PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 05 de novembro de 2021
Sexta-feira da XXXI semana do tempo comum
LITURGIA
Sexta-feira
da semana XXXI
Verde – Ofício da féria.
L 1 Rom 15, 14-21; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4
Ev Lc 16, 1-8
* Na Diocese de Viana do Castelo – S. Martinho de Porres, religioso – MF
* Na Ordem Beneditina – Sufrágios pelos monges, monjas e irmãos falecidos, em
todas as Comunidades (Laudes e Missa de defuntos).
* Na Ordem Carmelita – B. Francisca de Amboise, religiosa – MF
* Na Companhia de Jesus – Todos os Santos e Beatos da Companhia de Jesus –
FESTA
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Comemoração dos Defuntos da Ordem
Hospitaleira (Irmãos, Familiares, Colaboradores, Agregados, Benfeitores,
Voluntários, Doentes e Necessitados, falecidos nas Obras da Ordem).
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Missa anual por todos os
religiosos falecidos da Congregação.
* Na Congregação Salesiana – Em cada casa, Missa pelos benfeitores e membros da
Família Salesiana falecidos.
MISSA:
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 37, 22-23
Não me abandoneis, Senhor;
meu Deus, não Vos afasteis de mim.
Senhor, socorrei-me e salvai-me.
ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e misericordioso,
de quem procede a graça de Vos servirmos fiel e dignamente,
fazei-nos caminhar sem obstáculos
para os bens por Vós prometidos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Rom 15, 14-21
«Ministro de Cristo Jesus junto dos gentios,
para que a oblação dos gentios seja agradável a Deus»
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
A vosso respeito, irmãos, estou pessoalmente
convencido de que estais cheios de bondade, plenos de conhecimento e preparados
para vos advertirdes mutuamente. Todavia, para reavivar a vossa memória,
escrevi-vos com certa ousadia nalguns pontos, em virtude da graça que me foi
concedida por Deus. Porque Ele me fez ministro de Cristo Jesus junto dos
gentios, para exercer o sagrado ministério do Evangelho de Deus, a fim de que a
oblação dos gentios, santificada pelo Espírito Santo, seja agradável a Deus.
Tenho, portanto, motivos para me gloriar no que se refere ao serviço de Deus.
Mas eu não ousaria falar senão do que Cristo realizou por meu intermédio, para
levar os gentios à obediência da fé, pela palavra e pela acção, pelo poder dos
sinais e prodígios, pelo poder do Espírito de Deus. Assim, desde Jerusalém e
regiões vizinhas até à Ilíria, dei a conhecer plenamente o Evangelho de Cristo.
Tive, contudo, a preocupação de só pregar o Evangelho onde ainda não se tinha
invocado o nome de Cristo, para não construir em alicerce alheio. Deste modo
faço o que diz a Escritura: «Hão-de vê-l’O aqueles a quem não foi anunciado e
conhecê-l’O os que d’Ele não ouviram falar».
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 97 (98), 1.2-3ab.3cd-4 (R. cf. 2b)
Refrão: O Senhor manifestou a salvação a
todos os povos. Repete-se
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória. Refrão
O Senhor deu a conhecer a salvação,
revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade
em favor da casa de Israel. Refrão
Os confins da terra puderam ver
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor, terra inteira,
exultai de alegria e cantai. Refrão
ALELUIA 1 Jo 2, 5
Refrão: Aleluia. Repete-se
Quem observa a palavra de Cristo,
nesse o amor de Deus é perfeito. Refrão
EVANGELHO Lc 16, 1-8
«Os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz,
no trato com os seus semelhantes»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele
tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador
que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens. Mandou chamá-lo e
disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua
administração, porque já não podes continuar a administrar’. O administrador
disse consigo: ‘Que hei-de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a
administração? Para cavar não tenho forças, de mendigar tenho vergonha. Já sei
o que hei de fazer, para que, ao ser despedido da administração, alguém me
receba em sua casa’. Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse
ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’. Ele respondeu: ‘Cem talhas de
azeite’. O administrador disse-lhe: ‘Toma a tua conta: senta-te depressa e
escreve cinquenta’. A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’ Ele respondeu:
‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e escreve
oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com
esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos
da luz, no trato com os seus semelhantes».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, fazei que este sacrifício
seja para Vós uma oblação pura
e para nós o dom generoso da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 15, 11
O Senhor me ensinará o caminho da vida,
a seu lado viverei na plenitude da alegria.
Ou Jo 6, 58
Assim como o Pai que Me enviou
é o Deus vivo e Eu vivo pelo Pai,
também o que Me come viverá por Mim, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Multiplicai em nós, Senhor, os frutos da vossa graça,
para que os sacramentos celestes
que nos alimentam na vida presente
nos preparem para alcançarmos a herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS:
Rom 15, 14-21: S.
Paulo considera o seu ministério de pregador do Evangelho todo orientado no
sentido de pôr os pagãos em estado de oferta a Deus, em atitude de sacrifício
espiritual. E exerceu este ministério a partir de Jerusalém, o centro donde
irradiou o Evangelho até às margens do mar Adriático. Mas para evitar
comparações que possam gerar melindres não quer aparecer onde já outros tenham
pregado antes dele. O zelo também supõe a prudência.
Lc 16, 1-8: A
partir desta parábola, Jesus convida os seus discípulos a imitarem, para o bem,
como “filhos da luz”, em ordem ao reino de Deus, a “esperteza” que o
“administrador desonesto” usou, como “filho deste mundo”, para desviar em seu
proveito os bens do seu senhor. Não é a desonestidade do administrador que está
em causa, mas a sua esperteza e habilidade, que pode vir ajudar-nos a despertar
do sono, da apatia e do egoísmo.
AGENDA
DO DIA:
18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
PENSAMENTO
DO DIA
«Buscai
primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São
João XXIII
A VOZ DO PASTOR
PARA ALÉM DA MORTE A VIDA SEM FIM
Os cristãos rezam pelos seus falecidos desde os
primórdios. Foram encontradas orações escritas em túmulos, sobretudo de mártires.
Esta devoção foi crescendo como demonstração de fé na vida eterna e de amor
para com os falecidos. No século V, já se teria determinado um dia para rezar
por aqueles pelos quais ninguém rezava, iniciativa que se foi consolidando até
ao século XI, rezando por todos os defuntos. Cerca de dois séculos depois foi
estabelecido um dia oficial, o dia 2 de novembro. Depois do Dia de Todos os
Santos, o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. Bento XV, por causa da mortandade
havida no primeira Grande Guerra, decretou que os Padres rezassem três
Eucaristias no Dia de Todos os Fiéis Defuntos. A doutrina católica baseia-se em passagens
bíblicas do Antigo e Novo Testamento, e apoia-se na Tradição da Igreja.
Conforme as culturas e os lugares, há diferentes
formas de celebrar e honrar os mortos,
algumas até bastante festivas. Entre nós, os cristãos, fazemo-lo com
iniciativas diversas, segundo a fé e a devoção de cada um, de cada família, e
segundo os costumes das comunidades cristãs. As expressões mais comuns vão
desde a confissão sacramental para se participar na comunhão eucarística, à
celebração ou participação na Eucaristia, rezando também pelas intenções do
Santo Padre. Desde a oração pessoal ou familiar, em casa e na comunidade
cristã, à esmola, à mortificação e ao voluntariado por essa intenção. Desde as
visitas ou romagens ao Cemitério para rezar pelos falecidos, à participação em
eventos organizados. Desde o acender de velas sobre a campa, como que a
iluminar o caminho da eternidade, ao colocar uma coroa ou ramo de flores, a
simbolizar a vitória da vida sobre a morte e o amor para com os ali
sepultados...
Como sabemos, até à vinda gloriosa do
Senhor, no final dos tempos, os discípulos de Jesus distribuem-se por três
estados da única e mesma Igreja. Uns peregrinam sobre a terra, é a Igreja
militante. Outros, passada esta vida, são purificados no Purgatório, é a Igreja
padecente. Outros, também tendo passado já esta vida, são glorificados e já
contemplam Deus tal como Ele é, a Igreja triunfante. Mas todos comungamos no
mesmo amor de Deus e do próximo, embora de modo diverso. Há uma espécie de
corrente interna de graça entre os membros de toda a Igreja. Todos entoamos a
Deus o mesmo hino de louvor. Todos estamos unidos numa só Igreja e ligados uns
aos outros em Cristo. Jamais se interrompe a união dos que ainda caminham sobre
a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo. Antes pelo contrário, é
reforçada pela comunicação dos bens espirituais. Estando mais intimamente
unidos com Cristo, os bem-aventurados consolidam mais firmemente a Igreja na
santidade. Enobrecem o culto que ela presta a Deus na terra. Contribuem de
muitas maneiras para a sua mais ampla edificação em Cristo. Recebidos na Pátria
celeste e vivendo junto do Senhor, não cessam de interceder, com Ele e n'Ele, a
nosso favor diante do Pai. A nossa fraqueza é assim grandemente ajudada pela
sua solicitude de irmãos (cf. Lumen Gentium, 49).
Rezemos pelos vivos, companheiros de
viagem em direção à Pátria definitiva, saibamos dar as mãos uns aos outros. Rezemos
pelos que, tendo já partido, se purificam no Purgatório, é um dever de
gratidão, de caridade e de justiça. Peçamos a intercessão dos santos no Céu
para que nos convertamos e vivamos como verdadeiros filhos de Deus, com alegria
e esperança.
A lembrar que também há de partir, deixo-lhe a ladainha dos póstumos natais do
‘Cancioneiro de Natal’ de David de Jesus Mourão Ferreira, falecido a 16 de
junho de 1996.
“LADAINHA DOS PÓSTUMOS NATAIS
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que hão de me lembrar de modo menos nítido
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que só uma voz me evoque a sós consigo
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que não viva já ninguém meu conhecido
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que nem vivo esteja um verso deste livro
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que terei de novo o Nada a sós comigo
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que nem o Natal terá qualquer sentido
Há
de vir um Natal e será o primeiro
em
que o Nada retome a cor do Infinito”
..............
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
29-10-2021.
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