PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 03 de novembro de 2020
Terça-feira da
XXXI semana do tempo comum
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LITURGIA:
TERÇA-FEIRA
da semana XXXI
S. Martinho de Porres, religioso – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória
(Semana III do Saltério).
Missa à escolha
L 1 Filip 2, 5-11; Sal 21 (22), 26b-27. 28. 29-30a. 30c-32
Ev Lc 14, 15-24
* Na Diocese de Viana do Castelo – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA; aniversário da
criação da Diocese (1977).
* Na Ordem de São Domingos – S. Martinho de Porres, religioso – FESTA
* Na Companhia de Jesus – B. Roberto Mayer, presbítero – MF
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – B. Pio Campidelli, religioso – MF
* Na Congregação dos Missionários e Missionárias de S. Carlos
(Scalabrinianos/as) – I Vésp. de S. Carlos Borromeu.
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 37,
22-23
Não me abandoneis, Senhor;
meu Deus, não Vos afasteis de mim.
Senhor, socorrei-me e salvai-me.
ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e misericordioso,
de quem procede a graça de Vos servirmos fiel e dignamente,
fazei-nos caminhar sem obstáculos
para os bens por Vós prometidos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Filip 2, 5-11
«Humilhou-Se a Si próprio; por isso, Deus O exaltou»
A humildade no trato com os outros encontra o seu exemplo maior e o seu próprio
fundamento na atitude de Jesus Cristo, que, sendo Filho de Deus, Se humilhou
até à morte de cruz. Esse foi precisamente o caminho que O levou à exaltação.
Esta leitura é um verdadeiro hino pascal, que bem merecia andar mais
frequentemente na boca dos cristãos.
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos: Tende em vós os mesmos sentimentos que havia em Cristo Jesus. Ele, que
era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com Deus, mas
aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-Se semelhante
aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda mais, obedecendo até à
morte, e morte de cruz. Por isso, Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está
acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus todos se ajoelhem, no céu,
na terra e nos abismos, e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor,
para glória de Deus Pai.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 21 (22), 26b-27.28.29-30a.30c-32 (R.
26a)
Refrão: Eu Vos louvo, Senhor, na
assembleia dos justos. Repete-se
Cumprirei a minha promessa
na presença dos vossos fiéis.
Os pobres hão-de comer e serão saciados,
louvarão o Senhor os que O procuram:
vivam os seus corações para sempre. Refrão
Hão de lembrar-se do Senhor e converter-se a Ele
todos os confins da terra;
e diante d’Ele virão prostrar-se
todas as famílias das nações. Refrão
Ao Senhor pertence a realeza,
é Ele quem governa os povos.
Só ao Senhor hão de adorar
todos os grandes do mundo. Refrão
Para Ele viverá a minha alma,
há de servi-l’O a minha descendência.
Falar-se-á do Senhor às gerações futuras
e a sua justiça será revelada ao povo que há-de vir:
«Eis o que fez o Senhor». Refrão
ALELUIA Mt 11, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde a Mim, todos vós
que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor. Refrão
EVANGELHO Lc 14, 15-24
«Vai pelos caminhos e azinhagas e obriga toda a gente a entrar,
para que a minha casa fique cheia»
O banquete de que se fala na parábola é o banquete messiânico, a comunhão dos
homens com Deus em Cristo, frequentemente comparada a um banquete. Para este
banquete todos são convidados, porque por todos Cristo morreu e para todos
ressuscitou. Os primeiros convidados escusaram-se. É uma referência ao povo de
Israel. Talvez que os outros, por sua origem menos preparados, venham a escutar
o convite. Desses outros fazemos nós parte! A Eucaristia, que celebra
precisamente a Aliança entre Deus e os homens em Cristo, tem a forma de um
banquete e nela somos convidados para “a Ceia das núpcias do Cordeiro”.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse a Jesus um dos que estavam com Ele à mesa: «Feliz de quem
tomar parte no banquete do reino de Deus». Respondeu-lhe Jesus: «Certo homem
preparou um grande banquete e convidou muita gente. À hora do festim, enviou um
servo para dizer aos convidados: ‘Vinde, que está tudo pronto’. Mas todos eles
se foram desculpando. O primeiro disse: ‘Comprei um campo e preciso de ir
vê-lo. Peço-te que me dispenses’. Outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois e
vou experimentá-las. Peço-te que me dispenses’. E outro disse: ‘Casei-me e por
isso não posso ir’. Ao voltar, o servo contou tudo isso ao seu senhor. Então o
dono da casa indignou-se e disse ao servo: ‘Vai depressa pelas praças e ruas da
cidade e traz para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos’. No fim,
o servo disse: ‘Senhor, as tuas ordens foram cumpridas, mas ainda há lugar’. O
dono da casa disse então ao servo: ‘Vai pelos caminhos e azinhagas e obriga
toda a gente a entrar, para que a minha casa fique cheia. Porque eu vos digo
que nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete’».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, fazei que este sacrifício
seja para Vós uma oblação pura
e para nós o dom generoso da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 15, 11
O Senhor me ensinará o caminho da vida,
a seu lado viverei na plenitude da alegria.
Ou Jo 6, 58
Assim como o Pai que Me enviou
é o Deus vivo e Eu vivo pelo Pai,
também o que Me come viverá por Mim, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Multiplicai em nós, Senhor, os frutos da vossa graça,
para que os sacramentos celestes
que nos alimentam na vida presente
nos preparem para alcançarmos a herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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AGENDA
DO DIA
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa
21.00 horas: Reunião de
catequistas em Nisa - Calvário.
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A
VOZ DO PASTOR
DAR
AZO ÀS MEMÓRIAS DO CORAÇÃO
A Igreja celebra o Dia de Todos os Santos e o Dia de
Todos os Fiéis Defuntos. Como criaturas que somos, se estamos marcados pela
finitude e pelo limite, estamos destinados à eternidade, à Vida em plenitude.
Sabemos que o homem tem atitudes contraditórias frente ao mistério da vida.
Tanto se esfola a defender a sua dignidade, como se
encapricha a criar instrumentos que a destroem, como se dela fosse dono.
Ninguém, nem sequer a morte tem a última palavra sobre a vida. Deus é a fonte e
a plenitude da vida, “quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor”,
“n’Ele vivemos, nos movemos e existimos”. Este dom da vida atinge a sua maior
expressão em Jesus Cristo: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem acredita em
Mim, mesmo que morra, viverá. E todo Aquele que vive a credita em Mim nunca
morrerá”.
Nesta fé, a Igreja celebra o Dia
de Todos os Santos e o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. São dias de saudade na
esperança do reencontro. São dias de apelo à responsabilidade pessoal neste
peregrinar em direção à pátria definitiva.
Em Dia de Todos os Santos, recordamos todos aqueles
que, embora não estejam nos altares, foram verdadeiras testemunhas da verdade
do Evangelho. Com muitos deles nos cruzamos, convivemos, nos divertimos e
crescemos. Mesmo no meio das suas imperfeições e fracassos, não desistiram de
agradar a Deus. Lutaram, venceram, chegaram à meta, mantêm connosco laços de amor
e de comunhão, protegem-nos. Por intercessão deles, muita coisa boa nos
acontece e acontecerá enquanto caminhamos por este mundo.
A história da Igreja foi sempre enriquecida por
homens e mulheres que viveram, com alegria e esperança, a sua fidelidade a
Cristo e à Sua Igreja. Vivendo a sua vida no cumprimento do seu dever, fosse
ele qual fosse, transformaram-se em imagem de Cristo que passou pelo mundo
fazendo o bem. Fizeram o bem, defenderam valores, amaram e serviram Cristo nos
irmãos. Santos entre os santos, acompanham-nos, intercedem por nós junto de
Deus, estimulam-nos à santidade. Cada um pelo seu caminho, e sem ser cópia de
ninguém, é chamado à santidade, quer no matrimónio ou na vida celibatária ou
consagrada, quer nas alturas da cultura ou dos serviços ao bem comum, quer na
lhaneza da vida ou dos trabalhos mais humildes. A santidade é um dever, uma
vocação universal: “Sede santos, porque Eu sou santo” (Lv 11,45).
A melhor forma de amar e de comunicar com os que já
morreram é, de facto, rezar por eles. É o que fazemos em Dia dos Fiéis
Defuntos. Rezar pelos mortos é um santo e piedoso dever, como refere a Sagrada
Escritura. A união entre nós que caminhamos sobre a terra e aqueles que já
adormeceram na paz de Cristo, não se interrompe, antes pelo contrário, “é
reforçada pela comunicação dos bens espirituais». Este acreditar que a vida
humana não termina com a morte, torna presente que o nosso amor para com os que
já partiram ultrapassa as fronteiras deste mundo e traduz-se em dever de
caridade e de justiça. De forma bela, assim rezamos no prefácio da Missa dos
Defuntos: «Se a certeza da morte nos entristece, conforta-nos a promessa da
imortalidade. Para os que creem em Vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se
transforma». O Catecismo da Igreja Católica
ensina que “os que morreram na graça e amizade de Deus, mas não de todo
purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma
purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do
Céu” (nº 1030). A isso, a Igreja chama Purgatório. E desde os primeiros tempos
do cristianismo cultivou, com muita piedade, a memória dos defuntos, oferecendo
sufrágios em seu favor, particularmente o sacrifício eucarístico, recomendando
também a esmola e as obras de penitência, para que sejam absolvidos de seus
pecados, e, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus.
O mesmo Catecismo nos diz que “Não podemos estar em
união com Deus se não O amarmos livremente. Mas não podemos amar a Deus se
pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos:
‘Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um
homicida; ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna’ (1Jo
3,15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados d’Ele se descurarmos
as necessidades graves dos pobres e dos pequeninos seus irmãos. Morrer em
pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso
de Deus é a mesma coisa que morrer separado d’Ele para sempre, por livre
escolha própria. E é este estado de autoexclusão definitiva da comunhão com
Deus e com os bem-aventurados que se designa pela palavra “Inferno” (nº1033). E
continua: “As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a
respeito do Inferno são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem
deve usar da sua liberdade, tendo em vista o destino eterno. Constituem um
apelo urgente à conversão”.
No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua
plenitude. O próprio universo será renovado. A esta misteriosa renovação que há
de transformar a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura chama “os Novos Céus
e a Nova Terra”.
Na expectativa dessa nova e eterna Vida, vivemos
como peregrinos, fazendo com que este mundo seja cada vez melhor. Dotados por Deus com uma inteligência hábil
para criar, investigar e programar, com uma vontade capaz de fazer e construir,
com um coração apto para amar e servir, construiremos a nossa santidade ao
desenvolver esta terra, ao contribuir para o bem comum da sociedade, ao promover
os valores da dignidade humana, a comunhão fraterna, a liberdade, a justiça, o
amor, o bem estar para que Deus seja, desde já, “tudo em todos”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 30-10-2020.
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