Deus na terra. Contribuem de
muitas maneiras para a sua mais ampla edificação em Cristo. Recebidos na Pátria
celeste e vivendo junto do Senhor, não cessam de interceder, com Ele e n'Ele, a
nosso favor diante do Pai. A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela
sua solicitude de irmãos (cf. Lumen Gentium, 49).
Rezemos pelos vivos, companheiros de
viagem em direção à Pátria definitiva, saibamos dar as mãos uns aos outros.
Rezemos pelos que, tendo já partido, se purificam no Purgatório, é um dever de
gratidão, de caridade e de justiça. Peçamos a intercessão dos santos no Céu
para que nos convertamos e vivamos como verdadeiros filhos de Deus, com alegria
e esperança.
A lembrar que também há de partir, deixo-lhe a ladainha dos póstumos natais do
‘Cancioneiro de Natal’ de David de Jesus Mourão Ferreira, falecido a 16 de
junho de 1996.
“LADAINHA DOS PÓSTUMOS NATAIS
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que hão de me lembrar de modo menos nítido
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que só uma voz me evoque a sós consigo
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que não viva já ninguém meu conhecido
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que nem vivo esteja um verso deste livro
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que terei de novo o Nada a sós comigo
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que nem o Natal terá qualquer sentido
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que o Nada retome a cor do Infinito”
..............
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
29-10-2021.
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