sexta-feira, 13 de novembro de 2020

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

 

 

 

Sábado, 14 de novembro de 2020

 

 

 

Sábado da XXXII semana do tempo comum

 

 

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LITURGIA:

 

SÁBADO da semana XXXII

Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória. (de manhã)
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 3 Jo 5-8; Sal 111 (112), 1-2. 3-4. 5-6
Ev Lc 18, 1-8


* Na Diocese da Guarda – Sufrágio pelos Bispos e Presbíteros falecidos.
* Na Ordem Beneditina – Sufrágios pelos pais, parentes e benfeitores (Laudes e Missa de defuntos).
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – Todos os Santos Carmelitas – FESTA
* Na Ordem de Cister – Comemoração de todos os defuntos que militaram sob a Regra de S. Bento
* Na Ordem Franciscana – SS. Nicolau Tavelic, presbítero e Companheiros, mártires, da I Ordem – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – SS. Nicolau Tavelic e Companheiros, presbíteros e mártires, da I Ordem – MO
* Na Companhia de Jesus – S. José Pignatelli, presbítero – MO
* Na Diocese de Mindelo (Cabo Verde) – Aniversário da criação da Diocese (2003).
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

Missa

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 87, 3
Chegue até Vós, Senhor, a minha oração,
inclinai o ouvido ao meu clamor.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e misericordioso,
afastai de nós toda a adversidade,
para que, sem obstáculos do corpo ou do espírito,
possamos livremente cumprir a vossa vontade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) 3 Jo 5-8
«Devemos ajudar os irmãos,
para sermos cooperadores da verdade»

Esta breve carta de João, o Ancião, é dirigida a um certo Gaio. Nela o autor exorta-o a continuar a auxiliar os missionários da palavra de Deus. Eles anunciam o nome do Senhor Jesus, o Salvador.

Leitura da Terceira Epístola de São João


Caríssimo Gaio: Tu procedes fielmente em tudo o que fazes pelos irmãos, apesar de serem estrangeiros. Eles deram testemunho da tua caridade perante a Igreja. Farás bem, provendo-os do necessário para a viagem, de maneira digna aos olhos de Deus. Foi pelo nome do Senhor que eles se puseram a caminho, sem nada receberem dos pagãos. Devemos, portanto, ajudar esses homens, para sermos cooperadores da verdade.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 111 (112), 1-2.3-4.5-6 (R. cf. 1a)
Refrão: Feliz o homem que espera no Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se

Feliz o homem que teme o Senhor
e ama ardentemente os seus preceitos.
A sua descendência será poderosa sobre a terra,
será abençoada a geração dos justos. Refrão

Haverá em sua casa abundância e riqueza,
a sua generosidade permanece para sempre.
Brilha aos homens rectos, como luz nas trevas,
o homem misericordioso, compassivo e justo. Refrão

Ditoso o homem que se compadece e empresta
e dispõe das suas coisas com justiça.
Este jamais será abalado;
o justo deixará memória eterna. Refrão


ALELUIA cf. 2 Tes 2, 14
Refrão: Aleluia. Repete-se
Deus chamou-nos por meio do Evangelho,
para alcançarmos a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. Refrão

EVANGELHO Lc 18, 1-8
«Deus fará justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam»

O Senhor não tem receio de pôr Deus ao lado do juiz iníquo, para nos inculcar bem a fé e a confiança que havemos de pôr n’Ele. Se o juiz egoísta acabou por atender a súplica da viúva impertinente, quanto mais Deus há de escutar os seus filhos! O que pode acontecer é que a nossa fé não saiba esperar a hora de Deus. Mas aquele que souber estar vigilante na fé à hora em que o Senhor voltar, esse será salvo.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a necessidade de orar sempre sem desanimar: «Em certa cidade vivia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Havia naquela cidade uma viúva que vinha ter com ele e lhe dizia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário’. Durante muito tempo ele não quis atendê-la. Mas depois disse consigo: ‘É certo que eu não temo a Deus nem respeito os homens; mas, porque esta viúva me importuna, vou fazer-lhe justiça, para que não venha incomodar-me indefinidamente’». E o Senhor acrescentou: «Escutai o que diz o juiz iníquo!... E Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite, e iria fazê-los esperar muito tempo? Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa. Mas quando voltar o Filho do homem, encontrará fé sobre a terra?»


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, com benevolência
para o sacrifício que Vos apresentamos,
a fim de participarmos com sincera piedade
no memorial da paixão do vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 22, 1-2
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados.
Conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma.

Ou Lc 24, 35
Os discípulos reconheceram
o Senhor Jesus ao partir o pão.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos damos graças, Senhor,
pelo alimento celeste que recebemos
e imploramos da vossa misericórdia
que, pela ação do Espírito Santo,
perseverem na vossa graça
os que receberam a força do alto.
Por Nosso Senhor.

 

 

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AGENDA DO DIA

15.00 horas: Missa na Falagueira

16.00 horas: Missa em Monte Claro

16.00 horas: Missa no Pardo

18.00 horas:  Missa em Alpalhão

18.00 horas:  Missa em Nisa.

 

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A VOZ DO PASTOR

 

 

SEMINÁRIOS PARA A NOVA EVANGELIZAÇÃO

 

Em 15 de julho de 1563, os bispos reunidos no Concílio de Trento aprovaram, por unanimidade, um decreto que recomendava a criação de Seminários em cada diocese. Foi uma medida de enorme relevância para a reforma e a renovação da Igreja. Eram tempos difíceis a nível social, político e religioso e a Igreja, como sempre, só poderia renovar-se e ser fermento de renovação a partir de dentro de si própria. São Bartolomeu dos Mártires, Arcebispo de Braga e padre conciliar, teve papel fundamental nesta causa. O Concílio Vaticano II reiterou a importância dos Seminários e o Magistério da Igreja tem vindo constantemente a realçar o seu valor. Em Portugal, eles têm uma bela história de serviço à cultura e à formação de tantos e tantos jovens que por lá passaram, mesmo que, alguns, obrigados a lá estar por uma qualquer dona Estefânia e com o rigor do silêncio e da disciplina, sempre contrariados, pudessem ter sentido o frio duma qualquer manhã submersa. Uns, foram ordenados padres e serviram a Igreja, com alegria e dedicação, na multiplicidade das suas expressões e ação. Outros, marcaram o país nas diversas áreas culturais e sociais e do serviço à causa pública!

A evolução dos tempos e das culturas, porém, a atenção aos sinais dos tempos, sempre obrigaram e continuam a obrigar os Seminários a uma constante atualização, quer a nível da vida interna, quer no modo e na formação a dar aos alunos, quer na própria interação entre o Seminário e a vida da Igreja diocesana, quer também na sua interação com a sociedade civil. Os Seminários são o coração da Igreja e a Igreja sente a necessidade de uma nova Evangelização com o tal novo vigor, novo entusiasmo, novas expressões, nova linguagem. Ter pastores segundo o coração de Cristo e dentro das exigências de cada tempo, reclama essa preocupação, de forma atenta, atempada e inteligente.

É evidente que quando falamos de Seminários, estamos a falar da comunidade de pessoas, não das grandes casas outrora construídas e, agora, livres e dadas a fins pastorais ou outros. Embora, em princípio, os seminaristas continuem a precisar de casa para viverem em comunidade, quando falamos em Seminário, falamos, de facto, desses jovens que são candidatos ao Sacerdócio e uma esperança para a Igreja. Falamos dos seus Formadores e Colaboradores, os quais merecem toda a nossa gratidão pela sua dedicação a causa tão especial. Incluímos ainda os benfeitores que, com a sua amizade e o sentido de pertença à Igreja, os ajudam economicamente com a sua generosa partilha. Todos são protagonistas dessa delicada arte de acompanhar para ajudar a discernir e a formar em fidelidade ao Senhor e em abertura aos sinais dos tempos. Com todos na mente e com muita esperança, estamos a viver em Portugal, também em jeito de promoção vocacional, a Semana dos Seminários.

Jesus continua a tocar o coração daqueles que entende, para que fiquem com Ele e os possa enviar, em seu nome, como instrumentos da sua misericórdia, como homens de Deus, da Palavra e do Serviço. Ora, para que alguém possa ouvir e aceitar este desafio, para que responda em total liberdade e se decida ir ao encontro de Jesus, há um processo de crescimento na escola do Mestre, e o Mestre é Ele mesmo, Jesus. Só uma identificação cada vez maior com Ele, como verdadeiros discípulos, permitirá responder, de forma mais madura, a estas provocações do Senhor. Embora não seja regra absoluta, sabemos que os primeiros monitores nesta escola do Mestre a fazer com que os jovens possam fazer esta experiência de fé e afinar o ouvido a um possível chamamento do Senhor, são as famílias, os amigos, e as comunidades paroquiais nos seus dinamismos de proximidade, inclusão, oração, reflexão e ação.

No entanto, a Igreja, sem dispensar as famílias, os amigos e as comunidades paroquiais, não  tem dispensado os Seminários, sobretudo os de Teologia ou Maiores. São escolas especiais e de grande importância, não para formatar ou uniformizar no modo de ser, pensar e estar, mas para aprender a aprender, para incrementar os dons de Deus e levar à conversão profunda do coração e a uma grande atitude de humildade perante os desafios da vida e da missão. São espaços de acompanhamento pessoal e comunitário. Aí, cada um poderá avaliar as suas reais motivações interiores e discernir sobre a melhor resposta a dar. Há silêncio e estudo, há formação intelectual, humana, espiritual e pastoral, há convivência sadia e maturação no seguimento de Jesus como discípulos.

Como sabemos, o primeiro elemento estruturante da vocação é o chamamento livre do Senhor. Ele chama quem quer, quando quer, como quer. É pura iniciativa e dom da sua graça. Não é resultado de méritos, talentos, promessas ou propósitos individuais. Ninguém se pode impor, reivindicar ou forçar a barra a ter de ser! «Não fostes vós que me escolhestes, fui Eu que vos escolhi a vós», disse Jesus (Jo.15,16).

O segundo elemento estruturante da vocação é a resposta livre de quem é chamado. Jesus não força, não quer ninguém por favor, não grita, não se impõe, não usa artimanhas. Convida delicadamente, toca no ombro, bate à porta, desafia, fala aos ouvidos do coração. Talvez agora o faça também através da barulhenta feira de mensagens no facebook, instagram, tik tok, snapchat, youtube, whatsapp, twitter...

Fascinados por Jesus, os primeiros discípulos logo ficaram atraídos e curiosos: “Mestre, onde moras?”. “Vinde e vereis”, disse-lhes Jesus. E “eles foram, viram onde morava e ficaram com Ele nesse dia” (Jo 1, 39). Depois desse encontro, eles deixaram tudo e seguiram-n’O. Jesus aceitou-os como amigos e tudo lhes deu a conhecer, preparando-os para ir e evangelizar!... Este é o mistério da liberdade de Deus, que chama, fascina, inspira, atrai e se entrelaça com a liberdade do homem que responde confiante na força desse encontro na amizade com Jesus.

Um terceiro elemento que também faz parte da vocação é o ser aceite pela Igreja. Sendo a vocação um dom da graça divina, ele é recebido através da Igreja, na Igreja e para o serviço à Igreja. Quem pede ingresso no Seminário, embora, por discernimento responsável, possa não chegar ao Sacerdócio, é sempre acolhido com alegria e como verdadeiro candidato. É recebido tal como é, com as suas circunstâncias, potencialidades e debilidades. No respeito pela sua liberdade e os seus ritmos de resposta, é ajudado e acompanhado, mas ninguém o pode substituir na resposta a dar. No entanto, ele pode dizer que se sente chamado, dizer que sim, que quer, e ser muito inteligente e capaz. A Igreja, porém, pode não o aceitar. Não por capricho, malvadez ou leviandade, mas porque a sua vida e o seu comportamento são incoerentes com o que diz ou prova com a vida. Se não há retidão de intenções, liberdade de vontade, idoneidade humana e formativa, coerência e bom senso... Sim, os formadores até podem enganar-se no juízo que fazem, mas se os sinais vão todos em sentido contrário, o que é que eles hão de fazer?!...

Reparem: o jovem rico do Evangelho, um judeu exímio no cumprimento dos seus deveres, sentia-se chamado a novos desafios. Foi pedir conselho a Jesus mas não teve a coragem de construir uma nova história de amizade com Ele. Com certeza que construiu outra, mas não esta. Era um bom judeu, cumpridor, mas não convertido ao essencial, estava de coração preso a outros interesses, queria coisa maior mas não estava disposto a mudar. Ora, esse é que é o grande discernimento que cada um tem de fazer. No diálogo de Jesus com Pedro, a grande e repetida pergunta que Jesus lhe faz é precisamente essa: “Simão, filho de João, tu amas-Me?” (Jo 21, 16). Como quem diz: tu queres-Me, de facto, como teu amigo e com as exigências que isso implica? Se sim, anda daí, vem e vê!...

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 06-11-2020.

 

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