domingo, 14 de novembro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Segunda, 15 de novembro de 2021

 

Segunda-feira da XXXIII semana do tempo comum

 

 

LITURGIA

 

 

Segunda-feira da semana XXXIII

S. Alberto Magno, bispo e doutor da Igreja – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.

L 1 1 Mac 1,10-15.41-43.54-57.62-64;
Sal 118 (119),53 e 61.134.150.155.158
Ev Lc 18, 35-43


* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – Comemoração de Todos os Defuntos da Ordem.
* Na Ordem de São Domingos – S. Alberto Magno, bispo e doutor da Igreja – MO
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – B. Madalena Morano, virgem – MF e MO
* No Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria – B. Maria da Paixão, virgem, Fundadora do Instituto – FESTA
* No Instituto Missionário da Consolata – Sufrágio pelos membros do Instituto, familiares e amigos.
* Na Diocese de Bragança-Miranda (Concatedral) – I Vésp. do aniversário da dedicação da Concatedral em Miranda do Douro.
* Na Diocese de Coimbra (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.

 

MISSA

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Jer 29, 11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos de todos os lugares da terra.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) 1 Mac 1, 10-15.41-43.54-57.62-64
«Foi realmente grande a ira que se abateu sobre Israel»


Leitura do Primeiro Livro dos Macabeus


Naqueles dias, da descendência de Alexandre da Macedónia, brotou aquela raiz de pecado, Antíoco Epífânio, filho do rei Antíoco, que, depois de ter estado como refém em Roma, começou a reinar no ano cento e trinta e sete do império grego. Nesses dias, apareceram em Israel homens infiéis à Lei, que seduziram muitas pessoas, dizendo: «Vamos fazer uma aliança com os povos que nos rodeiam, pois desde que nos separámos deles sucederam-nos muitas desgraças». Estas palavras agradaram a muita gente e alguns de entre o povo apressaram-se a ir ter com o rei, que lhes deu autorização para seguirem os costumes dos gentios. Construíram um ginásio em Jerusalém, segundo os usos pagãos; disfarçaram os sinais da circuncisão e afastaram-se da santa aliança; coligaram-se com os estrangeiros e tornaram-se escravos do mal. O rei Antíoco ordenou por escrito que em todo o seu reino formassem todos um só povo e cada qual renunciasse aos próprios costumes. Todas as nações aceitaram as ordens do rei e também muitos homens de Israel adotaram o seu culto, ofereceram sacrifícios aos ídolos e profanaram o sábado. No dia quinze do nono mês do ano cento e quarenta e cinco, o rei mandou construir sobre o altar dos holocaustos a «abominação da desolação» e também nas cidades circunvizinhas de Judá se ergueram altares. Queimaram incenso às portas das casas e nas praças, rasgavam e deitavam ao fogo os livros da Lei que encontravam e todo aquele que tivesse em seu poder o livro da aliança, ou se mostrasse fiel à Lei, era condenado à morte em virtude do decreto real. No entanto, muitos em Israel permaneceram firmes e irredutíveis no seu propósito de não comerem alimentos impuros. Antes quiseram a morte do que mancharem-se com esses alimentos e profanarem a santa aliança; e, de facto, morreram. Foi realmente grande a ira que se abateu sobre Israel.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 53 e 61.134.150.155.158 (R. cf. 88)
Refrão: Dai-me a vida, Senhor,
e guardarei os vossos mandamentos.
Repete-se

Fico indignado à vista dos ímpios,
que desertam da vossa lei. Refrão

Cercaram-me os laços dos ímpios,
mas não esqueci a vossa lei. Refrão

Livrai-me da violência dos homens,
para que eu guarde os vossos preceitos. Refrão

Aproximam-se os meus iníquos perseguidores,
que estão longe da vossa lei. Refrão

Longe dos ímpios está a salvação,
porque não observam os vossos preceitos. Refrão
Ao ver os pecadores, sinto-me triste,
porque não guardam a vossa promessa. Refrão


ALELUIA Jo 8, 12
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor;
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão


EVANGELHO Lc 18, 35-43
«Que queres que Eu te faça? – Senhor, que eu veja»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, quando Jesus Se aproximava de Jericó, estava um cego a pedir esmola, sentado à beira do caminho. Quando ele ouviu passar a multidão, perguntou o que era aquilo. Disseram-lhe que era Jesus Nazareno que passava. Então ele começou a gritar: «Jesus, filho de David, tem piedade de mim». Os que vinham à frente repreendiam-no, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais: «Filho de David, tem piedade de mim». Jesus parou e mandou que Lho trouxessem. Quando ele se aproximou, perguntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». Ele respondeu-Lhe: «Senhor, que eu veja». Disse-lhe Jesus: «Vê. A tua fé te salvou». No mesmo instante ele recuperou a vista e seguiu Jesus, glorificando a Deus. Ao ver o sucedido, todo o povo deu louvores a Deus.


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.

Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: 1 Mac 1, 10-15.41-43.54-57.62-64; Começamos hoje a leitura do Primeiro Livro dos Macabeus. O livro conta a resistência que o povo de Deus teve de fazer contra o rei pagão, que, no princípio do século II antes de Cristo, quis suprimir a religião do Deus verdadeiro e substituí-la pelo paganismo. Foi uma época providencial, que, no meio da perseguição, se tornou ocasião para fortalecer a fé no Deus único e verdadeiro. O nome de Livro dos Macabeus provém de Judas Macabeu, um dos heróis do livro, cujo apelido passou a toda a sua família, toda ela notável nesta narração.


Lc 18, 35-43 :O cego de Jericó, ao fazer a súplica, exprime a sua fé em Jesus. Por esta fé, ele entra em contacto espiritual com o Senhor da vida, que, por isso, logo lhe concede o que pede. Ao proclamá-l’O “Filho de David”, reconhece n’Ele o Messias, o Enviado de Deus, o Salvador, o “Senhor”. Por seu lado, o dom concedido ao cego aparece ao povo como coisa admirável, dom vindo de Deus. É este o processo normal da oração cristã: as maravilhas de Deus, uma vez reconhecidas e contempladas na fé, levam ao louvor e à ação de graças, à “eucaristia”, como esta palavra significa.

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

09.00 horas: Missa de Funeral em Nisa – Mártir e Santo

11.30 horas: Missa em Gáfete – Santa Casa

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

NOVAS ARMADILHAS DA MISÉRIA E DA EXCLUSÃO

 

A pobreza e a exclusão social em Portugal têm muitos e variados rostos, desde a falta de recursos e de rendimentos para uma subsistência digna e sustentável, até ao não acesso a serviços básicos e à não participação em tomada de decisões. Uma coisa, porém, os pobres têm, além de outras, e ninguém lha pode tirar: é a dignidade de filhos de Deus. A Agenda global 2030 promete acabar com a pobreza em todas as suas vertentes sem esquecer quem quer que seja. Tal tarefa reclama verdadeiro sentido do bem comum, com pressa, competência, coragem e políticas acertivas em todos os setores da atividade humana.

Neste V Dia Mundial dos Pobres, o Papa, como sempre, não fala só para dentro da Igreja, fala para todas as pessoas de boa vontade e para quem tem a responsabilidade de promover o bem comum dos povos. Abordar a pobreza de forma nova e diferente é, segundo Francisco, “um desafio que os governos e as instituições mundiais precisam de perfilhar, com um modelo social clarividente, capaz de enfrentar as novas formas de pobreza que invadem o mundo e marcarão de maneira decisiva as próximas décadas. Se os pobres são colocados à margem, como se fossem os culpados da sua condição, então o próprio conceito de democracia é posto em crise e fracassa toda e qualquer política social. Com grande humildade, temos de confessar que muitas vezes não passamos de incompetentes a respeito dos pobres: fala-se deles em abstrato, fica-se pelas estatísticas e pensa-se sensibilizar com qualquer documentário”. E até parece “ganhar terreno a conceção segundo a qual os pobres não só são responsáveis pela sua condição, mas constituem também um peso intolerável para um sistema económico que coloca no centro o interesse dalgumas categorias privilegiadas. Um mercado que ignora ou discrimina os princípios éticos cria condições desumanas que se abatem sobre pessoas que já vivem em condições precárias. Deste modo assiste-se à criação incessante de armadilhas novas da miséria e da exclusão, produzidas por agentes económicos e financeiros sem escrúpulos, desprovidos de sentido humanitário e responsabilidade social”.

Francisco não deixa de acentuar a necessidade de processos de desenvolvimento onde se valorizem as capacidades de todos, e a complementaridade das competências e a diversidade das funções conduzam a um recurso comum de participação. “Há muitas pobrezas dos «ricos» que poderiam ser curadas pela riqueza dos «pobres», bastando para isso encontrarem-se e conhecerem-se. Ninguém é tão pobre que não possa dar algo de si na reciprocidade. Os pobres não podem ser aqueles que apenas recebem; devem ser colocados em condição de poderem dar, porque sabem bem como corresponder. Quantos exemplos de partilha diante dos nossos olhos! Os pobres ensinam-nos frequentemente a solidariedade e a partilha”.

A afirmação que São Marcos coloca na boca de Jesus: “Sempre tereis pobres entre vós” (Mc 14,7), serviu de mote a Francisco para o desenvolvimento do tema deste ano. Judas, indignado, achou um desperdício escandaloso o derrame dum vaso de perfume caro que uma mulher derramara sobre a cabeça de Jesus. Ripostou que melhor seria vendê-lo e dar o dinheiro aos pobres. Não porque fosse amigo dos pobres, mas porque, encarregado de guardar o dinheiro que davam para os pobres, o tirava para uso próprio. E o Papa torna presente a afirmação de Orígenes: “Se, agora, ainda houver alguém que tem a bolsa da Igreja e fala a favor dos pobres como Judas, mas depois tira o que metem lá dentro, então tenha parte juntamente com Judas”.

Quem mais pobre do que aquele que é perseguido, preso, torturado e condenado à morte pela prepotência e injustiça do poder, sem qualquer razão para o fazer, a não ser a sua própria razão, isto é, a razão sem razão de se sentir incomodado pela palavra e presença dos pobres que reclamam atenção e justiça?

Próximo da morte, Jesus elogia o gesto daquela mulher. Ao fazê-lo, Jesus vem-nos recordar ”que Ele é o primeiro pobre, o mais pobre entre os pobres, porque os representa a todos. E é também em nome dos pobres, das pessoas abandonadas, marginalizadas e discriminadas que o Filho de Deus aceita o gesto daquela mulher. Esta, com a sua sensibilidade feminina, demonstra ser a única que compreendeu o estado de espírito do Senhor. Esta mulher anónima – talvez por isso destinada a representar todo o universo feminino que, no decurso dos séculos, não terá voz e sofrerá violências –, inaugura a significativa presença de mulheres que participam no momento culminante da vida de Cristo: a sua crucifixão, morte e sepultura e a sua aparição como Ressuscitado. As mulheres, tantas vezes discriminadas e mantidas ao largo dos postos de responsabilidade, nas páginas do Evangelho são, pelo contrário, protagonistas na história da revelação. E é eloquente a frase conclusiva de Jesus, que associa esta mulher à grande missão evangelizadora: «Em verdade vos digo: em qualquer parte do mundo onde for proclamado o Evangelho, há de contar-se também, em sua memória, o que ela fez» (Mc 14, 9).

Jesus pobre está do lado dos pobres, partilha a mesma sorte, identifica-se com eles, é o rosto deles. A presença dos pobres “não deve induzir àquela habituação que se torna indiferença, mas empenhar numa partilha de vida que não prevê delegações”.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 12-11-2021.

 

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