PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 24, de novembro de 2020
Terça da XXXIV
semana do tempo comum
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LITURGIA:
TERÇA-FEIRA
da semana XXXIV
SS.
André Dung-Lac, presbítero,
e Companheiros, mártires – MO
Vermelho
– Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Ap 14, 14-19; Sal 95 (96), 10. 11-12. 13
Ev Lc 21, 5-11
* Na Diocese de Vila Real – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé
– SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Ordem Beneditina – S. Columbano, abade – MF
* Na Ordem Franciscana – Comemoração de todos os defuntos da Ordem Franciscana.
* Na Ordem de São Domingos – Ss. Inácio Delgado, bispo, Vicente Liem,
presbítero, Domingos Na-Kham, leigo, e Companheiros, mártires do Vietname – MO
SS.
ANDRÉ DUNG-LAC, presbítero, e Companheiros, mártires
Nota
Histórica:
Nas regiões do Extremo Oriente,
antigamente chamadas Tonquim, Annam e Cochinchina, agora integradas na
república do Vietnam, foi anunciado o Evangelho desde o séc. XVI, por
intermédio de numerosos missionários, que ali fizeram florescer uma fervorosa
cristandade.
Entre os séculos XVII e XIX, frequentes perseguições se levantaram contra os
cristãos, apenas intercaladas por breves períodos de paz e tolerância, e uma
incalculável multidão de mártires deu o supremo testemunho da fé com o
derramamento do seu sangue com os mais diversos géneros de suplícios.
Entre eles contam se os 117 mártires – 21
missionários europeus e 96 vietnamitas (37 sacerdotes e 59 leigos) – que foram
canonizados por João Paulo II a 19 de Julho de 1988.
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Gal 6, 14a; 1
Cor 1, 18
Toda a nossa glória está na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. A palavra da
cruz é poder de Deus para nós que fomos salvos.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, fonte e origem de toda a paternidade, que fortalecestes os mártires Santo
André e seus Companheiros na fidelidade à cruz do vosso Filho até ao
derramamento de sangue, concedei-nos, por sua intercessão, que, manifestando o
vosso amor aos homens nossos irmãos, possamos chamar-nos e ser realmente vossos
filhos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Ap 14, 14-19
«Chegou a hora de ceifar, porque a seara da terra está madura»
Leitura do Livro
do Apocalipse
Eu, João, vi uma nuvem branca, sobre a qual estava sentado Alguém, semelhante a
um filho do homem, com uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão.
Saiu do templo outro Anjo, que clamava com voz forte para Aquele que estava
sentado sobre a nuvem: «Mete a tua foice e ceifa; chegou a hora de ceifar,
porque a seara da terra está madura». Então o que estava sentado sobre a nuvem
lançou a foice à terra, e a terra foi ceifada. Depois saiu do templo celeste
outro Anjo, que também tinha uma foice afiada. Do altar veio ainda outro Anjo,
que tinha poder sobre o fogo, e gritou com voz forte para aquele que tinha a
foice afiada: «Mete a tua foice afiada e vindima os cachos da vinha da terra,
porque as uvas estão maduras». O Anjo lançou a foice à terra, vindimou a vinha
da terra e lançou as uvas no grande lagar da ira de Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), l0.11-12.13 (R. 13b)
Refrão: O Senhor vem julgar a terra.
Repete-se
Proclamai entre os povos:
«O Senhor é Rei».
Sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade. Refrão
Alegrem-se os céus, exulte a terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe,
alegrem-se as árvores das florestas. Refrão
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade. Refrão
ALELUIA Ap 2, 10c
Refrão: Aleluia. Repete-se
Sê fiel até à morte, diz o Senhor,
e dar-te-ei a coroa da vida. Refrão
EVANGELHO Lc 21, 5-11
«Não ficará pedra sobre pedra»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Pai santo, os dons que Vos oferecemos, ao celebrar a memória dos
santos mártires vietnamitas, para que, em todas as adversidades da vida,
permaneçamos sempre fiéis no vosso amor e sejamos uma oblação agradável a
vossos olhos.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mt 5, 10
Bem-aventurados os perseguidos por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentais com o mesmo pão, ao celebrarmos a memória dos santos
mártires, fazei que, permanecendo sempre unidos no vosso amor, mereçamos
alcançar o prémio eterno prometido aos que sofrem pela fé. Por Nosso Senhor.
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MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: Lê,
respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: Interioriza,
dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra
de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o
Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou
através da Sua Palavra.
LEITURAS Ap 14, 14-19 : A
ceifa e a vindima das nações são duas imagens para indicar o julgamento que
Deus faz dos povos que perseguem os membros do seu povo. O lagar onde as uvas
são pisadas significa particularmente o castigo dos perseguidores. De facto, a
última palavra será sempre a da justiça divina; e só ela pode salvar na verdade
e no amor. Lc 21, 1-4: Aos olhos de
Deus é o coração do homem que dá o sentido a todas as suas atitudes e acções, e
não as aparências. O muito e o pouco aos olhos de Deus está no amor que anima o
coração e não no valor material das coisas. É o olhar de Deus o único que pode
dar o justo valor a cada ação humana.
AGENDA
DO DIA
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
21.00 horas: Reunião da
direção da catequese em Nisa
AVISO:
Devido às novas medidas de combate à pandemia da covid-19,
resultantes do Decreto Presidencial que prorroga por mais 15 dias o estado de
emergência em Portugal, e, infelizmente, a elevação do Concelho de Nisa para o
estado de "Risco Muito elevado", por se verificarem entre 480 e 960
casos por cada 100.000 habitantes, obriga a cada um de nós a consciencialização
cívica para o rigoroso cumprimento das medidas que irão entrar em vigor a
partir das 00h00 de 24 de novembro. Na sequência desta realidade, os serviços pastorais na zona
pastoral de Nisa sofrem também alteração nalgumas paróquias, principalmente, no
que diz respeito às missas de tarde aos fins-de-semana.
Lc
21, 5-11 : Jesus anuncia a ruína de Jerusalém, a
partir da observação que alguns fazem, chamando-Lhe a atenção para a beleza do
templo. De facto, o templo e a cidade foram destruídos, pisados pelos pagãos, e
o culto de Deus substituído, pelo menos durante algum tempo, pelo culto de
ídolos. É que, antes de os lugares terem sido profanados, já o coração dos
homens o tinha sido.
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A
VOZ DO PASTOR:
DO
VATICANO PARA A CIDADE DE LISBOA
Somos uma espécie de obra inacabada sempre em busca
de acabamentos e também eles inacabados. Por isso, toda a pessoa se pergunta
sobre a vida e o seu sentido, deseja ser feliz e saber como é que isso se há de
alcançar. Mesmo que as realidades terrenas que a envolvam, realidades socias,
laborais, económicas, políticas, sanitárias, etc., mesmo que essas realidades
sejam difíceis e tantas vezes incómodas e obstáculo, ninguém consegue desanimar
ou desistir de rasgar horizontes para a sua vida e dar resposta às perguntas
que esse desafio lhe coloca. E se a vida é um dom belo e gratuito, viver é uma
delicada arte, uma nobre tarefa. Mas também não é o grande sucesso dos negócios
ou a concretização e êxito dos projetos sonhados que fará com que as perguntas
sobre o sentido da vida deixem de existir. Como sabemos, neste mundo, mesmo que
tenhamos tudo aquilo a que possamos aspirar, só a graça e a fidelidade ao
Senhor nos satisfará, e, para além deste mundo, só a visão beatífica nos
realizará plenamente. É por isso que muita gente sem grandes êxitos nesta vida
e até com muitos dissabores, vive feliz e transmite felicidade, alegria e paz.
São vidas alicerçadas na fé, não à espera de milagres, mas, sem descurar o seu
esforço de procura e trabalho, sabem ter, concomitantemente, outras
prioridades, sabem optar pelo caminho que, na verdade, dá sentido à vida e às
coisas da vida, seja ela qual for e como for.
E se toda a gente procura a felicidade, muito mais
os jovens. Na primavera da vida, eles procuram perguntar-se e entender qual
será o verdadeiro caminho para lá chegar. Jesus Cristo, que veio para
evangelizar os pobres, não só apontou o caminho para que isso acontecesse, mas
também nos garantiu que Ele próprio era o caminho: “Eu sou o Caminho, a Verdade
e a Vida”. Mostrar e ensinar esse Caminho, essa Verdade e essa Vida é o que
chamamos evangelizar. E podemos perguntar: mas quem são esses pobres perante os
quais Cristo se apresentou a evangelizar? Se hoje há multidões de rostos, muita
espécie de pobreza e miséria no mundo, toda ela tem como grande suporte aqueles
que ignoram ou tentam, na prática ou na teoria, não aceitar esse Caminho, essa
Verdade, essa Vida que nos faz sentir irmãos e solidários. É por isso que,
mesmo que a Igreja jamais tenha interrompido o caminho da Evangelização,
precisamos duma Nova Evangelização para que a descristianização não aumente, os
valores humanos e cristãos essenciais não sejam atirados às malvas e se dê
resposta à eterna pergunta que continua de pé: como viver, como ser feliz,
individual e socialmente? É a esta pobreza, a esta fome e desejo de amor e de
justiça, a esta fome de felicidade, que Cristo veio dar resposta. E os jovens
foram os seus primeiros e principais entusiastas, basta recordar a entrada
triunfal de Jesus em Jerusalém.
Ao celebrarmos, neste Domingo, a Solenidade
litúrgica de Cristo Rei do Universo, recordamos tantos e tantos leigos e
consagrados que, tendo estabelecido amizade sincera e profunda com Cristo,
oferecem à Evangelização o contributo da sua ação e do seu próprio sofrimento,
membros de comunidades, associações e movimentos de ação apostólica, pais e
mães que se consagram à educação dos seus filhos na prática das virtudes
humanas e cristãs, tantos jovens que dão o melhor de si a anunciar Cristo
jovem, Rei e Senhor, para que todos encontrem o verdadeiro sentido para a vida,
a felicidade, a alegria de viver. É também neste dia de Cristo Rei do Universo
que os jovens portugueses vão receber das mãos do Santo Padre e dos jovens do
Panamá que acolheram a última Jornada Mundial, os símbolos que sempre
acompanham as Jornadas Mundiais da Juventude. A cerimónia será transmitida pela
RTP, diretamente da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Se a Nova Evangelização precisa de todos, não pode
dispensar os jovens nem eles querem ser dispensados nesta gesta de ir e
anunciar, querem e são protagonistas da Evangelização.
A Igreja, mesmo que não seja muito claro, há muito
iniciou a Nova Evangelização. Poderemos dizer que se iniciou com João XXIII que
abriu as portas e as janelas da Igreja em busca de ar mais fresco e saudável.
São Paulo VI foi um mártire persistente dessa renovação conciliar. João Paulo
I, com o seu sorriso inesquecível e de curto pontificado, deu-nos motivos de
esperança num mundo melhor e mais risonho. São João Paulo II batizou esse
movimento como Nova Evangelização e, sem se poupar a esforços, deu-lhe mais um
forte empurrão que Bento XVI e Francisco não deixaram de abraçar e continuar.
As viagens pastorais destes Papas por todos os continentes, as Jornadas
Mundiais da Juventude, os Encontros Mundiais da Família, os constantes Sínodos
dos Bispos sobre temas diversos e pastoral de continentes, os vários Congressos
Internacionais da Pastoral das Grandes Cidades, a proclamação e vivência de
vários anos santos, as imensas iniciativas na passagem do milénio, a formação e
responsabilização dos leigos, o surgimento de novas associações, grupos,
movimentos e comunidades de vida consagrada, o Pátio dos gentios, as
iniciativas ecuménicas e inter-religiosas, a reforma litúrgica, os encontros,
simpósios e congressos internacionais e nacionais, os Documentos do Magistério,
os esforços diocesanos nessa viragem, etc. etc. etc. Os próprios escândalos
dentro da Igreja, se a todos nos humilham e envergonham, foram e continuam a
ser motivo de paragem para aprender a escutar, a ver, avaliar, julgar e agir,
para purificação e renovação atenta, para tomar consciência de que não há
pessoas impecáveis e que todos caminhamos em pés de barro, para compreender
melhor que a Nova Evangelização começa a partir de dentro.
Alguém dirá que nada tem resultado, que nada é
palpável, que nada se vê. Embora muita coisa já tenha mudado, é possível que
sim, que não sintamos grande alteração e que desejaríamos que tudo acontecesse mais
rápido. No entanto, não podemos esquecer que se a tarefa de semear é nossa, a
dinâmica do seu germinar e crescer é semelhante à do grão de mostarda que,
sendo a mais pequenina das sementes, vai crescendo até se tornar em árvore
frondosa. A lógica de Deus não é a nossa lógica e só Ele sabe quando e como a
semente crescerá e dará fruto. No entanto, se o êxito é d’Ele e não nosso,
também é certo que a sementeira do Reino que nos compete fazer tem exigências,
exigências que se depreendem a partir de Cristo, missionário do Pai. Cristo foi
enviado pelo Pai, veio em nome do Pai, estava em comunhão com Pai, não falava
em seu nome mas em nome do Pai. O Espírito que o animava e nos enviou também
não falava nem fala de si mesmo mas do que ouviu. Assim também o verdadeiro
evangelizador, é um enviado de Jesus Cristo, não fala em seu próprio nome, vive
em Cristo, escuta e dialoga com Cristo, faz-se voz e pés de Cristo, e, pela
ação do Espírito, anuncia o que deve anunciar, com paciência e humildade, com
alegria e esperança, sabendo que Cristo está com ele, vai à sua frente e é
manso e humilde de coração.
Todos
os métodos, iniciativas e entusiasmos serão vazios se cada um ceder à tentação
de falar em seu nome pessoal e transmitir as suas ideias, se cada um pensar que
o êxito se deve a si próprio, se a cada um faltar a formação, a oração e se
esquecer que toda a vida de Jesus foi um caminho em direção à cruz. Se assim
for, tudo soará a oco. Faltará a conversão de quem a anuncia e o dom de viver
na comunhão com Jesus e com os outros, sem autojustificações, sem comparações,
sem toques de mundaneidade, sem pieguices ou caprichos, mas caminhando com
coerência de vida e alegria e criando comunidade de caminho já que uma
conversão meramente individual não faz sentido nem terá grande consistência.
Que a Jornada Mundial da Juventude de 2023, em
Portugal, comprometa cada vez mais os jovens nesta alegria de incendiar o mundo
com o amor de Cristo. Eles são a alegria e a paz em movimento! Deixemo-nos
contagiar por eles e caminhemos todos ao encontro de Jesus, o Caminho, a
Verdade e a Vida.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 20-11-2020.
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