segunda-feira, 29 de novembro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Terça, 30 de novembro de 2021

 

Yerça-feira da I semana do Advento

 

 

LITURGIA

 

 

Terça-feira da semana I

S. André, Apóstolo – FESTA
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.

L 1 Rom 10, 9-18; Sal 18 A, 2-3. 4-5
Ev Mt 4, 18-22

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese de Beja – Aniversário da entrada solene de D. José João dos Santos Marc

. Vicente de Paulo.

S. ANDRÉ, Apóstolo

 

Nota Histórica:

André, natural de Betsaida, foi primeiramente discípulo de João Baptista e depois seguiu a Cristo, a quem apresentou também seu irmão Pedro. Juntamente com Filipe introduziu à presença de Jesus uns gentios que O queriam ver, e foi ele também que indicou o rapaz que tinha os peixes e o pão. Segundo uma tradição, depois do Pentecostes pregou em diversas regiões e foi crucificado na Acaia.

 

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Mt 4, 18-19
Caminhando Jesus junto ao mar da Galileia,
viu dois irmãos, Pedro e André, e chamou-os, dizendo:
Vinde comigo; farei de vós pescadores de homens.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Nós Vos suplicamos, Deus omnipotente,
que, assim como o apóstolo Santo André
foi na terra pregador do Evangelho e pastor da vossa Igreja,
seja também no Céu poderoso intercessor junto de Vós.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Rom 10, 9-18
«A fé vem da pregação
e a pregação é o anúncio da palavra de Cristo
»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos Irmãos:


Se confessares com a tua boca que Jesus é o Senhor
e se acreditares em teu coração
que Deus O ressuscitou dos mortos,
serás salvo.
Pois com o coração se acredita para obter a justiça
e com a boca se professa a fé para alcançar a salvação.
Na verdade, a Escritura diz:
«Todo aquele que acreditar no Senhor
não será confundido».
Não há diferença entre judeu e grego:
todos têm o mesmo Senhor,
rico para com todos os que O invocam.
Portanto, todo aquele que invocar o nome do Senhor
será salvo.
Mas como hão-de invocar Aquele em quem não acreditam?
E como hão-de acreditar n’Aquele de quem não ouviram falar?
E como hão-de ouvir falar, se não houver quem lhes pregue?
E como hão-de pregar, se não forem enviados?
Está escrito:
«Como são formosos os pés dos que anunciam o Evangelho!».
Mas nem todos obedecem ao Evangelho,
como Isaías diz:
«Senhor, quem acreditou na nossa pregação?».
A fé, portanto, vem da pregação
e a pregação é o anúncio da palavra de Cristo.
Mas pergunto: Não a teriam ouvido?
Ao contrário, como diz a Escritura:
«A sua voz ressoou por toda a terra
e as suas palavras até aos confins do mundo».


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 18 A (19 A), 2-3.4-5 (R. 5a)
Refrão: A sua mensagem ressoou por toda a terra.

Os céus proclamam a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
O dia transmite ao outro esta mensagem
e a noite a dá a conhecer à outra noite.

Não são palavras nem linguagem,
cujo sentido se não perceba.
O seu eco ressoou por toda a terra
e a sua notícia até aos confins do mundo.


ALELUIA Mt 4, 19
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde comigo, diz o Senhor,
e farei de vós pescadores de homens. Refrão


EVANGELHO Mt 4, 18-22
«Eles deixaram logo as redes e seguiram Jesus»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus


Caminhando Jesus ao longo do mar da Galileia,
viu dois irmãos:
Simão, chamado Pedro, e seu irmão André,
que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores.
Disse-lhes Jesus:
«Vinde e segui-Me
e farei de vós pescadores de homens».
Eles deixaram logo as redes e seguiram-n’O.
Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos:
Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João,
que estavam no barco, na companhia de seu pai Zebedeu,
a consertar as redes.
Jesus chamou-os
e eles, deixando o barco e o pai, seguiram-n’O.


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Deus omnipotente,
com estes dons que Vos apresentamos
na festa de Santo André,
a humilde oferta de nós mesmos
e transformai-os para nós em fonte de vida.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 1, 41-42
Disse André a Simão Pedro, seu irmão:
Encontrámos o Messias, que é Cristo.
E André levou-o a Jesus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fortalecei-nos, Senhor, pela comunhão do vosso sacramento,
para que, a exemplo do apóstolo Santo André,
trazendo sempre em nós os sofrimentos da paixão de Cristo,
mereçamos viver com Ele na glória celeste.
Por Nosso Senhor.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS:



 

AGENDA DO DIA:

 

 

09.30 horas: Funeral em Montalvão

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

ADVENTO - ESPERAR É FAZER ACONTECER

 

Fazer esperar é uma prerrogativa do poder mal entendido ou da pessoa egocêntrica. Ninguém gosta de esperar. Ninguém tem o direito de fazer esperar. Fazer esperar só porque sim não é bonito, é falta de respeito e de caridade para com quem tem de esperar. Ninguém gosta de esperar no multibanco, na farmácia, no hospital, na fila dos serviços públicos ou privados, aqui ou acolá onde precisamos de ser atendidos. Impacienta-nos esperar o transporte que se atrasa, o trânsito interrompido que nos testa a paciência, a longínqua consulta médica que tínhamos como urgente e acaba por não chegar, a falta de alguém a um compromisso que, atrasando-se, também nos atrasa e faz desesperar. Enfim, mesmo quando não há que fazer, aborrece-nos ver o tempo correr e nada se resolver. Ficar à espera é vivido como uma prisão sofrida, uma espécie de martírio.

Ora, estamos habituados a falar do Advento como tempo de fazer esperar. Esperamos o Salvador, é verdade! No entanto, não podemos confundir este ‘fazer esperar’ com a passividade de ‘ficar à espera’ de alguém que chega atrasado, ou de outros que não se despacham e nos impacientam na fila. Na permanente aprendizagem do Mistério de Cristo, o Advento, este tempo de espera é um tempo útil. É uma experiência de vida, é uma proposta de discernimento, é um tempo para redescobrir a identidade de Cristo cada vez com mais profundidade e em crescente identificação com Ele. Não para aprofundar uma identidade de Cristo meramente teórica, abstrata, inconsequente, apenas para entreter. Mas para redescobrir a identidade relacional de Cristo que, fazendo-se próximo e irmão, nos cativa e compromete, partilha connosco o dom do seu Espírito filial e nos convida a ser discípulos ao seu jeito, de forma simples, pobre, humilde, próxima, fraterna e salvadora. E se nos cansamos de esperar, não é Ele que chega atrasado. São as opções e os dinamismos da nossa vida que podem retardar esse feliz encontro, já que Ele, mesmo que se faça encontrado, não se impõe, não força, não arromba portas, o amor é paciente. O verdadeiro Advento coloca-nos assim, de forma sincera e convicta, em atitude de espera, mas uma espera ativa, atenta, alegre e confiante. Não é uma espera vã e enervante. É uma espera que queremos preencher com dinâmicas de transformação, purificação e crescimento. Essa é a atitude própria do Advento. É juntar a essa espera a memória, a expectativa, a aprendizagem, a fé, a fidelidade, a criatividade, a capacidade de nos deixarmos surpreender e abrir às provocações do amor de Deus manifestadas em Jesus Menino. É nesta forma de saber esperar que surge sempre a verdadeira esperança. E surge com uma densidade muito diferente a influenciar a vida pessoal, familiar e coletiva. O Advento sempre foi, é e será o tempo favorável da caminhada histórica da Igreja até ao fim dos tempos.

Nesta esperança de que o encontro de Jesus com todos e cada um aconteça, continuamos a esperar, do fundo do coração, que a humanidade inteira possa convergir num caminho que, salvaguardando as legítimas diferenças, comungue valores e possa fazer caminho. Esperamos, a cada instante, poder estabelecer relações de confiança mútua, de maior verdade, com tudo aquilo que isso exige de transparência, de equilíbrio, de autenticidade. Esperamos que a sociedade sinta a necessidade duma justiça social mais abrangente possível, de ajuda aos mais expostos e fragilizados, aos menos acompanhados e mais esquecidos. Esperamos, para além de todas as imperfeições ou mesmo traições, esperamos que haja uma verdade superior como porto comum de chegada que a todos eleve e se revele. Esperamos que a diversidade de povos, saberes e tradições, seja uma riqueza e não origem constante de guerras fratricidas. Esperamos que a dignidade de cada ser humano seja reconhecida e salvaguardada, que a paz possa ser uma realidade e não apenas um discurso. Esperamos que as instituições nacionais e internacionais não sejam apenas uma cosmética açucarada, que as nações sejam capazes de perceber a necessidade de cuidar da casa comum, que a economia ultrapasse os frios números sem se tornar em défice desgovernado, que a vida política seja funcional em relação à cidadania com os seus direitos e deveres. Esperamos …

A nível eclesial, porém, esperamos uma Igreja cada vez mais comunhão, uma Igreja que escute mais a Palavra de Deus e as palavras dos homens, uma Igreja mais sinodal onde o batismo ilumine todas as vocações e promova fraternidade, uma Igreja onde o ministério seja colegial, a autoridade não seja apenas poder, a verdade impere e não se arrogue da sua propriedade. Esperamos uma Igreja com vida espiritual densa e dinâmica, uma Igreja santa e a santificar-se, uma Igreja que ultrapasse a cristandade mas não esqueça o entusiasmo da primeira hora. Esperamos! Esperamos uma Igreja que defenda sempre a proteção dos mais fracos e vulneráveis, que integre os pobres que passam a vida a esperar sem pressa de ninguém, que promova o diálogo interior até ao debate e à correção evangélica. Esperamos uma Igreja que respeite sempre o verdadeiro primado da consciência, que caminhe com os que procuram, que acompanhe os que duvidam, que ajude a reconstruir os que erram, que estenda a mão aos desanimados. Esperamos uma Igreja missionária que cuide da transmissão da fé, que celebre com alegria, que tenha rosto e essência jovem. Esperamos! …

Esperamos mas “não ficamos passivamente à espera”. Esperamos e fazemos acontecer. É a dinâmica própria da esperança cristã, uma esperança que compromete, conjuga a expectativa com o ideal cristão, purifica, fortalece o desejo, faz o discernimento, empenha a colaborar com a Salvação que nos é dada.

O Advento é sempre tempo de esperança. O nascimento histórico de Jesus já aconteceu, da sua vinda no final dos tempos não sabemos a data e ocasião. Mas cada dia, cada vida, cada história, cada processo é o momento favorável para deixar Cristo nascer e para nascermos para Cristo. Esperar é fazer acontecer.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 26-11-2021.

 

 

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