PARÓQUIAS DE NISA
Quarta-feira, 18 de novembro de 2020
Quarta da XXXIII
semana do tempo comum
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LITURGIA:
QUARTA-FEIRA
da semana XXXIII
Dedicação
das Basílicas de S. Pedro e de S. Paulo,
Apóstolos – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Act 28, 11-16. 30-31 (própria); Sal 97, 1. 2-3ab. 3cd-4. 5-6
Ev Mt 14, 22-33 (próprio)
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – B. Salomé de Cracóvia, virgem, da II Ordem
– MF
* Na Ordem da Visitação de Santa Maria – B. Gabriela e Companheiras, virgens e
mártires – MO
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Jer 29,
11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos de todos os lugares da terra.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Ap 4, 1-11
«Santo, Santo, Santo, Senhor Deus omnipotente,
Aquele que é, que era e que há-de vir!»
O Livro do Apocalipse é um livro de consolação, escrito já no tempo das
primeiras perseguições romanas aos cristãos, para servir de apoio e de
esperança em tempos tão duros e tão perigosos para a fé. É aqui, depois das
sete cartas às Igrejas, que começa a série de visões, que vão ocupar todo o
restante livro. Para começar, aparece-nos hoje a visão de Deus, aclamado no
trono da sua glória. É uma visão que nos prepara para contemplarmos depois a
intervenção de Deus na história dos homens, em favor dos seus fiéis.
Leitura do Livro
do Apocalipse
Eu, João, vi uma porta aberta no Céu e a voz que antes ouvira falar-me como uma
trombeta, dizia: «Sobe até aqui e eu te mostrarei o que vai acontecer depois
disto». Imediatamente caí em êxtase e vi um trono colocado no Céu, sobre o qual
Alguém estava sentado. Aquele que estava sentado tinha o aspecto resplandecente
como a pedra de jaspe e cornalina e um arco-íris circundava o trono, com
reflexos de esmeralda. À volta deste trono, havia vinte e quatro tronos, em que
estavam sentados vinte e quatro anciãos, vestidos de branco e com coroas de
ouro na cabeça. Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões e diante dele
brilhavam sete lâmpadas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus. Diante do
trono havia como que um mar transparente como o cristal. No meio do trono e ao
seu redor, vi quatro Seres Vivos cheios de olhos à frente e atrás. O primeiro
Ser Vivo era semelhante a um leão, o segundo a um novilho, o terceiro tinha o
rosto como o de um homem e o quarto era semelhante a uma águia em pleno voo.
Cada um dos quatro Seres Vivos tinha seis asas e estavam cheios de olhos a toda
a volta e por dentro. E não cessavam de clamar dia e noite: «Santo, Santo,
Santo, Senhor Deus omnipotente, Aquele que é, que era e que há de vir!». E
sempre que os Seres Vivos dão glória, honra e acção de graças Àquele que está
sentado no trono e que vive pelos séculos dos séculos, os vinte e quatro
anciãos prostram-se diante d’Aquele que está sentado no trono, adoram Aquele
que vive pelos séculos dos séculos e depõem as suas coroas diante do trono,
dizendo: «Sois digno, Senhor, nosso Deus, de receber a honra, a glória e o
poder, porque fizestes todas as coisas e pela vossa vontade existem e foram
criadas».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 150, 1-2.3-4.5-6 (R. Ap 4, 8b)
Refrão: Santo, santo, santo, Senhor Deus do universo. Repete-se
Louvai o Senhor no seu santuário,
louvai-O no seu majestoso firmamento.
Louvai-O pela grandeza das suas obras,
louvai-O pela sua infinita majestade. Refrão
Louvai-O ao som da trombeta,
louvai-O ao som da lira e da cítara.
Louvai-O com o tímpano e com a dança,
louvai-O ao som da harpa e da flauta. Refrão
Louvai o Senhor,
louvai-O com címbalos sonoros.
Louvai-O com címbalos retumbantes.
Tudo quanto respira louve o Senhor. Refrão
ALELUIA cf. Jo 15, 16
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu vos escolhi do mundo, para que vades e deis fruto
e o vosso fruto permaneça, diz o Senhor. Refrão
EVANGELHO Lc 19, 11-28
«Porque não entregaste ao banco o meu dinheiro?»
O tempo que medeia entre o regresso de Cristo para junto do Pai e a sua vinda
no fim dos tempos é o tempo em que os seus discípulos hão de fazer frutificar
os dons que o Senhor confia à sua Igreja e a cada um dos seus membros. É o
tempo de acreditar, de trabalhar, de merecer, com perseverança e caridade. Além
disso, esta parábola vem muito a propósito ao chegarmos ao termo do ciclo do tempo
litúrgico anual. A perspetiva das contas que todos havemos de dar a Deus do uso
que fizemos dos dons que Ele nos confiou não pode desaparecer da frente dos
nossos olhos, não para nos aterrar, mas para nos orientar no caminho, sempre
iluminado pela esperança e pelo desejo da vida eterna em Deus.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e
eles pensavam que o reino de Deus ia manifestar-se imediatamente. Então Jesus
disse: «Um homem nobre foi para uma região distante, a fim de ser coroado rei e
depois voltar. Antes, porém, chamou dez dos seus servos e entregou-lhes dez
minas, dizendo: ‘Fazei-as render até que eu volte’. Ora os seus concidadãos
detestavam-no e mandaram uma delegação atrás dele para dizer: ‘Não queremos que
ele reine sobre nós’. Quando voltou, investido do poder real, mandou chamar à
sua presença os servos a quem entregara o dinheiro, para saber o que cada um
tinha lucrado. Apresentou-se o primeiro e disse: ‘Senhor, a tua mina rendeu dez
minas’. Ele respondeu-lhe: ‘Muito bem, servo bom! Porque foste fiel no pouco,
receberás o governo de dez cidades’. Veio o segundo e disse-lhe: ‘Senhor, a tua
mina rendeu cinco minas’. A este respondeu igualmente: ‘Tu também, ficarás à
frente de cinco cidades’. Depois veio o outro e disse-lhe: ‘Senhor, aqui está a
tua mina, que eu guardei num lenço, pois tive medo de ti, que és homem severo:
levantas o que não depositaste e colhes o que não semeaste’. Disse-lhe o
senhor: ‘Servo mau, pela tua boca te julgo. Sabias que sou homem severo, que
levanto o que não depositei e colho o que não semeei. Então, porque não
entregaste ao banco o meu dinheiro? No meu regresso tê-lo-ia recuperado com
juros’. Depois disse aos presentes: ‘Tirai-lhe a mina e dai-a ao que tem dez’.
Eles responderam-lhe: ‘Senhor, ele já tem dez minas!’. O rei respondeu: ‘Eu vos
digo: A todo aquele que tem se dará mais, mas àquele que não tem, até o que tem
lhe será tirado. Quanto a esses meus inimigos, que não me quiseram como rei,
trazei-os aqui e degolai-os na minha presença’». Dito isto, Jesus seguiu, à
frente do povo, para Jerusalém.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.
Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: Lê,
respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra
de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o
Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou
através da Sua Palavra.
LEITURAS:
Ap 4, 1-11: O
Livro do Apocalipse é um livro de consolação, escrito já no tempo das primeiras
perseguições romanas aos cristãos, para servir de apoio e de esperança em
tempos tão duros e tão perigosos para a fé. É aqui, depois das sete cartas às
Igrejas, que começa a série de visões, que vão ocupar todo o restante livro.
Para começar, aparece-nos hoje a visão de Deus, aclamado no trono da sua
glória. É uma visão que nos prepara para contemplarmos depois a intervenção de
Deus na história dos homens, em favor dos seus fiéis.
Lc 19, 11-28: O
tempo que medeia entre o regresso de Cristo para junto do Pai e a sua vinda no
fim dos tempos é o tempo em que os seus discípulos hão de fazer frutificar os
dons que o Senhor confia à sua Igreja e a cada um dos seus membros. É o tempo
de acreditar, de trabalhar, de merecer, com perseverança e caridade. Além disso,
esta parábola vem muito a propósito ao chegarmos ao termo do ciclo do tempo
litúrgico anual. A perspetiva das contas que todos havemos de dar a Deus do uso
que fizemos dos dons que Ele nos confiou não pode desaparecer da frente dos
nossos olhos, não para nos aterrar, mas para nos orientar no caminho, sempre
iluminado pela esperança e pelo desejo da vida eterna em Deus.
AGENDA
DO DIA
17.00 horas: Missa em
Gáfete
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa com
a catequese em Tolosa
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A
VOZ DO PASTOR:
CADA
UM SABE ONDE LHE APERTA O SAPATO
Muito se fala e escreve sobre a pobreza. Há
organismos, gabinetes de estudos, debates, discursos, propósitos e promessas, a
médio e a longo prazo, raramente para o hoje e o agora. Fala-se da pobreza,
epidêmica e endêmica. Se não for apenas para encher o ego, é muito importante
que se fale nisso e disso, mas não seria justo passar o tempo a falar da
pobreza e esquecer o pobre. Para ele, cada dia que passa é uma eternidade!
Embora os números não batam certo, estima-se que, de fome, morrem vinte e
quatro mil pessoas por dia, cerca de nove milhões por ano. E não existe
consenso sobre como resolver o problema. Uns, investem dinheiro, tempo e outros
recursos, pensando que sim, que assim tudo será resolvido. Outros, dizem que
isso não é suficiente, que é necessário combater as desigualdades económicas e
sociais entre os países e dentro de cada país. Todos têm razão, tudo é
importante e preciso. No entanto, os pobres continuarão a ser esquecidos ou
explorados se tudo isso não passar de meras narrativas ideológicas, de
interesses daninhos escondidos atrás de falsa meritocracia, se as políticas
estiverem ao serviço de quem detém a riqueza e o poder, e, sobretudo, se faltar
a conversão do coração. Certo será que o grande objetivo de erradicar a pobreza
até 2030, está cada vez mais longe... A pobreza real continuará a ser um enorme
protesto contra a injustiça social. É “o reumatismo agudíssimo da humanidade”,
diria Camilo em proveito da patologia. Sentindo-nos irmãos, a pobreza de que
falamos é, de facto, uma vergonha para quem a provoca ou a não quer ver e
ajudar a resolver.
Por estes dias, corria nas redes sociais a grande
preocupação pelas mortes e pelo sofrimento que a covid-19 causa na vida da
comunidade humana, e bem, as suas consequências são enormes. Para acabar com
esse sofrimento, a comunidade científica e todos os países do mundo, deram as
mãos, estão a fazer convergir todos os esforços para que, em menos de um ano,
surja a tão esperada vacina. O vírus é novo, quase desconhecido, não tem
fronteiras, já bate à porta do vizinho e à nossa. No entanto, se é uma
tragédia, está prestes a ser resolvida, oxalá que sim, todos o pretendemos. Ao
contrário, desde há muito que conhecemos o vírus que mata e faz sofrer milhões
e milhões de pessoas. O vírus é universalmente conhecido: é a fome! A
comunidade científica e todos os países conhecem a vacina eficaz: o
alimento!... Esta vacina, segundo debates e estudos de vária ordem, não está
esgotada nem fora de prazo. Esbarra, isso sim, com a crescente indiferença e o
egoísmo de muita gente na rede da sua distribuição. Sabemos que nem tudo é
fácil, mas os detentores e os responsáveis de a distribuir vivem de repentes,
tantas vezes egocêntricos! Como não lhes toca, não dão as mãos para pôr cobro a
tanta mortandade, que morram!...
Apesar de as Nações Unidas terem proclamado o dia 17
de outubro como o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e seja de
reconhecer que os níveis de pobreza tenham vindo a decrescer nas últimas
décadas, o Papa Francisco, ao terminar o Jubileu da Misericórdia, quis oferecer
à Igreja o Dia Mundial dos Pobres, sempre no penúltimo Domingo do fim do ano
litúrgico. São dois dias complementares, não concorrentes nem ao despique. O
dia instituído pelas Nações Unidas pretende sensibilizar para a necessidade de
políticas públicas e universais que visem a erradicação das injustiças e das
desigualdades sociais geradoras de pobreza e miséria. O Dia Mundial dos Pobres,
sem deixar de alertar para o mesmo, foi sobretudo instituído “para que as
comunidades cristãs se tornem, em todo o mundo, cada vez mais e melhor sinal
concreto da caridade de Cristo pelos últimos e os mais carenciados”, reagindo
“à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro”. Mas
tudo isso sem deixar de dirigir o convite “a todos, independentemente da sua
pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as
formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”.
Como afirma o Papa Francisco na sua Mensagem para
este quarto dia Mundial dos Pobres, e à qual deu o título de «Estende a tua mão
ao pobre» (Sir 7, 32), é verdade que “a Igreja não tem soluções globais a propor,
mas oferece, com a graça de Cristo, o seu testemunho e gestos de partilha”.
Lembra a todos o grande valor do bem comum e o direito de todos a viver com
dignidade. E o facto de se “reconhecer que, no mundo imenso da pobreza, a nossa
própria intervenção é limitada, frágil e insuficiente, leva a estender as mãos
aos outros, para que a mútua colaboração possa alcançar o objetivo de maneira
mais eficaz. Somos movidos pela fé e pelo imperativo da caridade, mas sabemos
reconhecer outras formas de ajuda e solidariedade”, dialogando com humildade,
colaborando sem protagonismos.
«Estende a tua mão ao pobre»! Francisco afirma que,
“estender a mão é um sinal: um sinal que apela imediatamente à proximidade, à
solidariedade, ao amor”. E, dizendo porquê, ele recorda tantas formas de
pobreza e tantas mãos que, nestes tempos difíceis de pandemia, desafiam o
“contágio e o medo, a fim de dar apoio e consolação”. Mas também denuncia “a
atitude de quantos conservam as mãos nos bolsos e não se deixam comover pela
pobreza, da qual frequentemente são cúmplices”.
A Igreja, por um lado, valoriza a pobreza como opção
de vida, ao jeito das bem-aventuranças ou da radicalidade evangélica, numa
justa liberdade face aos bens materiais e traduzida em atitudes de vida. Por
outro lado, recusa a miséria ou a pobreza imposta, que se pode traduzir na
negação dos direitos fundamentais das pessoas, da sua participação na
construção da sociedade, na recusa da igualdade de oportunidades ou da parte
dos bens criados ou produzidos a que têm direito. É aqui que a Igreja, na
fidelidade ao Espírito e à sua história de mais de dois mil anos, também se
associa para fazer ecoar o grito dos que não têm voz.
Perante este cenário da pobreza, cada um sabe bem
onde lhe aperta o sapato. Se também a sofre na pele ou se está do lado do
desperdício, do esbanjamento e da indiferença, pensando apenas em si. Se está
do lado de quantos sofrem a pobreza e dá as mãos para que as situações se
resolvam ou vive de mãos nos bolsos e a dizer que hoje não há pobres. Se é um forreta
com graves sintomas de avarento e mão estendida apenas para receber ou sabe
poupar e estender a mão para partilhar com o pobre e dar-se a si próprio.
Mesmo
que não tenhamos voz nos grandes palcos das decisões mundiais, muito podemos
fazer nas nossas próprias comunidades, desde que atentos e organizados, agindo,
com amor e respeito, junto de crentes e não crentes, ajudando as pessoas a
libertarem-se desse jugo e a investir na sua promoção cultural com o seu
trabalho e o seu mérito.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-11-2020.
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Nota da Conferência Episcopal Portuguesa
CELEBRAR
E VIVER A FÉ EM TEMPO DE PANDEMIA
1.Os Bispos de Portugal vivem na fé e na confiança a
presente situação de pandemia, fazendo suas as dificuldades e sofrimentos dos
concidadãos. Em particular, veem preocupados o alastrar da Covid-19, com riscos
agravados para a vida e saúde de tantos irmãos e irmãs. Dada a gravidade da
situação, apelamos a todos para que adotem comportamentos responsáveis nos mais
diversos setores da sua vida e atividade e respeitem as determinações das
autoridades constituídas, com o objetivo de travar e controlar a vaga de
contágios. Em particular, este comportamento responsável deve ser vivido após
as celebrações litúrgicas mais festivas (Batizados, Comunhões, Crismas e
Casamentos), evitando sempre as concentrações fora das igrejas e nas próprias
casas.
2. Recordamos que, segundo a lei litúrgica, a
celebração do Domingo começa com as primeiras vésperas. A lei canónica alargou
o tempo útil para a participação na Missa de preceito para a tarde precedente.
Trata-se de uma lei geral da Igreja que só pode ser alterada pela Sé
Apostólica. A impossibilidade de cumprir o preceito dominical não dispensa
ninguém – nem mesmo quem não pode ou não deve sair de casa por motivos alheios
à sua vontade – de cumprir o mandamento divino de santificar o dia do Senhor.
Isso pode fazer-se de múltiplas formas, vivendo na alegria espiritual o dia da
ressurreição do Senhor Jesus: participar na Eucaristia no sábado ou noutro dia
da semana; realizar com amor os serviços da convivência familiar, sem descurar
o conveniente repouso do corpo e do espírito; dedicar um tempo razoável à
oração pessoal e, se possível, em família, com a leitura da Sagrada Escritura e
outros exercícios de piedade; unir-se espiritualmente, se possível, a alguma
celebração eucarística transmitida pela rádio, televisão ou internet;
estabelecer contacto, pelos meios disponíveis, com familiares, amigos e
conhecidos, privilegiando os que mais sofrem a doença ou a solidão; estar
solidariamente atentos às necessidades e alegrias dos vizinhos.
3. Caso não seja possível a realização da catequese
presencial, pedimos aos catequistas para se manterem em contacto com os
catequizandos e suas famílias e que, grupo por grupo, vão avaliando as
possibilidades de lhes proporcionarem este serviço: por meios digitais e
outros, direcionados preferentemente aos pais, no caso da catequese da
infância, para que sejam estes, como primeiros catequistas, a transmitirem aos
seus filhos a mensagem cristã. Em todo o caso, responsabilizem-se os pais pelo
acompanhamento dos filhos durante eventuais sessões de catequese à distância
para os ajudarem a concentrar-se nas mesmas e para esclarecer as incompreensões
e dúvidas que os filhos possam ter; sem este envolvimento da família, a
catequese por meios digitais será uma ilusão.
4. Damos graças a Deus pelo trabalho dedicado e
criativo dos sacerdotes, diáconos e agentes pastorais, ao serviço das
comunidades, Instituições Particulares de Solidariedade Social e capelanias,
para viver, partilhar e encorajar a fé que produz esperança e confiança na
presença de Deus que nos ajuda a superar as dificuldades presentes e a ir ao encontro
de quem mais precisa.
5. Confiamos todos vós, as vossas famílias e as
vossas comunidades ao amparo de Santa Maria, Senhora do Rosário de Fátima e Mãe
da Igreja, pedindo, por sua intercessão, que o Senhor nos confirme na fé e na
caridade, nos ajude a superar esta crise e a colaborar na construção de um
mundo mais solidário e fraterno.
Fátima, 13 de novembro de 2020
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