sábado, 14 de novembro de 2020

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

 

 

 

Domingo 15 de novembro de 2020

 

 

 

 XXXIII Domingo do tempo comum

 

 

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LITURGIA:

 

DOMINGO XXXIII DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana I do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Prov 31, 10-13. 19-20. 30-31; Sal 127 (128), 1-2. 3. 4-5
L 2 1 Tes 5, 1-6
Ev Mt 25, 14-30 ou Mt 25, 14-15. 19-21


* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Dia Mundial dos Pobres.
* Na Diocese de Santarém – Ofertório para a Diocese.
* Na Diocese de Bragança-Miranda (Concatedral) – I Vésp. do aniversário da dedicação da Concatedral em Miranda do Douro.
* Na Diocese de Coimbra (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.

 

Missa

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Jer 29, 11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos
de todos os lugares da terra.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I
Prov 31, 10-13.19-20.30-31
«Põe mãos ao trabalho alegremente»


Esta leitura é um poema em louvor da mulher valorosa. Com o exemplo da mulher forte, a “mulher de valor”, a liturgia de hoje quer apresentar-nos uma lição de fidelidade ao longo de toda a vida. A Igreja é esta mulher de valor, fiel e laboriosa, à espera do seu Senhor; e, na Igreja, cada um de nós, os seus filhos, o há de ser também.

Leitura do Livro dos Provérbios


Quem poderá encontrar uma mulher virtuosa? O seu valor é maior que o das pérolas. Nela confia o coração do marido e jamais lhe falta coisa alguma. Ela dá-lhe bem-estar e não desventura, em todos os dias da sua vida. Procura obter lã e linho e põe mãos ao trabalho alegremente. Toma a roca em suas mãos, seus dedos manejam o fuso. Abre as mãos ao pobre e estende os braços ao indigente. A graça é enganadora e vã a beleza; a mulher que teme o Senhor é que será louvada. Dai-lhe o fruto das suas mãos e suas obras a louvem às portas da cidade.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 127, 1-2.3.4-5 (R. cf. 1a)
Refrão: Ditoso o que segue o caminho do Senhor. Repete-se

Feliz de ti que temes o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem. Refrão

Tua esposa será como videira fecunda,
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira,
ao redor da tua mesa. Refrão

Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida. Refrão


LEITURA II 1 Tes 5, 1-6
«Para que o dia do Senhor não vos surpreenda como um ladrão»


A palavra de Deus exige dos cristãos a mesma fidelidade de que já falava a leitura anterior ao querer preparar-nos para o dia da vinda do Senhor, dia que virá como o ladrão, sem se fazer anunciar. Mas a certeza da sua vinda não nos pode deixar adormecidos na escuridão da nossa noite. Somos filhos da luz e do dia; havemos de viver despertos e vigilantes, “enquanto esperamos a vinda gloriosa de Jesus Cristo nosso Salvador”.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo


aos Tessalonicenses
Irmãos: Sobre o tempo e a ocasião, não precisais que vos escreva, pois vós próprios sabeis perfeitamente que o dia do Senhor vem como um ladrão noturno. E quando disserem: «Paz e segurança», é então que subitamente cairá sobre eles a ruína, como as dores da mulher que está para ser mãe, e não poderão escapar. Mas vós, irmãos, não andais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão, porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia: nós não somos da noite nem das trevas. Por isso, não durmamos como os outros, mas permaneçamos vigilantes e sóbrios.


Palavra do Senhor.


ALELUIA Jo 15, 4a.5b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós,
diz o Senhor.
Quem permanece em Mim dá fruto abundante. Refrão


EVANGELHO – Forma longa Mt 25, 14-30
«Foste fiel em coisas pequenas:
vem tomar parte na alegria do teu Senhor»


A leitura contínua do Evangelho de S. Mateus ao longo de todo o ano vai deixar-nos hoje em frente do Senhor que regressa para coroar os servos que O esperaram na fidelidade, fazendo render os dons que Ele lhes confiou para que os administrassem como fiéis servidores. São dons que, de uma maneira ou outra, vêm sempre de Deus, mas que são dados aos homens para que eles os utilizem para bem dos próprios homens. Assim Deus será glorificado e o seu reino transformará o mundo.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem, ao partir de viagem, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um entregou cinco talentos, a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de cada qual; e depois partiu. O que tinha recebido cinco talentos fê-los render e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois talentos ganhou outros dois. Mas o que recebera um só talento foi escavar na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servos e foi ajustar contas com eles. O que recebera cinco talentos aproximou-se e apresentou outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos: aqui estão outros cinco que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’. Aproximou-se também o que recebera dois talentos e disse: ‘Senhor, confiaste-me dois talentos: aqui estão outros dois que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’. Aproximou-se também o que recebera um só talento e disse: ‘Senhor, eu sabia que és um homem severo, que colhes onde não semeaste e recolhes onde nada lançaste. Por isso, tive medo e escondi o teu talento na terra. Aqui tens o que te pertence’. O senhor respondeu-lhe: ‘Servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei; devias, portanto, depositar no banco o meu dinheiro e eu teria, ao voltar, recebido com juro o que era meu. Tirai-lhe então o talento e dai-o àquele que tem dez. Porque, a todo aquele que tem, dar-se-á mais e terá em abundância; mas, àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado. Quanto ao servo inútil, lançai-o às trevas exteriores. Aí haverá choro e ranger de dentes’».


Palavra do salvação.


EVANGELHO – Forma breve Mt 25, 14-15.19-21
«Porque foste fiel em coisas pequenas,
vem tomar parte na alegria do teu senhor»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem, ao partir de viagem, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de cada qual; e depois partiu. Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servos e foi ajustar contas com eles. O que recebera cinco talentos aproximou-se e apresentou outros cinco, dizendo: ‘Senhor, entregaste-me cinco talentos: aqui estão outros cinco que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.

Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor.

 

 

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AGENDA DO DIA

 

09.30  horas: Funeral em Nisa

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo

10.00 horas: Celebração da Palavra em Arês

10.30 horas: Funeral e Amieira do Tejo

10.45 horas: Celebração da Palavra em Tolosa

11.00 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Alpalhão

12.00 horas: Celebração da Palavra em Gáfete

15.30 horas: Missa no Arneiro

15.30 horas: Celebração da Palavra  em Montalvão

15.30 horas: Missa Celebração da Palavra no Cacheiro

 

 

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A VOZ DO PASTOR

 

 

CADA UM SABE ONDE LHE APERTA O SAPATO

 

Muito se fala e escreve sobre a pobreza. Há organismos, gabinetes de estudos, debates, discursos, propósitos e promessas, a médio e a longo prazo, raramente para o hoje e o agora. Fala-se da pobreza, epidêmica e endêmica. Se não for apenas para encher o ego, é muito importante que se fale nisso e disso, mas não seria justo passar o tempo a falar da pobreza e esquecer o pobre. Para ele, cada dia que passa é uma eternidade! Embora os números não batam certo, estima-se que, de fome, morrem vinte e quatro mil pessoas por dia, cerca de nove milhões por ano. E não existe consenso sobre como resolver o problema. Uns, investem dinheiro, tempo e outros recursos, pensando que sim, que assim tudo será resolvido. Outros, dizem que isso não é suficiente, que é necessário combater as desigualdades económicas e sociais entre os países e dentro de cada país. Todos têm razão, tudo é importante e preciso. No entanto, os pobres continuarão a ser esquecidos ou explorados se tudo isso não passar de meras narrativas ideológicas, de interesses daninhos escondidos atrás de falsa meritocracia, se as políticas estiverem ao serviço de quem detém a riqueza e o poder, e, sobretudo, se faltar a conversão do coração. Certo será que o grande objetivo de erradicar a pobreza até 2030, está cada vez mais longe... A pobreza real continuará a ser um enorme protesto contra a injustiça social. É “o reumatismo agudíssimo da humanidade”, diria Camilo em proveito da patologia. Sentindo-nos irmãos, a pobreza de que falamos é, de facto, uma vergonha para quem a provoca ou a não quer ver e ajudar a resolver.

 

Por estes dias, corria nas redes sociais a grande preocupação pelas mortes e pelo sofrimento que a covid-19 causa na vida da comunidade humana, e bem, as suas consequências são enormes. Para acabar com esse sofrimento, a comunidade científica e todos os países do mundo, deram as mãos, estão a fazer convergir todos os esforços para que, em menos de um ano, surja a tão esperada vacina. O vírus é novo, quase desconhecido, não tem fronteiras, já bate à porta do vizinho e à nossa. No entanto, se é uma tragédia, está prestes a ser resolvida, oxalá que sim, todos o pretendemos. Ao contrário, desde há muito que conhecemos o vírus que mata e faz sofrer milhões e milhões de pessoas. O vírus é universalmente conhecido: é a fome! A comunidade científica e todos os países conhecem a vacina eficaz: o alimento!... Esta vacina, segundo debates e estudos de vária ordem, não está esgotada nem fora de prazo. Esbarra, isso sim, com a crescente indiferença e o egoísmo de muita gente na rede da sua distribuição. Sabemos que nem tudo é fácil, mas os detentores e os responsáveis de a distribuir vivem de repentes, tantas vezes egocêntricos! Como não lhes toca, não dão as mãos para pôr cobro a tanta mortandade, que morram!...

 

Apesar de as Nações Unidas terem proclamado o dia 17 de outubro como o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e seja de reconhecer que os níveis de pobreza tenham vindo a decrescer nas últimas décadas, o Papa Francisco, ao terminar o Jubileu da Misericórdia, quis oferecer à Igreja o Dia Mundial dos Pobres, sempre no penúltimo Domingo do fim do ano litúrgico. São dois dias complementares, não concorrentes nem ao despique. O dia instituído pelas Nações Unidas pretende sensibilizar para a necessidade de políticas públicas e universais que visem a erradicação das injustiças e das desigualdades sociais geradoras de pobreza e miséria. O Dia Mundial dos Pobres, sem deixar de alertar para o mesmo, foi sobretudo instituído “para que as comunidades cristãs se tornem, em todo o mundo, cada vez mais e melhor sinal concreto da caridade de Cristo pelos últimos e os mais carenciados”, reagindo “à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro”. Mas tudo isso sem deixar de dirigir o convite “a todos, independentemente da sua pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”.

 

Como afirma o Papa Francisco na sua Mensagem para este quarto dia Mundial dos Pobres, e à qual deu o título de «Estende a tua mão ao pobre» (Sir 7, 32), é verdade que “a Igreja não tem soluções globais a propor, mas oferece, com a graça de Cristo, o seu testemunho e gestos de partilha”. Lembra a todos o grande valor do bem comum e o direito de todos a viver com dignidade. E o facto de se “reconhecer que, no mundo imenso da pobreza, a nossa própria intervenção é limitada, frágil e insuficiente, leva a estender as mãos aos outros, para que a mútua colaboração possa alcançar o objetivo de maneira mais eficaz. Somos movidos pela fé e pelo imperativo da caridade, mas sabemos reconhecer outras formas de ajuda e solidariedade”, dialogando com humildade, colaborando sem protagonismos.

 

«Estende a tua mão ao pobre»! Francisco afirma que, “estender a mão é um sinal: um sinal que apela imediatamente à proximidade, à solidariedade, ao amor”. E, dizendo porquê, ele recorda tantas formas de pobreza e tantas mãos que, nestes tempos difíceis de pandemia, desafiam o “contágio e o medo, a fim de dar apoio e consolação”. Mas também denuncia “a atitude de quantos conservam as mãos nos bolsos e não se deixam comover pela pobreza, da qual frequentemente são cúmplices”.

 

A Igreja, por um lado, valoriza a pobreza como opção de vida, ao jeito das bem-aventuranças ou da radicalidade evangélica, numa justa liberdade face aos bens materiais e traduzida em atitudes de vida. Por outro lado, recusa a miséria ou a pobreza imposta, que se pode traduzir na negação dos direitos fundamentais das pessoas, da sua participação na construção da sociedade, na recusa da igualdade de oportunidades ou da parte dos bens criados ou produzidos a que têm direito. É aqui que a Igreja, na fidelidade ao Espírito e à sua história de mais de dois mil anos, também se associa para fazer ecoar o grito dos que não têm voz.

Perante este cenário da pobreza, cada um sabe bem onde lhe aperta o sapato. Se também a sofre na pele ou se está do lado do desperdício, do esbanjamento e da indiferença, pensando apenas em si. Se está do lado de quantos sofrem a pobreza e dá as mãos para que as situações se resolvam ou vive de mãos nos bolsos e a dizer que hoje não há pobres. Se é um forreta com graves sintomas de avarento e mão estendida apenas para receber ou sabe poupar e estender a mão para partilhar com o pobre e dar-se a si próprio.

 

Mesmo que não tenhamos voz nos grandes palcos das decisões mundiais, muito podemos fazer nas nossas próprias comunidades, desde que atentos e organizados, agindo, com amor e respeito, junto de crentes e não crentes, ajudando as pessoas a libertarem-se desse jugo e a investir na sua promoção cultural com o seu trabalho e o seu mérito.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 13-11-2020.

 

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Nota da Conferência Episcopal Portuguesa

 

CELEBRAR E VIVER A FÉ EM TEMPO DE PANDEMIA

 

1.Os Bispos de Portugal vivem na fé e na confiança a presente situação de pandemia, fazendo suas as dificuldades e sofrimentos dos concidadãos. Em particular, veem preocupados o alastrar da Covid-19, com riscos agravados para a vida e saúde de tantos irmãos e irmãs. Dada a gravidade da situação, apelamos a todos para que adotem comportamentos responsáveis nos mais diversos setores da sua vida e atividade e respeitem as determinações das autoridades constituídas, com o objetivo de travar e controlar a vaga de contágios. Em particular, este comportamento responsável deve ser vivido após as celebrações litúrgicas mais festivas (Batizados, Comunhões, Crismas e Casamentos), evitando sempre as concentrações fora das igrejas e nas próprias casas.

2. Recordamos que, segundo a lei litúrgica, a celebração do Domingo começa com as primeiras vésperas. A lei canónica alargou o tempo útil para a participação na Missa de preceito para a tarde precedente. Trata-se de uma lei geral da Igreja que só pode ser alterada pela Sé Apostólica. A impossibilidade de cumprir o preceito dominical não dispensa ninguém – nem mesmo quem não pode ou não deve sair de casa por motivos alheios à sua vontade – de cumprir o mandamento divino de santificar o dia do Senhor. Isso pode fazer-se de múltiplas formas, vivendo na alegria espiritual o dia da ressurreição do Senhor Jesus: participar na Eucaristia no sábado ou noutro dia da semana; realizar com amor os serviços da convivência familiar, sem descurar o conveniente repouso do corpo e do espírito; dedicar um tempo razoável à oração pessoal e, se possível, em família, com a leitura da Sagrada Escritura e outros exercícios de piedade; unir-se espiritualmente, se possível, a alguma celebração eucarística transmitida pela rádio, televisão ou internet; estabelecer contacto, pelos meios disponíveis, com familiares, amigos e conhecidos, privilegiando os que mais sofrem a doença ou a solidão; estar solidariamente atentos às necessidades e alegrias dos vizinhos.

3. Caso não seja possível a realização da catequese presencial, pedimos aos catequistas para se manterem em contacto com os catequizandos e suas famílias e que, grupo por grupo, vão avaliando as possibilidades de lhes proporcionarem este serviço: por meios digitais e outros, direcionados preferentemente aos pais, no caso da catequese da infância, para que sejam estes, como primeiros catequistas, a transmitirem aos seus filhos a mensagem cristã. Em todo o caso, responsabilizem-se os pais pelo acompanhamento dos filhos durante eventuais sessões de catequese à distância para os ajudarem a concentrar-se nas mesmas e para esclarecer as incompreensões e dúvidas que os filhos possam ter; sem este envolvimento da família, a catequese por meios digitais será uma ilusão.

4. Damos graças a Deus pelo trabalho dedicado e criativo dos sacerdotes, diáconos e agentes pastorais, ao serviço das comunidades, Instituições Particulares de Solidariedade Social e capelanias, para viver, partilhar e encorajar a fé que produz esperança e confiança na presença de Deus que nos ajuda a superar as dificuldades presentes e a ir ao encontro de quem mais precisa.

5. Confiamos todos vós, as vossas famílias e as vossas comunidades ao amparo de Santa Maria, Senhora do Rosário de Fátima e Mãe da Igreja, pedindo, por sua intercessão, que o Senhor nos confirme na fé e na caridade, nos ajude a superar esta crise e a colaborar na construção de um mundo mais solidário e fraterno.

 

 Fátima, 13 de novembro de 2020

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