quarta-feira, 4 de novembro de 2020

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

 

 

 

Quinta, 05 de novembro de 2020

 

 

Quinta-feira da XXXI semana do tempo comum

 

 

 

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LITURGIA:

 

QUINTA-FEIRA da semana XXXI

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha

L 1 Filip 3, 3-8a; Sal 104 (105), 2-3. 4-5. 6-7
Ev Lc 15, 1-10

* Na Diocese de Viana do Castelo – S. Martinho de Porres, religioso – MF
* Na Ordem Beneditina – Sufrágios pelos monges, monjas e irmãos falecidos, em todas as Comunidades (Laudes e Missa de defuntos)
* Na Ordem Carmelita – B. Francisca de Amboise, religiosa – MF
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Comemoração dos Defuntos da Ordem Hospitaleira (Irmãos, Familiares, Colaboradores, Agregados, Benfeitores, Voluntários, Doentes e Necessitados, falecidos nas Obras da Ordem)
* Na Companhia de Jesus – Todos os Santos e Beatos da Companhia de Jesus – FESTA
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Missa anual por todos os religiosos falecidos da Congregação.
* Na Congregação Salesiana – Em cada casa, Missa pelos benfeitores e membros da Família Salesiana falecidos.

 

Missa

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 37, 22-23
Não me abandoneis, Senhor;
meu Deus, não Vos afasteis de mim.
Senhor, socorrei-me e salvai-me.

ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e misericordioso,
de quem procede a graça de Vos servirmos fiel e dignamente,
fazei-nos caminhar sem obstáculos
para os bens por Vós prometidos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Filip 3, 3-8a
«Tudo o que era para mim lucro,
considerei-o como perda por causa de Cristo»


O cristianismo não é simples doutrina nem simples moral, mas a aceitação, em toda a vida, da pessoa de Jesus Cristo e do desígnio de Deus que Ele nos revela. Todas as expressões, pessoais ou coletivas, da fé cristã são sempre sinal e meio de participação na vida de Deus, revelada e comunicada a nós em Cristo. Tudo o que não fosse isto, seria perda e desvantagem.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses


Irmãos: Os verdadeiros circuncidados somos nós, que prestamos culto a Deus segundo o seu Espírito e nos gloriamos em Jesus Cristo, sem confiarmos na carne. É verdade que eu também poderia confiar na carne. Se alguém julga poder gloriar-se na carne, poderia eu com maior razão: Fui circuncidado aos oito dias, sou da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu filho de hebreus. Quanto à Lei judaica, era fariseu; quanto ao zelo, era perseguidor da Igreja; quanto à justiça segundo a Lei, vivia irrepreensivelmente. Mas tudo isso, que era para mim lucro, considerei-o como perda por causa de Cristo. Mais ainda: considero todas as coisas como prejuízo, comparando-as com o bem supremo, que é o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por Ele, renunciei a todas as coisas e considerei tudo como lixo, para ganhar Cristo.

 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 104 (105), 2-3.4-5.6-7 (R. 3b)
Refrão: Exulte o coração dos que procuram o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Cantai salmos e hinos ao Senhor,
proclamai todas as suas maravilhas.
Gloriai-vos no seu nome santo,
exulte o coração dos que procuram o Senhor. Refrão

Procurai o Senhor e o seu poder,
buscai sempre a sua face.
Recordai as suas maravilhas,
os seus prodígios e os oráculos da sua boca. Refrão

Vós, descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito,
o Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a terra. Refrão


ALELUIA Mt 11, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde a Mim,
vós todos que andais cansados e oprimidos
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor. Refrão


EVANGELHO Lc 15, 1-10
«Haverá alegria entre os Anjos de Deus
por um só pecador que se arrependa»


Com duas maravilhosas parábolas de misericórdia, a da ovelha e a da moeda perdidas e reencontradas, Jesus ensina fariseus e escribas, duros e intransigentes, que os pecadores não são para se desprezarem, mas para se acolherem e ajudarem a encontrar um caminho de conversão. É nota particular de S. Lucas insistir na misericórdia de Deus para com os pecadores.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que anda perdida, até a encontrar? Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros e, ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida’. Eu vos digo: Assim haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove justos, que não precisam de arrependimento. Ou então, qual é a mulher que, possuindo dez dracmas e tendo perdido uma, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente a moeda até a encontrar? Quando a encontra, chama as amigas e vizinhas e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma perdida’. Eu vos digo: Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que se arrependa».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, fazei que este sacrifício
seja para Vós uma oblação pura
e para nós o dom generoso da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 15, 11
O Senhor me ensinará o caminho da vida,
a seu lado viverei na plenitude da alegria.

Ou Jo 6, 58
Assim como o Pai que Me enviou
é o Deus vivo e Eu vivo pelo Pai,
também o que Me come viverá por Mim, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Multiplicai em nós, Senhor, os frutos da vossa graça,
para que os sacramentos celestes
que nos alimentam na vida presente
nos preparem para alcançarmos a herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

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AGENDA DO DIA

 

18.00 horas: Missa em Nisa

21.00 horas: Adoração ao santíssimo em Nisa.

 

 

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A VOZ DO PASTOR

 

 

DAR AZO ÀS MEMÓRIAS DO CORAÇÃO

 

A Igreja celebra o Dia de Todos os Santos e o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. Como criaturas que somos, se estamos marcados pela finitude e pelo limite, estamos destinados à eternidade, à Vida em plenitude. Sabemos que o homem tem atitudes contraditórias frente ao mistério da vida.

Tanto se esfola a defender a sua dignidade, como se encapricha a criar instrumentos que a destroem, como se dela fosse dono. Ninguém, nem sequer a morte tem a última palavra sobre a vida. Deus é a fonte e a plenitude da vida, “quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor”, “n’Ele vivemos, nos movemos e existimos”. Este dom da vida atinge a sua maior expressão em Jesus Cristo: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem acredita em Mim, mesmo que morra, viverá. E todo Aquele que vive a credita em Mim nunca morrerá”.

Nesta fé, a Igreja celebra o Dia de Todos os Santos e o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. São dias de saudade na esperança do reencontro. São dias de apelo à responsabilidade pessoal neste peregrinar em direção à pátria definitiva.

Em Dia de Todos os Santos, recordamos todos aqueles que, embora não estejam nos altares, foram verdadeiras testemunhas da verdade do Evangelho. Com muitos deles nos cruzamos, convivemos, nos divertimos e crescemos. Mesmo no meio das suas imperfeições e fracassos, não desistiram de agradar a Deus. Lutaram, venceram, chegaram à meta, mantêm connosco laços de amor e de comunhão, protegem-nos. Por intercessão deles, muita coisa boa nos acontece e acontecerá enquanto caminhamos por este mundo.

A história da Igreja foi sempre enriquecida por homens e mulheres que viveram, com alegria e esperança, a sua fidelidade a Cristo e à Sua Igreja. Vivendo a sua vida no cumprimento do seu dever, fosse ele qual fosse, transformaram-se em imagem de Cristo que passou pelo mundo fazendo o bem. Fizeram o bem, defenderam valores, amaram e serviram Cristo nos irmãos. Santos entre os santos, acompanham-nos, intercedem por nós junto de Deus, estimulam-nos à santidade. Cada um pelo seu caminho, e sem ser cópia de ninguém, é chamado à santidade, quer no matrimónio ou na vida celibatária ou consagrada, quer nas alturas da cultura ou dos serviços ao bem comum, quer na lhaneza da vida ou dos trabalhos mais humildes. A santidade é um dever, uma vocação universal: “Sede santos, porque Eu sou santo” (Lv 11,45).

A melhor forma de amar e de comunicar com os que já morreram é, de facto, rezar por eles. É o que fazemos em Dia dos Fiéis Defuntos. Rezar pelos mortos é um santo e piedoso dever, como refere a Sagrada Escritura. A união entre nós que caminhamos sobre a terra e aqueles que já adormeceram na paz de Cristo, não se interrompe, antes pelo contrário, “é reforçada pela comunicação dos bens espirituais». Este acreditar que a vida humana não termina com a morte, torna presente que o nosso amor para com os que já partiram ultrapassa as fronteiras deste mundo e traduz-se em dever de caridade e de justiça. De forma bela, assim rezamos no prefácio da Missa dos Defuntos: «Se a certeza da morte nos entristece, conforta-nos a promessa da imortalidade. Para os que creem em Vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se transforma». O Catecismo da Igreja Católica  ensina que “os que morreram na graça e amizade de Deus, mas não de todo purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do Céu” (nº 1030). A isso, a Igreja chama Purgatório. E desde os primeiros tempos do cristianismo cultivou, com muita piedade, a memória dos defuntos, oferecendo sufrágios em seu favor, particularmente o sacrifício eucarístico, recomendando também a esmola e as obras de penitência, para que sejam absolvidos de seus pecados, e, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus.

O mesmo Catecismo nos diz que “Não podemos estar em união com Deus se não O amarmos livremente. Mas não podemos amar a Deus se pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos: ‘Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um homicida; ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna’ (1Jo 3,15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados d’Ele se descurarmos as necessidades graves dos pobres e dos pequeninos seus irmãos. Morrer em pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus é a mesma coisa que morrer separado d’Ele para sempre, por livre escolha própria. E é este estado de autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa pela palavra “Inferno” (nº1033). E continua: “As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a respeito do Inferno são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem deve usar da sua liberdade, tendo em vista o destino eterno. Constituem um apelo urgente à conversão”.

No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua plenitude. O próprio universo será renovado. A esta misteriosa renovação que há de transformar a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura chama “os Novos Céus e a Nova Terra”.

Na expectativa dessa nova e eterna Vida, vivemos como peregrinos, fazendo com que este mundo seja cada vez melhor.  Dotados por Deus com uma inteligência hábil para criar, investigar e programar, com uma vontade capaz de fazer e construir, com um coração apto para amar e servir, construiremos a nossa santidade ao desenvolver esta terra, ao contribuir para o bem comum da sociedade, ao promover os valores da dignidade humana, a comunhão fraterna, a liberdade, a justiça, o amor, o bem estar para que Deus seja, desde já, “tudo em todos”.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 30-10-2020.

 

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