PARÓQUIAS DE NISA
Domingo, 08 de novembro de 2020
XXXII Domingo do
tempo comum
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LITURGIA:
DOMINGO XXXII DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana IV do Saltério).
Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Sab 6, 12-16; Sal 62 (63), 2. 3-4. 5-6. 7-8
L 2 1 Tes 4, 13-18 ou 1 Tes 4, 13-14
Ev Mt 25, 1-13
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Nas Dioceses do Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Bragança-Miranda, Coimbra,
Évora, Funchal, Guarda, Lamego, Leiria-Fátima, Lisboa, Portalegre e Castelo
Branco, Porto, Vila Real e Viseu – Ofertório para os Seminários Diocesanos.
* Na Diocese de Angra – Dia da Igreja Diocesana; colecta para a Diocese.
* Na Diocese de Bragança-Miranda (Basílica de Santo Cristo de Outeiro) –
Aniversário da Basílica de Santo Cristo de Outeiro – SOLENIDADE
* Na Diocese de Viana do Castelo – Termina a Semana da Diocese.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 87, 3
Chegue até Vós, Senhor, a minha oração,
inclinai o ouvido ao meu clamor.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e misericordioso,
afastai de nós toda a adversidade,
para que, sem obstáculos do corpo ou do espírito,
possamos livremente cumprir a vossa vontade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Sab 6, 12-16
«A Sabedoria faz-se encontrar aos que a procuram»
Deus encontrar-Se-á finalmente da maneira mais completa e perfeita, quando o
Senhor vier no fim dos tempos. O tempo de espera, neste mundo, desse momento
pode parecer-nos longo demais, e, por vezes, desanimamos ou até nos esquecemos
de estar à espera dele. Por isso, temos necessidade de passar a vida, como numa
longa vigília, acolhendo a Sabedoria que nos procura e nos conduzirá a Deus.
Leitura do Livro
da Sabedoria
A Sabedoria é luminosa e o seu brilho é inalterável; deixa-se ver facilmente
àqueles que a amam e faz-se encontrar aos que a procuram. Antecipa-se e dá-se a
conhecer aos que a desejam. Quem a busca desde a aurora não se fatigará, porque
há de encontrá-la já sentada à sua porta. Meditar sobre ela é prudência
consumada e quem lhe consagra as vigílias depressa ficará sem cuidados. Procura
por toda a parte os que são dignos dela: aparece-lhes nos caminhos, cheia de
benevolência, e vem ao seu encontro em todos os seus pensamentos.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 62 (63), 2.3-4.5-6.7-8 (R. 2b)
Refrão: A minha alma tem sede de Vós, meu
Deus. Repete-se
Senhor, sois o meu Deus: desde a aurora Vos procuro.
A minha alma tem sede de Vós.
Por Vós suspiro,
como terra árida, sequiosa, sem água. Refrão
Quero contemplar-Vos no santuário,
para ver o vosso poder e a vossa glória.
A vossa graça vale mais que a vida;
por isso, os meus lábios hão de cantar-Vos louvores. Refrão
Assim Vos bendirei toda a minha vida
e em vosso louvor levantarei as mãos.
Serei saciado com saborosos manjares
e com vozes de júbilo Vos louvarei. Refrão
Quando no leito Vos recordo,
passo a noite a pensar em Vós.
Porque Vos tornastes o meu refúgio,
exulto à sombra das vossas asas. Refrão
LEITURA II – Forma longa 1 Tes 4, 13-18
«Deus levará com Jesus os que em Jesus tiverem morrido»
Viver em união com Jesus é a garantia de viver eternamente unidos a Deus; a
morte que Jesus sofreu é a fonte da vida gloriosa, da ressurreição, para Ele e
para todos os que vivem unidos a Ele.
Leitura da
Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos defuntos, para
não vos contristardes como os outros, que não têm esperança. Se acreditamos que
Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em
Jesus tiverem morrido. Eis o que temos para vos dizer, segundo uma palavra do
Senhor: Nós, os vivos, os que ficarmos para a vinda do Senhor, não precederemos
os que tiverem morrido. Ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta
divina, o próprio Senhor descerá do Céu e os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro. Em seguida, nós, os vivos, os que tivermos ficado, seremos
arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens, para irmos ao encontro do
Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Consolai-vos uns aos
outros com estas palavras.
Palavra do Senhor.
LEITURA II – Forma breve 1 Tes 4, 13-14
Leitura da
Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Não
queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos defuntos, para não
vos contristardes como os outros, que não têm esperança. Se acreditamos que
Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, Deus levará com Jesus os que em
Jesus tiverem morrido.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Mt 24, 42a.44
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vigiai e estai preparados,
porque, na hora em que não pensais,
virá o Filho do homem. Refrão
EVANGELHO Mt 25, 1-13
«Aí vem o Esposo: ide ao seu encontro»
Com a parábola das dez virgens, Jesus quer incutir-nos a coragem para
esperarmos, sem desfalecimento, o dia da sua vinda, ao mesmo tempo que nos
ensina a estar de vigia, preparados para ir ao seu encontro. A lâmpada acesa é,
para nós, sinal da fé e da vigilância.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino
dos Céus pode comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram
ao encontro do esposo. Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes. As
insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto
as prudentes, com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias. Como o esposo se
demorava, começaram todas a dormitar e adormeceram. No meio da noite ouviu-se
um brado: ‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’. Então, as virgens
levantaram-se todas e começaram a preparar as lâmpadas. As insensatas disseram
às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, que as nossas lâmpadas estão a
apagar-se’. Mas as prudentes responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para
vós. Ide antes comprá-lo aos vendedores’. Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou
o esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e
a porta fechou-se. Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram:
‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’. Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo:
Não vos conheço’. Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATA
Olhai, Senhor, com benevolência
para o sacrifício que Vos apresentamos,
a fim de participarmos com sincera piedade
no memorial da paixão do vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 22, 1-2
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados.
Conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.
Ou Lc 24, 35
Os discípulos reconheceram
o Senhor Jesus ao partir o pão.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos damos graças, Senhor,
pelo alimento celeste que recebemos
e imploramos da vossa misericórdia
que, pela acção do Espírito Santo,
perseverem na vossa graça
os que receberam a força do alto.
Por Nosso Senhor.
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AGENDA
DO DIA
09.30 horas: Missa em
Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em
Arês
10.00 horas: Funeral em
Tolosa
10.45 horas: Missa em
Tolosa
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em
Alpalhão
12.00 horas: Missa em
Gáfete
15.30 horas: Missa no
Arneiro
15.30 horas: Missa em
Montalvão
15.30 horas: Missa no
Cacheiro
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A
VOZ DO PASTOR
DAR
AZO ÀS MEMÓRIAS DO CORAÇÃO
A Igreja celebra o Dia de Todos os Santos e o Dia de
Todos os Fiéis Defuntos. Como criaturas que somos, se estamos marcados pela
finitude e pelo limite, estamos destinados à eternidade, à Vida em plenitude.
Sabemos que o homem tem atitudes contraditórias frente ao mistério da vida.
Tanto se esfola a defender a sua dignidade, como se
encapricha a criar instrumentos que a destroem, como se dela fosse dono.
Ninguém, nem sequer a morte tem a última palavra sobre a vida. Deus é a fonte e
a plenitude da vida, “quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor”,
“n’Ele vivemos, nos movemos e existimos”. Este dom da vida atinge a sua maior
expressão em Jesus Cristo: “Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem acredita em
Mim, mesmo que morra, viverá. E todo Aquele que vive a credita em Mim nunca
morrerá”.
Nesta fé, a Igreja celebra o Dia
de Todos os Santos e o Dia de Todos os Fiéis Defuntos. São dias de saudade na
esperança do reencontro. São dias de apelo à responsabilidade pessoal neste
peregrinar em direção à pátria definitiva.
Em Dia de Todos os Santos, recordamos todos aqueles
que, embora não estejam nos altares, foram verdadeiras testemunhas da verdade
do Evangelho. Com muitos deles nos cruzamos, convivemos, nos divertimos e
crescemos. Mesmo no meio das suas imperfeições e fracassos, não desistiram de
agradar a Deus. Lutaram, venceram, chegaram à meta, mantêm connosco laços de
amor e de comunhão, protegem-nos. Por intercessão deles, muita coisa boa nos
acontece e acontecerá enquanto caminhamos por este mundo.
A história da Igreja foi sempre enriquecida por
homens e mulheres que viveram, com alegria e esperança, a sua fidelidade a
Cristo e à Sua Igreja. Vivendo a sua vida no cumprimento do seu dever, fosse
ele qual fosse, transformaram-se em imagem de Cristo que passou pelo mundo
fazendo o bem. Fizeram o bem, defenderam valores, amaram e serviram Cristo nos
irmãos. Santos entre os santos, acompanham-nos, intercedem por nós junto de
Deus, estimulam-nos à santidade. Cada um pelo seu caminho, e sem ser cópia de
ninguém, é chamado à santidade, quer no matrimónio ou na vida celibatária ou
consagrada, quer nas alturas da cultura ou dos serviços ao bem comum, quer na
lhaneza da vida ou dos trabalhos mais humildes. A santidade é um dever, uma
vocação universal: “Sede santos, porque Eu sou santo” (Lv 11,45).
A melhor forma de amar e de comunicar com os que já
morreram é, de facto, rezar por eles. É o que fazemos em Dia dos Fiéis
Defuntos. Rezar pelos mortos é um santo e piedoso dever, como refere a Sagrada
Escritura. A união entre nós que caminhamos sobre a terra e aqueles que já
adormeceram na paz de Cristo, não se interrompe, antes pelo contrário, “é reforçada
pela comunicação dos bens espirituais». Este acreditar que a vida humana não
termina com a morte, torna presente que o nosso amor para com os que já
partiram ultrapassa as fronteiras deste mundo e traduz-se em dever de caridade
e de justiça. De forma bela, assim rezamos no prefácio da Missa dos Defuntos:
«Se a certeza da morte nos entristece, conforta-nos a promessa da imortalidade.
Para os que creem em Vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se transforma». O
Catecismo da Igreja Católica ensina que
“os que morreram na graça e amizade de Deus, mas não de todo purificados,
embora seguros da sua salvação eterna, sofrem depois da morte uma purificação,
a fim de obterem a santidade necessária para entrar na alegria do Céu” (nº
1030). A isso, a Igreja chama Purgatório. E desde os primeiros tempos do
cristianismo cultivou, com muita piedade, a memória dos defuntos, oferecendo
sufrágios em seu favor, particularmente o sacrifício eucarístico, recomendando
também a esmola e as obras de penitência, para que sejam absolvidos de seus
pecados, e, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus.
O mesmo Catecismo nos diz que “Não podemos estar em
união com Deus se não O amarmos livremente. Mas não podemos amar a Deus se
pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso próximo ou contra nós mesmos:
‘Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um
homicida; ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna’ (1Jo
3,15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados d’Ele se descurarmos
as necessidades graves dos pobres e dos pequeninos seus irmãos. Morrer em
pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso
de Deus é a mesma coisa que morrer separado d’Ele para sempre, por livre
escolha própria. E é este estado de autoexclusão definitiva da comunhão com
Deus e com os bem-aventurados que se designa pela palavra “Inferno” (nº1033). E
continua: “As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja a
respeito do Inferno são um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem
deve usar da sua liberdade, tendo em vista o destino eterno. Constituem um
apelo urgente à conversão”.
No fim dos tempos, o Reino de Deus chegará à sua
plenitude. O próprio universo será renovado. A esta misteriosa renovação que há
de transformar a humanidade e o mundo, a Sagrada Escritura chama “os Novos Céus
e a Nova Terra”.
Na expectativa dessa nova e eterna Vida, vivemos
como peregrinos, fazendo com que este mundo seja cada vez melhor. Dotados por Deus com uma inteligência hábil
para criar, investigar e programar, com uma vontade capaz de fazer e construir,
com um coração apto para amar e servir, construiremos a nossa santidade ao
desenvolver esta terra, ao contribuir para o bem comum da sociedade, ao
promover os valores da dignidade humana, a comunhão fraterna, a liberdade, a
justiça, o amor, o bem estar para que Deus seja, desde já, “tudo em todos”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 30-10-2020.
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