PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 26 de novembro de 2020
Quinta da XXXIV
semana do tempo comum
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LITURGIA:
QUINTA-FEIRA
da semana XXXIV
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha).
L 1 Ap 18, 1-2. 21-23; 19, 1-3. 9a; Sal 99 (100), 2. 3. 4. 5
Ev Lc 21, 20-28
* Na Diocese de Santarém – Aniversário da entrada solene de D. José Augusto
Traquina Maria.
* Na Ordem Beneditina – S. Silvestre, abade – MF
* Na Ordem Franciscana – S. Leonardo de Porto Maurício, presbítero, da I Ordem
– MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Leonardo de Porto Maurício,
presbítero, da I Ordem – MF
* Na Companhia de Jesus – S. João Berchmans, religioso – MO
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – B. Tiago Alberione,
presbítero, Fundador – FESTA
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 84, 9
O Senhor fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a todos os que a Ele se convertem de coração sincero.
ORAÇÃO COLECTA
Despertai, Senhor, a vontade dos vossos fiéis,
para que, correspondendo mais generosamente
à acção da graça divina,
recebamos maiores auxílios da vossa bondade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Ap 18, 1-2.21-23; 19, 1-3.9a
«Caiu a grande Babilónia»
Leitura do Livro
do Apocalipse
Eu, João, vi outro Anjo descer do Céu, com tão grande poder que a terra ficou
iluminada com a sua glória. Ele bradou com voz forte, dizendo: «Caiu, caiu a
grande Babilónia! Tornou-se morada de demónios, antro de todos os espíritos
impuros, antro de todas as aves imundas e repelentes». Depois, um Anjo poderoso
levantou uma pedra semelhante a uma grande mó e lançou-a ao mar, dizendo: «Com
tal ímpeto será precipitada a grande cidade de Babilónia e nunca mais será
vista. Nunca mais se ouvirá em ti a música de harpistas e cantores, de
tocadores de flauta e de trombeta. Jamais se encontrará em ti artífice algum de
qualquer arte, nem se ouvirá mais em ti o ranger da mó. Nunca mais brilhará em
ti a luz da lâmpada, nem se ouvirá mais em ti a voz do esposo e da esposa.
Porque os teus comerciantes eram os grandes da terra e com os teus malefícios
se transviaram todas as nações». Depois disto, ouvi como que a voz poderosa de
uma grande multidão, que dizia no Céu: «Aleluia! A salvação, a glória e o poder
pertencem ao nosso Deus, porque os seus juízos são verdadeiros e justos. Ele
condenou a grande meretriz, que corrompia a terra com a sua imoralidade e nela
fez justiça ao sangue dos seus servos». E acrescentaram: «Aleluia! O fumo das
chamas vai subindo pelos séculos dos séculos». Disse-me o Anjo: «Escreve:
‘Felizes os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro’».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 99 (100), 2.3.4.5 (Ap 19, 9a)
Refrão: Felizes os convidados para a Ceia
das núpcias do Cordeiro. Repete-se
Aclamai o Senhor, terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo. Refrão
Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho. Refrão
Entrai pelas suas portas, dando graças,
penetrai em seus átrios com hinos de louvor,
glorificai-O, bendizei o seu nome. Refrão
Porque o Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração. Refrão
ALELUIA Lc 21, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Erguei-vos e levantai a cabeça,
porque a vossa libertação está próxima. Refrão
EVANGELHO Lc 21, 20-28
«Jerusalém será calcada pelos pagãos,
até que aos pagãos chegue a sua hora»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando virdes Jerusalém
cercada por exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Então, os que
estiverem na Judeia fujam para os montes, os que estiverem dentro da cidade
saiam para fora e os que estiverem nos campos não entrem na cidade. Porque
serão dias de castigo, nos quais deverá cumprir-se tudo o que está escrito. Ai
daquelas que estiverem para ser mães e das que andarem a amamentar nesses dias,
porque haverá grande angústia na terra e indignação contra este povo. Cairão ao
fio da espada, irão cativos para todas as nações, e Jerusalém será calcada
pelos pagãos, até que aos pagãos chegue a sua hora. Haverá sinais no sol, na
lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o
rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expec tativa do que
vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então hão de
ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas
coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa
libertação está próxima».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, estes dons sagrados
que nos mandastes oferecer em honra do vosso nome
e fazei que, obedecendo sempre aos vossos mandamentos,
nos tornemos também nós
uma oblação agradável aos vossos olhos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 116, 1-2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
porque é eterna a sua misericórdia.
Ou Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso e eterno,
não permitais que se separem de Vós
aqueles a quem destes a graça
de participar neste divino sacramento.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: Lê,
respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra
de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o
Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou
através da Sua Palavra.
LEITURAS Ap 18, 1-2.21-23; 19, 1-3.9a :Babilónia,
o império que no Antigo Testamento perseguiu o povo de Deus a ponto de o levar
para o exílio, é aqui a imagem dos novos perseguidores da Igreja de Cristo. Mas
o seu domínio vai chegar ao fim; a nova Babilónia, que é agora, para o autor
deste livro, Roma e o seu império, perseguidor dos cristãos, vai cair, como
caiu a antiga. Vão desaparecer as suas glórias, que são, no fundo, a sua
humilhação. Chegou a hora das núpcias do Cordeiro, a hora da Igreja da terra se
sentar à mesa do banquete do Céu. É esse ponto de chegada que há-de esclarecer
todo o passado, e abrir as suas portas sobre o “mundo que há de de vir”, para
não mais ter fim.
Lc 21, 20-28: Toda esta passagem está
cheia de alusões a outras passagens bíblicas. Anunciam-se aqui as provações por
que há de passar o povo de Deus, umas vindas da parte dos pagãos, outras das
próprias circunstâncias naturais. São todas elas formas de purificação; mas
nunca são nem um fim em si mesmas, nem acontecimentos sem sentido. Deus é
Senhor dos acontecimentos, e faz que tudo concorra para o bem dos seus eleitos.
Por isso, no meio de toda esta desolação, “levantai a cabeça, porque a vossa
libertação está próxima”. É o anúncio do mundo novo que há de vir.
AGENDA
DO DIA
11.30 horas: Funeral em
Nisa
12.30 horas: Funeral em
Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa
21.00 horas: Adoração
ao Santíssimo em Nisa
AVISO:
Devido às novas medidas de combate à pandemia da covid-19,
resultantes do Decreto Presidencial que prorroga por mais 15 dias o estado de
emergência em Portugal, e, infelizmente, a elevação do Concelho de Nisa para o
estado de "Risco Muito elevado", por se verificarem entre 480 e 960
casos por cada 100.000 habitantes, obriga a cada um de nós a consciencialização
cívica para o rigoroso cumprimento das medidas que irão entrar em vigor a
partir das 00h00 de 24 de novembro. Na sequência desta realidade, os serviços pastorais na zona
pastoral de Nisa sofrem também alteração nalgumas paróquias, principalmente, no
que diz respeito às missas de tarde aos fins-de-semana.
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A
VOZ DO PASTOR:
DO
VATICANO PARA A CIDADE DE LISBOA
Somos uma espécie de obra inacabada sempre em busca
de acabamentos e também eles inacabados. Por isso, toda a pessoa se pergunta
sobre a vida e o seu sentido, deseja ser feliz e saber como é que isso se há de
alcançar. Mesmo que as realidades terrenas que a envolvam, realidades socias,
laborais, económicas, políticas, sanitárias, etc., mesmo que essas realidades
sejam difíceis e tantas vezes incómodas e obstáculo, ninguém consegue desanimar
ou desistir de rasgar horizontes para a sua vida e dar resposta às perguntas
que esse desafio lhe coloca. E se a vida é um dom belo e gratuito, viver é uma
delicada arte, uma nobre tarefa. Mas também não é o grande sucesso dos negócios
ou a concretização e êxito dos projetos sonhados que fará com que as perguntas
sobre o sentido da vida deixem de existir. Como sabemos, neste mundo, mesmo que
tenhamos tudo aquilo a que possamos aspirar, só a graça e a fidelidade ao
Senhor nos satisfará, e, para além deste mundo, só a visão beatífica nos
realizará plenamente. É por isso que muita gente sem grandes êxitos nesta vida
e até com muitos dissabores, vive feliz e transmite felicidade, alegria e paz.
São vidas alicerçadas na fé, não à espera de milagres, mas, sem descurar o seu
esforço de procura e trabalho, sabem ter, concomitantemente, outras
prioridades, sabem optar pelo caminho que, na verdade, dá sentido à vida e às
coisas da vida, seja ela qual for e como for.
E se toda a gente procura a felicidade, muito mais
os jovens. Na primavera da vida, eles procuram perguntar-se e entender qual
será o verdadeiro caminho para lá chegar. Jesus Cristo, que veio para
evangelizar os pobres, não só apontou o caminho para que isso acontecesse, mas
também nos garantiu que Ele próprio era o caminho: “Eu sou o Caminho, a Verdade
e a Vida”. Mostrar e ensinar esse Caminho, essa Verdade e essa Vida é o que
chamamos evangelizar. E podemos perguntar: mas quem são esses pobres perante os
quais Cristo se apresentou a evangelizar? Se hoje há multidões de rostos, muita
espécie de pobreza e miséria no mundo, toda ela tem como grande suporte aqueles
que ignoram ou tentam, na prática ou na teoria, não aceitar esse Caminho, essa
Verdade, essa Vida que nos faz sentir irmãos e solidários. É por isso que,
mesmo que a Igreja jamais tenha interrompido o caminho da Evangelização,
precisamos duma Nova Evangelização para que a descristianização não aumente, os
valores humanos e cristãos essenciais não sejam atirados às malvas e se dê
resposta à eterna pergunta que continua de pé: como viver, como ser feliz,
individual e socialmente? É a esta pobreza, a esta fome e desejo de amor e de
justiça, a esta fome de felicidade, que Cristo veio dar resposta. E os jovens
foram os seus primeiros e principais entusiastas, basta recordar a entrada
triunfal de Jesus em Jerusalém.
Ao celebrarmos, neste Domingo, a Solenidade
litúrgica de Cristo Rei do Universo, recordamos tantos e tantos leigos e
consagrados que, tendo estabelecido amizade sincera e profunda com Cristo,
oferecem à Evangelização o contributo da sua ação e do seu próprio sofrimento,
membros de comunidades, associações e movimentos de ação apostólica, pais e
mães que se consagram à educação dos seus filhos na prática das virtudes
humanas e cristãs, tantos jovens que dão o melhor de si a anunciar Cristo jovem,
Rei e Senhor, para que todos encontrem o verdadeiro sentido para a vida, a
felicidade, a alegria de viver. É também neste dia de Cristo Rei do Universo
que os jovens portugueses vão receber das mãos do Santo Padre e dos jovens do
Panamá que acolheram a última Jornada Mundial, os símbolos que sempre
acompanham as Jornadas Mundiais da Juventude. A cerimónia será transmitida pela
RTP, diretamente da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Se a Nova Evangelização precisa de todos, não pode
dispensar os jovens nem eles querem ser dispensados nesta gesta de ir e
anunciar, querem e são protagonistas da Evangelização.
A Igreja, mesmo que não seja muito claro, há muito
iniciou a Nova Evangelização. Poderemos dizer que se iniciou com João XXIII que
abriu as portas e as janelas da Igreja em busca de ar mais fresco e saudável.
São Paulo VI foi um mártire persistente dessa renovação conciliar. João Paulo
I, com o seu sorriso inesquecível e de curto pontificado, deu-nos motivos de
esperança num mundo melhor e mais risonho. São João Paulo II batizou esse
movimento como Nova Evangelização e, sem se poupar a esforços, deu-lhe mais um
forte empurrão que Bento XVI e Francisco não deixaram de abraçar e continuar.
As viagens pastorais destes Papas por todos os continentes, as Jornadas
Mundiais da Juventude, os Encontros Mundiais da Família, os constantes Sínodos
dos Bispos sobre temas diversos e pastoral de continentes, os vários Congressos
Internacionais da Pastoral das Grandes Cidades, a proclamação e vivência de
vários anos santos, as imensas iniciativas na passagem do milénio, a formação e
responsabilização dos leigos, o surgimento de novas associações, grupos,
movimentos e comunidades de vida consagrada, o Pátio dos gentios, as
iniciativas ecuménicas e inter-religiosas, a reforma litúrgica, os encontros,
simpósios e congressos internacionais e nacionais, os Documentos do Magistério,
os esforços diocesanos nessa viragem, etc. etc. etc. Os próprios escândalos
dentro da Igreja, se a todos nos humilham e envergonham, foram e continuam a
ser motivo de paragem para aprender a escutar, a ver, avaliar, julgar e agir,
para purificação e renovação atenta, para tomar consciência de que não há
pessoas impecáveis e que todos caminhamos em pés de barro, para compreender
melhor que a Nova Evangelização começa a partir de dentro.
Alguém dirá que nada tem resultado, que nada é
palpável, que nada se vê. Embora muita coisa já tenha mudado, é possível que
sim, que não sintamos grande alteração e que desejaríamos que tudo acontecesse
mais rápido. No entanto, não podemos esquecer que se a tarefa de semear é
nossa, a dinâmica do seu germinar e crescer é semelhante à do grão de mostarda
que, sendo a mais pequenina das sementes, vai crescendo até se tornar em árvore
frondosa. A lógica de Deus não é a nossa lógica e só Ele sabe quando e como a
semente crescerá e dará fruto. No entanto, se o êxito é d’Ele e não nosso,
também é certo que a sementeira do Reino que nos compete fazer tem exigências,
exigências que se depreendem a partir de Cristo, missionário do Pai. Cristo foi
enviado pelo Pai, veio em nome do Pai, estava em comunhão com Pai, não falava
em seu nome mas em nome do Pai. O Espírito que o animava e nos enviou também
não falava nem fala de si mesmo mas do que ouviu. Assim também o verdadeiro
evangelizador, é um enviado de Jesus Cristo, não fala em seu próprio nome, vive
em Cristo, escuta e dialoga com Cristo, faz-se voz e pés de Cristo, e, pela
ação do Espírito, anuncia o que deve anunciar, com paciência e humildade, com
alegria e esperança, sabendo que Cristo está com ele, vai à sua frente e é
manso e humilde de coração.
Todos
os métodos, iniciativas e entusiasmos serão vazios se cada um ceder à tentação
de falar em seu nome pessoal e transmitir as suas ideias, se cada um pensar que
o êxito se deve a si próprio, se a cada um faltar a formação, a oração e se
esquecer que toda a vida de Jesus foi um caminho em direção à cruz. Se assim
for, tudo soará a oco. Faltará a conversão de quem a anuncia e o dom de viver
na comunhão com Jesus e com os outros, sem autojustificações, sem comparações,
sem toques de mundaneidade, sem pieguices ou caprichos, mas caminhando com
coerência de vida e alegria e criando comunidade de caminho já que uma
conversão meramente individual não faz sentido nem terá grande consistência.
Que a Jornada Mundial da Juventude de 2023, em
Portugal, comprometa cada vez mais os jovens nesta alegria de incendiar o mundo
com o amor de Cristo. Eles são a alegria e a paz em movimento! Deixemo-nos
contagiar por eles e caminhemos todos ao encontro de Jesus, o Caminho, a
Verdade e a Vida.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 20-11-2020.
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