quinta-feira, 18 de novembro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Sexta, 19 de novembro de 2021

 

Sexta-feira da XXXIII semana do tempo comum

 

 

LITURGIA

 

 

Sexta-feira da semana XXXIII

 

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 1 Mac 4, 36-37. 52-59; Sal 1 Cr 29, 10. 11ab. 11cd e 12ab. 12cd e 13
Ev Lc 19, 45-48

* Na Ordem Beneditina – S. Matilde, virgem – MF
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Rafael Kalinowski, presbítero – MF e MO
* Na Ordem de Cister – S. Matilde, monja – MF
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – S. Inês de Assis, virgem, da II Ordem – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Ofício e Missa votivos da Paixão.
* Na Diocese de Lamego (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – I Vésp. da Virgem Santa Maria.

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Jer 29, 11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos de todos os lugares da terra.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) 1 Mac 4, 36-37.52-59
«Celebraram a dedicação do altar durante oito dias
e ofereceram holocaustos com grande alegria»


Leitura do Primeiro Livro dos Macabeus


Naqueles dias, disseram Judas Macabeu e os seus irmãos: «Agora que os nossos inimigos foram desbaratados, subamos a purificar o templo e celebrar a sua dedicação». Reuniu-se todo o exército e subiram ao monte Sião. No dia vinte e cinco do nono mês, que é o mês de Quisleu, do ano cento e quarenta e oito, levantaram-se de madrugada e ofereceram um sacrifício, segundo as prescrições da Lei, sobre o altar dos holocaustos que tinham construído. O altar foi dedicado ao som de cânticos, de cítaras e de címbalos, no mesmo mês e dia em que os gentios o tinham profanado. Todo o povo se prostrou em adoração de rosto por terra e deu graças ao Céu por lhes ter dado tão feliz sucesso. Celebraram a dedicação do altar durante oito dias e ofereceram holocaustos com grande alegria, bem como sacrifícios de comunhão e de acção de graças. Adornaram a fachada do templo com coroas de ouro e escudos; restauraram as entradas e as salas, onde colocaram as portas. Foi grande a alegria do povo e assim foi afastado o opróbrio causado pelos gentios. Judas, com os seus irmãos e toda a assembleia de Israel, decidiu que todos os anos se celebrasse com alegria e regozijo a festa da dedicação do altar, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Quisleu.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL 1 Cr 29, 10.11ab.11cd e 12ab.12cd e 13 (R. 13b)
Refrão: Celebramos, Senhor, o vosso nome glorioso. Repete-se

Bendito sejais, Senhor, para todo o sempre,
Deus do nosso Pai, Israel.
A Vós, Senhor, a grandeza e o poder,
a honra, a majestade e a glória. Refrão

Tudo, no céu e na terra, Vos pertence,
sois o Rei soberano de todas as coisas.
De Vós nos vem a riqueza e a glória,
sois Vós o Senhor de todo o universo. Refrão

Na vossa mão está o poder e a força,
em vossas mãos tudo se afirma e cresce.
Nós Vos louvamos, Senhor, nosso Deus,
e celebramos o vosso nome glorioso. Refrão


ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia. Repete-se
As minhas ovelhas escutam a minha voz, diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Refrão


EVANGELHO Lc 19, 45-48
«Fizestes da casa do Senhor um covil de ladrões»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

 
Naquele tempo, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os vendedores, dizendo-lhes: «Está escrito: ‘A minha casa é casa de oração’; e vós fizestes dela ‘um covil de ladrões’». Jesus ensinava todos os dias no templo. Os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os chefes do povo procuravam dar Lhe a morte, mas não encontravam o modo de o fazer, porque todo o povo ficava maravilhado quando O ouvia.


Palavra da salvação.



ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.

Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: 1 Mac 4, 36-37.52-59: Depois da vitória sobre os pagãos invasores, o povo, tendo à frente Judas Macabeu, faz a purificação e dedicação do templo e do altar e oferece sacrifícios sobre ele. O povo de Deus teve sempre, como centro de toda a sua vida, o templo e as assembleias de oração aí realizadas. Neste povo, a celebração do mistério de Deus, que é o objecto da sua fé, não pode deixar de ser o momento central de toda a vida desse mesmo povo, como hoje o é, para a Igreja de Cristo, a celebração dos mistérios do seu Senhor, Jesus.


Lc 19, 45-48: Como já o manifestara aos doze anos, Jesus está possuído pelo amor da Casa de Deus. O templo era o lugar da oração a Deus, mas os seus contemporâneos esvaziavam-no desse objetivo, transformando-o em casa de comércio, embora a pretexto de serviço do mesmo templo. Até as coisas santas podem chegar a não servir para fins santos. O templo completamente puro e agora, mais do que nunca, morada de Deus, será a humanidade santíssima de Jesus ressuscitado.

 

 

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão

21.00 horas: Adoração ao Santíssimo.

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

NOVAS ARMADILHAS DA MISÉRIA E DA EXCLUSÃO

 

A pobreza e a exclusão social em Portugal têm muitos e variados rostos, desde a falta de recursos e de rendimentos para uma subsistência digna e sustentável, até ao não acesso a serviços básicos e à não participação em tomada de decisões. Uma coisa, porém, os pobres têm, além de outras, e ninguém lha pode tirar: é a dignidade de filhos de Deus. A Agenda global 2030 promete acabar com a pobreza em todas as suas vertentes sem esquecer quem quer que seja. Tal tarefa reclama verdadeiro sentido do bem comum, com pressa, competência, coragem e políticas acertivas em todos os setores da atividade humana.

Neste V Dia Mundial dos Pobres, o Papa, como sempre, não fala só para dentro da Igreja, fala para todas as pessoas de boa vontade e para quem tem a responsabilidade de promover o bem comum dos povos. Abordar a pobreza de forma nova e diferente é, segundo Francisco, “um desafio que os governos e as instituições mundiais precisam de perfilhar, com um modelo social clarividente, capaz de enfrentar as novas formas de pobreza que invadem o mundo e marcarão de maneira decisiva as próximas décadas. Se os pobres são colocados à margem, como se fossem os culpados da sua condição, então o próprio conceito de democracia é posto em crise e fracassa toda e qualquer política social. Com grande humildade, temos de confessar que muitas vezes não passamos de incompetentes a respeito dos pobres: fala-se deles em abstrato, fica-se pelas estatísticas e pensa-se sensibilizar com qualquer documentário”. E até parece “ganhar terreno a conceção segundo a qual os pobres não só são responsáveis pela sua condição, mas constituem também um peso intolerável para um sistema económico que coloca no centro o interesse dalgumas categorias privilegiadas. Um mercado que ignora ou discrimina os princípios éticos cria condições desumanas que se abatem sobre pessoas que já vivem em condições precárias. Deste modo assiste-se à criação incessante de armadilhas novas da miséria e da exclusão, produzidas por agentes económicos e financeiros sem escrúpulos, desprovidos de sentido humanitário e responsabilidade social”.

Francisco não deixa de acentuar a necessidade de processos de desenvolvimento onde se valorizem as capacidades de todos, e a complementaridade das competências e a diversidade das funções conduzam a um recurso comum de participação. “Há muitas pobrezas dos «ricos» que poderiam ser curadas pela riqueza dos «pobres», bastando para isso encontrarem-se e conhecerem-se. Ninguém é tão pobre que não possa dar algo de si na reciprocidade. Os pobres não podem ser aqueles que apenas recebem; devem ser colocados em condição de poderem dar, porque sabem bem como corresponder. Quantos exemplos de partilha diante dos nossos olhos! Os pobres ensinam-nos frequentemente a solidariedade e a partilha”.

A afirmação que São Marcos coloca na boca de Jesus: “Sempre tereis pobres entre vós” (Mc 14,7), serviu de mote a Francisco para o desenvolvimento do tema deste ano. Judas, indignado, achou um desperdício escandaloso o derrame dum vaso de perfume caro que uma mulher derramara sobre a cabeça de Jesus. Ripostou que melhor seria vendê-lo e dar o dinheiro aos pobres. Não porque fosse amigo dos pobres, mas porque, encarregado de guardar o dinheiro que davam para os pobres, o tirava para uso próprio. E o Papa torna presente a afirmação de Orígenes: “Se, agora, ainda houver alguém que tem a bolsa da Igreja e fala a favor dos pobres como Judas, mas depois tira o que metem lá dentro, então tenha parte juntamente com Judas”.

Quem mais pobre do que aquele que é perseguido, preso, torturado e condenado à morte pela prepotência e injustiça do poder, sem qualquer razão para o fazer, a não ser a sua própria razão, isto é, a razão sem razão de se sentir incomodado pela palavra e presença dos pobres que reclamam atenção e justiça?

Próximo da morte, Jesus elogia o gesto daquela mulher. Ao fazê-lo, Jesus vem-nos recordar ”que Ele é o primeiro pobre, o mais pobre entre os pobres, porque os representa a todos. E é também em nome dos pobres, das pessoas abandonadas, marginalizadas e discriminadas que o Filho de Deus aceita o gesto daquela mulher. Esta, com a sua sensibilidade feminina, demonstra ser a única que compreendeu o estado de espírito do Senhor. Esta mulher anónima – talvez por isso destinada a representar todo o universo feminino que, no decurso dos séculos, não terá voz e sofrerá violências –, inaugura a significativa presença de mulheres que participam no momento culminante da vida de Cristo: a sua crucifixão, morte e sepultura e a sua aparição como Ressuscitado. As mulheres, tantas vezes discriminadas e mantidas ao largo dos postos de responsabilidade, nas páginas do Evangelho são, pelo contrário, protagonistas na história da revelação. E é eloquente a frase conclusiva de Jesus, que associa esta mulher à grande missão evangelizadora: «Em verdade vos digo: em qualquer parte do mundo onde for proclamado o Evangelho, há de contar-se também, em sua memória, o que ela fez» (Mc 14, 9).

Jesus pobre está do lado dos pobres, partilha a mesma sorte, identifica-se com eles, é o rosto deles. A presença dos pobres “não deve induzir àquela habituação que se torna indiferença, mas empenhar numa partilha de vida que não prevê delegações”.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 12-11-2021.

 

 

 

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