domingo, 7 de novembro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Segunda, 08 de novembro de 2021

 

Segunda-feira da XXXII semana do tempo comum

 

 

 

LITURGIA

 

 

Segunda-feira da semana XXXII

 

Verde – Ofício da féria.

L 1 Sab 1, 1-7; Sal 138 (139), 1-3. 4-6. 7-8. 9-10
Ev Lc 17, 1-6


* Na Diocese de Bragança-Miranda (Basílica de Santo Cristo de Outeiro) – Aniversário da Basílica de Santo Cristo de Outeiro – SOLENIDADE
* Na Ordem Beneditina – Sufrágios pelos pais, parentes e benfeitores (Laudes e Missa de defuntos).
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Isabel da Trindade, virgem – MF
* Na Ordem de São Domingos – Aniversário de todos os irmãos e irmãs defuntos da Ordem dos Pregadores.
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Missa anual pelos benfeitores falecidos da Congregação.
* Na Ordem Franciscana – B. João Duns Escoto, presbítero da I Ordem – MO

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 87, 3
Chegue até Vós, Senhor, a minha oração,
inclinai o ouvido ao meu clamor.

ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e misericordioso,
afastai de nós toda a adversidade,
para que, sem obstáculos do corpo ou do espírito,
possamos livremente cumprir a vossa vontade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos ímpares) Sab 1, 1-7
«A Sabedoria é um espírito amigo dos homens;
o Espírito do Senhor enche o universo»


Leitura do Livro da Sabedoria

 
Amai a justiça, vós que governais a terra, pensai corretamente no Senhor e procurai-O com simplicidade de coração. Porque Ele deixa-Se encontrar pelos que não O tentam e revela-Se aos que n’Ele confiam. Os pensamentos tortuosos afastam de Deus e o Omnipotente, posto à prova, confunde os insensatos. A Sabedoria não entra na alma maliciosa, nem habita num corpo sujeito ao pecado. Porque o Espírito sagrado, nosso educador, foge da hipocrisia, afasta-se dos pensamentos insensatos e retira-se quando chega a iniquidade. A Sabedoria é um espírito amigo dos homens, mas não deixa sem castigo as palavras do blasfemo. Porque Deus é testemunha dos seus íntimos sentimentos, observa o seu coração segundo a verdade e ouve as suas palavras. O Espírito do Senhor enche o universo; ele, que abrange todas as coisas, sabe tudo o que se diz.


Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 138 (139), 1-3.4-6.7-8.9-10 (R. 24b)
Refrão: Conduzi-me, Senhor, pelo caminho da eternidade. Repete-se

Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser:
sabeis quando me sento e quando me levanto.
De longe penetrais o meu pensamento:
Vós me vedes quando caminho e quando descanso,
Vós observais todos os meus passos. Refrão

Ainda a palavra me não chegou à língua
e já, Senhor, a conheceis perfeitamente.
Por todos os lados me envolveis
e sobre mim pondes a vossa mão. Refrão

Prodigiosa ciência, que não posso compreender,
tão sublime que a não posso alcançar! Refrão
Onde poderei ocultar-me ao vosso espírito?
Onde evitarei a vossa presença?
Se subir ao céu, Vós lá estais;
se descer aos abismos, ali Vos encontrais. Refrão

Se voar nas asas da aurora,
se habitar nos confins do oceano,
mesmo ali a vossa mão me guiará
e a vossa direita me sustentará. Refrão

ALELUIA Filip 2, 15d.16a
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vós brilhais como estrelas no mundo,
anunciando a palavra da vida. Refrão

EVANGELHO Lc 17, 1-6
«Se sete vezes vier ter contigo e te disser: ‘Estou arrependido’,
tu lhe perdoarás»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É inevitável que haja escândalos; mas ai daquele que os provoca. Melhor seria para ele que lhe atassem ao pescoço uma mó de moinho e o atirassem ao mar, do que ser ocasião de pecado para um só destes pequeninos. Tende cuidado. Se teu irmão cometer uma ofensa, repreende-o, e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se te ofender sete vezes num dia e sete vezes vier ter contigo e te disser: ‘Estou arrependido’, tu lhe perdoarás». Os Apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta a nossa fé». O Senhor respondeu: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: ‘Arranca-te daí e vai plantar-te no mar’, e ela vos obedeceria».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, com benevolência
para o sacrifício que Vos apresentamos,
a fim de participarmos com sincera piedade
no memorial da paixão do vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 22, 1-2
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados.
Conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ou Lc 24, 35
Os discípulos reconheceram
o Senhor Jesus ao partir o pão.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos damos graças, Senhor,
pelo alimento celeste que recebemos
e imploramos da vossa misericórdia
que, pela ação do Espírito Santo,
perseverem na vossa graça
os que receberam a força do alto.
Por Nosso Senhor. 

 

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: Sab 1, 1-7: Começa a ler-se hoje o livro da Sabedoria, um dos mais recentes livros do Antigo Testamento. É obra de alguém cheio de fé, fé que já vem dos seus antepassados, e à luz da qual ele procura agora entender a existência, vivendo essa mesma fé num meio diferente e novo, no meio pagão de Alexandria no Egipto.

 

Lc 17, 1-6: Esta leitura é constituída por uma série de pensamentos sobre a vida da comunidade dos cristãos, que há de ser vivida segundo o espírito de Jesus: evitar o escândalo, perdoar as injúrias, viver da fé, precisamente o contrário do espírito do mundo em que reina o pecado e a divisão.  

 

AGENDA DO DIA:

 

 

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

AS ALMINHAS – UM PATRIMÓNIO A NÃO ESQUECER

 

Estamos em novembro, um mês que a tradição cristã dedica, de forma muito especial, a uma mais viva comunhão com os que partiram. Hoje vou tornar presente um património interessante, fruto dessa devoção do povo. As pessoas dedicadas à investigação sempre querem saber qual a sua origem. Assim, aventam-se várias hipóteses acerca das origens mais remotas das Alminhas que salpicam grande parte do nosso território, não só, mas sobretudo a norte do país. Embora todas as hipóteses sejam plausíveis e sejam de trazer à baila, o seu adn não dá certezas, como é evidente. São hipóteses, embora, algumas dessas hipóteses, possam ter ou tenham como fundamento o sentimento religioso que o homem sempre teve e é incapaz de apagar dentro de si.

Deixando essas questões bem pertinentes para quem gosta de investigar, há quem afirme que as Alminhas são uma criação bem portuguesa. A sua multiplicação, bem como a multiplicação das Confrarias das Almas e dos altares das almas em igrejas, deu-se sobretudo a partir do Concílio de Trento. A Igreja crê e ensina que os eleitos são purificados das consequências pessoais de todas as suas culpas antes de serem acolhidos definitivamente na intimidade de Deus. A esse estado de purificação é que a Igreja chama Purgatório. E a nós, os vivos, é-nos pedido o sentimento de gratidão, de caridade e de justiça, de rezar pelos fiéis defuntos para que Deus tenha misericórdia deles, os purifique na sua caridade e os introduza no seu Reino de luz e vida.

A piedade popular, que, como sabemos, é “caraterizada por uma grande variedade e riqueza de expressões corporais, gestuais e simbólicas”, logo se manifestou também “muito atenta à memória dos defuntos e solícita em sufragá-los com orações”. Expressões dessa forma de fazer memória e de convidar à oração de sufrágio são, de facto, as Alminhas, que, embora aqui ou ali estejam esquecidas e a perderem-se - o que é pena! -, constituem um verdadeiro património de religiosidade popular, quer construídas por iniciativa das comunidades cristãs locais quer pela devoção e imaginação de particulares. Regra geral mostram-se em sítios de passagem para serem vistas e cumprirem a sua função: levar os vivos a encontrarem-se com Deus e a rezar pelas benditas almas do Purgatório, sem esquecerem que também são peregrinos a caminho dessa eternidade em Deus.

E quem, do norte, não guarda essa feliz memória das Alminhas, com flores ou sem flores, altaneiras ou encrustadas em paredes, no meio de lugares ou nas encruzilhadas de caminhos, com lampadário ou vela acesa, ou não, com figuras em painel de azulejos, em pequenos retábulos ou telas, mais rústicas ou mais sofisticadas, mas sempre a lembrar ao transeunte a necessidade delas se lembrar e por elas rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria ou o que a sua devoção lhe pudesse ditar? E quem não conserva na memória aquela pessoa que sempre parava para rezar, a outra que ao passar tirava a boina ou o chapéu, a outra que fazia uma pausa, uma vénia ou até uma genuflexão? E aquela outra que as cuidava como se de catedrais populares se tratasse e ficava triste como a noite quando os amigos do alheio as arrombavam, profanavam e roubavam? E quem, sendo criança e tudo isto presenciava e vivia, não assimilava a mensagem que estas pessoas faziam passar com testemunho tão simples quão significativo?!...

Em paróquias por onde passei a paroquiar, havia Alminhas e muita devoção às Almas do Purgatório promovida pelas respetivas Confrarias, sendo uma boa oportunidade para congregar e evangelizar. Não raro, porém, perante algumas incoerências no modo de estar e viver, embora seja um santo e salutar pensamento rezar pelos mortos para que sejam perdoados de seus pecados, havia necessidade de alertar para que não se reduzisse a vivência da fé e a pertença à Igreja apenas a rezar pelos mortos, andando aos encontrões aos vivos!...

Hoje digo o mesmo! Encontramos gente que só participa na Eucaristia, mesmo ao Domingo, quando a intenção é rezar pelos mortos. Sobretudo pelos seus mortos. E tantas vezes se esquece de rezar pelos vivos, pelos seus inclusive. Não se sentem motivados para ajudar os seus a viverem cristãmente, antes pelo contrário, desajudam-se mutuamente e faz-se da Igreja uma espécie de instância fúnebre de encomendação das almas. Dá a impressão que estão à espera que os seus familiares morram para depois rezar por eles. Enquanto podem e devem fazer alguma coisa para os ajudar à conversão, a viver e a morrer cristãmente, nada ou pouco fazem. Embora compreenda alguns argumentos, até me parece pouco pedagógico a marcação de muitas intenções nas missas ao Domingo só para ter mais gente nas igrejas...

A par das Alminhas, há outros pequenos nichos a quem, por vezes, até se dá também o nome de Alminhas, embora tenham como titular um Santo. São nichos, edículas, capelinhas em honra do Coração de Jesus, de Nossa Senhora ou de Santos, são cruzeiros, são estações da Via Sacra, são quadros dos Passos do Senhor, são padrões....

Muitas paróquias zelam muito bem este património, cuidam-no e promovem o seu verdadeiro sentido e valor cristão.

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 5-11-2021.

 

Sem comentários:

Enviar um comentário