terça-feira, 17 de novembro de 2020

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

 

 

 

Quarta-feira, 18 de novembro de 2020

 

 

Quarta da XXXIII semana do tempo comum

 

 

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LITURGIA:

 

QUARTA-FEIRA da semana XXXIII

Dedicação das Basílicas de S. Pedro e de S. Paulo,
Apóstolos – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Act 28, 11-16. 30-31 (própria); Sal 97, 1. 2-3ab. 3cd-4. 5-6
Ev Mt 14, 22-33 (próprio)

* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – B. Salomé de Cracóvia, virgem, da II Ordem – MF
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – B. Gabriela e Companheiras, virgens e mártires – MO

 

Missa

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Jer 29, 11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos de todos os lugares da terra.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Ap 4, 1-11
«Santo, Santo, Santo, Senhor Deus omnipotente,
Aquele que é, que era e que há-de vir!»


O Livro do Apocalipse é um livro de consolação, escrito já no tempo das primeiras perseguições romanas aos cristãos, para servir de apoio e de esperança em tempos tão duros e tão perigosos para a fé. É aqui, depois das sete cartas às Igrejas, que começa a série de visões, que vão ocupar todo o restante livro. Para começar, aparece-nos hoje a visão de Deus, aclamado no trono da sua glória. É uma visão que nos prepara para contemplarmos depois a intervenção de Deus na história dos homens, em favor dos seus fiéis.

Leitura do Livro do Apocalipse


Eu, João, vi uma porta aberta no Céu e a voz que antes ouvira falar-me como uma trombeta, dizia: «Sobe até aqui e eu te mostrarei o que vai acontecer depois disto». Imediatamente caí em êxtase e vi um trono colocado no Céu, sobre o qual Alguém estava sentado. Aquele que estava sentado tinha o aspecto resplandecente como a pedra de jaspe e cornalina e um arco-íris circundava o trono, com reflexos de esmeralda. À volta deste trono, havia vinte e quatro tronos, em que estavam sentados vinte e quatro anciãos, vestidos de branco e com coroas de ouro na cabeça. Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões e diante dele brilhavam sete lâmpadas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus. Diante do trono havia como que um mar transparente como o cristal. No meio do trono e ao seu redor, vi quatro Seres Vivos cheios de olhos à frente e atrás. O primeiro Ser Vivo era semelhante a um leão, o segundo a um novilho, o terceiro tinha o rosto como o de um homem e o quarto era semelhante a uma águia em pleno voo. Cada um dos quatro Seres Vivos tinha seis asas e estavam cheios de olhos a toda a volta e por dentro. E não cessavam de clamar dia e noite: «Santo, Santo, Santo, Senhor Deus omnipotente, Aquele que é, que era e que há de vir!». E sempre que os Seres Vivos dão glória, honra e acção de graças Àquele que está sentado no trono e que vive pelos séculos dos séculos, os vinte e quatro anciãos prostram-se diante d’Aquele que está sentado no trono, adoram Aquele que vive pelos séculos dos séculos e depõem as suas coroas diante do trono, dizendo: «Sois digno, Senhor, nosso Deus, de receber a honra, a glória e o poder, porque fizestes todas as coisas e pela vossa vontade existem e foram criadas».


Palavra do Senhor.



SALMO RESPONSORIAL Salmo 150, 1-2.3-4.5-6 (R. Ap 4, 8b)
Refrão: Santo, santo, santo, Senhor Deus do universo. Repete-se

Louvai o Senhor no seu santuário,
louvai-O no seu majestoso firmamento.
Louvai-O pela grandeza das suas obras,
louvai-O pela sua infinita majestade. Refrão

Louvai-O ao som da trombeta,
louvai-O ao som da lira e da cítara.
Louvai-O com o tímpano e com a dança,
louvai-O ao som da harpa e da flauta. Refrão

Louvai o Senhor,
louvai-O com címbalos sonoros.
Louvai-O com címbalos retumbantes.
Tudo quanto respira louve o Senhor. Refrão


ALELUIA cf. Jo 15, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se

Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça, diz o Senhor. Refrão


EVANGELHO Lc 19, 11-28
«Porque não entregaste ao banco o meu dinheiro?»


O tempo que medeia entre o regresso de Cristo para junto do Pai e a sua vinda no fim dos tempos é o tempo em que os seus discípulos hão de fazer frutificar os dons que o Senhor confia à sua Igreja e a cada um dos seus membros. É o tempo de acreditar, de trabalhar, de merecer, com perseverança e caridade. Além disso, esta parábola vem muito a propósito ao chegarmos ao termo do ciclo do tempo litúrgico anual. A perspetiva das contas que todos havemos de dar a Deus do uso que fizemos dos dons que Ele nos confiou não pode desaparecer da frente dos nossos olhos, não para nos aterrar, mas para nos orientar no caminho, sempre iluminado pela esperança e pelo desejo da vida eterna em Deus.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, disse Jesus uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o reino de Deus ia manifestar-se imediatamente. Então Jesus disse: «Um homem nobre foi para uma região distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. Antes, porém, chamou dez dos seus servos e entregou-lhes dez minas, dizendo: ‘Fazei-as render até que eu volte’. Ora os seus concidadãos detestavam-no e mandaram uma delegação atrás dele para dizer: ‘Não queremos que ele reine sobre nós’. Quando voltou, investido do poder real, mandou chamar à sua presença os servos a quem entregara o dinheiro, para saber o que cada um tinha lucrado. Apresentou-se o primeiro e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu dez minas’. Ele respondeu-lhe: ‘Muito bem, servo bom! Porque foste fiel no pouco, receberás o governo de dez cidades’. Veio o segundo e disse-lhe: ‘Senhor, a tua mina rendeu cinco minas’. A este respondeu igualmente: ‘Tu também, ficarás à frente de cinco cidades’. Depois veio o outro e disse-lhe: ‘Senhor, aqui está a tua mina, que eu guardei num lenço, pois tive medo de ti, que és homem severo: levantas o que não depositaste e colhes o que não semeaste’. Disse-lhe o senhor: ‘Servo mau, pela tua boca te julgo. Sabias que sou homem severo, que levanto o que não depositei e colho o que não semeei. Então, porque não entregaste ao banco o meu dinheiro? No meu regresso tê-lo-ia recuperado com juros’. Depois disse aos presentes: ‘Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez’. Eles responderam-lhe: ‘Senhor, ele já tem dez minas!’. O rei respondeu: ‘Eu vos digo: A todo aquele que tem se dará mais, mas àquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. Quanto a esses meus inimigos, que não me quiseram como rei, trazei-os aqui e degolai-os na minha presença’». Dito isto, Jesus seguiu, à frente do povo, para Jerusalém.


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.

Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

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MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 

     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Ap 4, 1-11: O Livro do Apocalipse é um livro de consolação, escrito já no tempo das primeiras perseguições romanas aos cristãos, para servir de apoio e de esperança em tempos tão duros e tão perigosos para a fé. É aqui, depois das sete cartas às Igrejas, que começa a série de visões, que vão ocupar todo o restante livro. Para começar, aparece-nos hoje a visão de Deus, aclamado no trono da sua glória. É uma visão que nos prepara para contemplarmos depois a intervenção de Deus na história dos homens, em favor dos seus fiéis.

 

Lc 19, 11-28: O tempo que medeia entre o regresso de Cristo para junto do Pai e a sua vinda no fim dos tempos é o tempo em que os seus discípulos hão de fazer frutificar os dons que o Senhor confia à sua Igreja e a cada um dos seus membros. É o tempo de acreditar, de trabalhar, de merecer, com perseverança e caridade. Além disso, esta parábola vem muito a propósito ao chegarmos ao termo do ciclo do tempo litúrgico anual. A perspetiva das contas que todos havemos de dar a Deus do uso que fizemos dos dons que Ele nos confiou não pode desaparecer da frente dos nossos olhos, não para nos aterrar, mas para nos orientar no caminho, sempre iluminado pela esperança e pelo desejo da vida eterna em Deus.

 

AGENDA DO DIA

 

17.00 horas: Missa em Gáfete

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa com a catequese em Tolosa

 

 

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A VOZ DO PASTOR:

 

 

CADA UM SABE ONDE LHE APERTA O SAPATO

 

Muito se fala e escreve sobre a pobreza. Há organismos, gabinetes de estudos, debates, discursos, propósitos e promessas, a médio e a longo prazo, raramente para o hoje e o agora. Fala-se da pobreza, epidêmica e endêmica. Se não for apenas para encher o ego, é muito importante que se fale nisso e disso, mas não seria justo passar o tempo a falar da pobreza e esquecer o pobre. Para ele, cada dia que passa é uma eternidade! Embora os números não batam certo, estima-se que, de fome, morrem vinte e quatro mil pessoas por dia, cerca de nove milhões por ano. E não existe consenso sobre como resolver o problema. Uns, investem dinheiro, tempo e outros recursos, pensando que sim, que assim tudo será resolvido. Outros, dizem que isso não é suficiente, que é necessário combater as desigualdades económicas e sociais entre os países e dentro de cada país. Todos têm razão, tudo é importante e preciso. No entanto, os pobres continuarão a ser esquecidos ou explorados se tudo isso não passar de meras narrativas ideológicas, de interesses daninhos escondidos atrás de falsa meritocracia, se as políticas estiverem ao serviço de quem detém a riqueza e o poder, e, sobretudo, se faltar a conversão do coração. Certo será que o grande objetivo de erradicar a pobreza até 2030, está cada vez mais longe... A pobreza real continuará a ser um enorme protesto contra a injustiça social. É “o reumatismo agudíssimo da humanidade”, diria Camilo em proveito da patologia. Sentindo-nos irmãos, a pobreza de que falamos é, de facto, uma vergonha para quem a provoca ou a não quer ver e ajudar a resolver.

 

Por estes dias, corria nas redes sociais a grande preocupação pelas mortes e pelo sofrimento que a covid-19 causa na vida da comunidade humana, e bem, as suas consequências são enormes. Para acabar com esse sofrimento, a comunidade científica e todos os países do mundo, deram as mãos, estão a fazer convergir todos os esforços para que, em menos de um ano, surja a tão esperada vacina. O vírus é novo, quase desconhecido, não tem fronteiras, já bate à porta do vizinho e à nossa. No entanto, se é uma tragédia, está prestes a ser resolvida, oxalá que sim, todos o pretendemos. Ao contrário, desde há muito que conhecemos o vírus que mata e faz sofrer milhões e milhões de pessoas. O vírus é universalmente conhecido: é a fome! A comunidade científica e todos os países conhecem a vacina eficaz: o alimento!... Esta vacina, segundo debates e estudos de vária ordem, não está esgotada nem fora de prazo. Esbarra, isso sim, com a crescente indiferença e o egoísmo de muita gente na rede da sua distribuição. Sabemos que nem tudo é fácil, mas os detentores e os responsáveis de a distribuir vivem de repentes, tantas vezes egocêntricos! Como não lhes toca, não dão as mãos para pôr cobro a tanta mortandade, que morram!...

 

Apesar de as Nações Unidas terem proclamado o dia 17 de outubro como o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e seja de reconhecer que os níveis de pobreza tenham vindo a decrescer nas últimas décadas, o Papa Francisco, ao terminar o Jubileu da Misericórdia, quis oferecer à Igreja o Dia Mundial dos Pobres, sempre no penúltimo Domingo do fim do ano litúrgico. São dois dias complementares, não concorrentes nem ao despique. O dia instituído pelas Nações Unidas pretende sensibilizar para a necessidade de políticas públicas e universais que visem a erradicação das injustiças e das desigualdades sociais geradoras de pobreza e miséria. O Dia Mundial dos Pobres, sem deixar de alertar para o mesmo, foi sobretudo instituído “para que as comunidades cristãs se tornem, em todo o mundo, cada vez mais e melhor sinal concreto da caridade de Cristo pelos últimos e os mais carenciados”, reagindo “à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro”. Mas tudo isso sem deixar de dirigir o convite “a todos, independentemente da sua pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”.

 

Como afirma o Papa Francisco na sua Mensagem para este quarto dia Mundial dos Pobres, e à qual deu o título de «Estende a tua mão ao pobre» (Sir 7, 32), é verdade que “a Igreja não tem soluções globais a propor, mas oferece, com a graça de Cristo, o seu testemunho e gestos de partilha”. Lembra a todos o grande valor do bem comum e o direito de todos a viver com dignidade. E o facto de se “reconhecer que, no mundo imenso da pobreza, a nossa própria intervenção é limitada, frágil e insuficiente, leva a estender as mãos aos outros, para que a mútua colaboração possa alcançar o objetivo de maneira mais eficaz. Somos movidos pela fé e pelo imperativo da caridade, mas sabemos reconhecer outras formas de ajuda e solidariedade”, dialogando com humildade, colaborando sem protagonismos.

 

«Estende a tua mão ao pobre»! Francisco afirma que, “estender a mão é um sinal: um sinal que apela imediatamente à proximidade, à solidariedade, ao amor”. E, dizendo porquê, ele recorda tantas formas de pobreza e tantas mãos que, nestes tempos difíceis de pandemia, desafiam o “contágio e o medo, a fim de dar apoio e consolação”. Mas também denuncia “a atitude de quantos conservam as mãos nos bolsos e não se deixam comover pela pobreza, da qual frequentemente são cúmplices”.

 

A Igreja, por um lado, valoriza a pobreza como opção de vida, ao jeito das bem-aventuranças ou da radicalidade evangélica, numa justa liberdade face aos bens materiais e traduzida em atitudes de vida. Por outro lado, recusa a miséria ou a pobreza imposta, que se pode traduzir na negação dos direitos fundamentais das pessoas, da sua participação na construção da sociedade, na recusa da igualdade de oportunidades ou da parte dos bens criados ou produzidos a que têm direito. É aqui que a Igreja, na fidelidade ao Espírito e à sua história de mais de dois mil anos, também se associa para fazer ecoar o grito dos que não têm voz.

Perante este cenário da pobreza, cada um sabe bem onde lhe aperta o sapato. Se também a sofre na pele ou se está do lado do desperdício, do esbanjamento e da indiferença, pensando apenas em si. Se está do lado de quantos sofrem a pobreza e dá as mãos para que as situações se resolvam ou vive de mãos nos bolsos e a dizer que hoje não há pobres. Se é um forreta com graves sintomas de avarento e mão estendida apenas para receber ou sabe poupar e estender a mão para partilhar com o pobre e dar-se a si próprio.

 

Mesmo que não tenhamos voz nos grandes palcos das decisões mundiais, muito podemos fazer nas nossas próprias comunidades, desde que atentos e organizados, agindo, com amor e respeito, junto de crentes e não crentes, ajudando as pessoas a libertarem-se desse jugo e a investir na sua promoção cultural com o seu trabalho e o seu mérito.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 13-11-2020.

 

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Nota da Conferência Episcopal Portuguesa

 

CELEBRAR E VIVER A FÉ EM TEMPO DE PANDEMIA

 

1.Os Bispos de Portugal vivem na fé e na confiança a presente situação de pandemia, fazendo suas as dificuldades e sofrimentos dos concidadãos. Em particular, veem preocupados o alastrar da Covid-19, com riscos agravados para a vida e saúde de tantos irmãos e irmãs. Dada a gravidade da situação, apelamos a todos para que adotem comportamentos responsáveis nos mais diversos setores da sua vida e atividade e respeitem as determinações das autoridades constituídas, com o objetivo de travar e controlar a vaga de contágios. Em particular, este comportamento responsável deve ser vivido após as celebrações litúrgicas mais festivas (Batizados, Comunhões, Crismas e Casamentos), evitando sempre as concentrações fora das igrejas e nas próprias casas.

2. Recordamos que, segundo a lei litúrgica, a celebração do Domingo começa com as primeiras vésperas. A lei canónica alargou o tempo útil para a participação na Missa de preceito para a tarde precedente. Trata-se de uma lei geral da Igreja que só pode ser alterada pela Sé Apostólica. A impossibilidade de cumprir o preceito dominical não dispensa ninguém – nem mesmo quem não pode ou não deve sair de casa por motivos alheios à sua vontade – de cumprir o mandamento divino de santificar o dia do Senhor. Isso pode fazer-se de múltiplas formas, vivendo na alegria espiritual o dia da ressurreição do Senhor Jesus: participar na Eucaristia no sábado ou noutro dia da semana; realizar com amor os serviços da convivência familiar, sem descurar o conveniente repouso do corpo e do espírito; dedicar um tempo razoável à oração pessoal e, se possível, em família, com a leitura da Sagrada Escritura e outros exercícios de piedade; unir-se espiritualmente, se possível, a alguma celebração eucarística transmitida pela rádio, televisão ou internet; estabelecer contacto, pelos meios disponíveis, com familiares, amigos e conhecidos, privilegiando os que mais sofrem a doença ou a solidão; estar solidariamente atentos às necessidades e alegrias dos vizinhos.

3. Caso não seja possível a realização da catequese presencial, pedimos aos catequistas para se manterem em contacto com os catequizandos e suas famílias e que, grupo por grupo, vão avaliando as possibilidades de lhes proporcionarem este serviço: por meios digitais e outros, direcionados preferentemente aos pais, no caso da catequese da infância, para que sejam estes, como primeiros catequistas, a transmitirem aos seus filhos a mensagem cristã. Em todo o caso, responsabilizem-se os pais pelo acompanhamento dos filhos durante eventuais sessões de catequese à distância para os ajudarem a concentrar-se nas mesmas e para esclarecer as incompreensões e dúvidas que os filhos possam ter; sem este envolvimento da família, a catequese por meios digitais será uma ilusão.

4. Damos graças a Deus pelo trabalho dedicado e criativo dos sacerdotes, diáconos e agentes pastorais, ao serviço das comunidades, Instituições Particulares de Solidariedade Social e capelanias, para viver, partilhar e encorajar a fé que produz esperança e confiança na presença de Deus que nos ajuda a superar as dificuldades presentes e a ir ao encontro de quem mais precisa.

5. Confiamos todos vós, as vossas famílias e as vossas comunidades ao amparo de Santa Maria, Senhora do Rosário de Fátima e Mãe da Igreja, pedindo, por sua intercessão, que o Senhor nos confirme na fé e na caridade, nos ajude a superar esta crise e a colaborar na construção de um mundo mais solidário e fraterno.

 

 Fátima, 13 de novembro de 2020

 

 

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