sábado, 16 de abril de 2022

 




PARÓQUIAS DE NISA

Domingo, 17 de abril de 2022

 

Domingo de Páscoa

   

 

LITURGIA

 

DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Solenidade com oitava
Branco.



MISSA DA VIGÍLIA

 
* Hoje o Ofício de Leitura é omitido por aqueles que participam na Vigília Pascal.

Devem ler-se pelo menos três leituras do Antigo Testamento, e em casos mais urgentes ao menos duas; nunca se deve omitir a leitura do livro do Êxodo.

L1: Gen 1, 1 – 2, 2 ou Gen 1, 1. 26-31a
L2: Gen 22, 1-18 ou Gen 22, 1-2. 9a. 10-13. 15-18
L3: Ex 14, 15 – 15, 1
L4: Is 54, 5-14
L5: Is 55, 1-11
L6: Bar 3, 9-15.
32 – 4, 4
L7: Ez 36, 16-17a. 18-28
L8: Rom 6, 3-11
Ev: Lc 24, 1-12


MISSA DO DIA
+ Missa própria, Glória, sequência, Credo, pf. I da Páscoa.

L1: At 10, 34a. 37-43; Sal 117 (118), 1-2. 16ab-17. 22-23
L2: Col 3, 1-4 ou 1 Cor 5, 6b-8
Ev: Jo 20, 1-9

* Na Missa vespertina pode ler-se Lc 24, 13-35.
* Hoje são proibidas todas as outras celebrações, e todas as Missas de defuntos.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* Com as Vésperas do Domingo da Ressurreição encerra-se o Tríduo Pascal.
* Hoje, e durante toda a oitava, Completas dom. (dep. I ou II Vésperas), antífona Este é o dia, com oração da Ressurreição.
* No fim das Completas e em vez da oração O Anjo do Senhor, diz-se a antífona Rainha do céu, durante todo o Tempo Pascal.

Missa

 

Vigília pascal na Noite Santa

1. Segundo uma antiquíssima tradição, esta é uma noite de vigília em nome do Senhor (Ex 12, 42), noite que os fiéis celebram, segundo a recomendação do Evangelho (Lc 12, 35 ss.), de lâmpadas acesas na mão, à semelhança dos ser­vos que esperam o Senhor, para que, quando Ele vier, os encontre vigilantes e os faça sentar à sua mesa.
2. A Vigília desta noite, que é a suprema e mais nobre de todas as solenidades, deve ser uma só em cada igreja. Ordena-se deste modo: depois de um breve lucernário e do precónio pascal (primeira parte desta Vigília), a santa Igreja medita nas maravilhas que o Senhor, desde o princípio dos tempos, realizou em favor do seu povo confiante na sua pala­vra e na sua promessa (segunda parte: liturgia da palavra), até ao momento em que, ao despontar o dia, juntamente com os novos membros re­nascidos pelo Batismo (terceira parte), é convidada para a mesa que o Senhor preparou para o seu povo, como memorial da sua morte e ressurreição (quarta parte).
3. Toda a celebração da Vigília Pascal deve realizar-se de noite, isto é, não se pode iniciar antes do anoitecer do Sábado e deve terminar antes do amanhecer do Domingo.
4. A Missa da Vigília Pascal, ainda que termine antes da meia noite, é a Missa pascal do Domingo da Ressurreição.
5. Quem tomar parte na Missa da noite pode comungar de novo na Missa do dia. Quem celebrar ou concelebrar a Missa da noite pode celebrar ou concelebrar de novo na Missa do dia.
A Vigília Pascal substitui o Ofício de Leitura.
6. O sacerdote deve ter como assistente, normalmente, um diácono. Na falta dele, as funções da sua ordem são assumidas pelo sacerdote celebrante ou um concelebrante, exceto aquelas que adiante se indicam.
O sacerdote e o diácono revestem-se com paramentos brancos, como para a Missa.
7. Preparam-se velas para todos os que tomam parte na Vigília. Apagam-se todas as luzes da igreja.


Primeira parte
Solene início da Vigília ou Lucernário



Bênção do fogo e preparação do círio

8. Fora da igreja, em lugar apropriado, acende-se uma fogueira. Reunido o povo nesse lugar, o sacerdote aproxima-se, acompanhado dos ministros, um dos quais leva o círio pascal. Não se leva a cruz processional, nem tochas ou círios.
Onde não for possível acender o fogo fora da igreja, o rito será como se indica no n. 13.

9. O sacerdote e os fiéis benzem-se, enquanto ele diz:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Depois, o sacerdote saúda o povo na forma habitual e faz uma breve admonição sobre o significado desta vigília noturna, com estas palavras ou outras semelhantes:

Caríssimos irmãos:
Nesta noite santíssima,
em que nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida,
a Igreja convida os seus filhos, dispersos pelo mundo,
a reunirem-se em vigília e oração.
Vamos comemorar a Páscoa do Senhor,
ouvindo a sua palavra e celebrando os seus mistérios,
na esperança de participar no seu triunfo sobre a morte
e de viver com Ele para sempre junto de Deus.

10. Em seguida, o sacerdote benze o fogo, dizendo de braços abertos:
Oremos.
Senhor nosso Deus, que, por meio do vosso Filho,
destes aos vossos fiéis a claridade da vossa luz,
santificai + este lume novo
e concedei-nos que a celebração das festas pascais
acenda em nós o desejo do céu,
para merecermos chegar, com a alma purificada,
às festas da luz eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

11. Depois da bênção do lume novo, um acólito ou um dos ministros apresenta o círio pascal ao celebrante, o qual, com um estilete, grava no círio uma cruz; depois, grava a letra grega Alfa por cima da cruz e a letra grega Ómega por debaixo e, entre os braços da cruz grava os quatro algarismos do ano corrente. Enquanto grava estes símbolos, diz:
 1. Cristo, ontem e hoje,
Grava a haste vertical da cruz.
 2. Princípio e fim,
Grava a haste horizontal da cruz.
 3. Alfa
Grava o Alfa por cima da haste vertical.
 4. e Ómega.
Grava o Ómega por debaixo da haste vertical.
 5. A Ele pertence o tempo
Grava no ângulo superior esquerdo o primeiro algarismo do ano corrente.
 6. e os séculos.
Grava no ângulo superior direito o segundo algarismo do ano corrente.
 7. A Ele a glória e o poder
Grava no ângulo inferior esquerdo o terceiro algarismo do ano corrente.
 8. por toda a eternidade. Amen.
Grava no ângulo inferior direito o quarto algarismo do ano corrente.

12. Depois de ter gravado a cruz e os outros símbolos, o sacerdote pode colocar no círio cinco grãos de incenso, em forma de cruz, dizendo:
 1. Pelas suas chagas
 2. santas e gloriosas,
 3. nos proteja
 4. e nos guarde
 5. Cristo Senhor. Amen.

13. Quando, por justas razões, não se acende uma fogueira, a bênção do lume será adaptada convenientemente às circunstâncias. Reunido o povo na igreja, o sacer­dote dirige-se para a porta da igreja, acompanhado dos ministros com o círio pascal. O povo, na medida do possível, volta-se para o sacerdote.
Feita a saudação e a admonição, como acima no n. 9, procede-se à bênção do lume (n. 9) e prepara-se o círio, como acima (nn.10-12).

14. O sacerdote acende o círio pascal do lume novo, dizendo:
A luz de Cristo gloriosamente ressuscitado
nos dissipe as trevas do coração e do espírito.
Quanto a estes elementos, as Conferências Episcopais também podem determinar outras formas mais adaptadas à índole dos povos.

Procissão

15. Aceso o círio, um dos ministros toma carvões ardentes do fogo e põe-nos no turíbulo; e o sacerdote impõe o incenso na forma habitual. O diácono, ou, na falta dele, outro ministro idóneo, recebe do ministro o círio pascal e organiza-se a procissão. O turiferário, com o turíbulo aceso, vai adiante do diácono ou do outro ministro que leva o círio pascal. Seguem-se o sacerdote com os ministros e o povo, todos com velas na mão apagadas.
À porta da igreja, o diácono ou o outro ministro que leva o círio pascal, para e, levantando o círio, canta:
A luz de Cristo. Ou: Lumen Christi. R. Deo gratias.

Todos respondem:
Graças a Deus.
O sacerdote acende a sua vela do lume do círio pascal.

16. Depois, o diácono ou o outro ministro que leva o círio pascal continua até ao meio da igreja, para e, levantando o círio, canta pela se­gunda vez:
A luz de Cristo. Ou: Lumen Christi. R. Deo gratias.

Todos respondem:
Graças a Deus.
Todos acendem então as velas do lume do círio pascal e a procissão continua.

17. Ao chegar junto do altar, o diácono ou o outro ministro que leva o círio pascal, voltado para o povo, levanta o círio e canta pela terceira vez:
A luz de Cristo. Ou: Lumen Christi. R. Deo gratias.

Todos respondem:
Graças a Deus.
Então, o diácono ou o outro ministro que leva o círio pascal depõe o círio sobre o respetivo candelabro, preparado junto do ambão ou no meio do presbitério.
Acendem-se as luzes da igreja, mas não as velas do altar.


Precónio pascal

18. Ao chegar ao altar, o sacerdote dirige-se para a sua cadeira, entrega a sua vela ao ministro, impõe e benze o incenso como para o Evangelho na Missa. O diácono dirige-se ao sacerdote e, dizendo A vossa bênção, pede e recebe a bênção do sacerdote, que diz, em voz baixa:
O Senhor esteja no teu coração e nos teus lábios,
para anunciares dignamente o seu precónio pascal.
Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo.
O diácono responde: Amen.
Omite-se esta bênção, se o precónio é cantado por outro que não seja diácono.

19. O diácono, depois de incensar o livro e o círio, proclama o precónio pascal no ambão ou na estante, conservando-se todos de pé, com as velas acesas na mão.
O precónio pascal pode ser proclamado, na falta do diácono, pelo próprio sacerdote ou por outro presbítero concelebrante. Se, por necessidade, for um cantor leigo que proclama o precónio, omite as palavras E vós, irmãos caríssimos até ao fim do invitatório, bem como a saudação O Senhor esteja convosco.

Precónio pascal na forma Longa sem canto
Exulte de alegria a multidão dos anjos,
exultem as assembleias celestes,
ressoem hinos de glória
para anunciar o triunfo de tão grande Rei.
Rejubile também a terra,
inundada por tão grande claridade,
porque a luz de Cristo, o Rei eterno,
dissipa as trevas de todo o mundo.
Alegre-se a Igreja, nossa mãe,
adornada com os fulgores de tão grande luz,
e ressoem neste templo as aclamações do povo de Deus.
[E vós, irmãos caríssimos,
aqui reunidos para celebrar o esplendor admirável desta luz,
invocai comigo a misericórdia de Deus todo-poderoso,
para que, tendo-Se Ele dignado,
sem mérito algum da minha parte,
admitir-me no número dos seus ministros,
infunda em mim a claridade da sua luz,
para que possa celebrar dignamente os louvores deste círio].

[V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.]
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

É verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
proclamar com todo o fervor da alma e toda a nossa voz
os louvores de Deus invisível, Pai todo-poderoso,
e do seu Filho unigénito, nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele pagou por nós ao eterno Pai
a dívida por Adão contraída
e com seu Sangue precioso
apagou a condenação do antigo pecado.
Celebramos hoje as festas da Páscoa,
em que é imolado o verdadeiro Cordeiro,
cujo Sangue consagra as portas dos fiéis.
Esta é a noite,
em que libertastes do cativeiro do Egito
os filhos de Israel, nossos pais,
e os fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho.
Esta é a noite,
em que a coluna de fogo dissipou as trevas do pecado.
Esta é a noite,
que liberta das trevas do pecado e da corrupção do mundo
aqueles que hoje por toda a terra creem em Cristo,
noite que os restitui à graça
e os reúne na comunhão dos santos.
Esta é a noite,
em que Cristo, quebrando as cadeias da morte,
Se levanta vitorioso do túmulo.
De nada nos serviria ter nascido,
se não tivéssemos sido resgatados.
Oh admirável condescendência da vossa graça!
Oh incomparável predileção do vosso amor!
Para resgatar o escravo,
entregastes o Filho.
Oh necessário pecado de Adão,
que foi destruído pela morte de Cristo!
Oh ditosa culpa,
que nos mereceu tão grande Redentor!
Oh noite bendita,
única a ter conhecimento do tempo e da hora
em que Cristo ressuscitou do sepulcro!
Esta é a noite, da qual está escrito:
A noite brilha como o dia
e a escuridão é clara como a luz.
Esta noite santa afugenta os crimes,
lava as culpas;
restitui a inocência aos pecadores,
dá alegria aos tristes;
derruba os poderosos,
dissipa os ódios,
estabelece a concórdia e a paz.
Nesta noite de graça,
aceitai, Pai santo,
este sacrifício vespertino de louvor,
que, na solene oblação deste círio,
pelas mãos dos seus ministros
Vos apresenta a santa Igreja.
Agora conhecemos o sinal glorioso desta coluna de cera,
que uma chama de fogo acende em honra de Deus:
esta chama que, ao repartir o seu esplendor,
não diminui a sua luz;
esta chama que se alimenta de cera,
produzida pelo trabalho das abelhas,
para formar este precioso luzeiro.
Oh noite ditosa,
em que o céu se une à terra,
em que o homem se encontra com Deus!
Nós Vos pedimos, Senhor,
que este círio, consagrado ao vosso nome,
arda incessantemente para dissipar as trevas da noite;
e, subindo para Vós, como suave perfume,
junte a sua claridade à das estrelas do céu.
Que ele brilhe ainda quando se levantar o astro da manhã,
aquele astro que não tem ocaso:
Jesus Cristo, vosso Filho,
que, ressuscitando de entre os mortos,
iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz
e vive e reina pelos séculos dos séculos.
R. Amen.

Precónio pascal na forma breve

Exulte de alegria a multidão dos anjos,
exultem as assembleias celestes,
ressoem hinos de glória
para anunciar o triunfo de tão grande Rei.
Rejubile também a terra,
inundada por tão grande claridade,
porque a luz de Cristo, o Rei eterno,
dissipa as trevas de todo o mundo.
Alegre-se a Igreja, nossa mãe,
adornada com os fulgores de tão grande luz,
e ressoem neste templo as aclamações do povo de Deus.
[V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.]
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

É verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
proclamar com todo o fervor da alma e toda a nossa voz
os louvores de Deus invisível, Pai todo-poderoso,
e do seu Filho unigénito, nosso Senhor Jesus Cristo.
Ele pagou por nós ao eterno Pai
a dívida por Adão contraída
e com seu Sangue precioso
apagou a condenação do antigo pecado.
Celebramos hoje as festas da Páscoa,
em que é imolado o verdadeiro Cordeiro,
cujo Sangue consagra as portas dos fiéis.
Esta é a noite,
em que libertastes do cativeiro do Egito
os filhos de Israel, nossos pais,
e os fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho.
Esta é a noite,
em que a coluna de fogo dissipou as trevas do pecado.
Esta é a noite,
que liberta das trevas do pecado e da corrupção do mundo
aqueles que hoje por toda a terra creem em Cristo,
noite que os restitui à graça
e os reúne na comunhão dos santos.
Esta é a noite,
em que Cristo, quebrando as cadeias da morte,
Se levanta glorioso do túmulo.
Oh admirável condescendência da vossa graça!
Oh incomparável predileção do vosso amor!
Para resgatar o escravo entregastes o Filho.
Oh necessário pecado de Adão,
que foi destruído pela morte de Cristo!
Oh ditosa culpa,
que nos mereceu tão grande Redentor!
Esta noite santa afugenta os crimes, lava as culpas;
restitui a inocência aos pecadores, dá alegria aos tristes.
Oh noite ditosa, em que o céu se une à terra,
em que o homem se encontra com Deus!
Nesta noite de graça,
aceitai, Pai santo, este sacrifício vespertino de louvor,
que, na oblação deste círio,
pelas mãos dos seus ministros Vos apresenta a santa Igreja.
Nós Vos pedimos, Senhor,
que este círio, consagrado ao vosso nome,
arda incessantemente para dissipar as trevas da noite;
e, subindo para Vós como suave perfume,
junte a sua claridade à das estrelas do céu.
Que ele brilhe ainda quando se levantar o astro da manhã,
aquele astro que não tem ocaso,
Jesus Cristo, vosso Filho,
que, ressuscitando de entre os mortos,
iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz
e vive e reina pelos séculos dos séculos.
R. Amen.


Segunda parte
Liturgia da palavra


20. Nesta Vigília, mãe de todas as vigílias, propõem-se nove leituras: sete do Antigo Testamento e duas (Epístola e Evangelho) do Novo Testamento, que devem ser lidas todas onde for possível, para que se observe a índole da Vigília, que requer longa duração.

21. Contudo, por motivos graves de ordem pastoral, pode reduzir-se o número de leituras do Anti­go Testamento. Mas, tenha-se sempre em conta que a leitura da palavra de Deus é parte fundamental desta Vigília Pascal. Leem-se, pelo menos, três leituras do Antigo Testamento, escolhidas da Lei e dos Profetas, e cantam-se os respetivos Salmos responsoriais. Nunca se deve omitir a leitura do cap. 14 do Êxodo.

22. Todos os presentes apagam as suas velas e sentam-se. Antes de se iniciarem as leituras, o sacerdote dirige ao povo uma breve admonição, com estas pala­vras ou outras semelhantes:

Irmãos caríssimos:
Depois de iniciarmos solenemente esta Vigília,
ouçamos agora, de cora­ção tranquilo, a Palavra de Deus.
Meditemos como Deus outrora salvou o seu povo
e como, na plenitude dos tempos,
enviou Jesus Cristo, nosso Salvador.
Oremos para que Deus realize esta obra pascal de salvação
e seja consumada a redenção do mundo.

23. Seguem-se as leituras. O leitor vai ao ambão e faz a primeira leitura. Seguida­mente, o salmista ou cantor diz o salmo, a que o povo responde com o refrão. Depois, todos se levantam; o sacerdote diz Oremos e todos oram em silêncio durante alguns momentos; o sacerdote diz então a oração correspondente à leitura.
Em vez do salmo responsorial, pode guardar-se um tempo de silêncio sagrado; neste caso, omite-se a pausa depois do Oremos.

LEITURA I Forma longa Gn 1, 1 — 2, 2
«Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom»

A liturgia da palavra de Deus da Vigília Pascal faz um apanhado da história da salvação desde o princípio – a criação – até ao seu ponto mais alto: a ressurreição. Deus tudo criou bom e belo, e criou-o para que o homem vivesse a dar-Lhe glória. Cristo ressuscitado é agora o homem novo, o novo Adão, princípio de uma nova criação, da qual se faz parte pelo Batismo.

Leitura do Livro do Génesis
No princípio, Deus criou o céu e a terra.
A terra estava deserta e vazia,
as trevas cobriam a superfície do abismo,
e o espírito de Deus pairava sobre as águas.
Disse Deus: «Faça-se a luz». E a luz apareceu.
Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas.
Deus chamou ‘dia’ à luz e ‘noite’ às trevas.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: era o primeiro dia.
Disse Deus: «Haja um firmamento no meio das águas,
para as manter separadas umas das outras».
Deus fez o firmamento
e separou as águas que estavam debaixo do firmamento
das águas que estavam por cima dele.
E ao firmamento chamou ‘céu’.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o segundo dia.
Disse Deus: «Juntem-se as águas
que estão debaixo do firmamento num só lugar
e apareça a terra seca».
E assim sucedeu.
À parte seca Deus chamou ‘terra’
e ‘mar’ ao conjunto das águas.
E Deus viu que isto era bom.
Disse Deus: «Cubra-se a terra de verdura:
ervas que deem sementes e árvores de fruto,
que produzam sobre a terra frutos com a sua semente,
segundo a própria espécie».
E assim sucedeu.
A terra produziu verdura:
erva que produz semente, segundo a sua espécie,
e árvores que dão frutos com a sua semente,
segundo a própria espécie.
Deus viu que isto era bom.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o terceiro dia.
Disse Deus: «Haja luzeiros no firmamento do céu,
para distinguirem o dia da noite
e servirem de sinais para as festas, os dias e os anos,
para que brilhem no firmamento do céu e iluminem a terra».
E assim sucedeu.
Deus fez dois grandes luzeiros:
o maior para presidir ao dia
e o menor para presidir à noite;
e fez também as estrelas.
Deus colocou-os no firmamento do céu
para iluminarem a terra, para presidirem ao dia e à noite
e separarem a luz das trevas.
Deus viu que isto era bom.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quarto dia.
Disse Deus: «Povoem as águas inúmeros seres vivos
e voem as aves na terra sob o firmamento do céu».
Deus criou os monstros marinhos
e todos os seres vivos que se movem nas águas,
segundo as suas espécies,
e todos os animais voadores, segundo as suas espécies.
Deus viu que isto era bom;
e abençoou-os, dizendo:
«Crescei e multiplicai-vos,
enchei as águas dos mares
e multipliquem-se as aves sobre a terra».
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o quinto dia.
Disse Deus: «Produza a terra seres vivos,
segundo as suas espécies:
animais domésticos, répteis e animais selvagens,
segundo as suas espécies».
E assim sucedeu.
Deus fez os animais selvagens, segundo as suas espécies,
os animais domésticos, segundo as suas espécies,
e todos os répteis da terra, segundo as suas espécies.
Deus viu que isto era bom.
Disse Deus: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança.
Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu,
sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagens
e sobre todos os répteis que rastejam pela terra».
Deus criou o ser humano à sua imagem,
criou-o à imagem de Deus. Ele o criou homem e mulher.
Deus abençoou-os, dizendo:
«Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra.
Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu
e sobre todos os animais que se movem na terra».
Disse Deus: «Dou-vos todas as plantas com semente
que existem em toda a superfície da terra,
assim como todas as árvores de fruto com semente,
para que vos sirvam de alimento.
E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu
e a todos os seres vivos que se movem na terra
dou as plantas verdes como alimento».
E assim sucedeu.
Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia.
Assim se completaram o céu e a terra
e tudo o que eles contêm.
Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera
e, no sétimo dia, descansou do trabalho que tinha realizado.
Palavra do Senhor.

LEITURA I Forma breve Gen 1, 1.26-31a
«Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom»

Leitura do Livro do Génesis
No princípio, Deus criou o céu e a terra.
Disse Deus: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança.
Domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu,
sobre os animais domésticos, sobre os animais selvagens
e sobre todos os répteis que rastejam pela terra».
Deus criou o ser humano à sua imagem,
criou-o à imagem de Deus.
Ele o criou homem e mulher.
Deus abençoou-os, dizendo:
«Crescei e multiplicai-vos,
enchei e dominai a terra.
Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu
e sobre todos os animais que se movem na terra».
Disse Deus: «Dou-vos todas as plantas com semente
que existem em toda a superfície da terra,
assim como todas as árvores de fruto com semente,
para que vos sirvam de alimento.
E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu
e a todos os seres vivos que se movem na terra
dou as plantas verdes como alimento».
E assim sucedeu.
Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom.
Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia.
Assim se completaram o céu e a terra
e tudo o que eles contêm.
Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera
e, no sétimo dia, descansou do trabalho que tinha realizado.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 103 (104), 1-2a.5-6.10.12.13-14.24.35c
(R. cf. 30)
Refrão: Enviai, Senhor, o vosso Espírito e renovai a face da terra.

Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Senhor, meu Deus, como sois grande!
Revestido de esplendor e majestade,
envolvido em luz como num manto!

Fundastes a terra sobre alicerces firmes:
não oscilará por toda a eternidade.
Vós a cobristes com o manto do oceano,
por sobre os montes pousavam as águas.
Transformais as fontes em rios,
que correm entre as montanhas.

Nas suas margens habitam as aves do céu;
por entre a folhagem fazem ouvir o seu canto.
Com a chuva regais os montes,
encheis a terra com o fruto das vossas obras.

Fazeis germinar a erva para o gado
e as plantas para o homem, que tira o pão da terra.
Como são grandes as vossas obras!
Tudo fizestes com sabedoria:
a terra está cheia das vossas criaturas.
Glória a Deus para sempre!

Ou Salmo 32 (33), 4-5.6-7.12-13.20.22 (R. 5b)
Refrão: A bondade do Senhor encheu a terra.

A palavra do Senhor é reta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a retidão:
a terra está cheia da bondade do Senhor.
A palavra do Senhor criou os céus,
o sopro da sua boca os adornou.

Foi Ele quem juntou as águas do mar
e distribuiu pela terra os oceanos.
Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança.

Do céu o Senhor contempla
e observa todos os homens.
A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protetor.
Venha sobre nós a vossa bondade,
porque em Vós esperamos, Senhor.

24. Depois da primeira leitura: a criação (Gn 1, 1 – 2, 2 ou 1, 1.26-31a e o Sl 103 ou 32).
Oremos.
Deus todo-poderoso e eterno,
que tudo fazeis com admirável sabedoria,
dai aos homens por Vós redimidos a graça de compreenderem
que o sacrifício de Cristo, nosso Cordeiro pascal,
é obra ainda mais excelente
que o ato da criação no princípio do mundo.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.

Ou: depois da leitura breve sobre a criação do homem (Gn 1, 1.26-31a).
Oremos.
Senhor nosso Deus,
que de modo admirável criastes o homem
e de modo mais admirável o redimistes,
dai-nos a graça de resistir às seduções do pecado
com a sabedoria do espírito,
para merecermos chegar às alegrias eternas.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.


LEITURA II Forma longa Gn 22, 1-18
«O sacrifício do nosso pai Abraão»

Abraão, ao oferecer o seu filho único em sacrifício por amor, tornou-se a imagem do amor de Deus que entrega o seu Filho único, Jesus, para salvação de todos nós; mas manifesta também um grande ato de fé e de esperança, porque ele considera que Deus podia até ressuscitar os mortos; por isso, numa espécie de prefiguração da ressurreição de Cristo, recuperou o seu filho Isaac (He 11, 19).

Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias,
Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o:
«Abraão!».
Ele respondeu: «Aqui estou».
Deus disse: «Toma o teu filho,
o teu único filho, a quem tanto amas, Isaac,
e vai à terra de Moriá,
onde o oferecerás em holocausto,
num dos montes que Eu te indicar».
Abraão levantou-se de manhã cedo,
aparelhou o jumento, tomou consigo dois dos seus servos
e o seu filho Isaac.
Cortou a lenha para o holocausto
e pôs-se a caminho do local que Deus lhe indicara.
Ao terceiro dia, Abraão ergueu os olhos e viu de longe o local.
Disse então aos servos: «Ficai aqui com o jumento.
Eu e o menino iremos além fazer adoração
e voltaremos para junto de vós».
Abraão apanhou a lenha do holocausto
e pô-la aos ombros do seu filho Isaac.
Depois, tomou nas mãos o fogo e o cutelo
e seguiram juntos o caminho.
Isaac disse a Abraão: «Meu pai».
Ele respondeu: «Que queres, meu filho?».
Isaac prosseguiu: «Temos aqui fogo e lenha;
mas onde está o cordeiro para o holocausto?».
Abraão respondeu:
«Deus providenciará o cordeiro para o holocausto, meu filho».
E continuaram juntos o caminho.
Quando chegaram ao local designado por Deus,
Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele,
atou seu filho Isaac e pô-lo sobre o altar, em cima da lenha.
Depois, estendendo a mão,
puxou do cutelo para degolar o filho.
Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu:
«Abraão, Abraão!».
«Aqui estou, Senhor», respondeu ele.
O Anjo prosseguiu:
«Não levantes a mão contra o menino,
não lhe faças nenhum mal.
Agora sei que na verdade temes a Deus,
uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu filho único».
Abraão ergueu os olhos
e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres num silvado.
Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho.
Abraão deu ao local este nome: «O Senhor providenciará».
E ainda hoje se diz: «Sobre a colina o Senhor providenciará».
O Anjo do Senhor chamou Abraão, do Céu, pela segunda vez,
e disse-lhe:
«Por Mim próprio te juro – oráculo do Senhor –
já que assim procedeste
e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único,
abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência
como as estrelas do céu e como a areia que está nas praias do mar,
e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas.
Porque obedeceste à minha voz,
na tua descendência serão abençoadas
todas as nações da terra».
Palavra do Senhor.

LEITURA II Forma breve Gn 22, 1-2.9a.10-13.15-18

O sacrifício do nosso pai Abraão
Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias,
Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o:
«Abraão!».
Ele respondeu: «Aqui estou».
Deus disse: «Toma o teu filho,
o teu filho único, a quem tanto amas, Isaac,
e vai à terra de Moriá,
onde o oferecerás em holocausto,
num dos montes que Eu te indicar».
Quando chegaram ao local designado por Deus,
Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele;
depois, estendendo a mão,
puxou do cutelo para degolar o filho.
Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu:
«Abraão, Abraão!».
«Aqui estou, Senhor», respondeu ele.
O Anjo prosseguiu:
«Não levantes a mão contra o menino,
nem lhe faças nenhum mal.
Agora sei que na verdade temes a Deus,
uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu filho único».
Abraão ergueu os olhos
e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres num silvado.
Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho.
O Anjo do Senhor chamou Abraão, do Céu, pela segunda vez,
e disse-lhe:
«Por Mim próprio te juro – oráculo do Senhor –
já que assim procedeste
e não Me recusaste o teu filho, o teu filho único,
abençoar-te-ei e abençoarei a tua descendência
como as estrelas do céu e como a areia que está nas praias do mar,
e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas.
Porque obedeceste à minha voz,
na tua descendência serão
abençoadas todas as nações da terra».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 15 (16), 5 e 8.9-10.11 (R. 1)
Refrão: Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio.
Ou: Guardai-me, Senhor, porque esperei em Vós.

Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei.

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta,
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.

Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita.

25. Depois da segunda leitura: o sacrifício de Abraão (Gn 22, 1-18 ou 22, 1-2.9a.10-13.15-18 e o Sl 15).

Oremos.
Senhor nosso Deus, Pai supremo dos fiéis,
que, pela graça da adoção,
multiplicais na terra os filhos da promessa
e, pelo sacrifício pascal, fizestes do vosso servo Abraão
o pai de todas as nações, como tínheis prometido,
concedei ao vosso povo a graça
de corresponder dignamente ao vosso chamamento.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.


LEITURA III Ex 14, 15 – 15, 1
«Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto»

No Antigo Testamento, o povo de Deus, depois de ter celebrado a Páscoa antiga no Egito, imolando o cordeiro pascal e ungindo com o sangue do mesmo cordeiro os umbrais e a padieira das suas portas, evitou a morte dos primogénitos e saiu liberto do Egito, passando a pé enxuto o Mar Vermelho. Esta passagem foi a imagem da passagem do novo povo de Deus pelas águas do Batismo, que o introduz agora na Igreja de Cristo.

Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias,
disse o Senhor a Moisés:
«Porque estás a bradar por Mim?
Diz aos filhos de Israel que se ponham em marcha.
E tu ergue a tua vara, estende a mão sobre o mar e divide-o,
para que os filhos de Israel entrem nele a pé enxuto.
Entretanto, vou permitir que se endureça o coração dos egípcios,
que hão de perseguir os filhos de Israel.
Manifestarei então a minha glória,
triunfando do Faraó,
de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus cavaleiros.
Os egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor,
quando Eu manifestar a minha glória,
vencendo o Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros».
O Anjo de Deus, que seguia à frente do acampamento de Israel,
deslocou-se para a retaguarda.
A coluna de nuvem que os precedia
veio colocar-se atrás do acampamento
e postou-se entre o campo dos egípcios e o de Israel.
A nuvem era tenebrosa de um lado
e do outro iluminava a noite,
de modo que, durante a noite,
não se aproximaram uns dos outros.
Moisés estendeu a mão sobre o mar,
e o Senhor fustigou o mar, durante a noite,
com um forte vento de leste.
O mar secou e as águas dividiram-se.
Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto,
enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.
Os egípcios foram atrás deles:
todos os cavalos do Faraó, os seus carros e cavaleiros
os seguiram pelo mar dentro.
Na vigília da manhã,
o Senhor olhou da coluna de fogo e da nuvem
para o acampamento dos egípcios
e lançou nele a confusão.
Bloqueou as rodas dos carros,
que dificilmente se podiam mover.
Então os egípcios disseram:
«Fujamos dos israelitas,
que o Senhor combate por eles contra os egípcios».
O Senhor disse a Moisés:
«Estende a mão sobre o mar,
e as águas precipitar-se-ão sobre os egípcios,
sobre os seus carros e os seus cavaleiros».
Moisés estendeu a mão para o mar
e, ao romper da manhã, o mar retomou o seu nível normal,
quando os egípcios fugiam na sua direção.
E o Senhor precipitou-os no meio do mar.
As águas refluíram
e submergiram os carros, os cavaleiros e todo o exército do Faraó,
que tinham entrado no mar, atrás dos filhos de Israel.
Nem um só escapou.
Mas os filhos de Israel tinham andado pelo mar a pé enxuto,
enquanto as águas formavam muralha à direita e à esquerda.
Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios,
e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar.
Viu também o grande poder
que o Senhor exercera contra os egípcios,
e o povo temeu o Senhor,
acreditou n’Ele e em seu servo Moisés.
Então Moisés e os filhos de Israel
cantaram este hino em honra do Senhor:
«Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória,
precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Ex 15, 1-2.3-4.5-6.17-18 (R. 1b)
Refrão: Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória.
Ou: Deus fez maravilhas: o seu nome é Senhor.

Cantarei ao Senhor, que fez brilhar a sua glória:
precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro.
O Senhor é a minha força e a minha proteção:
a Ele devo a minha liberdade.

Ele é o meu Deus: eu O exalto;
Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico.
O Senhor é um guerreiro, Omnipotente é o seu nome;
precipitou no mar os carros do Faraó e o seu exército.
Os seus melhores combatentes afogaram-se
no Mar Vermelho,
foram engolidos pelas ondas,
caíram como pedra no abismo.

A vossa mão direita, Senhor, revelou a sua força,
a vossa mão direita, Senhor, destroçou o inimigo.
Levareis o vosso povo e o plantareis na vossa montanha,
na morada segura que fizestes, Senhor,
no santuário que vossas mãos construíram.
O Senhor reinará pelos séculos dos séculos.

26. Depois da terceira leitura, passagem do Mar Vermelho (Ex 14, 15 – 15, 1) e o seu Cântico (Ex 15).
Oremos.
Senhor nosso Deus, também nos nossos dias,
vemos brilhar as vossas antigas maravilhas:
se outrora manifestastes o vosso poder,
libertando um só povo da perseguição do Faraó,
hoje assegurais a salvação de todas as nações,
fazendo-as renascer pela água do Batismo:
fazei que todos os povos da terra
se tornem filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.

Ou:
Oremos.
Senhor nosso Deus,
que iluminastes com a luz do Novo Testamento
as maravilhas operadas nos tempos antigos,
revelando no Mar Vermelho a imagem da fonte batismal
e, no povo libertado da escravidão do Egito,
os mistérios do povo cristão,
fazei que todos os homens,
elevados pela fé à dignidade de povo escolhido,
se tornem em Cristo nova criação pela graça do vosso Espírito.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.


LEITURA IV Is 54, 5-14
«Na sua eterna misericórdia, o Senhor, teu Redentor, teve compaixão de ti»

O profeta compara o amor de Deus pela sua Igreja ao amor com que o esposo ama a sua esposa. Apesar de o povo de Deus muitas vezes se ter afastado d’Ele, o profeta anuncia agora que, como aconteceu depois do dilúvio, Deus lhe promete perdão e misericórdia e que fará dele uma cidade nova, a Igreja de Cristo, lavada no seu Sangue e participante da sua vida de Ressuscitado.

Leitura do Livro de Isaías
O teu Criador, Jerusalém, será o teu Esposo
e o seu nome é ‘Senhor do Universo’.
O teu Redentor será o Santo de Israel,
que se chama ‘Deus de toda a terra’.
Como à mulher abandonada e de alma aflita,
o Senhor volta a chamar-te:
‘A esposa da juventude poderá ser repudiada?’,
– diz o teu Deus.
Por um momento abandonei-te,
mas no meu grande amor volto a chamar-te.
Num acesso de ira, escondi de ti a minha face,
mas na minha misericórdia eterna tive compaixão de ti,
diz o Senhor, teu Redentor.
Comigo sucede como no tempo de Noé,
quando jurei que as águas do dilúvio
não mais invadiriam a terra.
Assim Eu juro não tornar a irritar-Me contra ti,
não voltar a ameaçar-te.
Ainda que sejam abaladas as montanhas
e vacilem as colinas,
a minha misericórdia não te abandonará,
a minha aliança de paz não vacilará,
diz o Senhor, compadecido de ti.
Pobre cidade, batida pela tempestade e desolada,
vou assentar as tuas pedras sobre jaspe
e os teus alicerces em safiras;
vou fazer-te ameias de rubis,
portas de cristal
e todas as tuas muralhas de pedras preciosas.
Todos os teus habitantes serão instruídos pelo Senhor
e gozarão de uma grande paz.
Serás fundada sobre a justiça,
longe da violência, porque nada terás a temer,
longe do pavor, porque não poderá atingir-te.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 29 (30), 2 e 4.5-6.11 e 12a e 13b (R. 2a)
Refrão: Eu Vos louvarei, Senhor, porque me salvastes.

Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes
e não deixastes que de mim se regozijassem os inimigos.
Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,
vivificastes-me para não descer ao túmulo.

Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,
e dai graças ao seu nome santo.
A sua ira dura apenas um momento
e a sua benevolência a vida inteira.
Ao cair da noite vêm as lágrimas
e ao amanhecer volta a alegria.

Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,
Senhor, sede Vós o meu auxílio.
Vós convertestes em júbilo o meu pranto:
Senhor, meu Deus, eu Vos louvarei eternamente.

27. Depois da quarta leitura: a nova Jerusalém ( Is 54, 5-14 e o Sl 29).
Oremos.
Deus todo-poderoso e eterno,
multiplicai, para glória do vosso nome, a descendência
que prometestes aos nossos pais por causa da sua fé
e aumentai, pela adoção divina, os filhos da promessa,
de modo que a vossa Igreja possa ver como já se cumpriu
o que os santos Patriarcas esperaram e creram.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.

Ou outra das orações indicadas para depois das leituras eventualmente omitidas.


LEITURA V Is 55, 1-11
«Vinde a Mim, e a vossa alma viverá. Farei convosco uma aliança eterna»

O profeta anuncia a nascente da água, que o Senhor oferece gratuitamente; promete uma aliança eterna, com as graças já outrora prometidas a David, o antepassado de Jesus; e faz ouvir a sua palavra, que dá origem a uma nova criação naqueles que a escutarem: tudo isto acontece no Batismo dos catecúmenos e na renovação da vida em Cristo dos já batizados.

Leitura do Livro de Isaías
Eis o que diz o Senhor:
«Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das águas.
Vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei.
Vinde e comprai, sem dinheiro e sem despesa, vinho e leite.
Porque gastais o vosso dinheiro naquilo que não alimenta
e o vosso trabalho naquilo que não sacia?
Ouvi-Me com atenção e comereis o que é bom;
saboreareis manjares suculentos.
Prestai-Me ouvidos e vinde a Mim;
escutai-Me e vivereis.
Firmarei convosco uma aliança eterna,
com as graças prometidas a David.
Fiz dele um testemunho para os povos,
um chefe e legislador das nações.
Chamarás povos que não conhecias;
nações que não te conheciam acorrerão a ti,
por causa do Senhor teu Deus,
do Santo de Israel, que te glorificou.
Procurai o Senhor enquanto Se pode encontrar,
invocai-O enquanto está perto.
Deixe o ímpio o seu caminho,
e o homem perverso os seus pensamentos.
Converta-se ao Senhor, que terá compaixão dele,
ao nosso Deus, que é generoso em perdoar.
Porque os meus pensamentos não são os vossos,
nem os vossos caminhos são os meus – oráculo do Senhor.
Tanto quanto os céus estão acima da terra,
assim os meus caminhos estão acima dos vossos
e acima dos vossos estão os meus pensamentos.
E assim como a chuva e a neve que descem do céu
não voltam para lá sem terem regado a terra,
sem a haverem fecundado e feito produzir,
para que dê a semente ao semeador e o pão para comer,
assim a palavra que sai da minha boca
não volta sem ter produzido o seu efeito,
sem ter cumprido a minha vontade,
sem ter realizado a sua missão».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Is 12, 2-3.4bcd.5-6 (R. 3)
Refrão: Ireis com alegria às fontes da salvação.
Ou: Das fontes da salvação, saciai-vos na alegria.

Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.

Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome,
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria e exultai, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.

28. Depois da quinta leitura: a salvação oferecida a todos gratuitamente (Is 55, 1-11) e o Cântico (Is 12).
Oremos.
Deus todo-poderoso e eterno, única esperança do mundo,
que, na palavra dos Profetas,
anunciastes os mistérios dos tempos presentes,
aumentai no vosso povo o desejo dos bens celestes,
porque nenhum dos vossos fiéis pode crescer na virtude
sem a inspiração da vossa graça.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.

LEITURA VI Br 3, 9-15.32 – 4, 4
«Caminha para o esplendor da luz do Senhor»

Ao povo de Deus, que vive no meio de todos os outros povos e onde muitas vezes não sabe encontrar o caminho, o profeta aponta a “fonte da sabedoria”, que é o próprio Deus. Ele é a origem de todas as criaturas, mas revelou a Sabedoria aos homens na Lei, “que é o livro dos mandamentos de Deus”, e são eles que orientam os homens para Ele. Mas, um dia, a Sabedoria de Deus apareceu na terra em seu Filho feito homem, Jesus. Seguir Jesus é ter encontrado o caminho da Sabedoria.

Leitura do Livro de Baruc
Escuta, Israel, os mandamentos da vida;
inclina os teus ouvidos para aprenderes a prudência.
Porque será, Israel, que te encontras em país inimigo
e envelheces em terra estrangeira?
Porque te contaminaste com os mortos,
foste contado entre os que descem ao sepulcro
e abandonaste a fonte da Sabedoria.
Se tivesses seguido o caminho de Deus,
viverias em paz eternamente.
Aprende onde está a prudência,
onde está a força e a inteligência,
para conheceres também
onde se encontra a longevidade e a vida,
onde está a luz dos olhos e a paz.
Quem descobriu a morada da Sabedoria?
Quem penetrou nos seus tesouros?
Aquele que tudo sabe conhece-a;
descobriu-a com a sua inteligência
Aquele que firmou a terra para sempre,
enchendo-a de animais quadrúpedes,
Aquele que envia a luz e ela vai,
que a chama e ela obedece-Lhe tremendo.
As estrelas brilham vigilantes nos seus postos
cheias de alegria;
Ele chama por elas e respondem: «Aqui estamos»
e resplandecem alegremente para Aquele que as criou.
Este é o nosso Deus, e nenhum outro se Lhe pode comparar.
Penetrou todos os caminhos da Sabedoria
e mostrou-os a Jacob seu servo, a Israel seu predileto.
Depois, ela apareceu sobre a terra
e habitou no meio dos homens.
Ela é o livro dos mandamentos de Deus
e a lei que permanece eternamente.
Os que a seguirem alcançarão a vida,
mas aqueles que a abandonarem morrerão.
Volta, Jacob, e abraça-a,
caminha para o esplendor da sua luz.
Não cedas a outros a tua glória,
nem os teus privilégios a uma nação estrangeira.
Felizes de nós, Israel,
porque nos foi revelado o que agrada a Deus.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 18 (19), 8.9.10.11 (R. Jo 6, 68c)
Refrão: Senhor, Vós tendes palavras de vida eterna.

A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria aos simples.

Os preceitos do Senhor são retos
e alegram o coração;
os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos.

O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são retos.

São mais preciosos que o ouro,
o ouro mais fino;
são mais doces que o mel,
o puro mel dos favos.

29. Depois da sexta leitura: a fonte da sabedoria (Br 3, 9-15.31 – 4, 4) e o Sl 18).
Oremos.
Senhor nosso Deus,
que fazeis crescer continuamente a vossa Igreja,
chamando para ela todos os povos,
defendei com a vossa proteção
os que purificais nas águas do Batismo.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.


LEITURA VII Ez 36, 16-17a.18-28
«Derramarei sobre vós água pura e dar-vos-ei um coração novo»

Ao povo de Deus que estava ainda no exílio e que não sabia honrar o nome de Deus que trazia em si, o profeta anuncia a libertação: vai tirá-lo do meio dos pagãos e fazê-lo passar para a sua terra; vai derramar sobre ele uma água pura para o purificar; vai dar-lhe um coração novo e um espírito novo; vai fazer dele o seu povo e Ele próprio será o seu Deus. É tudo isto que o Batismo vai agora realizar naqueles que o vão receber e assim entram na Igreja de Cristo.

Leitura da Profecia de Ezequiel
A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:
«Filho do homem,
quando os da casa de Israel habitavam na sua terra,
mancharam-na com o seu proceder e as suas obras.
Fiz-lhes então sentir a minha indignação,
por causa do sangue que haviam derramado no país
e dos ídolos com que o tinham profanado.
Dispersei-os entre as nações,
espalhei-os entre os outros povos;
julguei-os segundo o seu proceder e as suas obras.
Em todas as nações para onde foram,
profanaram o meu santo nome; e por isso se dizia deles:
‘São o povo do Senhor: tiveram de deixar a sua terra’.
Quis então salvar a honra do meu santo nome,
que a casa de Israel profanara
entre as nações para onde tinha ido.
Por isso, diz à casa de Israel: Assim fala o Senhor Deus:
Não faço isto por causa de vós, Israelitas,
mas por causa do meu santo nome,
que profanastes entre as nações para onde fostes.
Manifestarei a santidade do meu grande nome,
profanado por vós entre as nações para onde fostes.
E as nações reconhecerão que Eu sou o Senhor
– oráculo do Senhor Deus –
quando a seus olhos Eu manifestar a minha santidade,
a vosso respeito.
Então retirar-vos-ei de entre as nações,
reunir-vos-ei de todos os países,
para vos restabelecer na vossa terra.
Derramarei sobre vós água pura
e ficareis limpos de todas as imundícies;
e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses.
Dar-vos-ei um coração novo
e infundirei em vós um espírito novo.
Arrancarei do vosso peito o coração de pedra
e dar-vos-ei um coração de carne.
Infundirei em vós o meu espírito
e farei que vivais segundo os meus preceitos,
que observeis e ponhais em prática as minhas leis.
Habitareis na terra que dei a vossos pais;
sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 41 (42), 2-3.5; 42 (43), 3-4 (R. 41 (42), 2)
Refrão: Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Ou: Como o veado em busca das águas,
assim, ó Deus, a minha alma Vos deseja.

Como suspira o veado pelas correntes das águas,
assim minha alma suspira por Vós, Senhor.
Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:
Quando irei contemplar a face de Deus?

A minha alma estremece ao recordar
quando passava em cortejo para o templo do Senhor,
entre as vozes de louvor e de alegria
da multidão em festa.

Enviai a vossa luz e verdade,
sejam elas o meu guia e me conduzam
à vossa montanha santa
e ao vosso santuário.

E eu irei ao altar de Deus,
a Deus que é a minha alegria.
Ao som da cítara Vos louvarei,
Senhor, meu Deus.

Quando se celebra o Batismo, pode dizer-se, em vez deste salmo, o cântico de Is 12, como acima (depois da Leitura V); ou ainda o Salmo 50 (51), como segue:

Salmo 50 (51), 12-13.14-15.18-19 (R. 12a)
Refrão: Criai em mim, Senhor, um coração puro.

Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Ensinarei aos pecadores os vossos caminhos,
e os transviados hão de voltar para Vós.

Não é do sacrifício que Vos agradais
e, se eu oferecer um holocausto, não o aceitareis.
Sacrifício agradável a Deus é o espírito arrependido:
não desprezareis, Senhor,
um espírito humilhado e contrito.

30. Depois da sétima leitura: o coração novo e o espírito novo (Ez 36, 16-28).
Oremos.
Senhor nosso Deus,
poder imutável e luz sem ocaso,
olhai com bondade para a vossa Igreja,
admirável sacramento da nova aliança,
e confirmai na paz, segundo os vossos desígnios eternos,
a obra da salvação humana,
para que todo o mundo veja e reconheça
como o abatido se levanta, o envelhecido se renova
e tudo volta à sua integridade original,
por meio d’Aquele que é o princípio de todas as coisas,
Jesus Cristo, vosso Filho.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
R. Amen.

Ou

Oremos.
Senhor nosso Deus,
que nos instruís com as páginas do Antigo e do Novo Testamento
para celebrarmos o mistério pascal, abri os nossos corações
para compreendermos a vossa misericórdia,
a fim de que, ao recebermos os dons presentes,
se confirme em nós a esperança dos bens eternos.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amen.

31. Depois da última leitura do Antigo Testamento, com o salmo responsorial e a oração correspondente, acendem-se as velas do altar. O sacerdote entoa o hino Glória a Deus nas alturas (Glória in excélsis Deo), que é cantado por todos. Tocam-se os sinos, conforme os costumes locais.

32. Terminado o hino, o sacerdote diz a Oração coleta, na forma habitual:
Oremos.
Senhor nosso Deus,
que fazeis resplandecer esta sacratíssima noite
com a glória da ressurreição do Senhor,
renovai, na vossa Igreja, o Espírito da adoção filial,
para que, renovados no corpo e na alma,
nos entreguemos plenamente ao vosso serviço.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.

33. Seguidamente, o leitor faz a leitura do Apóstolo (Epístola).

EPÍSTOLA Rm 6, 3-11
«Cristo, ressuscitado dos mortos, já não pode morrer»

Passamos agora à leitura do Novo Testamento. A leitura do Antigo Testamento, que fizemos até aqui, já nos preparava para entendermos agora a do Novo. A leitura que segue é a melhor apresentação do sentido do Batismo (que vamos celebrar). O Batismo torna-nos participantes da morte e ressurreição de Cristo. Ao passarmos pela água, significa-se que morremos e somos sepultados com Cristo; ao sairmos da água, significa-se que ressuscitamos com Cristo, para depois vivermos com Ele e n’Ele para Deus.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos:
Todos nós que fomos batizados em Jesus Cristo
fomos batizados na sua morte.
Fomos sepultados com Ele pelo Batismo na sua morte,
para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos
pela glória do Pai,
também nós vivamos uma vida nova.
Se, na verdade, estamos totalmente unidos a Cristo
pela semelhança da sua morte,
também o estaremos pela semelhança da sua ressurreição.
Bem sabemos que o nosso homem velho
foi crucificado com Cristo,
para que fosse destruído o corpo do pecado
e não mais fôssemos escravos dele.
Quem morreu está livre do pecado.
Se morremos com Cristo,
acreditamos que também com Ele viveremos,
sabendo que, uma vez ressuscitado dos mortos,
Cristo já não pode morrer;
a morte já não tem domínio sobre Ele.
Porque na morte que sofreu,
Cristo morreu para o pecado de uma vez para sempre;
mas a sua vida é uma vida para Deus.
Assim vós também,
considerai-vos mortos para o pecado
e vivos para Deus, em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor.

34. Terminada a leitura da Epístola, todos se levantam.
O sacerdote entoa solenemente três vezes o Aleluia, subindo gradualmente de tom, e todos repetem. Se for necessário, o próprio salmista, em vez do sacerdote, entoa o Aleluia.
Em seguida, o salmista ou um cantor canta o salmo 117 e o povo responde, cantando Aleluia.

35. O sacerdote, na forma habitual, impõe o incenso e abençoa o diácono. Para a proclamação do Evangelho não se levam círios, mas apenas incenso.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23
(R. Aleluia)
Refrão: Aleluia. Aleluia. Aleluia.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.

A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei de viver,
para anunciar as obras do Senhor.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.


EVANGELHO Lc 24, 1-12
«Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?»

A reação dos Apóstolos perante o anúncio da Ressurreição foi de incredulidade. Em contacto com a vida concreta, dotados de grande sentido crítico, não eram, na verdade, pessoas sugestionáveis. Precisavam de verificar, pessoalmente a realidade do Acontecimento e, por isso, Pedro acorre ao sepulcro. Mas os caminhos para Cristo não são os dos sentidos e Pedro não consegue ver o que os olhos são incapazes de descobrir. E só quando, renunciando aos meios humanos, volta ao caminho da fé e vai reunir-se aos irmãos, encontra e vê o Ressuscitado.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
No primeiro dia da semana, ao romper da manhã,
as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia
foram ao sepulcro, levando os perfumes que tinham preparado.
Encontraram a pedra do sepulcro removida
e, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
Estando elas perplexas com o sucedido,
apareceram-lhes dois homens com vestes resplandecentes.
Ficaram amedrontadas e inclinaram o rosto para o chão,
enquanto eles lhes diziam:
«Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?
Não está aqui: ressuscitou.
Lembrai-vos como Ele vos falou,
quando ainda estava na Galileia:
‘O Filho do homem tem de ser entregue às mãos dos pecadores,
tem de ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’».
Elas lembraram-se então das palavras de Jesus.
Voltando do sepulcro,
foram contar tudo isto aos Onze, bem como a todos os outros.
Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago.
Também as outras mulheres que estavam com elas
diziam isto aos Apóstolos.
Mas tais palavras pareciam-lhes um desvario,
e não acreditaram nelas.
Entretanto, Pedro pôs-se a caminho e correu ao sepulcro.
Debruçando-se, viu apenas as ligaduras
e voltou para casa admirado com o que tinha sucedido.
Palavra da salvação.

36. A seguir ao Evangelho, a homilia, embora breve, não se deve omitir.


Terceira parte
Liturgia batismal


37. Depois da homilia, realiza-se a liturgia batismal. O sacerdote, acompanhado dos ministros, dirige-se para a fonte batismal, se esta se encontra à vista dos fiéis; caso contrário, coloca-se um recipiente com água no presbitério.

38. Se houver catecúmenos para ser batizados, faz-se a respetiva chamada; são apresentados pelos padrinhos, ou, se forem crianças, são levados pelos pais e padrinhos à presença da assembleia eclesial.

39. Se houver procissão para o batistério ou para a fonte batismal, organiza-se imediatamente. À frente vai o ministro com o círio pascal e seguem-no os batizandos com os padrinhos, depois os ministros, o diácono e a sacerdote. Durante a procissão cantam-se as ladainhas (n. 43). Terminadas as ladainhas, o sacerdote faz a admonição (n. 40).

40. Mas, se a liturgia batismal se realiza no presbitério, o sacerdote faz imediatamente a admonição introdutória, com estas palavras ou outras seme­lhantes:

Se há administração do Batismo:
Caríssimos irmãos:
Ajudemos com as nossas preces estes nossos irmãos,
preparados para receberem a vida nova do Batismo.
Oremos a Deus Pai todo-poderoso,
para que, na sua grande misericórdia,
os guie e acompanhe até à fonte batismal.
Se não há administração do Batismo, mas apenas a bênção da fonte batismal:
Caríssimos irmãos: Invoquemos a graça de Deus Pai todo-poderoso sobre esta água (fonte), para que todos os que nela receberem a vida nova do Batismo, sejam incorporados em Cristo e contados entre os filhos de Deus.

41. Dois cantores entoam as ladainhas e todos, de pé – em virtude do Tempo Pascal –, respondem.
Se a procissão para o Batistério é longa, as ladainhas cantam-se durante a procissão. Neste caso, os batizandos são chamados antes da procissão. Esta organiza-se do modo seguinte: à frente, o círio pascal; em seguida, os catecúmenos acompanhados dos padrinhos; depois, o sacerdote acompanhado dos ministros. A admonição faz-se antes da bênção da água.

42. Se não houver batizandos nem bênção da fonte batismal, omitem-se as ladainhas e faz-se imediatamente a bênção da água (n. 54).

43. Nas ladainhas podem acrescentar-se alguns nomes de santos, sobretudo o do titu­lar da igreja, dos padroeiros do lugar e dos batizandos.
A invocação Senhor, tende piedade de nós pode ser substituída por Senhor, misericórdia ou Kýrie, eléison, como na Missa.

LADAINHA DOS SANTOS
Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós. Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós.

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.
São Miguel, rogai por nós.
Santos Anjos de Deus, rogai por nós.
São João Batista, rogai por nós.
São José, rogai por nós.
Santos Pedro e Paulo, rogai por nós.
Santo André, rogai por nós.
São João, rogai por nós.
Santa Maria Madalena, rogai por nós.
Santo Estêvão, rogai por nós.
Santo Inácio de Antioquia, rogai por nós.
São Lourenço, rogai por nós.
São Vicente, rogai por nós.
São João [de Brito], rogai por nós.
Santas Perpétua e Felicidade, rogai por nós.
Santa Inês, rogai por nós.
São Gregório, rogai por nós.
Santo Agostinho, rogai por nós.
Santo Atanásio, rogai por nós.
São Basílio, rogai por nós.
São Martinho, rogai por nós.
São Bento, rogai por nós.
Santos Martinho [de Dume], Frutuoso e Geraldo, rogai por nós.
São Teotónio, rogai por nós.
Santos Francisco e Domingos, rogai por nós.
Santo António [de Lisboa] rogai por nós.
São Nuno [de Santa Maria], rogai por nós.
São João [de Deus], rogai por nós.
São Francisco [Xavier], rogai por nós.
São Bartolomeu [dos Mártires], rogai por nós.
São João Maria [Vianney], rogai por nós.
Santa Isabel [de Portugal], rogai por nós.
Santa Catarina [de Sena], rogai por nós.
Santa Teresa [de Jesus], rogai por nós.
Santa Beatriz [da Silva], rogai por nós.
Santos Francisco [Marto] e Jacinta [Marto], rogai por nós.
Todos os santos e santas de Deus, rogai por nós.
Sede-nos propício, livrai-nos, Senhor.
De todo o mal livrai-nos, Senhor.
De todo o pecado livrai-nos, Senhor.
Da morte eterna livrai-nos, Senhor.
Pela vossa encarnação, livrai-nos, Senhor.
Pela vossa morte e ressurreição, livrai-nos, Senhor.
Pela efusão do Espírito Santo, livrai-nos, Senhor.
A nós, pecadores, ouvi-nos, Senhor.
Se houver batizandos:
Dignai-Vos dar uma vida nova
a estes eleitos pela graça do Batismo, ouvi-nos, Senhor.
Se não houver batizandos:
Santificai esta água, para o renascimento espiritual
dos vossos filhos, ouvi-nos, Senhor.
Jesus, Filho de Deus, ouvi-nos, Senhor.
Cristo, ouvi-nos. Cristo, ouvi-nos.
Cristo, atendei-nos. Cristo, atendei-nos.
Se houver batizandos, o sacerdote, de braços abertos, diz esta oração:
Deus todo-poderoso e eterno,
estai presente neste mistério do vosso amor
e enviai o Espírito de adoção
para renovar aqueles que vão nascer pela água do Batismo,
de modo que a ação do nosso humilde ministério
se torne eficaz pela intervenção do vosso poder.
Por Cristo nosso Senhor.

Bênção da água batismal

46. O sacerdote procede à bênção da água batismal, dizendo, de braços abertos, a seguinte oração:

Senhor nosso Deus:
pelo vosso poder invisível,
realizais maravilhas nos vossos sacramentos,
e, de vários modos, preparastes a água
para manifestar a graça do Batismo.
Já no princípio do mundo o Espírito pairava sobre as águas,
prefigurando o seu poder de santificar.
Nas águas do dilúvio destes-nos uma imagem do Batismo,
sacramento da vida nova,
porque as águas significam, ao mesmo tempo,
o fim do pecado e o princípio da santidade.
Aos filhos de Abraão,
fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho,
para que esse povo, liberto da escravidão,
fosse a imagem do povo santo dos batizados.
O vosso Filho Jesus Cristo,
ao ser batizado por João Batista nas águas do Jordão,
recebeu a unção do Espírito Santo;
suspenso na cruz, do seu lado aberto fez brotar sangue e água,
e, depois de ressuscitado, ordenou aos seus discípulos:
«Ide e ensinai todos os povos,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».
Olhai agora, Senhor, para a vossa Igreja
e dignai-Vos abrir para ela a fonte do Batismo.
Receba esta água, pelo Espírito Santo,
a graça do vosso Filho unigénito,
para que o homem, criado à vossa imagem,
no sacramento do Batismo seja purificado das velhas impurezas
e ressuscite, como nova criatura,
pela água e pelo Espírito Santo.

47. Introduzindo, conforme as circunstâncias, o círio pascal, uma ou três vezes na água, continua:
Nós Vos pedimos, Senhor, desça sobre esta água,
por vosso Filho, a virtude do Espírito Santo,
Com o círio na água, prossegue:
para que todos os que nela forem batizados,
sepultados com Cristo na morte,
com Ele ressuscitem para a vida.
Ele que é Deus e convosco vive e reina,
na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.

48. Terminada a bênção da água batismal e a aclamação do povo, o sacerdote, de pé, interroga os adultos e os pais ou padrinhos das crianças para fazerem a renúncia, como se determina nas respetivas celebrações do Ritual Romano.
Se a unção com o óleo dos catecúmenos adultos não se fez antes, nos ritos imediatamente preparatórios, faz-se neste momento.

49. Em seguida, o sacerdote interroga cada um dos adultos sobre a fé e, caso se trate de crianças, pede que os pais e padrinhos façam todos simultaneamente a tríplice profissão de fé, como nos respetivos rituais se determina.
Quando forem muitos a ser batizados nesta noite, pode ordenar-se o rito, de tal modo que, imediatamente depois da resposta dos batizandos, padrinhos e pais, o celebrante peça e receba a renovação das promessas batismais de todos os presentes.

50. Terminadas as perguntas, o sacerdote batiza os eleitos adultos e as crianças.

51. Depois do batismo, o sacerdote unge as crianças com o crisma. A todos, quer às crianças quer aos adultos, se entrega uma veste branca. Em seguida, o sacerdote ou o diácono recebe o círio pascal da mão de um ministro e acendem-se as velas dos neófitos. Para as crianças omite-se o rito do «Effetha».

52. Depois – a não ser que a ablução batismal e os outros ritos complementares se realizem no presbitério – , faz-se o regresso ao presbitério, em procissão, como anteriormente, levando na mão a vela acesa os neófitos ou os padrinhos ou os pais. Durante a procissão canta-se o cântico batismal Vi a água (Vidi aquam) ou outro cântico apropriado (n. 56).

53. Se os agora batizados são adultos, o bispo, ou, na sua ausência, o presbítero que administrou o batismo, administra-lhes imediatamente o sacramento da Confirmação no presbitério, como se indica no Pontifical Romano.
Bênção da água lustral

54. Bênção da água lustral sem canto:
Oremos, irmãos caríssimos, a Deus nosso Senhor,
suplicando-Lhe que Se digne abençoar esta água,
que vai ser aspergida sobre nós para memória do nosso Batismo,
e nos renove interiormente,
a fim de permanecermos fiéis ao Espírito que recebemos.
Depois de uma breve pausa em silêncio, diz, de braços abertos, a seguinte oraç

 

 MISSA DO DIA
+ Missa própria, Glória, sequência, Credo, pf. I da Páscoa.

L1: At 10, 34a. 37-43; Sal 117 (118), 1-2. 16ab-17. 22-23
L2: Col 3, 1-4 ou 1 Cor 5, 6b-8
Ev: Jo 20, 1-9

* Na Missa vespertina pode ler-se Lc 24, 13-35.
* Hoje são proibidas todas as outras celebrações, e todas as Missas de defuntos.
* Proibidas as Missas em oratórios privados.
* Com as Vésperas do Domingo da Ressurreição encerra-se o Tríduo Pascal.
* Hoje, e durante toda a oitava, Completas dom. (dep. I ou II Vésperas), antífona Este é o dia, com oração da Ressurreição.
* No fim das Completas e em vez da oração O Anjo do Senhor, diz-se a antífona Rainha do céu, durante todo o Tempo Pascal.

 

Ano C

Missa

 

Missa do dia

Domingo de Páscoa

ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. Sl 138, 18.5-6
Ressuscitei e estou convosco para sempre;
pusestes sobre mim a vossa mão:
é admirável a vossa sabedoria.

Ou Cf. Lc 24 , 34; cf. Ap 1, 6
O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia.
Glória e louvor a Cristo para sempre. Aleluia.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLETA
Senhor Deus do universo,
que, neste dia, pelo vosso Filho unigénito,
vencedor da morte,
nos abristes as portas da eternidade,
concedei-nos que,
celebrando a solenidade da ressurreição de Cristo,
renovados pelo vosso Espírito,
ressuscitemos para a luz da vida.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I Atos 10, 34a.37-43
«Comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos»

É esta a segunda celebração da Eucaristia que o povo cristão faz depois da grande celebração da Vigília, na Noite santa. Durante a semana que vai seguir-se vai-nos ser proclamada a grande notícia que resume todo o mistério pascal e toda a fé cristã: Cristo morreu e ressuscitou, n’Ele todos os homens encontram o perdão dos pecados e o acesso a Deus. O Livro dos Atos dos Apóstolos vai acompanhar-nos na primeira leitura, ao longo de todo o Tempo Pascal, e vai mostrar-nos como a Igreja, o novo povo de Deus, nasce de Cristo morto e ressuscitado.

Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias,
Pedro tomou a palavra e disse:
«Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia,
a começar pela Galileia,
depois do batismo que João pregou:
Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré,
que passou fazendo o bem
e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio,
porque Deus estava com Ele.
Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez
no país dos Judeus e em Jerusalém;
e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz.
Deus ressuscitou-O ao terceiro dia
e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo,
mas às testemunhas de antemão designadas por Deus,
a nós que comemos e bebemos com Ele,
depois de ter ressuscitado dos mortos.
Jesus mandou-nos pregar ao povo
e testemunhar que ele foi constituído por Deus
juiz dos vivos e dos mortos.
É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho:
quem acredita n’Ele
recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118), 1-2.16ab-17.22-23
(R. 24)
Refrão: Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria.
Ou: Aleluia.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.

A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei de viver,
para anunciar as obras do Senhor.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.

LEITURA II Col 3, 1-4
«Aspirai às coisas do alto, onde está Cristo»

Pelo Batismo, ressuscitamos com Cristo para uma vida nova, que nos dá direito de participar, um dia, com Cristo, na sua glória. Vivamos de maneira a tornar esse direito uma realidade.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
Irmãos:
Se ressuscitastes com Cristo,
aspirai às coisas do alto,
onde está Cristo, sentado à direita de Deus.
Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra.
Porque vós morrestes,
e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar,
também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.
Palavra do Senhor.

Ou 1 Cor 5, 6b-8
«Purificai-vos do velho fermento, para serdes uma nova massa»

A Ressurreição do Senhor é a sua vida nova em Deus. A sua passagem da morte à vida inaugura o mundo novo, que é para nós, desde o Batismo, a grande aspiração, já atingida em esperança, porque já possuída em graça. O que é velho passou.

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa?
Purificai-vos do velho fermento,
para serdes uma nova massa,
visto que sois pães ázimos.
Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado.
Celebremos a festa,
não com fermento velho,
nem com fermento de malícia e perversidade,
mas com os pães ázimos da pureza e da verdade.
Palavra do Senhor.


SEQUÊNCIA

À Vítima pascal
ofereçam os cristãos
sacrifícios de louvor.

O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo, o Inocente,
reconciliou com o Pai os pecadores.

A morte e a vida
travaram um admirável combate:
Depois de morto,
vive e reina o Autor da vida.

Diz-nos, Maria:
Que viste no caminho?
Vi o sepulcro de Cristo vivo
e a glória do Ressuscitado.

Vi as testemunhas dos Anjos,
vi o sudário e a mortalha.
Ressuscitou Cristo, minha esperança:
precederá os seus discípulos na Galileia.

Sabemos e acreditamos:
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso,
tende piedade de nós.

A sequência é facultativa e pode cantar-se ou recitar-se durante os dias da Oitava da Páscoa.

ALELUIA 1 Cor 5, 7b-8a
Refrão: Aleluia. Repete-se
Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado:
celebremos a festa do Senhor. Refrão

EVANGELHO Jo 20, 1-9
«Ele tinha de ressuscitar dos mortos»

O túmulo vazio foi o primeiro testemunho de que o Senhor não era mais um morto. Lentamente, mas firmemente, Madalena, depois Pedro e João, creem que Jesus ressuscitou dos mortos, e abre-lhes a esperança para a vida.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro
e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro
e com o discípulo predileto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro,
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro
e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro:
viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura,
segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
Palavra da salvação.
Em vez deste Evangelho, pode ler-se o que se leu na Vigília da Noite Santa.
Nas Missas vespertinas pode ler-se o Evangelho de Lc 24, 13-35.

EVANGELHO (facultativo para as Missas vespertinas) Lc 24, 13-35
«Ficai connosco, Senhor, porque vem caindo a noite»

O Evangelho não conta a Ressurreição, mas as aparições do Ressuscitado. De facto, a Ressurreição já não pertence a este mundo; é Jesus, o Crucificado, vivendo agora na glória do Pai, penhor e garantia da nossa própria passagem pascal, com Ele, para o Pai. É esta a nossa fé e a nossa esperança.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Dois dos discípulos de Jesus
iam a caminho duma povoação chamada Emaús,
que ficava a duas léguas de Jerusalém.
Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido.
Enquanto falavam e discutiam,
Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho.
Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem.
Ele perguntou-lhes:
«Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?».
Pararam, com ar muito triste,
e um deles, chamado Cléofas, respondeu:
«Tu és o único habitante de Jerusalém
a ignorar o que lá se passou nestes dias».
E Ele perguntou: «Que foi?».
Responderam-Lhe:
«O que se refere a Jesus de Nazaré,
profeta poderoso em obras e palavras
diante de Deus e de todo o povo;
e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes
O entregaram para ser condenado à morte e crucificado.
Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel.
Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu.
É verdade que algumas mulheres do nosso grupo
nos sobressaltaram:
foram de madrugada ao sepulcro,
não encontraram o corpo de Jesus
e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos
a anunciar que Ele estava vivo.
Alguns dos nossos foram ao sepulcro
e encontraram tudo como as mulheres tinham dito.
Mas a Ele não O viram».
Então Jesus disse-lhes:
«Homens sem inteligência e lentos de espírito
para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram!
Não tinha o Messias de sofrer tudo isso
para entrar na sua glória?».
Depois, começando por Moisés
e passando pelos Profetas,
explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da povoação para onde iam,
Jesus fez menção de seguir para diante.
Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo:
«Ficai connosco, porque o dia está a terminar
e vem caindo a noite».
Jesus entrou e ficou com eles.
E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção,
partiu-o e entregou-lho.
Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O.
Mas Ele desapareceu da sua presença.
Disseram então um para o outro:
«Não ardia cá dentro o nosso coração,
quando Ele nos falava pelo caminho
e nos explicava as Escrituras?».
Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém
e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles,
que diziam:
«Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão».
E eles contaram o que tinha acontecido no caminho
e como O tinham reconhecido ao partir o pão.
Palavra da salvação.

Diz-se o Credo.

Oração universal

Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo:
Neste dia santíssimo que o Senhor fez,
em que o Espírito nos torna homens novos,
oremos ao Pai, para que a alegria da Páscoa se estenda ao mundo inteiro,
dizendo (ou: cantando), com fé:

R. Pela Ressurreição do vosso Filho, ouvi-nos, Senhor.
Ou: Abençoai, Senhor, a vossa Igreja.
Ou: Ouvi-nos, Senhor.

1. Pela Igreja católica e apostólica,
para que se alegre santamente nesta Páscoa
e proclame que o Senhor ressuscitou,
oremos.

2. Por todos os que foram batizados,
para que aspirem às realidades do alto
e deem graças pelo seu novo nascimento,
oremos.

3. Pela humanidade inteira,
para que acolha a Boa Nova e a Aliança
que Deus lhe oferece em Cristo ressuscitado,
oremos.

4. Pelas famílias cristãs,
para que o Cordeiro pascal, que é a nossa vida,
as alimente com o seu Corpo e o seu Sangue,
oremos.

5. Pela nossa comunidade (paroquial),
para que cresça no amor a Jesus Cristo
e dê testemunho da sua Ressurreição,
oremos.

Deus santo, Deus da vida, Deus salvador,
que na Ressurreição do vosso Filho
destes ao mundo a vitória sobre a morte,
fazei-nos viver ressuscitados com Ele,
deixando-nos conduzir pelo seu Espírito.
Por Cristo, nosso Senhor.

73. Oração sobre as oblatas
Exultando de alegria pascal,
nós Vos oferecemos, Senhor, este sacrifício,
no qual tão admiravelmente
renasce e se alimenta a vossa Igreja.
Por Cristo nosso Senhor.

74. Prefácio PASCAL I da Paixão do Senhor O mistério pascal
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
que sempre Vos louvemos, mas com maior solenidade
(nesta noite – neste dia – neste tempo),
em que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.
Ele é o Cordeiro de Deus que tirou o pecado do mundo:
morrendo destruiu a morte
e ressuscitando restaurou a vida.
Por isso, na plenitude da alegria pascal,
exultam os homens por toda a terra
e, com os anjos e todos os coros celestes,
proclamam a vossa glória,
dizendo (cantando) numa só voz:
Santo, Santo, Santo,
Senhor Deus do universo.
O céu e a terra proclamam a vossa glória.
Hossana nas alturas.
Bendito O que vem em nome do Senhor.
Hossana nas alturas.
Na Missa da Vigília Pascal diz-se: mas com maior solenidade nesta noite; durante a oitava: neste dia; depois da oitava: neste tempo.
No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios.

Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.

75. Antífona da comunhão cf. 1Cor 5, 7-8
Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Aleluia.
Celebremos a festa com o pão ázimo da pureza a da verdade. Aleluia.

76. Oração depois da comunhão
Senhor nosso Deus,
protegei sempre com paternal bondade a vossa Igreja,
para que, renovada pelos mistérios pascais,
mereça chegar à glória da ressurreição.
Por Cristo nosso Senhor.

77. Para a bênção final, no fim da Missa, é conveniente que o sacerdote utilize a fórmula de bênção solene proposta na Vigília Pascal:

Nesta noite (neste dia) solene da Páscoa,
Deus todo-poderoso vos dê a sua bênção
e, em sua misericórdia, vos guarde de todo o pecado.
R. Amen.

Deus, que, pela ressurreição do seu Filho unigénito,
vos renovou para a vida eterna,
vos conceda a glória da imortalidade.
R. Amen.

A vós que, terminados os dias da paixão do Senhor,
celebrais com alegria a festa da Páscoa,
Deus vos conceda a graça de chegar um dia
às alegrias da Páscoa eterna.
R. Amen.

A bênção de Deus todo-poderoso,
Pai, Filho e Espírito Santo,
desça sobre vós e permaneça para sempre.
R. Amen.

78. Na despedida, durante toda a oitava, canta-se ou diz-se:
V. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe. Aleluia. Aleluia.
R. Graças a Deus. Aleluia. Aleluia.

 

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo

09.30 horas: Missa no Cacheiro

10.00 horas: Missa em Arez

10,45 horas: Missa em Tolosa

11.00 horas; Missa em Nisa, com batismos e seguida de procissão

12.00 horas: Missa em Gáfete

12.00 horas: Missa em Alpalhão

15.00 horas: Missa na Salavessa

15.00 horas: Missa na Falagueira

15.00 horas: Missa no Arneiro

16.00 horas: Missa no Monte Claro

16.00 horas: Missa no Pé da Serra

16.30 horas: Missa em Montalvão

 

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Cruzes exteriores NA  ZONA PASTORAL DE NISA

 

 

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A VOZ DO PASTOR

 

 

 

MEU POVO, QUE TE FIZ EU? EM QUE TE CONTRISTEI?

 

Aproxima-se a celebração do momento central da plenitude dos tempos. É a ‘Hora’ para a qual vinha a convergir tudo quanto estava predito e dito e os próprios gestos salvíficos de Cristo preconizavam e até provocaram. É a hora da cruz, a hora do despojamento total do Filho muito amado do Pai, a hora da vitória da vida sobre a morte, a hora da ressurreição do Senhor. “Não está aqui, ressuscitou!” (Lc 24, 5-6). E Jesus faz-se encontrado, deixa-se ver e tocar pelos seus discípulos que o reconhecem e correm de alegria levando por toda a parte a notícia da maior história de amor que o mundo jamais conheceu. É o mistério da Páscoa, a fonte da vida, a Festa das festas, a Festa da Igreja no coração do mundo a renovar o coração dos homens. É o auge do projeto de Deus em favor da humanidade. A paixão e a ressurreição de Jesus manifestam a coerência da vida de Jesus com a sua mensagem, confirmam Jesus como Filho de Deus, são a expressão máxima do seu amor para com a humanidade, constituem o sacrifício único pelo qual todos os pecados são perdoados, encorajam a fé dos seus discípulos enviados a anunciar o que tinham tocado, visto e ouvido.

Tudo quanto ao longo da História da Salvação, na sua condescendência e pedagogia infinitas, Deus fez acontecer, tudo quanto prometeu que haveria de advir eram apenas sombra das surpresas com que Deus nos haveria, de facto, de presentear na plenitude dos tempos em seu Filho. Uma nova primavera de esperança desponta a fazer florir uma humanidade nova baseada na fraternidade universal, no amor e na paz. Infelizmente, por se querer ignorar esta história de amor incomparável, ainda há quem, dois mil anos depois!, pela dureza do seu coração soberbo e arrogante, teime em se endeusar e prefira viver num inverno existencial triste, tenebroso e destruidor, alimentando ódios impensáveis e interesses mesquinhos a destruir vidas, a promover o terror.

Se desde sempre o homem procurou e procura sentido para a vida e para as perguntas da vida, se nunca faltaram nem faltam na história humana heróis da justiça e do amor aos outros, há uma questão fundamental que sempre permanece e atormenta o homem. O homem não tem solução para a morte, quando muito tenta esquecê-la ou dizer que ela é o fim de tudo! No entanto, Deus fez-se homem, Deus entrou no seio da morte. Não porque fosse mortal, não porque tivesse caído nas ciladas do pecado. Entrou nela por amor, fez-se mortal por graça e por verdade. Bebeu o cálice da nossa morte e convidou-nos a tomar parte, desde já, na sua vida imortal, incorruptível. Se aceitarmos entrar na sua morte por amor, ela é a única que destrói a nossa morte. Jesus venceu a morte com a sua própria morte para nos dar a sua vida e vida em abundância (cf. Jean Corbon, a fonte da liturgia, cap. III). Pela sua cruz e ressurreição tornou-se o único acontecimento da história com repercussões salvadoras para toda humanidade, mesmo que a cruz continue a ser escândalo para uns e loucura para outros. Jesus, livre e soberanamente, entra na morte e enfrenta-a sozinho num combate invulgar em favor de todos. “Ninguém Me tira a vida, sou Eu que a dou espontaneamente (Jo 10,18).

Vamos entrar num tempo sagrado para viver e celebrar estes mistérios da salvação, é a Semana Santa, a Semana Maior. Vai do Domingo de Ramos, dia da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, ao Domingo da Ressurreição do Senhor. Dentro da Semana Santa temos o Tríduo Pascal em que Cristo sofreu, descansou e ressuscitou segundo a palavra que Ele disse: destruí este templo e Eu em três dias o levantarei. Começa na Quinta-Feira Santa, com a celebração da Ceia do Senhor, o dia da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Jesus e os seus apóstolos celebraram a Páscoa judaica, na qual Jesus lavou os pés aos seus discípulos, um gesto simbólico que os seus discípulos deveriam traduzir em atitudes de vida quotidiana, amando como Ele amou. Naquela noite, Jesus saiu para o monte das oliveiras, é traído, entregue e preso para ser julgado, flagelado e morto. É a Sexta-Feira da Paixão em que se recordam os momentos mais difíceis dos últimos dias de Cristo dos quais fazem parte o caminho para o Calvário, a Crucificação e Morte, o maior gesto do amor incondicional de Jesus por cada um de nós. É dia de oração, jejum e abstinência, de adoração da Santa Cruz. Desde o pôr-do-sol da sexta-feira ao pôr-do-sol do sábado, não há celebrações. O Sábado Santo é um dia dedicado ao silêncio, à oração e à reflexão, na esperança da Ressurreição do Senhor. É o Sábado de Aleluia, o dia em que Jesus Cristo permanece no túmulo. A Vigília Pascal é a Vigília cristã por excelência. A bênção do lume novo, a procissão da luz, o Precónio Pascal, a Liturgia da Palavra, a celebração do Batismo e a Eucaristia Pascal preenchem o tempo da Vigília. Embora aconteça na noite de sábado, a Vigília pertence ao dia seguinte, é já uma celebração do Domingo de Páscoa, do Domingo da Ressurreição do Senhor, um dia inesquecível e de grande alegria para toda a humanidade. Foi no Domingo, o primeiro dia da semana, que Jesus ressuscitou, se fez encontrado por várias pessoas e grupos de pessoas. A alegria da ressurreição de Cristo é de tal grandeza que tem um oitavário de celebração festiva como se de um só dia se tratasse. Segue-se depois o tempo pascal, um oitavário de Domingos, uma semana de semanas, cinquenta dias, um tempo para anunciar que Cristo ressuscitou e para vivermos como ressuscitados, agora e sempre, anunciando que Ele está vivo em nós, entre nós, caminha connosco.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 08-04-2022.

 

 

 

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