domingo, 22 de novembro de 2020

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

 

 

 

Segunda, 23 de novembro de 2020

 

 

Segunda da XXXIV semana do tempo comum

 

 

 

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LITURGIA:

 

SEGUNDA-FEIRA da semana XXXIV

S. Clemente I, papa e mártir – MF
S. Columbano, abade – MF
Verde, verm. ou br. – Ofício à escolha (Semana II do Saltério).
Missa à escolha

L 1 Ap 14, 1-3. 4b-5; Sal 23 (24), 1-2. 3-4. 5-6
Ev Lc 21, 1-4

* Na Diocese de Beja – Aniversário da Ordenação episcopal de D. José João dos Santos Marcos (2014).
* Na Ordem de Cister – S. Columbano, eremita – MF
* Na Companhia de Jesus – B. Miguel Agostinho Pró, presbítero e mártir – MF
* Na Diocese de Vila Real (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.

 

Missa

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 84, 9
O Senhor fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a todos os que a Ele se convertem de coração sincero.


ORAÇÃO COLECTA
Despertai, Senhor, a vontade dos vossos fiéis,
para que, correspondendo mais generosamente
à ação da graça divina,
recebamos maiores auxílios da vossa bondade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Ap 14, 1-3.4b-5
«Tinham gravados na fronte o nome do Cordeiro e o nome de seu Pai»


O Cordeiro é o Senhor Jesus. Os que seguem o Cordeiro são os cristãos, marcados com o sinal de Cristo e do Pai, em oposição aos que seguem a idolatria dos pagãos, idolatria que é frequentemente comparada na Sagrada Escritura à luxúria e à prostituição. Por isso, os que seguem o Cordeiro são chamados virgens, isto é, não manchados pela idolatria, mas fiéis ao Cordeiro, seu Senhor. Esta linguagem tem sentido sobretudo nos tempos em que os cristãos são sacrificados por não quererem adorar os falsos deuses do império romano, quando foi escrito este livro de consolação e de esperança; mas a sua mensagem é para todos os tempos, durante os quais a Igreja peregrinar sobre a terra.

Leitura do Livro do Apocalipse


Eu, João, vi o Cordeiro de pé, no monte Sião. Com Ele estavam os cento e quarenta e quatro mil que tinham gravados na fronte o nome do Cordeiro e o nome de seu Pai. E ouvi uma voz, vinda do Céu, semelhante ao fragor de águas caudalosas e ao ribombar de forte trovão; mas a voz que eu ouvi era também semelhante ao som de harpistas, tocando as suas harpas. Entoavam um cântico novo diante do trono e na presença dos quatro Seres Vivos e dos Anciãos. Ninguém podia aprender esse cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram resgatados da terra. São aqueles que seguem o Cordeiro para onde quer que Ele vá. Foram resgatados de entre os homens como primícias oferecidas a Deus e ao Cordeiro. Na sua boca nunca se encontrou mentira: são irrepreensíveis.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 23 (24), 1-2.3-4.5-6 (R. cf. 6)
Refrão: Esta é a geração dos que procuram o Senhor. Repete-se

Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas. Refrão

Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
que não invocou o seu nome em vão nem jurou falso. Refrão

Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face do Deus de Jacob. Refrão


ALELUIA Mt 24, 42a.44
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vigiai e estai preparados,
para vos apresentardes
sem temor diante do Filho do homem. Refrão


EVANGELHO Lc 21, 1-4
«Viu uma viúva muito pobre deitar duas pequenas moedas»


Aos olhos de Deus é o coração do homem que dá o sentido a todas as suas atitudes e acções, e não as aparências. O muito e o pouco aos olhos de Deus está no amor que anima o coração e não no valor material das coisas. É o olhar de Deus o único que pode dar o justo valor a cada ação humana.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, Jesus levantou os olhos e viu os ricos deitarem na arca do Tesouro as suas ofertas. Viu também uma viúva muito pobre deitar duas pequenas moedas. Então Jesus disse: «Em verdade vos digo: Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Todos eles deram do que lhes sobrava; mas ela, na sua penúria, ofereceu tudo o que possuía para viver».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, estes dons sagrados
que nos mandastes oferecer em honra do vosso nome
e fazei que, obedecendo sempre aos vossos mandamentos,
nos tornemos também nós
uma oblação agradável aos vossos olhos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 116, 1-2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
porque é eterna a sua misericórdia.

Ou Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso e eterno,
não permitais que se separem de Vós
aqueles a quem destes a graça
de participar neste divino sacramento.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

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MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

 

     1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 

     2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 

     3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS Ap 14, 1-3.4b-5: O Cordeiro é o Senhor Jesus. Os que seguem o Cordeiro são os cristãos, marcados com o sinal de Cristo e do Pai, em oposição aos que seguem a idolatria dos pagãos, idolatria que é frequentemente comparada na Sagrada Escritura à luxúria e à prostituição. Por isso, os que seguem o Cordeiro são chamados virgens, isto é, não manchados pela idolatria, mas fiéis ao Cordeiro, seu Senhor. Esta linguagem tem sentido sobretudo nos tempos em que os cristãos são sacrificados por não quererem adorar os falsos deuses do império romano, quando foi escrito este livro de consolação e de esperança; mas a sua mensagem é para todos os tempos, durante os quais a Igreja peregrinar sobre a terra.

Lc 21, 1-4: Aos olhos de Deus é o coração do homem que dá o sentido a todas as suas atitudes e acções, e não as aparências. O muito e o pouco aos olhos de Deus está no amor que anima o coração e não no valor material das coisas. É o olhar de Deus o único que pode dar o justo valor a cada ação humana.

 

AGENDA DO DIA

 

 

AVISO:

Devido às novas medidas de combate à pandemia da covid-19, resultantes do Decreto Presidencial que prorroga por mais 15 dias o estado de emergência em Portugal, e, infelizmente, a elevação do Concelho de Nisa para o estado de "Risco Muito elevado", por se verificarem entre 480 e 960 casos por cada 100.000 habitantes, obriga a cada um de nós a consciencialização cívica para o rigoroso cumprimento das medidas que irão entrar em vigor a partir das 00h00 de 24 de novembro. Na sequência desta realidade, os serviços pastorais na zona pastoral de Nisa sofrem também alteração nalgumas paróquias, principalmente, no que diz respeito às missas de tarde aos fins-de-semana.

 

 

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A VOZ DO PASTOR:

 

 

DO VATICANO PARA A CIDADE DE LISBOA

 

Somos uma espécie de obra inacabada sempre em busca de acabamentos e também eles inacabados. Por isso, toda a pessoa se pergunta sobre a vida e o seu sentido, deseja ser feliz e saber como é que isso se há de alcançar. Mesmo que as realidades terrenas que a envolvam, realidades socias, laborais, económicas, políticas, sanitárias, etc., mesmo que essas realidades sejam difíceis e tantas vezes incómodas e obstáculo, ninguém consegue desanimar ou desistir de rasgar horizontes para a sua vida e dar resposta às perguntas que esse desafio lhe coloca. E se a vida é um dom belo e gratuito, viver é uma delicada arte, uma nobre tarefa. Mas também não é o grande sucesso dos negócios ou a concretização e êxito dos projetos sonhados que fará com que as perguntas sobre o sentido da vida deixem de existir. Como sabemos, neste mundo, mesmo que tenhamos tudo aquilo a que possamos aspirar, só a graça e a fidelidade ao Senhor nos satisfará, e, para além deste mundo, só a visão beatífica nos realizará plenamente. É por isso que muita gente sem grandes êxitos nesta vida e até com muitos dissabores, vive feliz e transmite felicidade, alegria e paz. São vidas alicerçadas na fé, não à espera de milagres, mas, sem descurar o seu esforço de procura e trabalho, sabem ter, concomitantemente, outras prioridades, sabem optar pelo caminho que, na verdade, dá sentido à vida e às coisas da vida, seja ela qual for e como for.

 

E se toda a gente procura a felicidade, muito mais os jovens. Na primavera da vida, eles procuram perguntar-se e entender qual será o verdadeiro caminho para lá chegar. Jesus Cristo, que veio para evangelizar os pobres, não só apontou o caminho para que isso acontecesse, mas também nos garantiu que Ele próprio era o caminho: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Mostrar e ensinar esse Caminho, essa Verdade e essa Vida é o que chamamos evangelizar. E podemos perguntar: mas quem são esses pobres perante os quais Cristo se apresentou a evangelizar? Se hoje há multidões de rostos, muita espécie de pobreza e miséria no mundo, toda ela tem como grande suporte aqueles que ignoram ou tentam, na prática ou na teoria, não aceitar esse Caminho, essa Verdade, essa Vida que nos faz sentir irmãos e solidários. É por isso que, mesmo que a Igreja jamais tenha interrompido o caminho da Evangelização, precisamos duma Nova Evangelização para que a descristianização não aumente, os valores humanos e cristãos essenciais não sejam atirados às malvas e se dê resposta à eterna pergunta que continua de pé: como viver, como ser feliz, individual e socialmente? É a esta pobreza, a esta fome e desejo de amor e de justiça, a esta fome de felicidade, que Cristo veio dar resposta. E os jovens foram os seus primeiros e principais entusiastas, basta recordar a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.

 

Ao celebrarmos, neste Domingo, a Solenidade litúrgica de Cristo Rei do Universo, recordamos tantos e tantos leigos e consagrados que, tendo estabelecido amizade sincera e profunda com Cristo, oferecem à Evangelização o contributo da sua ação e do seu próprio sofrimento, membros de comunidades, associações e movimentos de ação apostólica, pais e mães que se consagram à educação dos seus filhos na prática das virtudes humanas e cristãs, tantos jovens que dão o melhor de si a anunciar Cristo jovem, Rei e Senhor, para que todos encontrem o verdadeiro sentido para a vida, a felicidade, a alegria de viver. É também neste dia de Cristo Rei do Universo que os jovens portugueses vão receber das mãos do Santo Padre e dos jovens do Panamá que acolheram a última Jornada Mundial, os símbolos que sempre acompanham as Jornadas Mundiais da Juventude. A cerimónia será transmitida pela RTP, diretamente da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

 

Se a Nova Evangelização precisa de todos, não pode dispensar os jovens nem eles querem ser dispensados nesta gesta de ir e anunciar, querem e são protagonistas da Evangelização.

 

A Igreja, mesmo que não seja muito claro, há muito iniciou a Nova Evangelização. Poderemos dizer que se iniciou com João XXIII que abriu as portas e as janelas da Igreja em busca de ar mais fresco e saudável. São Paulo VI foi um mártire persistente dessa renovação conciliar. João Paulo I, com o seu sorriso inesquecível e de curto pontificado, deu-nos motivos de esperança num mundo melhor e mais risonho. São João Paulo II batizou esse movimento como Nova Evangelização e, sem se poupar a esforços, deu-lhe mais um forte empurrão que Bento XVI e Francisco não deixaram de abraçar e continuar. As viagens pastorais destes Papas por todos os continentes, as Jornadas Mundiais da Juventude, os Encontros Mundiais da Família, os constantes Sínodos dos Bispos sobre temas diversos e pastoral de continentes, os vários Congressos Internacionais da Pastoral das Grandes Cidades, a proclamação e vivência de vários anos santos, as imensas iniciativas na passagem do milénio, a formação e responsabilização dos leigos, o surgimento de novas associações, grupos, movimentos e comunidades de vida consagrada, o Pátio dos gentios, as iniciativas ecuménicas e inter-religiosas, a reforma litúrgica, os encontros, simpósios e congressos internacionais e nacionais, os Documentos do Magistério, os esforços diocesanos nessa viragem, etc. etc. etc. Os próprios escândalos dentro da Igreja, se a todos nos humilham e envergonham, foram e continuam a ser motivo de paragem para aprender a escutar, a ver, avaliar, julgar e agir, para purificação e renovação atenta, para tomar consciência de que não há pessoas impecáveis e que todos caminhamos em pés de barro, para compreender melhor que a Nova Evangelização começa a partir de dentro.

 

Alguém dirá que nada tem resultado, que nada é palpável, que nada se vê. Embora muita coisa já tenha mudado, é possível que sim, que não sintamos grande alteração e que desejaríamos que tudo acontecesse mais rápido. No entanto, não podemos esquecer que se a tarefa de semear é nossa, a dinâmica do seu germinar e crescer é semelhante à do grão de mostarda que, sendo a mais pequenina das sementes, vai crescendo até se tornar em árvore frondosa. A lógica de Deus não é a nossa lógica e só Ele sabe quando e como a semente crescerá e dará fruto. No entanto, se o êxito é d’Ele e não nosso, também é certo que a sementeira do Reino que nos compete fazer tem exigências, exigências que se depreendem a partir de Cristo, missionário do Pai. Cristo foi enviado pelo Pai, veio em nome do Pai, estava em comunhão com Pai, não falava em seu nome mas em nome do Pai. O Espírito que o animava e nos enviou também não falava nem fala de si mesmo mas do que ouviu. Assim também o verdadeiro evangelizador, é um enviado de Jesus Cristo, não fala em seu próprio nome, vive em Cristo, escuta e dialoga com Cristo, faz-se voz e pés de Cristo, e, pela ação do Espírito, anuncia o que deve anunciar, com paciência e humildade, com alegria e esperança, sabendo que Cristo está com ele, vai à sua frente e é manso e humilde de coração.

Todos os métodos, iniciativas e entusiasmos serão vazios se cada um ceder à tentação de falar em seu nome pessoal e transmitir as suas ideias, se cada um pensar que o êxito se deve a si próprio, se a cada um faltar a formação, a oração e se esquecer que toda a vida de Jesus foi um caminho em direção à cruz. Se assim for, tudo soará a oco. Faltará a conversão de quem a anuncia e o dom de viver na comunhão com Jesus e com os outros, sem autojustificações, sem comparações, sem toques de mundaneidade, sem pieguices ou caprichos, mas caminhando com coerência de vida e alegria e criando comunidade de caminho já que uma conversão meramente individual não faz sentido nem terá grande consistência.

 

Que a Jornada Mundial da Juventude de 2023, em Portugal, comprometa cada vez mais os jovens nesta alegria de incendiar o mundo com o amor de Cristo. Eles são a alegria e a paz em movimento! Deixemo-nos contagiar por eles e caminhemos todos ao encontro de Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida.



Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 20-11-2020.

 

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