domingo, 31 de outubro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Segunda, 01de novembro de 2021

 

Segunda-feira da XXXI semana do tempo comum

 

TODOS OS SANTOS

 

 

LITURGIA

 

 

 

TODOS OS SANTOS – SOLENIDADE

Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. próprio.

L 1 Ap 7, 2-4. 9-14; Sal 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6
L2 1 Jo 3, 1-3
Ev Mt 5, 1-12a


* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* II Vésp. da solenidade – Compl. dep. II Vésp. dom.
 

TODOS OS SANTOS

Nota Histórica

«Os Santos, tendo atingido pela multiforme graça de Deus a perfeição e alcançado a salvação eterna, cantam hoje a Deus no Céu, o louvor perfeito e intercedem por nós.
A Igreja proclama o mistério pascal, realizado na paixão e glorificação deles com Cristo, propõe aos fiéis os seus exemplos, que conduzem os homens ao Pai por Cristo; e implora, pelos seus méritos, as bênçãos de Deus.
Segundo a sua tradição, a Igreja venera os Santos e as suas relíquias autênticas, bem como as suas imagens. É que as festas dos Santos proclamam as grandes obras de Cristo nos Seus servos e oferecem aos fiéis os bons exemplos a imitar» (Constituição Litúrgica, n.º 104 e 111).

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA
Exultemos de alegria no Senhor,
celebrando este dia de festa
em honra de Todos os Santos.
Nesta solenidade alegram-se os Anjos
e cantam louvores ao Filho de Deus.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
que nos concedeis a graça de honrar numa única solenidade
os méritos de Todos os Santos,
dignai-Vos derramar sobre nós,
em atenção a tão numerosos intercessores,
a desejada abundância da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Ap 7, 2-4.9-14
«Vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas»


Leitura do Apocalipse de São João

 Eu, João, vi um Anjo que subia do Nascente,
trazendo o selo do Deus vivo.
Ele clamou em alta voz
aos quatro Anjos a quem foi dado o poder
de causar dano à terra e ao mar:
«Não causeis dano à terra, nem ao mar, nem às árvores,
até que tenhamos marcado na fronte
os servos do nosso Deus».
E ouvi o número dos que foram marcados:
cento e quarenta e quatro mil,
de todas as tribos dos filhos de Israel.
Depois disto, vi uma multidão imensa,
que ninguém podia contar,
de todas as nações, tribos, povos e línguas.
Estavam de pé, diante do trono e na presença do Cordeiro,
vestidos com túnicas brancas e de palmas na mão.
E clamavam em alta voz:
«A salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono,
e ao Cordeiro».
Todos os Anjos formavam círculo
em volta do trono, dos Anciãos e dos quatro Seres Vivos.
Prostraram-se diante do trono, de rosto por terra,
e adoraram a Deus, dizendo:
«Amen! A bênção e a glória, a sabedoria e a acção de graças,
a honra, o poder e a força
ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amen!».
Um dos Anciãos tomou a palavra e disse-me:
«Esses que estão vestidos de túnicas brancas,
quem são e de onde vieram?».
Eu respondi-lhe:
«Meu Senhor, vós é que o sabeis».
Ele disse-me:
«São os que vieram da grande tribulação,
os que lavaram as túnicas
e as branquearam no sangue do Cordeiro».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 23 (24), 1-2.3-4ab.5-6 (R. cf. 6)
Refrão: Esta é a geração dos que procuram o Senhor.

Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.

Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
o que não invocou o seu nome em vão.

Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face de Deus.

LEITURA II 1 Jo 3, 1-3
«Veremos a Deus tal como Ele é»


Leitura da Primeira Epístola de São João

Caríssimos:
Vede que admirável amor o Pai nos consagrou
em nos chamar filhos de Deus.
E somo-lo de facto.
Se o mundo não nos conhece,
é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus
e ainda não se manifestou o que havemos de ser.
Mas sabemos que, na altura em que se manifestar,
seremos semelhantes a Deus,
porque O veremos tal como Ele é.
Todo aquele que tem n’Ele esta esperança
purifica-se a si mesmo,
para ser puro, como Ele é puro.

 Palavra do Senhor.

ALELUIA Mt 11, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se

Vinde a Mim, vós todos os que andais cansados
e oprimidos
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor. Refrão

EVANGELHO Mt 5, 1-12a
«Alegrai-vos e exultai, porque é grande nos Céus a vossa recompensa»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
ao ver as multidões, Jesus subiu ao monte e sentou-Se.
Rodearam-n’O os discípulos
e Ele começou a ensiná-los, dizendo:
«Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados os humildes,
porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus.
Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa,
vos insultarem, vos perseguirem
e, mentindo, disserem todo o mal contra vós.
Alegrai-vos e exultai,
porque é grande nos Céus a vossa recompensa».

Palavra da salvação.

Diz-se o credo

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor,
os dons que Vos apresentamos
em honra de Todos os Santos
e fazei-nos sentir a intercessão
daqueles que já alcançaram a imortalidade.
Por Nosso Senhor.

PREFÁCIO A glória da nova Jerusalém, nossa mãe
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte:
Hoje nos dais a alegria de celebrar
a cidade santa, a nossa mãe, a Jerusalém celeste,
onde a assembleia dos Santos, nossos irmãos,
glorificam eternamente o vosso nome.
Peregrinos dessa cidade santa,
para ela caminhamos na fé e na alegria,
ao vermos glorificados os ilustres filhos da Igreja,
que nos destes como exemplo e auxílio
para a nossa fragilidade.
Por isso, com todos os Anjos e Santos,
proclamamos a vossa glória,
cantando numa só voz:
Santo, Santo, Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 5, 8-10
Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão a Deus.
Bem-aventurados os pacíficos,
porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos adoramos, Senhor nosso Deus,
única fonte de santidade,
admirável em todos os Santos,
e confiadamente Vos pedimos a graça
de chegarmos também nós à plenitude do vosso amor
e passarmos desta mesa de peregrinos
ao banquete da pátria celeste.
Por Nosso Senhor.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS:

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo.

10.00 horas: Missa em Arez

10.45 horas: Missa em Tolosa

11.00 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Alpalhão

12.00 horas: Missa em Gáfete

15.30 horas: Missa em Cacheiro

15.30 horas: Missa em Arneiro.

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

PARA ALÉM DA MORTE A VIDA SEM FIM

 

Os cristãos rezam pelos seus falecidos desde os primórdios. Foram encontradas orações escritas em túmulos, sobretudo de mártires. Esta devoção foi crescendo como demonstração de fé na vida eterna e de amor para com os falecidos. No século V, já se teria determinado um dia para rezar por aqueles pelos quais ninguém rezava, iniciativa que se foi consolidando até ao século XI, rezando por todos os defuntos. Cerca de dois séculos depois foi estabelecido um dia oficial, o dia 2 de novembro. Depois do Dia de Todos os Santos, o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. Bento XV, por causa da mortandade havida no primeira Grande Guerra, decretou que os Padres rezassem três Eucaristias no Dia de Todos os Fiéis Defuntos. A doutrina católica baseia-se em passagens bíblicas do Antigo e Novo Testamento, e apoia-se na Tradição da Igreja.

Conforme as culturas e os lugares, há diferentes formas  de celebrar e honrar os mortos, algumas até bastante festivas. Entre nós, os cristãos, fazemo-lo com iniciativas diversas, segundo a fé e a devoção de cada um, de cada família, e segundo os costumes das comunidades cristãs. As expressões mais comuns vão desde a confissão sacramental para se participar na comunhão eucarística, à celebração ou participação na Eucaristia, rezando também pelas intenções do Santo Padre. Desde a oração pessoal ou familiar, em casa e na comunidade cristã, à esmola, à mortificação e ao voluntariado por essa intenção. Desde as visitas ou romagens ao Cemitério para rezar pelos falecidos, à participação em eventos organizados. Desde o acender de velas sobre a campa, como que a iluminar o caminho da eternidade, ao colocar uma coroa ou ramo de flores, a simbolizar a vitória da vida sobre a morte e o amor para com os ali sepultados...

Como sabemos, até à vinda gloriosa do Senhor, no final dos tempos, os discípulos de Jesus distribuem-se por três estados da única e mesma Igreja. Uns peregrinam sobre a terra, é a Igreja militante. Outros, passada esta vida, são purificados no Purgatório, é a Igreja padecente. Outros, também tendo passado já esta vida, são glorificados e já contemplam Deus tal como Ele é, a Igreja triunfante. Mas todos comungamos no mesmo amor de Deus e do próximo, embora de modo diverso. Há uma espécie de corrente interna de graça entre os membros de toda a Igreja. Todos entoamos a Deus o mesmo hino de louvor. Todos estamos unidos numa só Igreja e ligados uns aos outros em Cristo. Jamais se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo. Antes pelo contrário, é reforçada pela comunicação dos bens espirituais. Estando mais intimamente unidos com Cristo, os bem-aventurados consolidam mais firmemente a Igreja na santidade. Enobrecem o culto que ela presta a Deus na terra. Contribuem de muitas maneiras para a sua mais ampla edificação em Cristo. Recebidos na Pátria celeste e vivendo junto do Senhor, não cessam de interceder, com Ele e n'Ele, a nosso favor diante do Pai. A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela sua solicitude de irmãos (cf. Lumen Gentium, 49).

Rezemos pelos vivos, companheiros de viagem em direção à Pátria definitiva, saibamos dar as mãos uns aos outros. Rezemos pelos que, tendo já partido, se purificam no Purgatório, é um dever de gratidão, de caridade e de justiça. Peçamos a intercessão dos santos no Céu para que nos convertamos e vivamos como verdadeiros filhos de Deus, com alegria e esperança.

A lembrar que também há de partir, deixo-lhe a ladainha dos póstumos natais do ‘Cancioneiro de Natal’ de David de Jesus Mourão Ferreira, falecido a 16 de junho de 1996.

 

“LADAINHA DOS PÓSTUMOS NATAIS

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que se veja à mesa o meu lugar vazio

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que hão de me lembrar de modo menos nítido

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que só uma voz me evoque a sós consigo

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que não viva já ninguém meu conhecido

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que nem vivo esteja um verso deste livro

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que terei de novo o Nada a sós comigo

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que nem o Natal terá qualquer sentido

 

Há de vir um Natal e será o primeiro

em que o Nada retome a cor do Infinito”

..............

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 29-10-2021.

 

 

 

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