PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 27 de novembro de 2021
Sábado da XXXIV semana do tempo comum
LITURGIA
Sábado
da semana XXXIV
Santa Maria no Sábado –
MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Dan 7, 15-27; Sal Dan 3, 82. 83. 84. 85. 86. 87
Ev Lc 21, 34-36
* Na Diocese de Beja – Aniversário da tomada de posse de D. José João dos
Santos Marcos.
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – Manifestação
de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa – FESTA
T E M P O D O A
D V E N T O
Sábado à tarde
Roxo.
* I Vésp. do Domingo I do Advento (Semana I do Saltério) – Compl. dep. I Vésp.
dom.
Começa o I volume da Liturgia das Horas.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 84, 9
O Senhor fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a todos os que a Ele se convertem de coração sincero.
ORAÇÃO COLECTA
Despertai, Senhor, a vontade dos vossos fiéis,
para que, correspondendo mais generosamente
à acção da graça divina,
recebamos maiores auxílios da vossa bondade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Liturgia da palavra: páginas seguintes
LEITURA I (anos ímpares) Dan 7, 15-27
«A realeza e o poder serão entregues
ao povo dos santos do Altíssimo»
Leitura da
Profecia de Daniel
Eu, Daniel, fiquei com o espírito perturbado por causa do que acontecera, e as
visões que me passaram pela mente encheram-me de pavor. Aproximei-me de um dos
presentes e pedi-lhe que me dissesse o que significava tudo aquilo. Ele
dirigiu-me a palavra para me explicar: «Aqueles grandes animais, em número de
quatro, são quatro reis que se levantarão da terra. Os que irão receber o reino
são os santos do Altíssimo; possuirão o reino para sempre e por toda a
eternidade». Depois também quis saber o que significava o quarto animal, que
era diferente de todos os outros, extremamente terrível, com dentes de ferro e
garras de bronze, que comia e triturava tudo e calcava aos pés o que sobrava.
Quis ainda saber o que significavam os dez chifres da sua cabeça e o outro
chifre que surgiu e fez cair três dos primeiros, que tinha olhos e uma boca que
dizia palavras arrogantes e parecia mais importante que os outros. – Enquanto
olhava, vi esse chifre a fazer guerra aos santos e a levá-los de vencida, até
que veio o Ancião e fez justiça aos santos do Altíssimo, porque chegou a hora
de os santos tomarem posse do reino –. Ele então explicou-me: «O quarto animal
significa um quarto reino que surgirá sobre a terra, diferente de todos os
outros, que virá devorar, calcar aos pés e triturar a terra inteira. Os dez
chifres significam dez reis que surgirão desse reino. Outro chifre se levantará
depois deles: será diferente dos anteriores e abaterá três reis. Blasfemará
contra o Altíssimo e perseguirá os seus santos. Tentará mudar as datas das
festas e a Lei e os santos serão entregues nas suas mãos, por um tempo, dois
tempos e metade de um tempo. Depois o tribunal divino abrirá a sessão e
retirará o poder a esse rei, para lho destruir e arruinar definitivamente. A
realeza e o poder e a grandeza dos reinos que existem debaixo dos céus serão
entregues ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino é um reino eterno e
todos os potentados O servirão Lhe prestarão obediência».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Dan 3, 82.83.84.85.86.87 (R. 59b)
Refrão: Louvai o Senhor, exaltai-O para sempre. Repete-se
Homens, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Bendiga Israel o Senhor,
louve-O e exalte-O para sempre. Refrão
Sacerdotes do Senhor, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Servos do Senhor, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Espíritos e almas dos justos, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Santos e humildes de coração, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
ALELUIA Lc 21, 36
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vigiai e orai em todo o tempo,
para vos apresentardes sem temor
diante do Filho do homem. Refrão
EVANGELHO Lc 21, 34-36
«Vigiai, para que possais livrar-vos
de tudo isto que está para acontecer»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado convosco, não
suceda que os vossos corações se tornem pesados com a intemperança, a
embriaguês e as preocupações da vida e esse dia não vos surpreenda subitamente
como uma armadilha; porque ele atingirá todos os que habitam sobre a face da
terra. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para que possais livrar-vos de
tudo isto que está para acontecer e comparecer sem temor diante do Filho do
homem».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, estes dons sagrados
que nos mandastes oferecer em honra do vosso nome
e fazei que, obedecendo sempre aos vossos mandamentos,
nos tornemos também nós
uma oblação agradável aos vossos olhos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 116, 1-2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
porque é eterna a sua misericórdia.
Ou Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso e eterno,
não permitais que se separem de Vós
aqueles a quem destes a graça
de participar neste divino sacramento.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS:
Dan 7, 15-27 :Esta
passagem refere-se diretamente à perseguição que o povo de Deus teve de sofrer
em determinada época da sua história. Mas a última palavra será a da vitória de
Deus, que Ele dará ao seu povo. Lida neste último dia do ciclo litúrgico e
dentro da semana que se iniciou com a festa de Jesus Cristo, Rei do Universo,
esta passagem proclama o sentido último da história do povo de Deus, que é a
comunhão com Ele na glória do reino eterno, em que Jesus entrou pela sua Morte
e Ressurreição.
Lc 21, 34-36 :Aquele
dia sem ocaso, que sucederá aos dias que andamos vivendo sobre a terra, há de
ser esperado na vigilância e na oração, como numa longa Vigília Pascal, até que
o sol nasça e a luz eterna brilhe para sempre em nossos corações. Aqui nos
conduziu, a esta expectativa jubilosa, a longa caminhada do Tempo Comum, para
nos fazer entrar, com desejos ainda mais fortes da vinda do Dia do Senhor, no
Advento, em que a tarde deste dia, o último do Tempo Comum, nos irá introduzir.
À tarde, com a Hora de Vésperas, começa esse Tempo do Advento, em que toda a
oração se resume na mesma palavra com que terminou o Tempo litúrgico anterior:
«Veni! Vinde!»
AGENDA
DO DIA:
15.00
horas: Missa na Falagueira
16.00
horas: Missa em Monte Claro
16.00
horas: Missa no Pardo
18.00
horas: Missa em Nisa.
18.00 horas: Missa em Alpalhão.
PENSAMENTO
DO DIA
«Buscai
primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São
João XXIII
A VOZ DO PASTOR
UM JOVEM DETERMINADO QUE MUDA DE RUMO
Vamos celebrar a Jornada Mundial da Juventude
2021, em comunhão com jovens de todo o mundo. A personagem central da Mensagem
para este dia é Paulo de Tarso, constituído testemunha do que viu e ouviu (cf.
At 26,16). Foi um jovem de causas e corajoso. Manifestara ser um jovem culto,
decidido, disponível, comprometido com o bem e as tradições do seu povo, um
jovem de cara lavada e sonhador. No entanto, de costa voltadas às novidades da
história e às surpresas de Deus, fechou-se na sua verdade, tornou-se sectário e
perseguidor. Neste seu modo de ser e estar, respirando ameaças de morte contra
os cristãos, ofereceu-se generosamente para ir, os perseguir e prender nas
sinagogas de Damasco e os trazer para Jerusalém. Quando para lá se dirigia, sente-se
envolvido por uma luz «mais brilhante do que o Sol» e ouve uma voz que o chama
pelo nome: «Saulo, Saulo!” (cf. At 26,13).
Surpreendido pela estranha luz e voz, cai por
terra e pergunta: «Quem és tu, Senhor?». «Eu sou Jesus a quem tu persegues».
Jesus identifica-se com os cristãos a quem ele perseguia. Paulo “estava
convencido da justeza da sua posição. Mas, quando o Senhor se lhe revela, é
«lançado por terra» e fica cego. De repente, descobre que não é capaz, física e
espiritualmente, de ver. As suas certezas vacilam. No íntimo, sente que aquilo
que o animava com tanta paixão, ou seja, o zelo de eliminar os cristãos, estava
completamente errado. Dá-se conta de não ser o detentor absoluto da verdade;
antes pelo contrário, está bem longe dela. E, juntamente com as suas certezas,
cai também a sua «grandeza». De repente, descobre-se perdido, frágil,
«pequeno». Esta humildade – consciência da própria limitação – é fundamental.
Quem pensa que sabe tudo sobre si mesmo, os outros e até sobre as verdades religiosas,
terá dificuldade em encontrar Cristo. Tendo ficado cego, Saulo perdeu os seus
pontos de referência. Ficando sozinho na escuridão, para ele as únicas coisas
claras são a luz que viu e a voz que ouviu. Que paradoxo! Precisamente quando
uma pessoa reconhece estar cega, começa a ver…”.
A sua vida transforma-se completamente.
Reconhece quão longe estava da verdade e quão frágeis eram as suas certezas e
ideais. De inimigo e perseguidor dos cristãos, transforma-se num apaixonado
seguidor de Jesus Cristo. Não se cansa de contar a sua história pessoal do
encontro com Jesus a caminho de Damasco. Lança-se nesta aventura de anunciar a
pessoa e a mensagem de Jesus, sem medo e sem se retrair a sacrifícios e sem
deixar de se enfrentar quem queria fazê-lo calar. E tudo vive com muito mais
empenho que qualquer outro, “muito mais pelos trabalhos, muito mais pelas
prisões, imensamente mais pelos açoites, muitas vezes em perigo de morte. Cinco
vezes recebi dos Judeus os quarenta açoites menos um. Três vezes fui flagelado
com vergastadas, uma vez apedrejado, três vezes naufraguei, e passei uma noite
e um dia no alto mar. Viagens a pé sem conta, perigos nos rios, perigos de
salteadores, perigos da parte dos meus irmãos de raça, perigos da parte dos
pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos da parte
dos falsos irmãos. Trabalhos e duras fadigas, muitas noites sem dormir, fome e
sede, frequentes jejuns, frio e nudez! Além de outras coisas, a minha
preocupação quotidiana, a solicitude por todas as igrejas! (...). Em Damasco, o
etnarca do rei Aretas mandou guardar a cidade dos damascenos para me prender.
Mas fui descido num cesto, por uma janela, ao longo da muralha, e assim escapei
das suas mãos” (2Cor 11,22-31).
Ao olhar para Paulo, o Papa Francisco, afirmando
que a atitude de Paulo, antes do encontro com Jesus ressuscitado, não nos é
muito estranha, escreve aos jovens a dizer-lhes que “se a escuridão ao vosso
redor e dentro de vós mesmos vos impedir de ver corretamente, correis o risco
de perder-vos em batalhas sem sentido, e até de vos tornardes violentos. E,
infelizmente, as primeiras vítimas sereis vós mesmos e aqueles que estão mais
próximo de vós. Há também o perigo de lutar por causas que, originalmente,
defendem valores justos, mas, levadas ao extremo, tornam-se ideologias
destrutivas. Quantos jovens hoje, talvez impelidos pelas suas próprias
convicções políticas ou religiosas, acabam por se tornar instrumentos de
violência e destruição na vida de muitos! Alguns, que já nasceram rodeados dos
meios digitais, encontram o novo campo de batalha no ambiente virtual e nas
redes sociais, recorrendo sem escrúpulos à arma de falsas notícias para
espalhar venenos e demolir os seus adversários. Quando o Senhor irrompe na vida
de Paulo, não anula a sua personalidade, não cancela o seu zelo e paixão, mas
usa os seus dotes para fazer dele o grande evangelizador até aos confins da
terra”. E acrescenta: “Hoje, o convite de Cristo a Paulo é dirigido a cada um e
cada uma de vós, jovens: Levanta-te! Não podes ficar por terra a «lamentar-te
com pena de ti mesmo»; há uma missão que te espera! Também tu podes ser
testemunha das obras que Jesus começou a realizar em ti. Por isso, em nome de
Cristo, eu te digo (...), levanta-te e testemunha com alegria que Cristo vive!
Espalha a sua mensagem de amor e salvação entre os teus coetâneos, na escola,
na universidade, no trabalho, no mundo digital, por todo o lado”.
Força, jovem, coragem, o Senhor chama-te pelo
nome, confia em ti. Se reivindicas uma Igreja jovem, a Igreja será jovem quando
tu fores Igreja!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 19-11-2021.
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