PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 05 de novembro de 2020
Quinta-feira da
XXXI semana do tempo comum
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LITURGIA:
QUINTA-FEIRA da semana XXXI
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha
L 1 Filip 3, 3-8a; Sal 104 (105), 2-3. 4-5. 6-7
Ev Lc 15, 1-10
* Na Diocese de Viana do Castelo – S. Martinho de Porres, religioso – MF
* Na Ordem Beneditina – Sufrágios pelos monges, monjas e irmãos falecidos, em
todas as Comunidades (Laudes e Missa de defuntos)
* Na Ordem Carmelita – B. Francisca de Amboise, religiosa – MF
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Comemoração dos Defuntos da Ordem
Hospitaleira (Irmãos, Familiares, Colaboradores, Agregados, Benfeitores,
Voluntários, Doentes e Necessitados, falecidos nas Obras da Ordem)
* Na Companhia de Jesus – Todos os Santos e Beatos da Companhia de Jesus –
FESTA
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Missa anual por todos os
religiosos falecidos da Congregação.
* Na Congregação Salesiana – Em cada casa, Missa pelos benfeitores e membros da
Família Salesiana falecidos.
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 37,
22-23
Não me abandoneis, Senhor;
meu Deus, não Vos afasteis de mim.
Senhor, socorrei-me e salvai-me.
ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e misericordioso,
de quem procede a graça de Vos servirmos fiel e dignamente,
fazei-nos caminhar sem obstáculos
para os bens por Vós prometidos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Filip 3, 3-8a
«Tudo o que era para mim lucro,
considerei-o como perda por causa de Cristo»
O cristianismo não é simples doutrina nem simples moral, mas a aceitação, em
toda a vida, da pessoa de Jesus Cristo e do desígnio de Deus que Ele nos
revela. Todas as expressões, pessoais ou coletivas, da fé cristã são sempre
sinal e meio de participação na vida de Deus, revelada e comunicada a nós em
Cristo. Tudo o que não fosse isto, seria perda e desvantagem.
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses
Irmãos: Os verdadeiros circuncidados somos nós, que prestamos culto a Deus
segundo o seu Espírito e nos gloriamos em Jesus Cristo, sem confiarmos na
carne. É verdade que eu também poderia confiar na carne. Se alguém julga poder
gloriar-se na carne, poderia eu com maior razão: Fui circuncidado aos oito
dias, sou da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu filho de hebreus.
Quanto à Lei judaica, era fariseu; quanto ao zelo, era perseguidor da Igreja;
quanto à justiça segundo a Lei, vivia irrepreensivelmente. Mas tudo isso, que
era para mim lucro, considerei-o como perda por causa de Cristo. Mais ainda:
considero todas as coisas como prejuízo, comparando-as com o bem supremo, que é
o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por Ele, renunciei a todas as
coisas e considerei tudo como lixo, para ganhar Cristo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 104 (105), 2-3.4-5.6-7 (R. 3b)
Refrão: Exulte o coração dos que procuram
o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Cantai salmos e hinos ao Senhor,
proclamai todas as suas maravilhas.
Gloriai-vos no seu nome santo,
exulte o coração dos que procuram o Senhor. Refrão
Procurai o Senhor e o seu poder,
buscai sempre a sua face.
Recordai as suas maravilhas,
os seus prodígios e os oráculos da sua boca. Refrão
Vós, descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito,
o Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a terra. Refrão
ALELUIA Mt 11, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vinde a Mim,
vós todos que andais cansados e oprimidos
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor. Refrão
EVANGELHO Lc 15, 1-10
«Haverá alegria entre os Anjos de Deus
por um só pecador que se arrependa»
Com duas maravilhosas parábolas de misericórdia, a da ovelha e a da moeda
perdidas e reencontradas, Jesus ensina fariseus e escribas, duros e
intransigentes, que os pecadores não são para se desprezarem, mas para se
acolherem e ajudarem a encontrar um caminho de conversão. É nota particular de
S. Lucas insistir na misericórdia de Deus para com os pecadores.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para
O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este
homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte
parábola: «Quem de vós, que possua cem ovelhas e tenha perdido uma delas, não
deixa as outras noventa e nove no deserto, para ir à procura da que anda
perdida, até a encontrar? Quando a encontra, põe-na alegremente aos ombros e,
ao chegar a casa, chama os amigos e vizinhos e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo,
porque encontrei a minha ovelha perdida’. Eu vos digo: Assim haverá mais
alegria no Céu por um só pecador que se arrependa, do que por noventa e nove
justos, que não precisam de arrependimento. Ou então, qual é a mulher que,
possuindo dez dracmas e tendo perdido uma, não acende uma lâmpada, varre a casa
e procura cuidadosamente a moeda até a encontrar? Quando a encontra, chama as
amigas e vizinhas e diz-lhes: ‘Alegrai-vos comigo, porque encontrei a dracma
perdida’. Eu vos digo: Assim haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só
pecador que se arrependa».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, fazei que este sacrifício
seja para Vós uma oblação pura
e para nós o dom generoso da vossa misericórdia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 15, 11
O Senhor me ensinará o caminho da vida,
a seu lado viverei na plenitude da alegria.
Ou Jo 6, 58
Assim como o Pai que Me enviou
é o Deus vivo e Eu vivo pelo Pai,
também o que Me come viverá por Mim, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Multiplicai em nós, Senhor, os frutos da vossa graça,
para que os sacramentos celestes
que nos alimentam na vida presente
nos preparem para alcançarmos a herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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AGENDA
DO DIA
18.00 horas: Missa em
Nisa
21.00 horas: Adoração
ao santíssimo em Nisa.
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A
VOZ DO PASTOR
DAR
AZO ÀS MEMÓRIAS DO CORAÇÃO
A Igreja celebra o Dia de Todos os Santos e o Dia de
Todos os Fiéis Defuntos. Como criaturas que somos, se estamos marcados pela
finitude e pelo limite, estamos destinados à eternidade, à Vida em plenitude.
Sabemos que o homem tem atitudes contraditórias frente ao mistério da vida.
Tanto se esfola a defender a sua dignidade, como se
encapricha a criar instrumentos que a destroem, como se dela fosse dono.
Ninguém, nem sequer a morte tem a última palavra sobre a vida. Deus é a fonte e
a plenitude da vida, “quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor”,
“n’Ele vivemos, nos movemos e existimos”. Este dom da vida atinge a sua maior
expressão em Jesus Cristo: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem acredita em
Mim, mesmo que morra, viverá. E todo Aquele que vive a credita em Mim nunca
morrerá”.
Nesta fé, a Igreja celebra o Dia
de Todos os Santos e o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. São dias de saudade na
esperança do reencontro. São dias de apelo à responsabilidade pessoal neste peregrinar
em direção à pátria definitiva.
Em Dia de Todos os Santos, recordamos todos aqueles
que, embora não estejam nos altares, foram verdadeiras testemunhas da verdade
do Evangelho. Com muitos deles nos cruzamos, convivemos, nos divertimos e
crescemos. Mesmo no meio das suas imperfeições e fracassos, não desistiram de
agradar a Deus. Lutaram, venceram, chegaram à meta, mantêm connosco laços de
amor e de comunhão, protegem-nos. Por intercessão deles, muita coisa boa nos
acontece e acontecerá enquanto caminhamos por este mundo.
A história da Igreja foi sempre enriquecida por
homens e mulheres que viveram, com alegria e esperança, a sua fidelidade a
Cristo e à Sua Igreja. Vivendo a sua vida no cumprimento do seu dever, fosse
ele qual fosse, transformaram-se em imagem de Cristo que passou pelo mundo
fazendo o bem. Fizeram o bem, defenderam valores, amaram e serviram Cristo nos
irmãos. Santos entre os santos, acompanham-nos, intercedem por nós junto de
Deus, estimulam-nos à santidade. Cada um pelo seu caminho, e sem ser cópia de
ninguém, é chamado à santidade, quer no matrimónio ou na vida celibatária ou
consagrada, quer nas alturas da cultura ou dos serviços ao bem comum, quer na
lhaneza da vida ou dos trabalhos mais humildes. A santidade é um dever, uma vocação
universal: “Sede santos, porque Eu sou santo” (Lv 11,45).
A melhor forma de amar e de comunicar com os que já
morreram é, de facto, rezar por eles. É o que fazemos em Dia dos Fiéis
Defuntos. Rezar pelos mortos é um santo e piedoso dever, como refere a Sagrada
Escritura. A união entre nós que caminhamos sobre a terra e aqueles que já
adormeceram na paz de Cristo, não se interrompe, antes pelo contrário, “é
reforçada pela comunicação dos bens espirituais». Este acreditar que a vida
humana não termina com a morte, torna presente que o nosso amor para com os que
já partiram ultrapassa as fronteiras deste mundo e traduz-se em dever de
caridade e de justiça. De forma bela, assim rezamos no prefácio da Missa dos
Defuntos: «Se a certeza da morte nos entristece, conforta-nos a promessa da
imortalidade. Para os que creem em Vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se
transforma». O Catecismo da Igreja Católica
ensina que “os que morreram na graça e amizade de Deus, mas não de todo
purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma
purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do
Céu” (nº 1030). A isso, a Igreja chama Purgatório. E desde os primeiros tempos
do cristianismo cultivou, com muita piedade, a memória dos defuntos, oferecendo
sufrágios em seu favor, particularmente o sacrifício eucarístico, recomendando
também a esmola e as obras de penitência, para que sejam absolvidos de seus
pecados, e, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus.
O mesmo Catecismo nos diz que “Não podemos estar em
união com Deus se não O amarmos livremente. Mas não podemos amar a Deus se
pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos:
‘Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um
homicida; ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna’ (1Jo
3,15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados d’Ele se descurarmos
as necessidades graves dos pobres e dos pequeninos seus irmãos. Morrer em
pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso
de Deus é a mesma coisa que morrer separado d’Ele para sempre, por livre
escolha própria. E é este estado de autoexclusão definitiva da comunhão com
Deus e com os bem-aventurados que se designa pela palavra “Inferno” (nº1033). E
continua: “As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a
respeito do Inferno são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem
deve usar da sua liberdade, tendo em vista o destino eterno. Constituem um
apelo urgente à conversão”.
No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua
plenitude. O próprio universo será renovado. A esta misteriosa renovação que há
de transformar a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura chama “os Novos Céus
e a Nova Terra”.
Na expectativa dessa nova e eterna Vida, vivemos
como peregrinos, fazendo com que este mundo seja cada vez melhor. Dotados por Deus com uma inteligência hábil
para criar, investigar e programar, com uma vontade capaz de fazer e construir,
com um coração apto para amar e servir, construiremos a nossa santidade ao
desenvolver esta terra, ao contribuir para o bem comum da sociedade, ao
promover os valores da dignidade humana, a comunhão fraterna, a liberdade, a
justiça, o amor, o bem estar para que Deus seja, desde já, “tudo em todos”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 30-10-2020.
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