terça-feira, 30 de novembro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Quarta, 01 de dezembro de 2021

 

Quarta-feira da I semana do Advento

 

 

LITURGIA

 

 

Quarta-feira da semana I

Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. I do Advento.

L 1 Is 25, 6-10a; Sal 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6
Ev Mt 15, 29-37

* Em todas as dioceses de Portugal – B. Maria Clara do Menino Jesus, virgem e Fundadora – MF
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Todos os Santos e Beatos da Diocese – MO
* Na Diocese de Vila Real – Assembleia sacerdotal e sufrágio pelos bispos e presbíteros falecidos.
* Na Companhia de Jesus – SS. Edmundo Campion e Roberto Southwel, presbíteros, e Companheiros, mártires – MO
* Na Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição – B. Maria Clara do Menino Jesus, virgem e fundadora – FESTA
* Na Fraternidade das Irmãzinhas de Jesus de Carlos de Foucauld ­– S. Carlos de Foucauld, presbítero – MF

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Hab 2, 3; 1 Cor 4, 5
O Senhor virá sem demora:
iluminará os que vivem nas trevas
e manifestar-Se-á a todos os povos.


ORAÇÃO COLECTA
Preparai, Senhor, os nossos corações com o poder da vossa graça, para que, no dia da vinda de Cristo, vosso Filho, mereçamos entrar no banquete da vida eterna e receber d’Ele mesmo o alimento do Céu. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 25, 6-10a
O Senhor convida para o seu banquete
e enxuga as lágrimas de todas as faces


Leitura do Livro de Isaías


Sobre este monte, o Senhor do Universo há-de preparar para todos os povos um banquete de manjares suculentos, um banquete de vinhos deliciosos: comida de boa gordura, vinhos puríssimos. Sobre este monte, há-de tirar o véu que cobria todos os povos, o pano que envolvia todas as nações; Ele destruirá a morte para sempre. O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e fará desaparecer da terra inteira o opróbrio que pesa sobre o seu povo. Porque o Senhor falou. Dir-se-á naquele dia: «Eis o nosso Deus, de quem esperávamos a salvação; é o Senhor, em quem pusemos a nossa confiança. Alegremo-nos e rejubilemos, porque nos salvou. A mão do Senhor pousará sobre este monte».

 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 6cd )
Refrão: Habitarei para sempre na casa do Senhor. Repete-se
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma. Refrão

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo me enchem de confiança. Refrão

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda. Refrão

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre. Refrão


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se

O Senhor vem salvar o seu povo:
felizes os que estão preparados para ir ao seu encontro.
Refrão


EVANGELHO Mt 15, 29-37
Jesus cura muitos enfermos e multiplica os pães


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus


Naquele tempo, foi Jesus para junto do mar da Galileia e, subindo ao monte, sentou-Se. Veio ter com Ele uma grande multidão, trazendo coxos, aleijados, cegos, mudos e muitos outros, que lançavam a seus pés. Ele curou-os, de modo que a multidão ficou admirada, ao ver os mudos a falar, os aleijados a ficar sãos, os coxos a andar e os cegos a ver; e todos davam glória ao Deus de Israel. Então Jesus, chamando a Si os discípulos, disse-lhes: «Tenho pena desta multidão, porque há três dias que estão comigo e não têm que comer. Mas não quero despedi-los em jejum, pois receio que desfaleçam no caminho». Disseram-Lhe os discípulos: «Onde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão?» Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes?» Eles responderam-Lhe: «Sete, e alguns peixes pequenos». Jesus ordenou então às pessoas que se sentassem no chão. Depois tomou os sete pães e os peixes e, dando graças, partiu-os e foi-os entregando aos discípulos e os discípulos distribuíram-nos pela multidão. Todos comeram até ficarem saciados. E com os pedaços que sobraram encheram sete cestos.


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor, que a oblação deste sacrifício se renove sempre na vossa Igreja, de modo que a celebração do mistério por Vós instituído realize em nós plenamente a obra da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio do Advento I:


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Is 40, 10; cf. 34, 5
O Senhor virá com poder e majestade
e iluminará os olhos dos seus fiéis.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor, pela vossa bondade, que este divino sacramento nos livre do pecado e nos prepare para as festas que se aproximam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: Is 25, 6-10a; O reino de Deus é frequentemente comparado na Sagrada Escritura a um banquete. O banquete supõe o convite, a reunião dos convidados, a abundância do que é servido, a intimidade com aquele que convida e entre todos os convivas. Assim é o reino de Deus, onde o banquete é ainda de festa nupcial, de aliança entre Deus e os homens, de vitória da vida sobre tudo o que pudesse ser sinal de morte. O Advento é já celebração do Mistério Pascal: o Senhor vem para salvar.

 

Mt 15, 29-37: Foi também no monte que Jesus multiplicou os pães e os peixes para matar a fome à multidão, depois de ter curado os doentes. Com estes sinais, o Senhor manifestava que Ele ia já pondo aos homens a mesa do reino dos Céus, que n’Ele o reino dos Céus estava já presente no meio dos homens, como continua hoje a estar, e que n’Ele os homens poderão continuar a encontrar a salvação, que, na sua última vinda, será total e definitiva, e onde todos os que forem chamados a sentar-se à sua mesa comerão “até ficarem saciados”.



 

AGENDA DO DIA:

 

 

11.00 horas: Missa na Capela de Santo André

12.00 horas: Funeral em Nisa

17.00 horas: Missa em Gáfete

18.00 horas: Missa em Tolosa

18.00 horas: Missa em Nisa.

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

ADVENTO - ESPERAR É FAZER ACONTECER

 

Fazer esperar é uma prerrogativa do poder mal entendido ou da pessoa egocêntrica. Ninguém gosta de esperar. Ninguém tem o direito de fazer esperar. Fazer esperar só porque sim não é bonito, é falta de respeito e de caridade para com quem tem de esperar. Ninguém gosta de esperar no multibanco, na farmácia, no hospital, na fila dos serviços públicos ou privados, aqui ou acolá onde precisamos de ser atendidos. Impacienta-nos esperar o transporte que se atrasa, o trânsito interrompido que nos testa a paciência, a longínqua consulta médica que tínhamos como urgente e acaba por não chegar, a falta de alguém a um compromisso que, atrasando-se, também nos atrasa e faz desesperar. Enfim, mesmo quando não há que fazer, aborrece-nos ver o tempo correr e nada se resolver. Ficar à espera é vivido como uma prisão sofrida, uma espécie de martírio.

Ora, estamos habituados a falar do Advento como tempo de fazer esperar. Esperamos o Salvador, é verdade! No entanto, não podemos confundir este ‘fazer esperar’ com a passividade de ‘ficar à espera’ de alguém que chega atrasado, ou de outros que não se despacham e nos impacientam na fila. Na permanente aprendizagem do Mistério de Cristo, o Advento, este tempo de espera é um tempo útil. É uma experiência de vida, é uma proposta de discernimento, é um tempo para redescobrir a identidade de Cristo cada vez com mais profundidade e em crescente identificação com Ele. Não para aprofundar uma identidade de Cristo meramente teórica, abstrata, inconsequente, apenas para entreter. Mas para redescobrir a identidade relacional de Cristo que, fazendo-se próximo e irmão, nos cativa e compromete, partilha connosco o dom do seu Espírito filial e nos convida a ser discípulos ao seu jeito, de forma simples, pobre, humilde, próxima, fraterna e salvadora. E se nos cansamos de esperar, não é Ele que chega atrasado. São as opções e os dinamismos da nossa vida que podem retardar esse feliz encontro, já que Ele, mesmo que se faça encontrado, não se impõe, não força, não arromba portas, o amor é paciente. O verdadeiro Advento coloca-nos assim, de forma sincera e convicta, em atitude de espera, mas uma espera ativa, atenta, alegre e confiante. Não é uma espera vã e enervante. É uma espera que queremos preencher com dinâmicas de transformação, purificação e crescimento. Essa é a atitude própria do Advento. É juntar a essa espera a memória, a expectativa, a aprendizagem, a fé, a fidelidade, a criatividade, a capacidade de nos deixarmos surpreender e abrir às provocações do amor de Deus manifestadas em Jesus Menino. É nesta forma de saber esperar que surge sempre a verdadeira esperança. E surge com uma densidade muito diferente a influenciar a vida pessoal, familiar e coletiva. O Advento sempre foi, é e será o tempo favorável da caminhada histórica da Igreja até ao fim dos tempos.

Nesta esperança de que o encontro de Jesus com todos e cada um aconteça, continuamos a esperar, do fundo do coração, que a humanidade inteira possa convergir num caminho que, salvaguardando as legítimas diferenças, comungue valores e possa fazer caminho. Esperamos, a cada instante, poder estabelecer relações de confiança mútua, de maior verdade, com tudo aquilo que isso exige de transparência, de equilíbrio, de autenticidade. Esperamos que a sociedade sinta a necessidade duma justiça social mais abrangente possível, de ajuda aos mais expostos e fragilizados, aos menos acompanhados e mais esquecidos. Esperamos, para além de todas as imperfeições ou mesmo traições, esperamos que haja uma verdade superior como porto comum de chegada que a todos eleve e se revele. Esperamos que a diversidade de povos, saberes e tradições, seja uma riqueza e não origem constante de guerras fratricidas. Esperamos que a dignidade de cada ser humano seja reconhecida e salvaguardada, que a paz possa ser uma realidade e não apenas um discurso. Esperamos que as instituições nacionais e internacionais não sejam apenas uma cosmética açucarada, que as nações sejam capazes de perceber a necessidade de cuidar da casa comum, que a economia ultrapasse os frios números sem se tornar em défice desgovernado, que a vida política seja funcional em relação à cidadania com os seus direitos e deveres. Esperamos …

A nível eclesial, porém, esperamos uma Igreja cada vez mais comunhão, uma Igreja que escute mais a Palavra de Deus e as palavras dos homens, uma Igreja mais sinodal onde o batismo ilumine todas as vocações e promova fraternidade, uma Igreja onde o ministério seja colegial, a autoridade não seja apenas poder, a verdade impere e não se arrogue da sua propriedade. Esperamos uma Igreja com vida espiritual densa e dinâmica, uma Igreja santa e a santificar-se, uma Igreja que ultrapasse a cristandade mas não esqueça o entusiasmo da primeira hora. Esperamos! Esperamos uma Igreja que defenda sempre a proteção dos mais fracos e vulneráveis, que integre os pobres que passam a vida a esperar sem pressa de ninguém, que promova o diálogo interior até ao debate e à correção evangélica. Esperamos uma Igreja que respeite sempre o verdadeiro primado da consciência, que caminhe com os que procuram, que acompanhe os que duvidam, que ajude a reconstruir os que erram, que estenda a mão aos desanimados. Esperamos uma Igreja missionária que cuide da transmissão da fé, que celebre com alegria, que tenha rosto e essência jovem. Esperamos! …

Esperamos mas “não ficamos passivamente à espera”. Esperamos e fazemos acontecer. É a dinâmica própria da esperança cristã, uma esperança que compromete, conjuga a expectativa com o ideal cristão, purifica, fortalece o desejo, faz o discernimento, empenha a colaborar com a Salvação que nos é dada.

O Advento é sempre tempo de esperança. O nascimento histórico de Jesus já aconteceu, da sua vinda no final dos tempos não sabemos a data e ocasião. Mas cada dia, cada vida, cada história, cada processo é o momento favorável para deixar Cristo nascer e para nascermos para Cristo. Esperar é fazer acontecer.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 26-11-2021.

 

 

 

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