PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 25 de novembro de 2021
Quinta-feira da XXXIV semana do tempo comum
LITURGIA
Quinta-feira
da semana XXXIV
S. Catarina
Alexandrina, virgem e mártir – MF
Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Dan 6, 12-28; Sal Dan 3, 68.69. 70. 71. 72. 73. 74
Ev Lc 21, 20-28
* No Patriarcado de Lisboa – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Daniel
Batalha Henriques, Bispo Auxiliar (2018).
* Na Diocese de Santarém – Aniversário da tomada de posse de D. José Augusto
Traquina Maria.
* No Ordinariado Castrense – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Rui
Manuel Sousa Valério, Bispo das Forças Armadas e de Segurança (2018).
* Na Congregação Salesiana – Em cada casa, Missa pelos pais falecidos dos
Salesianos.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 84, 9
O Senhor fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a todos os que a Ele se convertem de coração sincero.
ORAÇÃO COLECTA
Despertai, Senhor, a vontade dos vossos fiéis,
para que, correspondendo mais generosamente
à acção da graça divina,
recebamos maiores auxílios da vossa bondade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Liturgia da palavra: páginas seguintes
LEITURA I (anos ímpares) Dan 6, 12-28
«Deus enviou o seu Anjo para fechar a boca dos leões»
Leitura da
Profecia de Daniel
Naqueles dias, certos homens acorreram alvoroçados e encontraram Daniel a orar
e a invocar o seu Deus. Foram então à presença do rei e falaram-lhe assim a
propósito da interdição real: «Não assinaste, ó rei, um interdito, segundo o
qual todo aquele que, no prazo de trinta dias, fizesse oração a qualquer deus
ou homem, exceto a ti, seria lançado na cova dos leões?». O rei tomou a palavra
e respondeu: «Isso está decidido, segundo a lei dos medos e dos persas, que é
irrevogável». Então eles, tomando a palavra, disseram ao rei: «Daniel, um dos
exilados de Judá, não te respeitou, ó rei, nem ao interdito que assinaste: ele
faz três vezes por dia a sua oração». Ao ouvir estas palavras, o rei ficou
muito pesaroso. Decidiu em seu coração salvar Daniel e até ao pôr do sol
esforçou-se por livrá-lo. Mas aqueles homens reuniram-se em tumulto junto do
rei e disseram-lhe: «Bem sabes, ó rei, que, segundo a lei dos medos e dos
persas, nenhum interdito ou decreto promulgado pelo rei pode ser revogado».
Então o rei ordenou que trouxessem Daniel e o lançassem na cova dos leões. O
rei dirigiu-se a Daniel e disse-lhe: «O teu Deus, a quem serves com tanta
firmeza, te salvará». Trouxeram uma pedra e colocaram-na à entrada da cova. O
rei selou-a com o seu anel e com o anel dos seus dignitários, para que não se
revogasse a sentença dada contra Daniel. A seguir, voltou para o seu palácio e
passou a noite em jejum; não admitiu as mulheres à sua presença e não pôde
conciliar o sono. Então o rei levantou-se de madrugada, ao romper do dia, e
dirigiu-se ansiosamente à cova dos leões. Aproximando-se da cova, gritou por
Daniel com voz angustiada, falando-lhe desta maneira: «Daniel, servo do Deus
vivo, o teu Deus, a quem serves com tanta firmeza, pôde livrar-te dos leões?».
Daniel respondeu ao rei: «Viva o rei para sempre! O meu Deus enviou o seu Anjo
para fechar a boca dos leões e eles não me fizeram mal. Porque diante d’Ele fui
considerado inocente e diante de ti, ó rei, também não fiz nenhum mal». Então o
rei ficou muito contente e ordenou que tirassem Daniel da cova. Quando o
retiraram da cova, não lhe encontraram qualquer beliscadura, porque ele tinha
confiado no seu Deus. O rei ordenou que trouxessem os homens que tinham
denunciado Daniel e que os lançassem na cova dos leões, com seus filhos e
mulheres. Ainda não tinham chegado ao fundo da cova, quando os leões se
apoderaram deles e lhes trituraram todos os ossos. Então o rei Dario enviou
esta carta a todos os povos, nações e línguas que habitavam sobre a terra: «Paz
e prosperidade! Este é o decreto que promulgo: Em toda a extensão do meu reino,
deve ser respeitado e temido o Deus de Daniel. Ele é o Deus vivo, que permanece
para sempre; o seu reino jamais será destruído e o seu domínio não terá fim.
Ele salva e liberta, faz sinais e prodígios nos céus e na terra. Ele salvou
Daniel da garra dos leões».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Dan 3, 68.69.70.71.72.73.74 (R. 59b)
Refrão: Louvai o Senhor, exaltai-O para
sempre. Repete-se
Orvalhos e gelos, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Frios e aragens, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Gelos e neves, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Noites e dias, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Luz e trevas, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Relâmpagos e nuvens, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre. Refrão
Bendiga a terra o Senhor,
louve-O e exalte-O para sempre. Refrão
ALELUIA Lc 21, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Erguei-vos e levantai a cabeça,
porque a vossa libertação está próxima. Refrão
EVANGELHO Lc 21, 20-28
«Jerusalém será calcada pelos pagãos,
até que aos pagãos chegue a sua hora»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando virdes Jerusalém
cercada por exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Então, os que
estiverem na Judeia fujam para os montes, os que estiverem dentro da cidade
saiam para fora e os que estiverem nos campos não entrem na cidade. Porque
serão dias de castigo, nos quais deverá cumprir-se tudo o que está escrito. Ai
daquelas que estiverem para ser mães e das que andarem a amamentar nesses dias,
porque haverá grande angústia na terra e indignação contra este povo. Cairão ao
fio da espada, irão cativos para todas as nações, e Jerusalém será calcada
pelos pagãos, até que aos pagãos chegue a sua hora. Haverá sinais no sol, na
lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o
rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que
vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então hão de
ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas
coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa
libertação está próxima».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS
OBLATAS
Recebei, Senhor, estes dons sagrados
que nos mandastes oferecer em honra do vosso nome
e fazei que, obedecendo sempre aos vossos mandamentos,
nos tornemos também nós
uma oblação agradável aos vossos olhos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 116, 1-2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
porque é eterna a sua misericórdia.
Ou Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso e eterno,
não permitais que se separem de Vós
aqueles a quem destes a graça
de participar neste divino sacramento.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS:
Dan 6, 12-28: Por
meio de uma história simbólica, a história de Daniel na cova dos leões,
sublinha-se, por um lado, o testemunho da fidelidade do profeta a Deus e da
resistência às tentações de idolatria e, por outro, a figura do povo de Deus
perseguido, mas sempre defendido e salvo pelo poder e pela misericórdia do
Senhor. E a leitura termina com uma proclamação de louvor e ação de graças a
Deus, posta estranhamente na boca do rei estrangeiro e pagão, mas que tinha
testemunhado a ação de Deus em favor de Daniel.
Lc 21, 20-28 : Toda
esta passagem está cheia de alusões a outras passagens bíblicas. Anunciam-se
aqui as provações por que há de passar o povo de Deus, umas vindas da parte dos
pagãos, outras das próprias circunstâncias naturais. São todas elas formas de
purificação; mas nunca são nem um fim em si mesmas, nem acontecimentos sem
sentido. Deus é Senhor dos acontecimentos, e faz que tudo concorra para o bem
dos seus eleitos. Por isso, no meio de toda esta desolação, “levantai a cabeça,
porque a vossa libertação está próxima”. É o anúncio do mundo novo que há de
vir.
AGENDA
DO DIA:
16.00
horas: Funeral no Pardo
17.20
horas: Adoração ao Santíssimo em Nisa
18.00
horas: Missa em Nisa.
PENSAMENTO
DO DIA
«Buscai
primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São
João XXIII
A VOZ DO PASTOR
UM JOVEM DETERMINADO QUE MUDA DE RUMO
Vamos celebrar a Jornada Mundial da Juventude
2021, em comunhão com jovens de todo o mundo. A personagem central da Mensagem
para este dia é Paulo de Tarso, constituído testemunha do que viu e ouviu (cf.
At 26,16). Foi um jovem de causas e corajoso. Manifestara ser um jovem culto,
decidido, disponível, comprometido com o bem e as tradições do seu povo, um
jovem de cara lavada e sonhador. No entanto, de costa voltadas às novidades da
história e às surpresas de Deus, fechou-se na sua verdade, tornou-se sectário e
perseguidor. Neste seu modo de ser e estar, respirando ameaças de morte contra
os cristãos, ofereceu-se generosamente para ir, os perseguir e prender nas
sinagogas de Damasco e os trazer para Jerusalém. Quando para lá se dirigia,
sente-se envolvido por uma luz «mais brilhante do que o Sol» e ouve uma voz que
o chama pelo nome: «Saulo, Saulo!” (cf. At 26,13).
Surpreendido pela estranha luz e voz, cai por
terra e pergunta: «Quem és tu, Senhor?». «Eu sou Jesus a quem tu persegues».
Jesus identifica-se com os cristãos a quem ele perseguia. Paulo “estava
convencido da justeza da sua posição. Mas, quando o Senhor se lhe revela, é «lançado
por terra» e fica cego. De repente, descobre que não é capaz, física e
espiritualmente, de ver. As suas certezas vacilam. No íntimo, sente que aquilo
que o animava com tanta paixão, ou seja, o zelo de eliminar os cristãos, estava
completamente errado. Dá-se conta de não ser o detentor absoluto da verdade;
antes pelo contrário, está bem longe dela. E, juntamente com as suas certezas,
cai também a sua «grandeza». De repente, descobre-se perdido, frágil,
«pequeno». Esta humildade – consciência da própria limitação – é fundamental.
Quem pensa que sabe tudo sobre si mesmo, os outros e até sobre as verdades
religiosas, terá dificuldade em encontrar Cristo. Tendo ficado cego, Saulo
perdeu os seus pontos de referência. Ficando sozinho na escuridão, para ele as únicas
coisas claras são a luz que viu e a voz que ouviu. Que paradoxo! Precisamente
quando uma pessoa reconhece estar cega, começa a ver…”.
A sua vida transforma-se completamente.
Reconhece quão longe estava da verdade e quão frágeis eram as suas certezas e
ideais. De inimigo e perseguidor dos cristãos, transforma-se num apaixonado
seguidor de Jesus Cristo. Não se cansa de contar a sua história pessoal do
encontro com Jesus a caminho de Damasco. Lança-se nesta aventura de anunciar a
pessoa e a mensagem de Jesus, sem medo e sem se retrair a sacrifícios e sem
deixar de se enfrentar quem queria fazê-lo calar. E tudo vive com muito mais
empenho que qualquer outro, “muito mais pelos trabalhos, muito mais pelas
prisões, imensamente mais pelos açoites, muitas vezes em perigo de morte. Cinco
vezes recebi dos Judeus os quarenta açoites menos um. Três vezes fui flagelado
com vergastadas, uma vez apedrejado, três vezes naufraguei, e passei uma noite
e um dia no alto mar. Viagens a pé sem conta, perigos nos rios, perigos de
salteadores, perigos da parte dos meus irmãos de raça, perigos da parte dos
pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos da parte
dos falsos irmãos. Trabalhos e duras fadigas, muitas noites sem dormir, fome e
sede, frequentes jejuns, frio e nudez! Além de outras coisas, a minha
preocupação quotidiana, a solicitude por todas as igrejas! (...). Em Damasco, o
etnarca do rei Aretas mandou guardar a cidade dos damascenos para me prender.
Mas fui descido num cesto, por uma janela, ao longo da muralha, e assim escapei
das suas mãos” (2Cor 11,22-31).
Ao olhar para Paulo, o Papa Francisco,
afirmando que a atitude de Paulo, antes do encontro com Jesus ressuscitado, não
nos é muito estranha, escreve aos jovens a dizer-lhes que “se a escuridão ao
vosso redor e dentro de vós mesmos vos impedir de ver corretamente, correis o
risco de perder-vos em batalhas sem sentido, e até de vos tornardes violentos.
E, infelizmente, as primeiras vítimas sereis vós mesmos e aqueles que estão
mais próximo de vós. Há também o perigo de lutar por causas que, originalmente,
defendem valores justos, mas, levadas ao extremo, tornam-se ideologias
destrutivas. Quantos jovens hoje, talvez impelidos pelas suas próprias
convicções políticas ou religiosas, acabam por se tornar instrumentos de
violência e destruição na vida de muitos! Alguns, que já nasceram rodeados dos
meios digitais, encontram o novo campo de batalha no ambiente virtual e nas
redes sociais, recorrendo sem escrúpulos à arma de falsas notícias para espalhar
venenos e demolir os seus adversários. Quando o Senhor irrompe na vida de
Paulo, não anula a sua personalidade, não cancela o seu zelo e paixão, mas usa
os seus dotes para fazer dele o grande evangelizador até aos confins da terra”.
E acrescenta: “Hoje, o convite de Cristo a Paulo é dirigido a cada um e cada
uma de vós, jovens: Levanta-te! Não podes ficar por terra a «lamentar-te com
pena de ti mesmo»; há uma missão que te espera! Também tu podes ser testemunha
das obras que Jesus começou a realizar em ti. Por isso, em nome de Cristo, eu
te digo (...), levanta-te e testemunha com alegria que Cristo vive! Espalha a
sua mensagem de amor e salvação entre os teus coetâneos, na escola, na
universidade, no trabalho, no mundo digital, por todo o lado”.
Força, jovem, coragem, o Senhor chama-te pelo
nome, confia em ti. Se reivindicas uma Igreja jovem, a Igreja será jovem quando
tu fores Igreja!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 19-11-2021.
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