PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 27 de novembro de 2020
Sexta da XXXIV
semana do tempo comum
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LITURGIA:
SEXTA-FEIRA
da semana XXXIV
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Ap 20, 1-4. 11 – 21, 2; Sal 83 (84),
3. 4. 5-6a e 8
Ev Lc 21, 29-33
* Na Diocese de Beja – Aniversário da tomada de posse de D. José João dos
Santos Marcos.
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – Manifestação
de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa – FESTA
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 84, 9
O Senhor fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a todos os que a Ele se convertem de coração sincero.
ORAÇÃO COLECTA
Despertai, Senhor, a vontade dos vossos fiéis,
para que, correspondendo mais generosamente
à acção da graça divina,
recebamos maiores auxílios da vossa bondade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Ap 20, 1-4.11 – 21, 2
«Cada um foi julgado segundo as suas
obras.
Vi a nova Jerusalém, que descia do Céu»
Leitura do Livro
do Apocalipse
Eu, João, vi descer do Céu um Anjo, que tinha na mão a chave do abismo e uma
grande cadeia. Agarrou o Dragão, a antiga Serpente, que é o Diabo e Satanás, e
acorrentou-o pelo espaço de mil anos. Precipitou-o no abismo, que fechou e
selou, para que não seduzisse mais as nações, até se completarem os mil anos.
Depois disto, tem de ser posto em liberdade por pouco tempo. Vi então uns
tronos, sobre os quais estavam sentados aqueles a quem foi dado o poder de
julgar. Vi também as almas dos que tinham sido decapitados por causa do
testemunho de Jesus e da palavra de Deus, assim como aqueles que não se tinham
prostrado diante do Monstro e da sua imagem, nem tinham recebido o seu sinal na
fronte ou na mão. Eles voltaram à vida e reinaram com Cristo durante mil anos.
Vi depois um grande trono branco e Aquele que estava nele sentado. Da sua presença
fugiram a terra e o céu, sem deixarem vestígios. Vi também os mortos, grandes e
pequenos, de pé diante do trono. E abriram-se os livros. Abriu-se também um
livro, que era o livro da vida. Os mortos foram julgados segundo as suas obras,
conforme o que estava escrito nos livros. O mar restituiu os mortos que nele
estavam, a morte e a sua morada devolveram os mortos que tinham; e cada um foi
julgado segundo as suas obras. A morte e a sua morada foram lançadas no lago de
fogo. Esta é a segunda morte: o lago de fogo. E quem não estava escrito no
livro da vida foi lançado no lago de fogo. Vi então um novo céu e uma nova
terra, porque o primeiro céu e a primeira terra tinham desaparecido e o mar já
não existia. E vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do Céu, da
presença de Deus, bela como noiva adornada para o seu esposo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 83 (84), 3.4.5-6a e 8 (Ap 21, 3b)
Refrão: Eis a morada de Deus com os
homens! Repete-se
A minha alma suspira ansiosamente
pelos átrios do Senhor.
O meu ser e a minha carne
exultam no Deus vivo. Refrão
Até as aves do céu encontram abrigo
e as andorinhas um ninho para os seus filhos,
junto dos vossos altares, Senhor dos Exércitos,
meu Rei e meu Deus. Refrão
Felizes os que moram em vossa casa:
podem louvar-Vos continuamente.
Felizes os que em Vós encontram a sua força,
os que caminham para ver a Deus em Sião. Refrão
ALELUIA Lc 21, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se
Erguei-vos e levantai a cabeça,
porque a vossa libertação está próxima. Refrão
EVANGELHO Lc 21, 29-33
«Quando virdes acontecer estas coisas,
sabei que está próximo o reino de Deus»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Olhai a
figueira e as outras árvores: Quando vedes que já têm rebentos, sabeis que o
Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei
que está próximo o reino de Deus. Em verdade vos digo: Não passará esta geração
sem que tudo aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não
passarão».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, estes dons sagrados
que nos mandastes oferecer em honra do vosso nome
e fazei que, obedecendo sempre aos vossos mandamentos,
nos tornemos também nós
uma oblação agradável aos vossos olhos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 116, 1-2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
porque é eterna a sua misericórdia.
Ou Mt 28, 20
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus todo-poderoso e eterno,
não permitais que se separem de Vós
aqueles a quem destes a graça
de participar neste divino sacramento.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra
de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva o
Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou
através da Sua Palavra.
LEITURAS Ap 20, 1-4.11 – 21, 2: Depois
da vitória de Deus sobre o espírito do mal, vem o julgamento dos habitantes da
terra. Os mártires, que venceram os ídolos, triunfam com Cristo. Passou este
mundo; aparecem os novos céus e a nova terra e a Jerusalém nova, na alegria do
mundo regenerado, vivendo para sempre na comunhão da aliança eterna com Deus
Lc 21, 29-33: A hora da ruína de
Jerusalém será, ao mesmo tempo, a hora do começo do desenvolvimento do reino de
Deus. Os sinais de destruição não podem, por isso, ser vistos só no seu aspeto
de calamidade. Deus é Senhor da história, Ele humilha e exalta, Ele leva às
portas da morte e de lá liberta. Este Céu e esta Terra de agora poderão passar
e hão de passar, mas o reino de Deus será o novo Céu e a nova Terra, que não
passarão jamais.
AGENDA
DO DIA
15.00 horas: Funeral em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
AVISO:
Devido às novas medidas de combate à pandemia da covid-19,
resultantes do Decreto Presidencial que prorroga por mais 15 dias o estado de
emergência em Portugal, e, infelizmente, a elevação do Concelho de Nisa para o
estado de "Risco Muito elevado", por se verificarem entre 480 e 960
casos por cada 100.000 habitantes, obriga a cada um de nós a consciencialização
cívica para o rigoroso cumprimento das medidas que irão entrar em vigor a
partir das 00h00 de 24 de novembro. Na sequência desta realidade, os serviços pastorais na zona
pastoral de Nisa sofrem também alteração nalgumas paróquias, principalmente, no
que diz respeito às missas de tarde aos fins-de-semana.
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A
VOZ DO PASTOR:
DO
VATICANO PARA A CIDADE DE LISBOA
Somos uma espécie de obra inacabada sempre em busca
de acabamentos e também eles inacabados. Por isso, toda a pessoa se pergunta
sobre a vida e o seu sentido, deseja ser feliz e saber como é que isso se há de
alcançar. Mesmo que as realidades terrenas que a envolvam, realidades socias,
laborais, económicas, políticas, sanitárias, etc., mesmo que essas realidades
sejam difíceis e tantas vezes incómodas e obstáculo, ninguém consegue desanimar
ou desistir de rasgar horizontes para a sua vida e dar resposta às perguntas
que esse desafio lhe coloca. E se a vida é um dom belo e gratuito, viver é uma
delicada arte, uma nobre tarefa. Mas também não é o grande sucesso dos negócios
ou a concretização e êxito dos projetos sonhados que fará com que as perguntas
sobre o sentido da vida deixem de existir. Como sabemos, neste mundo, mesmo que
tenhamos tudo aquilo a que possamos aspirar, só a graça e a fidelidade ao
Senhor nos satisfará, e, para além deste mundo, só a visão beatífica nos
realizará plenamente. É por isso que muita gente sem grandes êxitos nesta vida
e até com muitos dissabores, vive feliz e transmite felicidade, alegria e paz.
São vidas alicerçadas na fé, não à espera de milagres, mas, sem descurar o seu
esforço de procura e trabalho, sabem ter, concomitantemente, outras
prioridades, sabem optar pelo caminho que, na verdade, dá sentido à vida e às
coisas da vida, seja ela qual for e como for.
E se toda a gente procura a felicidade, muito mais os
jovens. Na primavera da vida, eles procuram perguntar-se e entender qual será o
verdadeiro caminho para lá chegar. Jesus Cristo, que veio para evangelizar os
pobres, não só apontou o caminho para que isso acontecesse, mas também nos
garantiu que Ele próprio era o caminho: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.
Mostrar e ensinar esse Caminho, essa Verdade e essa Vida é o que chamamos
evangelizar. E podemos perguntar: mas quem são esses pobres perante os quais
Cristo se apresentou a evangelizar? Se hoje há multidões de rostos, muita
espécie de pobreza e miséria no mundo, toda ela tem como grande suporte aqueles
que ignoram ou tentam, na prática ou na teoria, não aceitar esse Caminho, essa
Verdade, essa Vida que nos faz sentir irmãos e solidários. É por isso que,
mesmo que a Igreja jamais tenha interrompido o caminho da Evangelização,
precisamos duma Nova Evangelização para que a descristianização não aumente, os
valores humanos e cristãos essenciais não sejam atirados às malvas e se dê
resposta à eterna pergunta que continua de pé: como viver, como ser feliz,
individual e socialmente? É a esta pobreza, a esta fome e desejo de amor e de
justiça, a esta fome de felicidade, que Cristo veio dar resposta. E os jovens
foram os seus primeiros e principais entusiastas, basta recordar a entrada
triunfal de Jesus em Jerusalém.
Ao celebrarmos, neste Domingo, a Solenidade
litúrgica de Cristo Rei do Universo, recordamos tantos e tantos leigos e
consagrados que, tendo estabelecido amizade sincera e profunda com Cristo, oferecem
à Evangelização o contributo da sua ação e do seu próprio sofrimento, membros
de comunidades, associações e movimentos de ação apostólica, pais e mães que se
consagram à educação dos seus filhos na prática das virtudes humanas e cristãs,
tantos jovens que dão o melhor de si a anunciar Cristo jovem, Rei e Senhor,
para que todos encontrem o verdadeiro sentido para a vida, a felicidade, a
alegria de viver. É também neste dia de Cristo Rei do Universo que os jovens
portugueses vão receber das mãos do Santo Padre e dos jovens do Panamá que
acolheram a última Jornada Mundial, os símbolos que sempre acompanham as
Jornadas Mundiais da Juventude. A cerimónia será transmitida pela RTP,
diretamente da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Se a Nova Evangelização precisa de todos, não pode
dispensar os jovens nem eles querem ser dispensados nesta gesta de ir e
anunciar, querem e são protagonistas da Evangelização.
A Igreja, mesmo que não seja muito claro, há muito
iniciou a Nova Evangelização. Poderemos dizer que se iniciou com João XXIII que
abriu as portas e as janelas da Igreja em busca de ar mais fresco e saudável.
São Paulo VI foi um mártire persistente dessa renovação conciliar. João Paulo
I, com o seu sorriso inesquecível e de curto pontificado, deu-nos motivos de
esperança num mundo melhor e mais risonho. São João Paulo II batizou esse
movimento como Nova Evangelização e, sem se poupar a esforços, deu-lhe mais um
forte empurrão que Bento XVI e Francisco não deixaram de abraçar e continuar.
As viagens pastorais destes Papas por todos os continentes, as Jornadas
Mundiais da Juventude, os Encontros Mundiais da Família, os constantes Sínodos
dos Bispos sobre temas diversos e pastoral de continentes, os vários Congressos
Internacionais da Pastoral das Grandes Cidades, a proclamação e vivência de
vários anos santos, as imensas iniciativas na passagem do milénio, a formação e
responsabilização dos leigos, o surgimento de novas associações, grupos,
movimentos e comunidades de vida consagrada, o Pátio dos gentios, as iniciativas
ecuménicas e inter-religiosas, a reforma litúrgica, os encontros, simpósios e
congressos internacionais e nacionais, os Documentos do Magistério, os esforços
diocesanos nessa viragem, etc. etc. etc. Os próprios escândalos dentro da
Igreja, se a todos nos humilham e envergonham, foram e continuam a ser motivo
de paragem para aprender a escutar, a ver, avaliar, julgar e agir, para
purificação e renovação atenta, para tomar consciência de que não há pessoas
impecáveis e que todos caminhamos em pés de barro, para compreender melhor que
a Nova Evangelização começa a partir de dentro.
Alguém dirá que nada tem resultado, que nada é
palpável, que nada se vê. Embora muita coisa já tenha mudado, é possível que
sim, que não sintamos grande alteração e que desejaríamos que tudo acontecesse
mais rápido. No entanto, não podemos esquecer que se a tarefa de semear é
nossa, a dinâmica do seu germinar e crescer é semelhante à do grão de mostarda
que, sendo a mais pequenina das sementes, vai crescendo até se tornar em árvore
frondosa. A lógica de Deus não é a nossa lógica e só Ele sabe quando e como a
semente crescerá e dará fruto. No entanto, se o êxito é d’Ele e não nosso,
também é certo que a sementeira do Reino que nos compete fazer tem exigências,
exigências que se depreendem a partir de Cristo, missionário do Pai. Cristo foi
enviado pelo Pai, veio em nome do Pai, estava em comunhão com Pai, não falava
em seu nome mas em nome do Pai. O Espírito que o animava e nos enviou também
não falava nem fala de si mesmo mas do que ouviu. Assim também o verdadeiro
evangelizador, é um enviado de Jesus Cristo, não fala em seu próprio nome, vive
em Cristo, escuta e dialoga com Cristo, faz-se voz e pés de Cristo, e, pela
ação do Espírito, anuncia o que deve anunciar, com paciência e humildade, com
alegria e esperança, sabendo que Cristo está com ele, vai à sua frente e é
manso e humilde de coração.
Todos
os métodos, iniciativas e entusiasmos serão vazios se cada um ceder à tentação
de falar em seu nome pessoal e transmitir as suas ideias, se cada um pensar que
o êxito se deve a si próprio, se a cada um faltar a formação, a oração e se
esquecer que toda a vida de Jesus foi um caminho em direção à cruz. Se assim
for, tudo soará a oco. Faltará a conversão de quem a anuncia e o dom de viver
na comunhão com Jesus e com os outros, sem autojustificações, sem comparações,
sem toques de mundaneidade, sem pieguices ou caprichos, mas caminhando com
coerência de vida e alegria e criando comunidade de caminho já que uma
conversão meramente individual não faz sentido nem terá grande consistência.
Que a Jornada Mundial da Juventude de 2023, em
Portugal, comprometa cada vez mais os jovens nesta alegria de incendiar o mundo
com o amor de Cristo. Eles são a alegria e a paz em movimento! Deixemo-nos contagiar
por eles e caminhemos todos ao encontro de Jesus, o Caminho, a Verdade e a
Vida.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo Branco, 20-11-2020.
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