PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 19 de abril de 2022
Terça-feira de Páscoa
LITURGIA
TERÇA-FEIRA
DA OITAVA DA PÁSCOA
Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.
L1: At 2, 36-41; Sal 32 (33), 4-5. 18-19. 20 e 22
Ev: Jo 20, 11-18
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
Quarta-feira DA OITAVA DA PÁSCOA
Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.
L1: At 3, 1-10; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7. 8-9
Ev: Lc 24, 13-35
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese de Vila Real – Aniversário da criação da Diocese (1922).
MISSA
Antífona
de entrada Cf. Sir 15, 3-4
O Senhor deu-lhes a beber a água da sabedoria,
que os torna firmes e inabaláveis
e lhes dá em herança um nome eterno. Aleluia.
Diz- se o Glória.
Oração
coleta
Senhor nosso Deus, que nos renovastes e fortalecestes
pela celebração dos mistérios pascais,
ajudai o vosso povo com a abundância da graça celeste,
para que alcance a liberdade perfeita
e goze um dia no céu a alegria que já começou a saborear na terra.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Atos 2, 36-41
«Deus fê-l’O Senhor e Messias»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
No
dia de Pentecostes, disse Pedro aos judeus: «Saiba com absoluta certeza toda a
casa de Israel que Deus fez Senhor e Messias esse Jesus que vós crucificastes».
Ouvindo isto, sentiram todos o coração trespassado e perguntaram a Pedro e aos
outros Apóstolos: «Que havemos de fazer, irmãos?» Pedro respondeu-lhes:
«Convertei-vos e peça cada um de vós o Batismo em nome de Jesus Cristo, para
vos serem perdoados os pecados. Recebereis então o dom do Espírito Santo,
porque a promessa desse dom é para vós, para os vossos filhos e para quantos,
de longe, ouvirem o apelo do Senhor nosso Deus». E com muitas outras palavras
os persuadia e exortava, dizendo: «Salvai-vos desta geração perversa». Os que
aceitaram as palavras de Pedro receberam o Batismo e naquele dia juntaram-se
aos discípulos cerca de três mil pessoas.
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 32 (33), 4-5.18-19.20.22 (R. 5b)
Refrão: A bondade do Senhor encheu a
terra. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
A palavra do Senhor é reta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a retidão:
a terra está cheia da bondade do Senhor. Refrão
Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome. Refrão
A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protetor.
Venha sobre nós a vossa bondade,
porque em Vós esperamos, Senhor. Refrão
ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia Repete-se
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão
EVANGELHO Jo 20, 11-18
«Vi o Senhor e disse-me...»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele
tempo, Maria Madalena estava a chorar junto do sepulcro. Enquanto chorava,
debruçou-se para dentro do sepulcro e viu dois Anjos vestidos de branco,
sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde estivera deitado o corpo de
Jesus. Os Anjos perguntaram a Maria: «Mulher, porque choras?» Ela respondeu-
lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». Dito isto,
voltou-se para trás e viu Jesus de pé, sem saber que era Ele. Disse-lhe Jesus:
«Mulher, porque choras? A quem procuras?» Pensando que era o jardineiro, ela
respondeu-Lhe: «Senhor, se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste, para
eu O ir buscar». Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela voltou-se e respondeu em
hebraico: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!» Jesus disse-lhe: «Não Me
detenhas, porque ainda não subi para o Pai. Vai ter com os meus irmãos e
diz-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso
Deus». Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor». E contou-lhes
o que Ele lhe tinha dito.
Palavra
da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Acolhei benignamente, Senhor, os dons da vossa família
e concedei-lhe o auxílio da vossa proteção,
para que não perca as graças recebidas e alcance os bens eternos.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio
Pascal I: O mistério
pascal
No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai
benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se
também as comemorações próprias.
Antífona
da comunhão Cl 3, 1-2
Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,
onde Cristo Se encontra, sentado à direita de Deus.
Saboreai as coisas do alto. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Deus todo-poderoso, ouvi a nossa oração
e dirigi os corações dos vossos fiéis,
para que, purificados pela graça do Batismo,
mereçam alcançar a bem-aventurança eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 2, 36-41: A primeira pregação dos Apóstolos fez surgir o
primeiro grupo da comunidade cristã. A palavra levou à fé,
esta à conversão e ao Batismo. A
proclamação da palavra de Deus continua a presença do Verbo, e os
Sacramentos, a sua ação salvadora
no meio dos homens.
Jo
20, 11-18: Maria Madalena, no jardim
de José de Arimateia, é a figura da Igreja, a nova Eva, no jardim do novo
paraíso, o da nova criação. Aí ela encontra o seu Senhor, O reconhece e O
adora. E para sempre, pela sua boca, continuará a ouvir-se a grande Boa Nova:
“Vi o Senhor ressuscitado”. Assim o proclama aqui hoje a assembleia dos seus
discípulos.
AGENDA DO DIA:
09.30
horas: Funeral em Nisa
10.00
horas: Funeral no Arneiro
11.30
horas: Funeral em Nisa
14.30
horas: Funeral em Nisa
15.00 horas: Missa na Senhora da Redonda
?
horas: Funeral em Nisa
18.00 horas; Missa em Nisa.
FESTAS NO CONCELHO DE
NISA
Nossa Senhora da Graça - Nisa
A VOZ DO PASTOR
MORTO NO CALVÁRIO – EM AUSCHWITZ – NA UCRÂNIA – EM...
Um preso de Auschwitz, escreveu sobre um dos muitos e
terríveis enforcamentos a que assistiu nesse campo de concentração, de horror e
extermínio. Enforcamentos solenemente sádicos e horrorosos, cruéis e intimidatórios.
Naquele dia enforcaram três: dois adultos e um rapazito. Elie Wiesel escreveu
assim: “Os três condenados subiram juntos para as três cadeiras. A cabeça, dos
três, foi introduzida ao mesmo tempo dentro dos nós corrediços. “Viva a
liberdade”, gritaram os dois adultos. O pequeno, porém, ficou calado. “Onde
está Deus? Onde é que Ele está?”, perguntou alguém atrás de mim. A um sinal do
chefe do campo, as três cadeiras foram deitadas por terra. Silêncio absoluto em
todo o campo. O sol ia-se pondo no horizonte. Em seguida, começou o desfile. Os
dois adultos já não estavam vivos. Tinham a língua pendente, inchada, azulada.
A terceira corda, porém, continuava a mover-se; como era tão leve, o miúdo
continuava vivo…Manteve-se assim durante mais de meia hora, debatendo-se entre
a vida e a morte, agonizando lentamente sob o nosso olhar. E nós tínhamos de
olhá-lo bem no rosto. Ainda estava vivo, quando passei à sua frente. Tinha a
língua vermelha e os olhos ainda não se tinham vidrado. Atrás de mim voltei a
ouvir o mesmo homem, que perguntava: “Onde é que Deus está, neste momento?”
Então ouvi dentro de mim uma voz que lhe respondia: “Onde está Deus? Ei-lo ali,
pendurado naquela forca…”. (in “As sete últimas palavras” de Timothy
Radcliffe).
Os que se julgam donos e senhores de tudo e de todos
continuam a crucificar e a matar Jesus na cruz: “O que fizerdes aos outros é a
mim que o fazeis”, disse-nos Ele. E porquê que isso acontece?
Como recordávamos na Missa da Última Ceia, o Senhor
disse a Pedro, relutante em que Cristo lhe lavasse os pés: “Se eu não te lavar
os pés, não terás parte comigo”. Dois mil anos depois de Cristo acontece mesmo.
Ainda há quem, na sua importância, tenha preconceitos de autossuficiência e se
recuse a que Jesus lhe lave os pés. Isto é, rejeita deixar-se lavar e purificar
por Cristo, com a sua graça, com o seu perdão, com a sua misericórdia, com a
sua palavra, com o seu testemunho de amor por todos, incluindo os inimigos.
RECORDEMOS NA FORMA BREVE:
“Naquele tempo, levantaram-se os anciãos do povo, os
príncipes dos sacerdotes e os escribas, levaram Jesus a Pilatos e começaram a
acusá-lo, dizendo: «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir
que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei». Pilatos
perguntou a Jesus: «Tu és o Rei dos judeus?». Jesus respondeu: «Tu o dizes».
Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nada de
culpável neste homem». Mas eles insistiam: «Amotina o povo, ensinando por toda
a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui». Ao ouvir isto, Pilatos
perguntou se o homem era galileu; e, ao saber que era da jurisdição de Herodes,
enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em Jerusalém. Ao ver Jesus,
Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que
ouvia dizer d’Ele, e esperava que fizesse algum milagre na sua presença.
Fez-Lhe muitas perguntas; mas Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e
os escribas que lá estavam acusavam-no com insistência. Herodes, com os seus oficiais,
tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico e
remeteu-O a Pilatos. Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram amigos nesse
dia. Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e
disse-lhes: «Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo.
Interroguei-O diante de vós e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O
acusais. Herodes também não, uma vez que no-lo mandou de novo. Como vedes, não
praticou nada que mereça a morte. Vou, portanto, soltá-lo, depois de O mandar
castigar». Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da
festa. E todos se puseram a gritar: «Mata Esse e solta-nos Barrabás». Barrabás
tinha sido metido na cadeia por causa de uma insurreição desencadeada na cidade
e por assassínio. De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar
Jesus. Mas eles gritavam: «Crucifica-O! Crucifica-O!». Pilatos falou-lhes pela
terceira vez: «Mas que mal fez este homem? Não encontrei n’Ele nenhum motivo de
morte. Por isso vou soltá-lo, depois de O mandar castigar». Mas eles
continuavam a gritar, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores
aumentavam de violência. Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam: soltou
aquele que tinha sido metido na cadeia por insurreição e assassínio, como eles
reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.
Quando O conduziam, lançaram mão de um certo Simão de
Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás
de Jesus. Seguia-O grande multidão de povo e mulheres que batiam no peito e se
lamentavam, chorando por Ele. Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes:
«Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos
vossos filhos. Pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres
que não geraram e os peitos que não amamentaram’. Começarão a dizer aos montes:
‘Caí sobre nós’; e às colinas: ‘Cobri-nos’. Porque se tratam assim a madeira
verde, que acontecerá à seca?». Levavam ainda dois malfeitores para serem executados
com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-no a Ele e
aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: «Pai,
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». Depois deitaram sortes, para
repartirem entre si as vestes de Jesus. O povo permanecia ali a observar. Por
sua vez, os chefes zombavam e diziam: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo,
se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam d’Ele;
aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos judeus,
salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos
judeus».
Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido
crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e
a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus,
tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o
castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável». E
acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus
respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso». Era já
quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da
tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E
Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito
isto, expirou. Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo:
«Realmente este homem era justo». E toda a multidão que tinha assistido àquele
espetáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. Todos os
conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia,
mantinham-se à distância, observando estas coisas”.
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Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-04-2022.
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