domingo, 1 de novembro de 2020

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

 

 

 

Segunda, 02 de novembro de 2020

 

 

Segunda-feira da XXXI semana do tempo comum

 

Fiéis defuntos


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LITURGIA:

 

SEGUNDA-FEIRA da semana XXXI

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos
Roxo ou preto – Ofício como no Comum e no Próprio
Missa própria (3 formulários), pf. dos defuntos.

Primeira Missa
L 1 Job 19, 1. 23-27a; Sal 26, 1. 4. 7 e 8b e 9a. 13-14
L 2 2 Cor 4, 14 – 5, 1
Ev Mt 11, 25-30

Segunda Missa
L 1 2 Mac 12, 43-46; Sal 102, 8 e 10. 13-14. 15-16. 17-18
L 2 2 Cor 5, 1. 6-10
Ev Jo 11, 21-27

Terceira Missa
L 1 Is 25, 6a-7-9; Sal 22, 1-3a. 3b-4. 5. 6
L 2 1 Tes 4, 13-18
Ev Jo 6, 51-58

* Proibidas todas as outras celebrações.
* Na Diocese do Algarve – Ofertório para o Seminário Diocesano.
* Na Arquidiocese de Évora – Ofertório para os Seminários Diocesanos.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS

 

Nota Histórica

Depois de ter cantado a glória e a felicidade dos Santos que «gozam em Deus a serenidade da vida imortal», a Liturgia, desde o início do século XI, consagra este dia à memória dos fiéis defuntos.


É uma continuação lógica da festa de Todos os Santos. Se nos limitássemos a lembrar os nossos irmãos Santos, a Comunhão de todos os crentes em Cristo não seria perfeita. Quer os fiéis que vivem na glória, quer os que vivem na purificação, preparando-se para a visão de Deus, são todos membros de Cristo pelo Baptismo. Continuam todos unidos a nós. A Igreja peregrina não podia, por isso, ao celebrar a Igreja da glória, esquecer a Igreja que se purifica no Purgatório.

 
É certo que a Igreja, todos os dias, na Missa, ao tornar sacramentalmente presente o Mistério Pascal, lembra «aqueles que nos precederam com o sinal da fé e dormem agora o sono da paz» (Prece Eucarística 1). Mas, neste dia, essa recordação é mais profunda e viva. O Dia de Fiéis Defuntos não é dia de luto e tristeza. É dia de mais íntima comunhão com aqueles que «não perdemos, porque simplesmente os mandámos à frente» (S. Cipriano). É dia de esperança, porque sabemos que os nossos irmãos ressurgirão em Cristo para uma vida nova. É, sobretudo, dia de oração, que se revestirá da maior eficácia, se a unirmos ao Sacrifício de reconciliação, a Missa.

 
No Sacrifício da Missa, com efeito, o Sangue de Cristo lavará as culpas e alcançará a misericórdia de Deus para os nossos irmãos que adormeceram na paz com Ele, de modo que, acabada a Sua purificação, sejam admitidos no Seu Reino.

 

Missa

Primeira Missa


ANTÍFONA DE ENTRADA cf. 1 Tess 4, 14; 1 Cor 15, 22
Assim como Jesus morreu e ressuscitou,
também aos que morrem em Jesus, Deus os levará com Ele à sua glória.
Se em Adão todos morreram, em Cristo todos voltarão à vida.


ORAÇÃO COLECTA

Deus, Pai de misericórdia,
escutai benignamente as nossas orações,
para que, ao confessarmos a fé na ressurreição do vosso Filho,
se confirme em nós a esperança da ressurreição dos vossos servos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Job 19, 1.23-27a
«Eu sei que o meu Redentor está vivo»


Leitura do Livro de Job

Job tomou a palavra e disse:
«Quem dera que as minhas palavras fossem escritas num livro,
ou gravadas em bronze com estilete de ferro,
ou esculpidas em pedra para sempre!
Eu sei que o meu Redentor está vivo
e no último dia Se levantará sobre a terra.
Revestido da minha pele, estarei de pé;
na minha carne verei a Deus.
Eu próprio O verei,
meus olhos O hão de contemplar».

 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 26 (27), 1.4.7 e 8b e 9a.13-14 (R. 1a ou 13)
Refrão: Espero contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Ou: O Senhor é a minha luz e a minha salvação.

O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei de temer?
O Senhor é o protetor da minha vida:
de quem hei de ter medo?

Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida,
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário.

Ouvi, Senhor, a voz da minha súplica,
tende compaixão de mim e atendei-me.
A vossa face, Senhor, eu procuro:
não escondais de mim o vosso rosto.

Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem coragem e confia no Senhor.


LEITURA II 2 Cor 4, 14 – 5, 1
«As coisas visíveis são passageiras;
as invisíveis são eternas»


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios


Como sabemos, irmãos,
Aquele que ressuscitou o Senhor Jesus
também nos há-de ressuscitar com Jesus
e nos levará convosco para junto d’Ele.

Tudo isto é por vossa causa,
para que uma graça mais abundante
multiplique as acções de graças de um maior número de cristãos
para glória de Deus.
Por isso, não desanimamos.
Ainda que em nós o homem exterior se vá arruinando,
o homem interior vai-se renovando de dia para dia.
Porque a ligeira aflição dum momento
prepara-nos, para além de toda e qualquer medida,
um peso eterno de glória.
Não olhamos para as coisas visíveis,
olhamos para as invisíveis:
as coisas visíveis são passageiras,
ao passo que as invisíveis são eternas.
Bem sabemos que,
se esta tenda, que é a nossa morada terrestre, for desfeita,
recebemos nos Céus uma habitação eterna,
que é obra de Deus
e não é feita pela mão dos homens.


Palavra do Senhor.


ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão


EVANGELHO Mt 11, 25-30
«Vinde a Mim...Eu vos aliviarei»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus exclamou:
«Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes
e as revelaste aos pequeninos.
Sim, Pai, Eu Te bendigo,
porque assim foi do teu agrado.
Tudo Me foi dado por meu Pai.
Ninguém conhece o Filho senão o Pai
e ninguém conhece o Pai senão o Filho
e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Vinde a Mim,
todos os que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo
e aprendei de Mim,
que sou manso e humilde de coração,
e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai com bondade, Senhor, as nossas ofertas
e fazei que os vossos fiéis defuntos
sejam recebidos na glória do vosso Filho,
a quem nos unimos neste sacramento de amor.
Por Nosso Senhor.


Prefácio dos Defuntos


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 11, 25-26
Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor.
Quem crê em Mim, ainda que tenha morrido, viverá.
Quem vive e crê em Mim viverá para sempre.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor, que os vossos servos defuntos
por quem celebrámos o mistério pascal,
sejam conduzidos à vossa morada de luz e de paz.
Por Nosso Senhor.



Segunda Missa


ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Esdr 2, 34-35
Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso, nos esplendores da luz perpétua.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, glória dos fiéis e vida dos justos,
que nos salvastes pela morte e ressurreição do vosso Filho,
acolhei com bondade os vossos fiéis defuntos,
de modo que, tendo eles acreditado no mistério da ressurreição,
mereçam alcançar as alegrias da bem-aventurança eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 2 Mac 12, 43-46
«Uma ação digna e nobre, inspirada na esperança da ressurreição»


Leitura do Segundo Livro dos Macabeus


Naqueles dias,
Judas Macabeu fez uma colecta entre os seus homens
de cerca de duas mil dracmas de prata
e enviou-as a Jerusalém,
para que se oferecesse um sacrifício de expiação
pelos pecados dos que tinham morrido,
praticando assim uma acção muito digna e nobre,
inspirada na esperança da ressurreição.
Porque, se ele não esperasse
que os que tinham morrido haviam de ressuscitar,
teria sido em vão e supérfluo orar pelos mortos.
Além disso, pensava na magnífica recompensa
que está reservada àqueles que morrem piedosamente.
Era um santo e piedoso pensamento.
Por isso é que ele mandou oferecer
um sacrifício de expiação pelos mortos,
para que fossem libertos do seu pecado.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 8 e 10.13-14.15-16.17-18
(R. 8a ou Salmo 36 (37), 39a)
Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão.
Ou: A salvação dos justos vem do Senhor.

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
Não nos tratou segundo os nossos pecados,
nem nos castigou segundo as nossas culpas.

Como um pai se compadece dos seus filhos,
assim o Senhor Se compadece dos que O temem.
Ele sabe de que somos formados
e não Se esquece que somos pó da terra.

Os dias do homem são como o feno:
ele desabrocha como a flor do campo;
mal sopra o vento desaparece
e não mais se conhece o seu lugar.

A bondade do Senhor permanece eternamente
sobre aqueles que O temem
e a sua justiça sobre os filhos dos seus filhos,
sobre aqueles que guardam a sua aliança
e se lembram de cumprir os seus preceitos.


LEITURA II 2 Cor 5, 1.6-10
«Recebemos nos Céus uma habitação eterna»


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios


Irmãos:
Nós sabemos
que, se esta tenda, que é a nossa morada terrestre, for desfeita,
recebemos nos Céus uma habitação eterna,
que é obra de Deus e não é feita pela mão dos homens.
Por isso, estamos sempre cheios de confiança,
sabendo que, enquanto habitarmos neste corpo,
vivemos como exilados, longe do Senhor,
pois caminhamos à luz da fé e não da visão clara.
E com esta confiança, preferíamos exilar-nos do corpo,
para irmos habitar junto do Senhor.
Por isso nos empenhamos em ser-Lhe agradáveis,
quer continuemos a habitar no corpo,
quer tenhamos de sair dele.
Todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo,
para que receba cada qual o que tiver merecido
enquanto esteve no corpo,
quer o bem quer o mal.


Palavra do Senhor.


ALELUIA Jo 11, 25a.26
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor.
Quem acredita em Mim nunca morrerá. Refrão


EVANGELHO Jo 11, 21-27
«Eu sou a ressurreição e a vida»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
disse Marta a Jesus:
«Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
Mas eu sei que, mesmo agora,
tudo o que pedires a Deus, Ele To concederá».
Disse-lhe Jesus:
«Teu irmão ressuscitará».
Marta respondeu:
«Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição do último dia».
Disse-lhe Jesus:
«Eu sou a ressurreição e a vida.
Quem acredita em Mim,
ainda que tenha morrido, viverá;
e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá.
Acreditas nisto?».
Disse-Lhe Marta:
«Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus,
que havia de vir ao mundo».


Palavra da salvação.



ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Deus de bondade infinita,
que purificastes na água do Batismo os vossos servos defuntos,
purificai-os também agora no Sangue de Cristo,
por este sacrifício de reconciliação.
Por Nosso Senhor.


Prefácio dos Defuntos


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Esdr 2, 35.34
V. Brilhe para eles a luz perpétua,
R. Vivam para sempre com os vossos Santos,
porque Vós sois bom, Senhor.
V. Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno,
nos esplendores da luz perpétua.
R. Vivam para sempre com os vossos Santos,
porque Vós sois bom, Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Ao recebermos o sacramento do vosso Filho,
que por nós foi imolado e ressuscitou glorioso,
humildemente Vos suplicamos, Senhor,
pelos vossos fiéis defuntos,
para que, purificados pelo mistério pascal,
alcancem a glória da ressurreição futura.
Por Nosso Senhor.



Terceira Missa


ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Rom 8, 11
Deus, que ressuscitou Jesus de entre os mortos,
também dará vida aos nossos corpos mortais
pelo seu Espírito que habita em nós.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vitória do vosso Filho sobre a morte,
O exaltastes no reino da glória,
concedei aos nossos irmãos defuntos
que, libertos desta vida mortal,
possam contemplar-Vos para sempre
como seu Criador e Redentor.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 25, 6a.7-9
«O Senhor destruirá a morte para sempre»


Leitura do Livro de Isaías


Sobre este monte,
o Senhor do Universo há-de preparar para todos os povos
um banquete de manjares suculentos.
Sobre este monte,
há-de tirar o véu que cobria todos os povos,
o pano que envolvia todas as nações;
Ele destruirá a morte para sempre.
O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todas as faces
e fará desaparecer da terra inteira
o opróbrio que pesa sobre o seu povo.
Porque o Senhor falou.
Dir-se-á naquele dia:
«Eis o nosso Deus,
de quem esperávamos a salvação;
é o Senhor, em quem pusemos a nossa confiança.
Alegremo-nos e rejubilemos,
porque nos salvou».


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-3a.3b-4.5.6 (R. 1 ou 4a)
Refrão: O Senhor é meu pastor:
nada me faltará.
Ou: Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
nada temo, porque Vós estais comigo.

O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ele me guia por sendas direitas por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo:
o vosso cajado e o vosso báculo
me enchem de confiança.

Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça,
e o meu cálice transborda.

A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre.


LEITURA II 1 Tes 4, 13-18
«Estaremos sempre com o Senhor»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo


aos Tessalonicenses
Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância
a respeito dos defuntos,
para não vos contristardes como os outros,
que não têm esperança.
Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou,
do mesmo modo, Deus levará com Jesus
os que em Jesus tiverem morrido.
Eis o que temos para vos dizer,
segundo a palavra do Senhor:
Nós, os vivos,
os que ficarmos para a vinda do Senhor,
não precederemos os que tiverem morrido.
Ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina,
o próprio Senhor descerá do Céu
e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.
Em seguida, nós, os vivos, os que tivermos ficado,
seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens,
para irmos ao encontro do Senhor nos ares,
e assim estaremos sempre com o Senhor.
Consolai-vos uns aos outros com estas palavras.


Palavra do Senhor.


ALELUIA Jo 6, 51
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou o pão vivo que desceu do Céu;
quem comer deste pão viverá eternamente. Refrão


EVANGELHO Jo 6, 51-58
«Quem comer deste pão viverá eternamente
e Eu o ressuscitarei no último dia»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João


Naquele tempo,
disse Jesus à multidão:
«Eu sou o pão vivo que desceu do Céu.
Quem comer deste pão viverá eternamente.
E o pão que Eu hei-de dar é minha carne,
que Eu darei pela vida do mundo».
Os judeus discutiam entre si:
«Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?».
Jesus disse-lhes:
«Em verdade, em verdade vos digo:
Se não comerdes a carne do Filho do homem
e não beberdes o seu sangue,
não tereis a vida em vós.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
tem a vida eterna;
e Eu o ressuscitarei no último dia.
A minha carne é verdadeira comida
e o meu sangue é verdadeira bebida.
Quem come a minha carne e bebe o meu sangue
permanece em Mim e Eu nele.
Assim como o Pai, que vive, Me enviou
e Eu vivo pelo Pai,
também aquele que Me come viverá por Mim.
Este é o pão que desceu do Céu;
não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram:
quem comer deste pão viverá eternamente».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei benignamente, Senhor, esta oblação
em favor de todos os vossos fiéis que adormeceram em Cristo
e fazei que, libertos dos laços da morte,
por este sacrifício de salvação
mereçam entrar na vida eterna.
Por Nosso Senhor.
Prefácio dos Defuntos


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Filip 3, 20-21
Esperamos o nosso Salvador, Jesus Cristo,
que transformará o nosso corpo mortal
à imagem do seu Corpo glorioso.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Derramai, Senhor, a abundância da vossa misericórdia
sobre os nossos irmãos defuntos,
pelos quais Vos oferecemos este sacrifício;
Vós que lhes destes a graça do Baptismo,
dai-lhes a plenitude da alegria eterna.
Por Nosso Senhor.

 

 

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AGENDA DO DIA

 

17.00 horas: Missa em Gáfete

18.00 horas: Missa em Tolosa

18.00 horas: Missa em Alpalhão

18.00 horas: Missa em Nisa

21.00 horas: Reunião de preparação para  Batismo no Calvário.

 

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A VOZ DO PASTOR

 

 

DAR AZO ÀS MEMÓRIAS DO CORAÇÃO

 

A Igreja celebra o Dia de Todos os Santos e o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. Como criaturas que somos, se estamos marcados pela finitude e pelo limite, estamos destinados à eternidade, à Vida em plenitude. Sabemos que o homem tem atitudes contraditórias frente ao mistério da vida.

Tanto se esfola a defender a sua dignidade, como se encapricha a criar instrumentos que a destroem, como se dela fosse dono. Ninguém, nem sequer a morte tem a última palavra sobre a vida. Deus é a fonte e a plenitude da vida, “quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor”, “n’Ele vivemos, nos movemos e existimos”. Este dom da vida atinge a sua maior expressão em Jesus Cristo: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem acredita em Mim, mesmo que morra, viverá. E todo Aquele que vive a credita em Mim nunca morrerá”.

Nesta fé, a Igreja celebra o Dia de Todos os Santos e o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. São dias de saudade na esperança do reencontro. São dias de apelo à responsabilidade pessoal neste peregrinar em direção à pátria definitiva.

Em Dia de Todos os Santos, recordamos todos aqueles que, embora não estejam nos altares, foram verdadeiras testemunhas da verdade do Evangelho. Com muitos deles nos cruzamos, convivemos, nos divertimos e crescemos. Mesmo no meio das suas imperfeições e fracassos, não desistiram de agradar a Deus. Lutaram, venceram, chegaram à meta, mantêm connosco laços de amor e de comunhão, protegem-nos. Por intercessão deles, muita coisa boa nos acontece e acontecerá enquanto caminhamos por este mundo.

A história da Igreja foi sempre enriquecida por homens e mulheres que viveram, com alegria e esperança, a sua fidelidade a Cristo e à Sua Igreja. Vivendo a sua vida no cumprimento do seu dever, fosse ele qual fosse, transformaram-se em imagem de Cristo que passou pelo mundo fazendo o bem. Fizeram o bem, defenderam valores, amaram e serviram Cristo nos irmãos. Santos entre os santos, acompanham-nos, intercedem por nós junto de Deus, estimulam-nos à santidade. Cada um pelo seu caminho, e sem ser cópia de ninguém, é chamado à santidade, quer no matrimónio ou na vida celibatária ou consagrada, quer nas alturas da cultura ou dos serviços ao bem comum, quer na lhaneza da vida ou dos trabalhos mais humildes. A santidade é um dever, uma vocação universal: “Sede santos, porque Eu sou santo” (Lv 11,45).

A melhor forma de amar e de comunicar com os que já morreram é, de facto, rezar por eles. É o que fazemos em Dia dos Fiéis Defuntos. Rezar pelos mortos é um santo e piedoso dever, como refere a Sagrada Escritura. A união entre nós que caminhamos sobre a terra e aqueles que já adormeceram na paz de Cristo, não se interrompe, antes pelo contrário, “é reforçada pela comunicação dos bens espirituais». Este acreditar que a vida humana não termina com a morte, torna presente que o nosso amor para com os que já partiram ultrapassa as fronteiras deste mundo e traduz-se em dever de caridade e de justiça. De forma bela, assim rezamos no prefácio da Missa dos Defuntos: «Se a certeza da morte nos entristece, conforta-nos a promessa da imortalidade. Para os que creem em Vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se transforma». O Catecismo da Igreja Católica  ensina que “os que morreram na graça e amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do Céu” (nº 1030). A isso, a Igreja chama Purgatório. E desde os primeiros tempos do cristianismo cultivou, com muita piedade, a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, particularmente o sacrifício eucarístico, recomendando também a esmola e as obras de penitência, para que sejam absolvidos de seus pecados, e, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus.

O mesmo Catecismo nos diz que “Não podemos estar em união com Deus se não O amarmos livremente. Mas não podemos amar a Deus se pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos: ‘Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um homicida; ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna’ (1Jo 3,15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados d’Ele se descurarmos as necessidades graves dos pobres e dos pequeninos seus irmãos. Morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus é a mesma coisa que morrer separado d’Ele para sempre, por livre escolha própria. E é este estado de autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa pela palavra “Inferno” (nº1033). E continua: “As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a respeito do Inferno são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem deve usar da sua liberdade, tendo em vista o destino eterno. Constituem um apelo urgente à conversão”.

No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. O próprio universo será renovado. A esta misteriosa renovação que há de transformar a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura chama “os Novos Céus e a Nova Terra”.

Na expectativa dessa nova e eterna Vida, vivemos como peregrinos, fazendo com que este mundo seja cada vez melhor.  Dotados por Deus com uma inteligência hábil para criar, investigar e programar, com uma vontade capaz de fazer e construir, com um coração apto para amar e servir, construiremos a nossa santidade ao desenvolver esta terra, ao contribuir para o bem comum da sociedade, ao promover os valores da dignidade humana, a comunhão fraterna, a liberdade, a justiça, o amor, o bem estar para que Deus seja, desde já, “tudo em todos”.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 30-10-2020.

 

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