PARÓQUIAS DE NISA
Sexta-feira, 20 de novembro de 2020
Sexta da XXXIII
semana do tempo comum
*****************
LITURGIA:
SEXTA-FEIRA
da semana XXXIII
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Ap 10, 8-11; Sal 118 (119), 14 e 24. 72 e 103. 111 e 131
Ev Lc 19, 45-48
* Na Diocese do Funchal – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Nuno Brás da
Silva Martins (2011).
* Na Diocese de Lamego – Aniversário da dedicação da Igreja Catedral. Na Sé –
SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – I Vésp. da Virgem Santa Maria.
* Na Congregação da Apresentação de Maria – I Vésp. da Apresentação de Nossa
Senhora.
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Jer 29,
11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos de todos os lugares da terra.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Ap 10, 8-11
«Tomei o pequeno livro e comi-o»
Leitura do Livro
do Apocalipse
A voz do Céu, que eu, João, tinha ouvido, falou-me novamente, dizendo: «Vai
buscar o livro aberto da mão do Anjo que está de pé sobre o mar e sobre a
terra». Fui ter com o Anjo e pedi-lhe que me desse o pequeno livro. Ele
disse-me: «Toma-o e come-o: no estômago, ele será amargo, mas na boca, ele será
doce como o mel». Tomei o pequeno livro da mão do Anjo e comi-o: na minha boca
era doce como o mel; mas depois de o engolir, amargou-me no estômago. Então
disseram-me: «Tens de profetizar novamente contra muitos povos, nações, línguas
e reis».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 14 e 24.72 e 103.111 e 131 (R.
103a)
Refrão: As vossas palavras, Senhor,
são mais doces que o mel. Repete-se
Sinto mais alegria em seguir as vossas ordens
do que em todas as riquezas.
As vossas ordens são as minhas delícias
e os vossos decretos meus conselheiros. Refrão
Para mim vale mais a lei da vossa boca
do que milhões em prata e ouro.
Como são doces ao meu paladar as vossas palavras,
mais que o mel para a minha boca. Refrão
As vossas ordens são a minha herança eterna,
são elas que dão alegria ao meu coração.
Eu abro a minha boca e aspiro,
porque estou ávido dos vossos mandamentos. Refrão
ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia. Repete-se
As minhas ovelhas escutam a minha voz,
diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Refrão
EVANGELHO Lc 19, 45-48
«Fizestes da casa do Senhor um covil de ladrões»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os vendedores,
dizendo-lhes: «Está escrito: ‘A minha casa é casa de oração’; e vós fizestes
dela ‘um covil de ladrões’». Jesus ensinava todos os dias no templo. Os
príncipes dos sacerdotes, os escribas e os chefes do povo procuravam dar Lhe a
morte, mas não encontravam o modo de o fazer, porque todo o povo ficava
maravilhado quando O ouvia.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.
Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
. ***********
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: Lê,
respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra
de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o
Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou
através da Sua Palavra.
LEITURAS:
Ap 10, 8-11: Passando
por cima de vários capítulos, lemos hoje como ao vidente é entregue o livro da
mensagem divina, para que ele a vá anunciar. Mas primeiro, ele tem de assimilar
essa mensagem, para depois a poder proclamar, tal como já linha sucedido com o
profeta Ezequiel, no Antigo Testamento (Ez 3, 1-3). Só a palavra de Deus, que é
mais doce do que o mel, pode inspirar aos homens as palavras com que ela mesma
há de ser por eles anunciada.
Lc 19, 45-48 : Como
já o manifestara aos doze anos, Jesus está possuído pelo amor da Casa de Deus.
O templo era o lugar da oração a Deus, mas os seus contemporâneos esvaziavam-no
desse objetivo, transformando-o em casa de comércio, embora a pretexto de
serviço do mesmo templo. Até as coisas santas podem chegar a não servir para
fins santos. O templo completamente puro e agora, mais do que nunca, morada de
Deus, será a humanidade santíssima de Jesus ressuscitado.
AGENDA
DO DIA
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão.
************
A
VOZ DO PASTOR:
CADA
UM SABE ONDE LHE APERTA O SAPATO
Muito se fala e escreve sobre a pobreza. Há
organismos, gabinetes de estudos, debates, discursos, propósitos e promessas, a
médio e a longo prazo, raramente para o hoje e o agora. Fala-se da pobreza,
epidêmica e endêmica. Se não for apenas para encher o ego, é muito importante
que se fale nisso e disso, mas não seria justo passar o tempo a falar da pobreza
e esquecer o pobre. Para ele, cada dia que passa é uma eternidade! Embora os
números não batam certo, estima-se que, de fome, morrem vinte e quatro mil
pessoas por dia, cerca de nove milhões por ano. E não existe consenso sobre
como resolver o problema. Uns, investem dinheiro, tempo e outros recursos,
pensando que sim, que assim tudo será resolvido. Outros, dizem que isso não é
suficiente, que é necessário combater as desigualdades económicas e sociais
entre os países e dentro de cada país. Todos têm razão, tudo é importante e
preciso. No entanto, os pobres continuarão a ser esquecidos ou explorados se
tudo isso não passar de meras narrativas ideológicas, de interesses daninhos
escondidos atrás de falsa meritocracia, se as políticas estiverem ao serviço de
quem detém a riqueza e o poder, e, sobretudo, se faltar a conversão do coração.
Certo será que o grande objetivo de erradicar a pobreza até 2030, está cada vez
mais longe... A pobreza real continuará a ser um enorme protesto contra a
injustiça social. É “o reumatismo agudíssimo da humanidade”, diria Camilo em
proveito da patologia. Sentindo-nos irmãos, a pobreza de que falamos é, de
facto, uma vergonha para quem a provoca ou a não quer ver e ajudar a resolver.
Por estes dias, corria nas redes sociais a grande
preocupação pelas mortes e pelo sofrimento que a covid-19 causa na vida da
comunidade humana, e bem, as suas consequências são enormes. Para acabar com
esse sofrimento, a comunidade científica e todos os países do mundo, deram as
mãos, estão a fazer convergir todos os esforços para que, em menos de um ano,
surja a tão esperada vacina. O vírus é novo, quase desconhecido, não tem
fronteiras, já bate à porta do vizinho e à nossa. No entanto, se é uma
tragédia, está prestes a ser resolvida, oxalá que sim, todos o pretendemos. Ao
contrário, desde há muito que conhecemos o vírus que mata e faz sofrer milhões
e milhões de pessoas. O vírus é universalmente conhecido: é a fome! A
comunidade científica e todos os países conhecem a vacina eficaz: o alimento!...
Esta vacina, segundo debates e estudos de vária ordem, não está esgotada nem
fora de prazo. Esbarra, isso sim, com a crescente indiferença e o egoísmo de
muita gente na rede da sua distribuição. Sabemos que nem tudo é fácil, mas os
detentores e os responsáveis de a distribuir vivem de repentes, tantas vezes
egocêntricos! Como não lhes toca, não dão as mãos para pôr cobro a tanta
mortandade, que morram!...
Apesar de as Nações Unidas terem proclamado o dia 17
de outubro como o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e seja de
reconhecer que os níveis de pobreza tenham vindo a decrescer nas últimas
décadas, o Papa Francisco, ao terminar o Jubileu da Misericórdia, quis oferecer
à Igreja o Dia Mundial dos Pobres, sempre no penúltimo Domingo do fim do ano
litúrgico. São dois dias complementares, não concorrentes nem ao despique. O
dia instituído pelas Nações Unidas pretende sensibilizar para a necessidade de
políticas públicas e universais que visem a erradicação das injustiças e das
desigualdades sociais geradoras de pobreza e miséria. O Dia Mundial dos Pobres,
sem deixar de alertar para o mesmo, foi sobretudo instituído “para que as
comunidades cristãs se tornem, em todo o mundo, cada vez mais e melhor sinal
concreto da caridade de Cristo pelos últimos e os mais carenciados”, reagindo
“à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro”. Mas
tudo isso sem deixar de dirigir o convite “a todos, independentemente da sua
pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as
formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”.
Como afirma o Papa Francisco na sua Mensagem para
este quarto dia Mundial dos Pobres, e à qual deu o título de «Estende a tua mão
ao pobre» (Sir 7, 32), é verdade que “a Igreja não tem soluções globais a
propor, mas oferece, com a graça de Cristo, o seu testemunho e gestos de
partilha”. Lembra a todos o grande valor do bem comum e o direito de todos a
viver com dignidade. E o facto de se “reconhecer que, no mundo imenso da
pobreza, a nossa própria intervenção é limitada, frágil e insuficiente, leva a
estender as mãos aos outros, para que a mútua colaboração possa alcançar o
objetivo de maneira mais eficaz. Somos movidos pela fé e pelo imperativo da
caridade, mas sabemos reconhecer outras formas de ajuda e solidariedade”,
dialogando com humildade, colaborando sem protagonismos.
«Estende a tua mão ao pobre»! Francisco afirma que,
“estender a mão é um sinal: um sinal que apela imediatamente à proximidade, à
solidariedade, ao amor”. E, dizendo porquê, ele recorda tantas formas de
pobreza e tantas mãos que, nestes tempos difíceis de pandemia, desafiam o
“contágio e o medo, a fim de dar apoio e consolação”. Mas também denuncia “a
atitude de quantos conservam as mãos nos bolsos e não se deixam comover pela
pobreza, da qual frequentemente são cúmplices”.
A Igreja, por um lado, valoriza a pobreza como opção
de vida, ao jeito das bem-aventuranças ou da radicalidade evangélica, numa
justa liberdade face aos bens materiais e traduzida em atitudes de vida. Por
outro lado, recusa a miséria ou a pobreza imposta, que se pode traduzir na
negação dos direitos fundamentais das pessoas, da sua participação na
construção da sociedade, na recusa da igualdade de oportunidades ou da parte
dos bens criados ou produzidos a que têm direito. É aqui que a Igreja, na
fidelidade ao Espírito e à sua história de mais de dois mil anos, também se
associa para fazer ecoar o grito dos que não têm voz.
Perante este cenário da pobreza, cada um sabe bem
onde lhe aperta o sapato. Se também a sofre na pele ou se está do lado do
desperdício, do esbanjamento e da indiferença, pensando apenas em si. Se está
do lado de quantos sofrem a pobreza e dá as mãos para que as situações se
resolvam ou vive de mãos nos bolsos e a dizer que hoje não há pobres. Se é um
forreta com graves sintomas de avarento e mão estendida apenas para receber ou
sabe poupar e estender a mão para partilhar com o pobre e dar-se a si próprio.
Mesmo
que não tenhamos voz nos grandes palcos das decisões mundiais, muito podemos
fazer nas nossas próprias comunidades, desde que atentos e organizados, agindo,
com amor e respeito, junto de crentes e não crentes, ajudando as pessoas a
libertarem-se desse jugo e a investir na sua promoção cultural com o seu
trabalho e o seu mérito.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-11-2020.
*************
Nota da Conferência Episcopal Portuguesa
CELEBRAR
E VIVER A FÉ EM TEMPO DE PANDEMIA
1.Os Bispos de Portugal vivem na fé e na confiança a
presente situação de pandemia, fazendo suas as dificuldades e sofrimentos dos
concidadãos. Em particular, veem preocupados o alastrar da Covid-19, com riscos
agravados para a vida e saúde de tantos irmãos e irmãs. Dada a gravidade da
situação, apelamos a todos para que adotem comportamentos responsáveis nos mais
diversos setores da sua vida e atividade e respeitem as determinações das
autoridades constituídas, com o objetivo de travar e controlar a vaga de
contágios. Em particular, este comportamento responsável deve ser vivido após
as celebrações litúrgicas mais festivas (Batizados, Comunhões, Crismas e
Casamentos), evitando sempre as concentrações fora das igrejas e nas próprias
casas.
2. Recordamos que, segundo a lei litúrgica, a
celebração do Domingo começa com as primeiras vésperas. A lei canónica alargou
o tempo útil para a participação na Missa de preceito para a tarde precedente.
Trata-se de uma lei geral da Igreja que só pode ser alterada pela Sé
Apostólica. A impossibilidade de cumprir o preceito dominical não dispensa
ninguém – nem mesmo quem não pode ou não deve sair de casa por motivos alheios
à sua vontade – de cumprir o mandamento divino de santificar o dia do Senhor.
Isso pode fazer-se de múltiplas formas, vivendo na alegria espiritual o dia da
ressurreição do Senhor Jesus: participar na Eucaristia no sábado ou noutro dia
da semana; realizar com amor os serviços da convivência familiar, sem descurar
o conveniente repouso do corpo e do espírito; dedicar um tempo razoável à
oração pessoal e, se possível, em família, com a leitura da Sagrada Escritura e
outros exercícios de piedade; unir-se espiritualmente, se possível, a alguma
celebração eucarística transmitida pela rádio, televisão ou internet;
estabelecer contacto, pelos meios disponíveis, com familiares, amigos e
conhecidos, privilegiando os que mais sofrem a doença ou a solidão; estar
solidariamente atentos às necessidades e alegrias dos vizinhos.
3. Caso não seja possível a realização da catequese
presencial, pedimos aos catequistas para se manterem em contacto com os catequizandos
e suas famílias e que, grupo por grupo, vão avaliando as possibilidades de lhes
proporcionarem este serviço: por meios digitais e outros, direcionados
preferentemente aos pais, no caso da catequese da infância, para que sejam
estes, como primeiros catequistas, a transmitirem aos seus filhos a mensagem
cristã. Em todo o caso, responsabilizem-se os pais pelo acompanhamento dos
filhos durante eventuais sessões de catequese à distância para os ajudarem a
concentrar-se nas mesmas e para esclarecer as incompreensões e dúvidas que os
filhos possam ter; sem este envolvimento da família, a catequese por meios
digitais será uma ilusão.
4. Damos graças a Deus pelo trabalho dedicado e
criativo dos sacerdotes, diáconos e agentes pastorais, ao serviço das comunidades,
Instituições Particulares de Solidariedade Social e capelanias, para viver,
partilhar e encorajar a fé que produz esperança e confiança na presença de Deus
que nos ajuda a superar as dificuldades presentes e a ir ao encontro de quem
mais precisa.
5. Confiamos todos vós, as vossas famílias e as
vossas comunidades ao amparo de Santa Maria, Senhora do Rosário de Fátima e Mãe
da Igreja, pedindo, por sua intercessão, que o Senhor nos confirme na fé e na
caridade, nos ajude a superar esta crise e a colaborar na construção de um
mundo mais solidário e fraterno.
Fátima, 13 de novembro de 2020
Sem comentários:
Enviar um comentário