PARÓQUIAS DE NISA
Domingo 15 de novembro de 2020
XXXIII Domingo do tempo comum
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LITURGIA:
DOMINGO
XXXIII DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana I do Saltério). Te
Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Prov 31, 10-13. 19-20. 30-31; Sal 127
(128), 1-2. 3. 4-5
L 2 1 Tes 5, 1-6
Ev Mt 25, 14-30 ou Mt 25, 14-15. 19-21
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Dia Mundial dos Pobres.
* Na Diocese de Santarém – Ofertório para a Diocese.
* Na Diocese de Bragança-Miranda (Concatedral) – I Vésp. do aniversário da
dedicação da Concatedral em Miranda do Douro.
* Na Diocese de Coimbra (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja
Catedral.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Jer 29,
11.12.14
Os meus pensamentos são de paz
e não de desgraça, diz o Senhor.
Invocar-Me-eis e atenderei o vosso clamor,
e farei regressar os vossos cativos
de todos os lugares da terra.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, concedei-nos a graça
de encontrar sempre a alegria no vosso serviço,
porque é uma felicidade duradoira e profunda
ser fiel ao autor de todos os bens.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Prov 31, 10-13.19-20.30-31
«Põe mãos ao trabalho alegremente»
Esta leitura é um poema em louvor da mulher valorosa. Com o exemplo da mulher
forte, a “mulher de valor”, a liturgia de hoje quer apresentar-nos uma lição de
fidelidade ao longo de toda a vida. A Igreja é esta mulher de valor, fiel e
laboriosa, à espera do seu Senhor; e, na Igreja, cada um de nós, os seus
filhos, o há de ser também.
Leitura do Livro
dos Provérbios
Quem poderá encontrar uma mulher virtuosa? O seu valor é maior que o das
pérolas. Nela confia o coração do marido e jamais lhe falta coisa alguma. Ela
dá-lhe bem-estar e não desventura, em todos os dias da sua vida. Procura obter
lã e linho e põe mãos ao trabalho alegremente. Toma a roca em suas mãos, seus
dedos manejam o fuso. Abre as mãos ao pobre e estende os braços ao indigente. A
graça é enganadora e vã a beleza; a mulher que teme o Senhor é que será
louvada. Dai-lhe o fruto das suas mãos e suas obras a louvem às portas da
cidade.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 127, 1-2.3.4-5 (R. cf. 1a)
Refrão: Ditoso o que segue o caminho do
Senhor. Repete-se
Feliz de ti que temes o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem. Refrão
Tua esposa será como videira fecunda,
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira,
ao redor da tua mesa. Refrão
Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida. Refrão
LEITURA II 1 Tes 5, 1-6
«Para que o dia do Senhor não vos surpreenda como um ladrão»
A palavra de Deus exige dos cristãos a mesma fidelidade de que já falava a
leitura anterior ao querer preparar-nos para o dia da vinda do Senhor, dia que
virá como o ladrão, sem se fazer anunciar. Mas a certeza da sua vinda não nos
pode deixar adormecidos na escuridão da nossa noite. Somos filhos da luz e do
dia; havemos de viver despertos e vigilantes, “enquanto esperamos a vinda
gloriosa de Jesus Cristo nosso Salvador”.
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo
aos Tessalonicenses
Irmãos: Sobre o tempo e a ocasião, não precisais que vos escreva, pois vós
próprios sabeis perfeitamente que o dia do Senhor vem como um ladrão noturno. E
quando disserem: «Paz e segurança», é então que subitamente cairá sobre eles a
ruína, como as dores da mulher que está para ser mãe, e não poderão escapar.
Mas vós, irmãos, não andais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda
como um ladrão, porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia: nós não
somos da noite nem das trevas. Por isso, não durmamos como os outros, mas
permaneçamos vigilantes e sóbrios.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Jo 15, 4a.5b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós,
diz o Senhor.
Quem permanece em Mim dá fruto abundante. Refrão
EVANGELHO – Forma longa Mt 25, 14-30
«Foste fiel em coisas pequenas:
vem tomar parte na alegria do teu Senhor»
A leitura contínua do Evangelho de S. Mateus ao longo de todo o ano vai
deixar-nos hoje em frente do Senhor que regressa para coroar os servos que O
esperaram na fidelidade, fazendo render os dons que Ele lhes confiou para que
os administrassem como fiéis servidores. São dons que, de uma maneira ou outra,
vêm sempre de Deus, mas que são dados aos homens para que eles os utilizem para
bem dos próprios homens. Assim Deus será glorificado e o seu reino transformará
o mundo.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem,
ao partir de viagem, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um
entregou cinco talentos, a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de
cada qual; e depois partiu. O que tinha recebido cinco talentos fê-los render e
ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois talentos ganhou outros
dois. Mas o que recebera um só talento foi escavar na terra e escondeu o
dinheiro do seu senhor. Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servos e
foi ajustar contas com eles. O que recebera cinco talentos aproximou-se e apresentou
outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos: aqui estão outros
cinco que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel.
Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte
na alegria do teu senhor’. Aproximou-se também o que recebera dois talentos e
disse: ‘Senhor, confiaste-me dois talentos: aqui estão outros dois que eu
ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste
fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria
do teu senhor’. Aproximou-se também o que recebera um só talento e disse:
‘Senhor, eu sabia que és um homem severo, que colhes onde não semeaste e
recolhes onde nada lançaste. Por isso, tive medo e escondi o teu talento na
terra. Aqui tens o que te pertence’. O senhor respondeu-lhe: ‘Servo mau e
preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei;
devias, portanto, depositar no banco o meu dinheiro e eu teria, ao voltar,
recebido com juro o que era meu. Tirai-lhe então o talento e dai-o àquele que
tem dez. Porque, a todo aquele que tem, dar-se-á mais e terá em abundância;
mas, àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado. Quanto ao servo
inútil, lançai-o às trevas exteriores. Aí haverá choro e ranger de dentes’».
Palavra do salvação.
EVANGELHO – Forma breve Mt 25, 14-15.19-21
«Porque foste fiel em coisas pequenas,
vem tomar parte na alegria do teu senhor»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem,
ao partir de viagem, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um
deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de cada
qual; e depois partiu. Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servos e
foi ajustar contas com eles. O que recebera cinco talentos aproximou-se e
apresentou outros cinco, dizendo: ‘Senhor, entregaste-me cinco talentos: aqui
estão outros cinco que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo
bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem
tomar parte na alegria do teu senhor’».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Concedei-nos, Senhor,
que os dons oferecidos para glória do vosso nome
nos obtenham a graça de Vos servirmos fielmente
e nos alcancem a posse da felicidade eterna.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 72, 28
A minha alegria é estar junto de Deus,
buscar no Senhor o meu refúgio.
Ou Mc 11, 23.24
Tudo o que pedirdes na oração
vos será concedido, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Depois de recebermos estes dons sagrados,
humildemente Vos pedimos, Senhor:
o sacramento que o vosso Filho
nos mandou celebrar em sua memória
aumente sempre a nossa caridade.
Por Nosso Senhor.
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AGENDA
DO DIA
09.30 horas: Funeral em
Nisa
09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Celebração da Palavra em Arês
10.30 horas: Funeral e Amieira do Tejo
10.45 horas: Celebração da Palavra em Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em Alpalhão
12.00 horas: Celebração da Palavra em Gáfete
15.30 horas: Missa no Arneiro
15.30 horas: Celebração da Palavra em Montalvão
15.30 horas: Missa Celebração da Palavra no Cacheiro
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A
VOZ DO PASTOR
CADA
UM SABE ONDE LHE APERTA O SAPATO
Muito se fala e escreve sobre a pobreza. Há
organismos, gabinetes de estudos, debates, discursos, propósitos e promessas, a
médio e a longo prazo, raramente para o hoje e o agora. Fala-se da pobreza,
epidêmica e endêmica. Se não for apenas para encher o ego, é muito importante
que se fale nisso e disso, mas não seria justo passar o tempo a falar da
pobreza e esquecer o pobre. Para ele, cada dia que passa é uma eternidade!
Embora os números não batam certo, estima-se que, de fome, morrem vinte e
quatro mil pessoas por dia, cerca de nove milhões por ano. E não existe
consenso sobre como resolver o problema. Uns, investem dinheiro, tempo e outros
recursos, pensando que sim, que assim tudo será resolvido. Outros, dizem que
isso não é suficiente, que é necessário combater as desigualdades económicas e
sociais entre os países e dentro de cada país. Todos têm razão, tudo é
importante e preciso. No entanto, os pobres continuarão a ser esquecidos ou
explorados se tudo isso não passar de meras narrativas ideológicas, de
interesses daninhos escondidos atrás de falsa meritocracia, se as políticas
estiverem ao serviço de quem detém a riqueza e o poder, e, sobretudo, se faltar
a conversão do coração. Certo será que o grande objetivo de erradicar a pobreza
até 2030, está cada vez mais longe... A pobreza real continuará a ser um enorme
protesto contra a injustiça social. É “o reumatismo agudíssimo da humanidade”,
diria Camilo em proveito da patologia. Sentindo-nos irmãos, a pobreza de que
falamos é, de facto, uma vergonha para quem a provoca ou a não quer ver e
ajudar a resolver.
Por estes dias, corria nas redes sociais a grande
preocupação pelas mortes e pelo sofrimento que a covid-19 causa na vida da
comunidade humana, e bem, as suas consequências são enormes. Para acabar com
esse sofrimento, a comunidade científica e todos os países do mundo, deram as
mãos, estão a fazer convergir todos os esforços para que, em menos de um ano,
surja a tão esperada vacina. O vírus é novo, quase desconhecido, não tem
fronteiras, já bate à porta do vizinho e à nossa. No entanto, se é uma
tragédia, está prestes a ser resolvida, oxalá que sim, todos o pretendemos. Ao
contrário, desde há muito que conhecemos o vírus que mata e faz sofrer milhões
e milhões de pessoas. O vírus é universalmente conhecido: é a fome! A
comunidade científica e todos os países conhecem a vacina eficaz: o
alimento!... Esta vacina, segundo debates e estudos de vária ordem, não está
esgotada nem fora de prazo. Esbarra, isso sim, com a crescente indiferença e o
egoísmo de muita gente na rede da sua distribuição. Sabemos que nem tudo é
fácil, mas os detentores e os responsáveis de a distribuir vivem de repentes,
tantas vezes egocêntricos! Como não lhes toca, não dão as mãos para pôr cobro a
tanta mortandade, que morram!...
Apesar de as Nações Unidas terem proclamado o dia 17
de outubro como o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza e seja de
reconhecer que os níveis de pobreza tenham vindo a decrescer nas últimas
décadas, o Papa Francisco, ao terminar o Jubileu da Misericórdia, quis oferecer
à Igreja o Dia Mundial dos Pobres, sempre no penúltimo Domingo do fim do ano
litúrgico. São dois dias complementares, não concorrentes nem ao despique. O
dia instituído pelas Nações Unidas pretende sensibilizar para a necessidade de políticas
públicas e universais que visem a erradicação das injustiças e das
desigualdades sociais geradoras de pobreza e miséria. O Dia Mundial dos Pobres,
sem deixar de alertar para o mesmo, foi sobretudo instituído “para que as
comunidades cristãs se tornem, em todo o mundo, cada vez mais e melhor sinal
concreto da caridade de Cristo pelos últimos e os mais carenciados”, reagindo
“à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro”. Mas
tudo isso sem deixar de dirigir o convite “a todos, independentemente da sua
pertença religiosa, para que se abram à partilha com os pobres em todas as
formas de solidariedade, como sinal concreto de fraternidade”.
Como afirma o Papa Francisco na sua Mensagem para
este quarto dia Mundial dos Pobres, e à qual deu o título de «Estende a tua mão
ao pobre» (Sir 7, 32), é verdade que “a Igreja não tem soluções globais a
propor, mas oferece, com a graça de Cristo, o seu testemunho e gestos de
partilha”. Lembra a todos o grande valor do bem comum e o direito de todos a
viver com dignidade. E o facto de se “reconhecer que, no mundo imenso da
pobreza, a nossa própria intervenção é limitada, frágil e insuficiente, leva a
estender as mãos aos outros, para que a mútua colaboração possa alcançar o
objetivo de maneira mais eficaz. Somos movidos pela fé e pelo imperativo da
caridade, mas sabemos reconhecer outras formas de ajuda e solidariedade”,
dialogando com humildade, colaborando sem protagonismos.
«Estende a tua mão ao pobre»! Francisco afirma que,
“estender a mão é um sinal: um sinal que apela imediatamente à proximidade, à
solidariedade, ao amor”. E, dizendo porquê, ele recorda tantas formas de
pobreza e tantas mãos que, nestes tempos difíceis de pandemia, desafiam o
“contágio e o medo, a fim de dar apoio e consolação”. Mas também denuncia “a
atitude de quantos conservam as mãos nos bolsos e não se deixam comover pela
pobreza, da qual frequentemente são cúmplices”.
A Igreja, por um lado, valoriza a pobreza como opção
de vida, ao jeito das bem-aventuranças ou da radicalidade evangélica, numa
justa liberdade face aos bens materiais e traduzida em atitudes de vida. Por
outro lado, recusa a miséria ou a pobreza imposta, que se pode traduzir na
negação dos direitos fundamentais das pessoas, da sua participação na construção
da sociedade, na recusa da igualdade de oportunidades ou da parte dos bens
criados ou produzidos a que têm direito. É aqui que a Igreja, na fidelidade ao
Espírito e à sua história de mais de dois mil anos, também se associa para
fazer ecoar o grito dos que não têm voz.
Perante este cenário da pobreza, cada um sabe bem
onde lhe aperta o sapato. Se também a sofre na pele ou se está do lado do
desperdício, do esbanjamento e da indiferença, pensando apenas em si. Se está
do lado de quantos sofrem a pobreza e dá as mãos para que as situações se
resolvam ou vive de mãos nos bolsos e a dizer que hoje não há pobres. Se é um
forreta com graves sintomas de avarento e mão estendida apenas para receber ou
sabe poupar e estender a mão para partilhar com o pobre e dar-se a si próprio.
Mesmo
que não tenhamos voz nos grandes palcos das decisões mundiais, muito podemos
fazer nas nossas próprias comunidades, desde que atentos e organizados, agindo,
com amor e respeito, junto de crentes e não crentes, ajudando as pessoas a
libertarem-se desse jugo e a investir na sua promoção cultural com o seu
trabalho e o seu mérito.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 13-11-2020.
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Nota da Conferência Episcopal Portuguesa
CELEBRAR
E VIVER A FÉ EM TEMPO DE PANDEMIA
1.Os Bispos de Portugal vivem na fé e na confiança a
presente situação de pandemia, fazendo suas as dificuldades e sofrimentos dos
concidadãos. Em particular, veem preocupados o alastrar da Covid-19, com riscos
agravados para a vida e saúde de tantos irmãos e irmãs. Dada a gravidade da
situação, apelamos a todos para que adotem comportamentos responsáveis nos mais
diversos setores da sua vida e atividade e respeitem as determinações das
autoridades constituídas, com o objetivo de travar e controlar a vaga de
contágios. Em particular, este comportamento responsável deve ser vivido após
as celebrações litúrgicas mais festivas (Batizados, Comunhões, Crismas e
Casamentos), evitando sempre as concentrações fora das igrejas e nas próprias
casas.
2. Recordamos que, segundo a lei litúrgica, a
celebração do Domingo começa com as primeiras vésperas. A lei canónica alargou
o tempo útil para a participação na Missa de preceito para a tarde precedente.
Trata-se de uma lei geral da Igreja que só pode ser alterada pela Sé
Apostólica. A impossibilidade de cumprir o preceito dominical não dispensa
ninguém – nem mesmo quem não pode ou não deve sair de casa por motivos alheios
à sua vontade – de cumprir o mandamento divino de santificar o dia do Senhor.
Isso pode fazer-se de múltiplas formas, vivendo na alegria espiritual o dia da
ressurreição do Senhor Jesus: participar na Eucaristia no sábado ou noutro dia
da semana; realizar com amor os serviços da convivência familiar, sem descurar
o conveniente repouso do corpo e do espírito; dedicar um tempo razoável à
oração pessoal e, se possível, em família, com a leitura da Sagrada Escritura e
outros exercícios de piedade; unir-se espiritualmente, se possível, a alguma
celebração eucarística transmitida pela rádio, televisão ou internet;
estabelecer contacto, pelos meios disponíveis, com familiares, amigos e
conhecidos, privilegiando os que mais sofrem a doença ou a solidão; estar
solidariamente atentos às necessidades e alegrias dos vizinhos.
3. Caso não seja possível a realização da catequese
presencial, pedimos aos catequistas para se manterem em contacto com os
catequizandos e suas famílias e que, grupo por grupo, vão avaliando as
possibilidades de lhes proporcionarem este serviço: por meios digitais e
outros, direcionados preferentemente aos pais, no caso da catequese da
infância, para que sejam estes, como primeiros catequistas, a transmitirem aos
seus filhos a mensagem cristã. Em todo o caso, responsabilizem-se os pais pelo
acompanhamento dos filhos durante eventuais sessões de catequese à distância
para os ajudarem a concentrar-se nas mesmas e para esclarecer as incompreensões
e dúvidas que os filhos possam ter; sem este envolvimento da família, a
catequese por meios digitais será uma ilusão.
4. Damos graças a Deus pelo trabalho dedicado e
criativo dos sacerdotes, diáconos e agentes pastorais, ao serviço das
comunidades, Instituições Particulares de Solidariedade Social e capelanias,
para viver, partilhar e encorajar a fé que produz esperança e confiança na
presença de Deus que nos ajuda a superar as dificuldades presentes e a ir ao
encontro de quem mais precisa.
5. Confiamos todos vós, as vossas famílias e as
vossas comunidades ao amparo de Santa Maria, Senhora do Rosário de Fátima e Mãe
da Igreja, pedindo, por sua intercessão, que o Senhor nos confirme na fé e na
caridade, nos ajude a superar esta crise e a colaborar na construção de um
mundo mais solidário e fraterno.
Fátima, 13 de novembro de 2020
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