PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 06 de novembro de 2020
Sexta-feira da
XXXI semana do tempo comum
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LITURGIA:
SEXTA-FEIRA da semana XXXI
S. Nuno de Santa Maria, religioso – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Filip 3, 17 – 4, 1; Sal 121 (122), 1-2. 3-4a. 4b-5
Ev Lc 16, 1-8
* No Patriarcado de Lisboa – S. Nuno de Santa Maria, religioso, Padroeiro
secundário do Patriarcado – MO
* Na Ordem Agostiniana – Comemoração de todos os Irmãos e Irmãs defuntos da
Ordem.
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Nuno de Santa
Maria, religioso – FESTA
* Na Ordem de São Domingos – Bb. Afonso de Navarrete, presbítero e
Companheiros, mártires do Japão – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Frederico de Verga e Companheiros,
mártires, presbíteros e religiosos da I Ordem – MF
* Nos Irmãos das Escolas Cristãs – BB. Mário Félix e Companheiros, religiosos,
mártires – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – Bb.
Fortunato Velasco Tobar, Vicente Queralt Lloret, José Fernandez Sánchez,
presbíteros. Melchora Adoracion Cortés Bueno, Josefa Martinez Pérez, virgens e
companheiras, mártires – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Missa anual pelos pais falecidos
dos religiosos da Congregação.
* Na Congregação dos Sagrados Corações – Bb. Teófilo Fernández de Legaria e
Companheiros, presbíteros e mártires – MF
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – Bb. José Xavier, presbítero e
Companheiros, mártires – MO
* Na Congregação dos Irmãos Maristas – Bb. Laurentino, Bernardo, Virgílio,
Crisanto, e Companheiros, mártires – MO
* Na Sociedade Missionária da Boa Nova – S. Nuno de Santa Maria, religioso –
FESTA
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofício e Missa da féria.
S.
NUNO DE SANTA MARIA, religioso
Nota
Histórica:
Nuno Álvares Pereira, fundador da Casa de Bragança, nasceu em Santarém
(Portugal) a 24 de Junho de 1360. Como Condestável do reino de Portugal, foi
militar invencível; mas, vencendo se a si mesmo, pediu a admissão, como irmão
leigo, na Ordem do Carmelo. Tinha uma admirável piedade e confiança para com a
Santíssima Virgem Maria. Sentia grande satisfação em pedir esmolas pelas
portas, desempenhar os ofícios mais humildes na casa de Deus, e mostrou sempre
grande compaixão e liberalidade para com os pobres. Morreu no domingo da
Ressurreição do ano 1431 (1 de Abril).
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA cf.
2 Tim 4, 7-8
Combati o bom combate,
terminei a carreira,
guardei a fé.
O Senhor me dará a coroa da justiça.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que destes ao bem-aventurado Nuno de Santa Maria a graça de
combater o bom combate e o tornastes exímio vencedor de si mesmo, concedei aos
vossos servos que, dominando como ele as seduções do mundo, com ele vivam para
sempre na pátria celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é
Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Sir 44, 1-3ab.4.6-7.10.13-14
«O seu nome vive através das gerações»
O elogio, que o autor sagrado faz dos homens ilustres de Israel, pode
aplicar-se, com toda a justiça, ao Beato Nuno. Com efeito, ele foi grande não
só pelo heroísmo e generosidade com que serviu o povo e pelas benemerências que
lhe prestou, mas também, e acima de tudo, pelas suas preclaras virtudes morais,
em que foi tão rica a sua vida.
Leitura do Livro
de Ben-Sirá
Celebremos os louvores dos homens ilustres, dos nossos antepassados através das
gerações. O Senhor realizou neles a sua glória, a sua grandeza desde os tempos
mais antigos. Eram poderosos nos seus reinos, homens de fama pelos seus feitos
grandiosos e bons conselheiros pela sua inteligência. Eram guias do povo pelos
seus conselhos, pela sua inteligência na instrução do povo e pelas sábias
palavras no seu ensino. Homens ricos e poderosos, viviam em paz em suas casas.
Todos eles alcançaram fama entre os seus contemporâneos e glorificados já em
seus dias. Foram homens virtuosos e as suas obras não foram esquecidas. A sua
descendência permanece para sempre e jamais se apagará a sua memória. Os seus
corpos repousam em paz e o seu nome vive através das gerações.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 17 (18), 2b-3. 18a e 19 e 20b. 22 e 24
(Refr. 2b)
Refrão: Eu Vos amo, Senhor: sois a minha
força.
Eu Vos amo, Senhor, minha força,
minha fortaleza, meu refúgio e meu libertador,
meu Deus, auxílio em que ponho a minha confiança,
meu protector, minha defesa e meu salvador.
Salvou-me de inimigos poderosos,
que se levantaram contra mim no dia da adversidade;
mas o Senhor veio em meu auxílio;
salvou-me porque me tem amor.
Porque eu segui o caminho do Senhor
e não pequei contra o meu Deus.
Tenho sido irrepreensível diante d’Ele
e guardei-me de cometer o pecado.
ALELUIA Mt 5, 3
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão
EVANGELHO Lc 14, 25-33
«Quem não renunciar a todos os seus bens
não pode ser meu discípulo»
No desejo de viver, mais perfeitamente, o ideal de santidade, próprio de todo o
batizado, o Beato Nuno quis imitar, mais de perto, a Cristo. Por isso,
renunciando às honras e comodidades do mundo, escolheu um caminho de humildade,
pobreza e obediência, para, como Cristo, servir melhor os homens, seus irmãos.
Longe de se tornar inútil, a sua vida adquiriu uma maior projeção social.
O seu exemplo ajudou muitos cristãos a alcançar a vitória sobre o mal. O seu
empenho em servir os pobres continua a ser fonte de inspiração para todos
aqueles que trabalham pela liberdade e justiça no mundo.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, seguia Jesus uma grande multidão. Jesus voltou-Se e disse-lhes:
«Se alguém vem ter comigo, e não Me preferir ao pai, à mãe, à esposa, aos
filhos, aos irmãos, às irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo.
Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não pode ser meu discípulo. Quem de
vós, desejando construir uma torre, não se senta primeiro a calcular a despesa,
para ver se tem com que terminá-la? Não suceda que, depois de assentar os
alicerces, se mostre incapaz de a concluir e todos os que olharem comecem a
fazer troça, dizendo: ‘Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de
concluir’. E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se
senta primeiro a considerar se é capaz de se opor, com dez mil soldados, àquele
que vem contra ele com vinte mil? Aliás, enquanto o outro ainda está longe,
manda-lhe uma delegação a pedir as condições de paz. Assim, quem de entre vós
não renunciar a todos os seus bens, não pode ser meu discípulo».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Deus de bondade, que no bem-aventurado Nuno de Santa Maria, vencido o homem
velho, formastes nele o homem novo à vossa imagem, concedei que também nós nos
renovemos para sermos dignos de Vos oferecer este sacrifício de reconciliação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 111, 9
Repartiu com largueza pelos pobres,
a sua generosidade permanece para sempre.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Pela virtude redentora deste sacramento, conduzi-nos sempre, Senhor, pelos
caminhos do vosso amor, a exemplo do bem-aventurado Nuno de Santa Maria, e
completai até ao dia de Cristo Jesus a boa obra que em nós começastes. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
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AGENDA
DO DIA
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão.
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A
VOZ DO PASTOR
DAR
AZO ÀS MEMÓRIAS DO CORAÇÃO
A Igreja celebra o Dia de Todos os Santos e o Dia de
Todos os Fiéis Defuntos. Como criaturas que somos, se estamos marcados pela
finitude e pelo limite, estamos destinados à eternidade, à Vida em plenitude.
Sabemos que o homem tem atitudes contraditórias frente ao mistério da vida.
Tanto se esfola a defender a sua dignidade, como se
encapricha a criar instrumentos que a destroem, como se dela fosse dono.
Ninguém, nem sequer a morte tem a última palavra sobre a vida. Deus é a fonte e
a plenitude da vida, “quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor”,
“n’Ele vivemos, nos movemos e existimos”. Este dom da vida atinge a sua maior
expressão em Jesus Cristo: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem acredita em
Mim, mesmo que morra, viverá. E todo Aquele que vive a credita em Mim nunca
morrerá”.
Nesta fé, a Igreja celebra o Dia
de Todos os Santos e o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. São dias de saudade na
esperança do reencontro. São dias de apelo à responsabilidade pessoal neste
peregrinar em direção à pátria definitiva.
Em Dia de Todos os Santos, recordamos todos aqueles
que, embora não estejam nos altares, foram verdadeiras testemunhas da verdade
do Evangelho. Com muitos deles nos cruzamos, convivemos, nos divertimos e
crescemos. Mesmo no meio das suas imperfeições e fracassos, não desistiram de
agradar a Deus. Lutaram, venceram, chegaram à meta, mantêm connosco laços de amor
e de comunhão, protegem-nos. Por intercessão deles, muita coisa boa nos
acontece e acontecerá enquanto caminhamos por este mundo.
A história da Igreja foi sempre enriquecida por
homens e mulheres que viveram, com alegria e esperança, a sua fidelidade a
Cristo e à Sua Igreja. Vivendo a sua vida no cumprimento do seu dever, fosse
ele qual fosse, transformaram-se em imagem de Cristo que passou pelo mundo
fazendo o bem. Fizeram o bem, defenderam valores, amaram e serviram Cristo nos
irmãos. Santos entre os santos, acompanham-nos, intercedem por nós junto de
Deus, estimulam-nos à santidade. Cada um pelo seu caminho, e sem ser cópia de
ninguém, é chamado à santidade, quer no matrimónio ou na vida celibatária ou
consagrada, quer nas alturas da cultura ou dos serviços ao bem comum, quer na
lhaneza da vida ou dos trabalhos mais humildes. A santidade é um dever, uma
vocação universal: “Sede santos, porque Eu sou santo” (Lv 11,45).
A melhor forma de amar e de comunicar com os que já
morreram é, de facto, rezar por eles. É o que fazemos em Dia dos Fiéis
Defuntos. Rezar pelos mortos é um santo e piedoso dever, como refere a Sagrada
Escritura. A união entre nós que caminhamos sobre a terra e aqueles que já
adormeceram na paz de Cristo, não se interrompe, antes pelo contrário, “é
reforçada pela comunicação dos bens espirituais». Este acreditar que a vida
humana não termina com a morte, torna presente que o nosso amor para com os que
já partiram ultrapassa as fronteiras deste mundo e traduz-se em dever de
caridade e de justiça. De forma bela, assim rezamos no prefácio da Missa dos
Defuntos: «Se a certeza da morte nos entristece, conforta-nos a promessa da
imortalidade. Para os que creem em Vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se
transforma». O Catecismo da Igreja Católica
ensina que “os que morreram na graça e amizade de Deus, mas não de todo
purificados, embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma
purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do
Céu” (nº 1030). A isso, a Igreja chama Purgatório. E desde os primeiros tempos
do cristianismo cultivou, com muita piedade, a memória dos defuntos, oferecendo
sufrágios em seu favor, particularmente o sacrifício eucarístico, recomendando
também a esmola e as obras de penitência, para que sejam absolvidos de seus
pecados, e, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus.
O mesmo Catecismo nos diz que “Não podemos estar em
união com Deus se não O amarmos livremente. Mas não podemos amar a Deus se pecarmos
gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos: ‘Quem não
ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um homicida; ora
vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna’ (1Jo 3,15). Nosso
Senhor adverte-nos de que seremos separados d’Ele se descurarmos as
necessidades graves dos pobres e dos pequeninos seus irmãos. Morrer em pecado
mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de Deus
é a mesma coisa que morrer separado d’Ele para sempre, por livre escolha
própria. E é este estado de autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e com
os bem-aventurados que se designa pela palavra “Inferno” (nº1033). E continua:
“As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a respeito do
Inferno são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem deve usar
da sua liberdade, tendo em vista o destino eterno. Constituem um apelo urgente
à conversão”.
No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua
plenitude. O próprio universo será renovado. A esta misteriosa renovação que há
de transformar a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura chama “os Novos Céus
e a Nova Terra”.
Na expectativa dessa nova e eterna Vida, vivemos
como peregrinos, fazendo com que este mundo seja cada vez melhor. Dotados por Deus com uma inteligência hábil
para criar, investigar e programar, com uma vontade capaz de fazer e construir,
com um coração apto para amar e servir, construiremos a nossa santidade ao
desenvolver esta terra, ao contribuir para o bem comum da sociedade, ao
promover os valores da dignidade humana, a comunhão fraterna, a liberdade, a
justiça, o amor, o bem estar para que Deus seja, desde já, “tudo em todos”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 30-10-2020.
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