PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 4 de abril de 2022
Segunda-feira da V semana da quaresma
LITURGIA
Segunda-feira
da semana V
Roxo – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. I da Paixão.
L1: Dan 13, 1-9.15-17.19-30.33-62
ou Dan 13, 41c-62; Sal 22 (23),1-3a.3b-4b.5.6
Ev: Jo 8, 1-11
Nos dias feriais mais oportunos desta semana, em vez das leituras indicadas
para esses dias, podem tomar-se as leituras dominicais do Ano A, para favorecer
a catequese batismal na Quaresma.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 55, 2
Compadecei-Vos de mim, Senhor, porque os homens me oprimem e todo o dia me
perseguem os inimigos.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, cuja infinita bondade nos enche de bênçãos, concedei-nos a
graça de iniciar uma vida nova que nos prepare para a glória do vosso reino.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
LEITURA I - Forma longa Dan 13, 1-9.15-17.19-30.33-62
«Vou morrer, sem ter feito nada do que disseram contra mim»
Leitura da Profecia de
Daniel
Naqueles dias, morava em Babilónia um
homem chamado Joaquim. Tinha desposado uma mulher chamada Susana, filha de
Helcias, muito bela e temente ao Senhor. Os seus pais eram justos e tinham
instruído a filha na Lei de Moisés. Joaquim era muito rico e tinha um jardim
contíguo à sua casa. Os judeus reuniam-se com ele frequentemente, porque era o
mais ilustre de todos eles. Naquele ano tinham designado como juízes dois
anciãos do povo, daqueles que o Senhor denunciara, dizendo: «De Babilónia veio
a iniquidade de velhos que passavam por dirigentes do povo». Estes dois
frequentavam a casa de Joaquim e a eles recorriam todos os que tinham alguma
questão de justiça. Quando, ao meio do dia, o povo se retirava, Susana vinha
passear para o jardim do seu marido. Os dois velhos observavam-na todos os
dias, quando entrava no jardim para passear, e apaixonaram-se por ela.
Perverteram a sua mente e desviaram os seus olhos de modo a não olharem para o
Céu e não se lembrarem dos seus justos juízos. Estando eles à espera de ocasião
favorável, um dia Susana veio, como de costume, acompanhada somente de duas
meninas; e, como estava calor, quis tomar banho no jardim. Não se encontrava
ali ninguém, senão os dois velhos escondidos a espreitá-la. Susana disse às
meninas: «Trazei-me óleo e unguentos e fechai as portas do jardim, para eu
tomar banho». Logo que elas saíram, os dois velhos levantaram-se, correram para
junto de Susana e disseram-lhe: «As portas do jardim estão fechadas, ninguém
nos vê e nós estamos apaixonados por ti. Dá-nos o teu consentimento e
entrega-te a nós. Senão, acusar-te-emos dizendo que estava contigo um jovem e
por isso mandaste embora as meninas». Então Susana gemeu e exclamou: «Estou
cercada por todos os lados: se praticar semelhante coisa, espera-me a morte; se
não a praticar, não poderei fugir às vossas mãos. Mas prefiro cair nas vossas
mãos sem ter feito nada a pecar na presença do Senhor». Então Susana gritou com
voz forte, mas os dois velhos gritaram também contra ela e um deles correu a
abrir as portas do jardim. Logo que as pessoas da casa ouviram estes gritos no
jardim, precipitaram-se pela porta do lado, para verem o que tinha acontecido.
Quando os velhos contaram a sua versão, os servos coraram de vergonha, pois
nunca se tinha dito de Susana semelhante coisa. No dia seguinte, quando o povo
se reuniu em casa de Joaquim, marido de Susana, vieram os dois velhos cheios de
rancor contra ela, pretendendo condená-la à morte. E disseram diante do povo:
«Mandai chamar Susana, filha de Helcias, mulher de Joaquim». Foram buscá-la e
ela veio com os pais, os filhos e todos os parentes. Os seus familiares
choravam, assim como todos os que a viam. Os dois velhos levantaram-se no meio
do povo e puseram as mãos sobre a cabeça de Susana. Ela, a soluçar, ergueu os
olhos ao Céu, porque o seu coração confiava no Senhor. Os velhos disseram:
«Enquanto passeávamos sós pelo jardim, entrou ela com duas servas; fechou as
portas do jardim e mandou embora as servas. Veio então ter com ela um jovem,
que estava escondido, e deitou-se com ela. Nós, que estávamos a um canto do
jardim, ao ver aquela maldade, corremos sobre eles. Embora os tivéssemos visto
juntos, não pudemos agarrar o jovem, porque era mais forte do que nós, e,
abrindo a porta, pôs- se em fuga. A ela, porém, apanhámo-la e perguntámos-lhe quem
era o jovem, mas ela não quis dizer-nos Somos testemunhas do facto». A
assembleia deu-lhes crédito, por serem anciãos do povo e juízes, e condenou
Susana à morte. Então Susana disse em altos brados: «Deus eterno, que sabeis o
que é secreto e conheceis todas as coisas antes que aconteçam, Vós sabeis que
eles proferiram contra mim um falso testemunho. E eu vou morrer, sem ter feito
nada do que eles maliciosamente disseram contra mim». O Senhor ouviu a oração
de Susana. Quando a levavam para ser executada, Deus despertou o espírito santo
dum rapazinho chamado Daniel, que gritou com voz forte: «Eu sou inocente da
morte desta mulher». Todo o povo se voltou para ele e perguntou: «Que palavras
são essas que acabas de dizer?» Daniel, de pé no meio deles, respondeu: «Sois
tão insensatos, ó filhos de Israel, que, sem julgamento nem conhecimento claro
dos factos, condenais uma filha de Israel? Voltai ao tribunal, porque estes
dois homens levantaram contra ela um falso testemunho». O povo regressou a toda
a pressa e os anciãos disseram a Daniel: «Vem sentar-te no meio de nós e
expõe-nos o teu pensamento, pois Deus concedeu-te a dignidade dos anciãos».
Daniel disse-lhes: «Separai-os um do outro e eu os julgarei». Quando os
separaram, Daniel chamou o primeiro e disse-lhe: «Envelheceste na prática do
mal, mas agora aparecem os pecados que outrora cometeste, quando lavravas
sentenças injustas, condenando os inocentes e absolvendo os culpados, apesar de
o Senhor dizer: ‘Não dareis a morte ao inocente e ao justo’. Pois bem. Se viste
esta mulher, debaixo de que árvore descobriste os dois juntos?». Ele respondeu:
«Debaixo de um lentisco». Replicou Daniel: «A tua mentira cairá sobre a tua
cabeça, pois o Anjo de Deus já recebeu a sentença, para te rachar ao meio».
Depois de o terem afastado, Daniel ordenou que trouxessem o outro e disse-lhe:
«Raça de Canaã e não de Judá, a beleza seduziu-te e o desejo perverteu-te o
coração. Era assim que procedíeis com as filhas de Israel e elas por medo
entregavam-se a vós. Pois bem, diz-me então: Debaixo de que árvore os
surpreendeste juntos?» Ele respondeu: «Debaixo de um carvalho». Replicou
Daniel: «A tua mentira cairá sobre a tua cabeça, pois o Anjo de Deus está à tua
espera com a espada na mão para te cortar ao meio. Assim acabará convosco».
Toda a assembleia clamou em alta voz, bendizendo a Deus, que salva aqueles que
esperam n’Ele. Levantaram-se então contra os dois velhos, porque Daniel os
tinha convencido de falso testemunho, pela sua própria boca. Para cumprirem a
Lei de Moisés, aplicaram-lhes a mesma pena que tão impiamente tinham preparado
para o seu próximo e executaram-nos; e foi salva naquele dia uma vida inocente.
Palavra do Senhor.
LEITURA I - Forma breve Dan 13, 41c-62
«Vou morrer, sem ter feito nada do que disseram contra mim»
Deus ampara sempre aqueles que n’Ele confiam, umas vezes de forma patente,
outras vezes nos segredos dos Seus desígnios.
Leitura da Profecia de
Daniel
Naqueles dias, a assembleia condenou
Susana à morte. Então Susana disse em altos brados: «Deus eterno, que sabeis o
que é secreto e conheceis todas as coisas antes que aconteçam, Vós sabeis que
eles proferiram contra mim um falso testemunho. E eu vou morrer, sem ter feito
nada do que eles maliciosamente disseram contra mim». O Senhor ouviu a oração de
Susana. Quando a levavam para ser executada, Deus despertou o espírito santo
dum rapazinho chamado Daniel, que gritou com voz forte: «Eu sou inocente da
morte desta mulher». Todo o povo se voltou para ele e perguntou: «Que palavras
são essas que acabas de dizer?» Daniel, de pé no meio deles, respondeu: «Sois
tão insensatos, ó filhos de Israel, que, sem julgamento nem conhecimento claro
dos factos, condenais uma filha de Israel? Voltai ao tribunal, porque estes
dois homens levantaram contra ela um falso testemunho». O povo regressou a toda
a pressa e os anciãos disseram a Daniel: «Vem sentar-te no meio de nós e
expõe-nos o teu pensamento, pois Deus concedeu-te a dignidade dos anciãos».
Daniel disse-lhes: «Separai-os um do outro e eu os julgarei». Quando os separaram,
Daniel chamou o primeiro e disse-lhe: «Envelheceste na prática do mal, mas
agora aparecem os pecados que outrora cometeste, quando lavravas sentenças
injustas, condenando os inocentes e absolvendo os culpados, apesar de o Senhor
dizer: ‘Não dareis a morte ao inocente e ao justo’. Pois bem. Se viste esta
mulher, debaixo de que árvore descobriste os dois juntos?». Ele respondeu:
«Debaixo de um lentisco». Replicou Daniel: «A tua mentira cairá sobre a tua
cabeça, pois o Anjo de Deus já recebeu a sentença, para te rachar ao meio».
Depois de o terem afastado, Daniel ordenou que trouxessem o outro e disse-lhe:
«Raça de Canaã e não de Judá, a beleza seduziu-te e o desejo perverteu-te o
coração. Era assim que procedíeis com as filhas de Israel e elas por medo
entregavam-se a vós. Pois bem, diz-me então: Debaixo de que árvore os
surpreendeste juntos?» Ele respondeu: «Debaixo de um carvalho». Replicou
Daniel: «A tua mentira cairá sobre a tua cabeça, pois o Anjo de Deus está à tua
espera com a espada na mão para te cortar ao meio. Assim acabará convosco».
Toda a assembleia clamou em alta voz, bendizendo a Deus, que salva aqueles que
esperam n’Ele. Levantaram-se então contra os dois velhos, porque Daniel os
tinha convencido de falso testemunho, pela sua própria boca. Para cumprirem a
Lei de Moisés, aplicaram-lhes a mesma pena que tão impiamente tinham preparado
para o seu próximo e executaram-nos; e foi salva naquele dia uma vida inocente.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 22 (23), 1-2a.2b-3.5-6 (R. 4a)
Refrão: Ainda que passe por vales tenebrosos,
nada temo, porque Vós estais comigo. Repete-se
O Senhor é meu pastor: nada me falta.
Leva-me a descansar em verdes prados,
conduz-me às águas refrescantes
e reconforta a minha alma. Refrão
Ele me guia por sendas direitas,
por amor do seu nome.
Ainda que tenha de andar por vales tenebrosos
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo. Refrão
Para mim preparais a mesa
à vista dos meus adversários;
com óleo me perfumais a cabeça
e o meu cálice transborda. Refrão
A bondade e a graça hão-de acompanhar-me
todos os dias da minha vida,
e habitarei na casa do Senhor
para todo o sempre. Refrão
ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Ez 33, 11
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Sabedoria do Pai. Repete-se
Eu não quero a morte do pecador, diz o Senhor,
mas que se converta e viva. Refrão
EVANGELHO Jo 8, 1-11
«Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra»
Evangelho de Nosso Senhor
Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus foi para o Monte
das Oliveiras. Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo e todo o povo se
aproximou d’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus
apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio
dos presentes e disseram a Jesus: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em
flagrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que
dizes?». Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O
acusar. Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Como persistiam
em interrogá-l’O, Ele ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem
pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no
chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a
começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio.
Jesus ergueu-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?».
Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Jesus acrescentou: «Também Eu não te condeno.
Vai e não tornes a pecar».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor, que, reunidos para celebrar estes santos misté¬rios, Vos
ofereçamos, como fruto da penitência, a alegria dos nossos corações
purificados. Por Nosso Senhor.
Prefácio da Paixão do Senhor I
ANTÍFONA DA COMUNHÃO
Quando se lê o Evangelho da mulher adúltera: Jo 8, 10-11
Mulher, ninguém te condenou? Ninguém, Senhor.
Nem Eu te condeno. Vai em paz e não tornes a pecar.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
A graça deste sacramento, Senhor, nos fortaleça e nos purifique de todo o mal,
para que, seguindo os passos de Cristo, cami¬nhemos generosamente ao vosso
encontro. Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS Dan 13, 1-9.15-17.19-30.33-62
: Por
cima do juizo dos homens, sobretudo por cima da sua falta de justiça em julgar,
está o juizo de Deus, que é sempre um juizo justo e salvador. Susana,
falsamente acusada, julgada e condenada, é imagem da Igreja caluniada e
condenada. Deus, porém, vem em seu auxilio e a liberta, como faz a cada um de
nós, que esperamos da misericórdia de Deus a absolvição dos nossos pecados e a
reintegração no seu povo.
Jo 8, 1-11: Ao
lado de Susana, inocente mas acusada e condenada, (primeira leitura), a mulher
adúltera, culpada mas perdoada, é também imagem da Igreja nos seus membros:
purificada dos seus pecados nas águas do Batismo e da Penitência, defendida das
tentações e acusações injustas de seus perseguidores, ela é a nova Eva, fruto
da misericórdia de Deus, ao lado de Cristo, o novo Adão. Assim é o fruto do
Mistério Pascal, que nos preparamos para celebrar.
AGENDA DO DIA:
13.00
horas: Confissões em Tolosa
Cruzes exteriores NA
ZONA PASTORAL DE NISA
Igreja do Espirito Santo
Cruz exterior no telhado frontal da igreja
A VOZ DO PASTOR
ÀS 16 HORAS DO DIA 25 A PAZ CONTA CONSIGO
Não esqueça, esta hora também grita por si! Para que
tal hora não passe despercebida, acione o despertador do seu telemóvel,
organize-se, anuncie e estimule. Se há muitas formas de ajudar, esta é uma
delas. Mesmo com algum transtorno na sua lide diária, una-se em oração a milhões
de pessoas neste momento tão triste da história humana em que multidões sofrem
as prepotências de quem se julga dono e senhor de tudo e de todos. Depois de
tantos apelos à oração pela paz, depois do Papa Francisco apelar ao dia de
jejum em Quarta-Feira de Cinzas pela mesma causa, desde o dia 17 de março que
pessoas de boa vontade estão em novena de preparação para a consagração da
Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, Rainha da Paz. Acontecerá na
próxima sexta-feira, dia em que também começam as “24 Horas para o Senhor”.
Para maior divulgação e reiterar o convite para que permaneçamos unidos nesse
solene momento, faço eco das notícias que, a esse pretexto, vão sendo
publicadas em Vatican News. Foram os líderes católicos da Ucrânia que pediram
ao Papa Francisco esta consagração, enquanto, “nesta dolorosa e difícil
situação de guerra”, continuam “a rezar, celebrar a Santa Missa, adorar o
Santíssimo Sacramento, jejuar e oferecer nossos sofrimentos pedindo a
misericórdia de Deus”. E manifestam-se “muito felizes pelo fato de o Santo
Padre ter respondido positivamente ao pedido dos bispos da Igreja Católica
Latina, de todos os seus sacerdotes e de todo o seu povo”, afirmou o arcebispo
de Lviv, Ucrânia. Com o propósito de quererem preparar o povo, convocaram
“todos os cristãos na Ucrânia a se juntarem a esta novena e – dizem -
ficaríamos muito gratos se toda a Igreja ao redor do mundo se unisse a nós em
oração por essa intenção”. Neste comum sentir, o Papa Francisco convidou os
bispos de todo o mundo, os seus sacerdotes e toda a gente de boa vontade a se
unirem a ele na oração pela paz e pela consagração da Rússia e da Ucrânia ao
Imaculado Coração de Maria. Francisco fará a Consagração em 25 de março,
Solenidade da Anunciação do Senhor, às 16 horas de Lisboa, numa Celebração da
Penitência a que presidirá na Basílica de São Pedro. O mesmo será feito em
Fátima, à mesma hora, pelo cardeal Konrad Krajewski, enviado do Papa. Bispos de
toda a Igreja e todos os bispos católicos da Ucrânia, tanto de rito latino como
gregos-católicos, se unirão também neste ato de consagração, celebrando-o ao
mesmo tempo nas suas catedrais e igrejas. Muitas pessoas, famílias, comunidades
diocesanas e paroquiais por esse mundo além, se vão unir nesta Consagração e
nesta oração pela paz entre os povos. Em plena e profunda comunhão com o Santo
Padre, os Bispos portugueses procurarão estar presentes nesta celebração em
Fátima. Será na Capelinha das Aparições, também às 16h00, durante a oração do
Rosário. Pela parte que nos toca, apelamos a todas as pessoas, famílias,
paróquias, comunidades, institutos de vida consagrada e outras instituições
eclesiais para que assumam esta intenção de consagração nas celebrações desse
dia, nomeadamente nas Vias-Sacras, nas Eucaristias, na Oração do Rosário e no
itinerário “24 horas para o Senhor” que se inicia na tarde desse dia. ‘Nunca
saberemos quanto bem pode fazer ao mundo uma oração simples, pequena e
silenciosa. É uma força de amor, o poder do Espírito que sopra por toda a
parte, transforma e converte. Para Deus tudo é possível, basta que se abra uma
fenda no coração e muda as mãos assassinas. A oração não muda Deus através das
palavras, a oração muda os corações e converte-os a Deus para que finalmente
possam acolher os seus dons. O dom de Deus é o Espírito que com amor cura o
mundo do ódio’.
Na Aparição de 13 de julho de 1917, em Fátima, Nossa
Senhora pediu a consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração, afirmando que,
se este pedido não fosse atendido, a Rússia espalharia "os seus erros pelo
mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja". "Os bons",
acrescentou, "serão martirizados, o Santo Padre sofrerá muito, várias
nações serão destruídas". Depois das aparições de Fátima, houve vários
atos de consagração ao Imaculado Coração de Maria: Pio XII, em 31 de outubro de
1942, consagrou o mundo inteiro. Em 7 de julho de 1952, consagrou os povos da
Rússia ao Imaculado Coração de Maria com a Carta Apostólica ‘Sacro vergente
anno’, dizendo: “Assim como há alguns anos atrás consagramos o mundo ao Imaculado
Coração da Virgem Mãe de Deus, agora, de forma muito especial, consagramos
todos os povos da Rússia ao mesmo Imaculado Coração”.
São Paulo VI, em 21 de novembro de 1964, renovou a
consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria na presença dos Padres do
Concílio Vaticano II. O Papa São João Paulo II compôs uma oração que definiu
como "Ato de entrega" a ser celebrado na Basílica de Santa Maria
Maior em 7 de junho de 1981, na Solenidade de Pentecostes. O texto afirmava: “Ó
Mãe dos homens e dos povos, Tu conheces todos os seus sofrimentos e as suas
esperanças, Tu sentes maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a
luz e as trevas que abalam o mundo, acolhe o nosso clamor no Espírito Santo
diretamente ao teu coração e abraça com o amor de Mãe e de Serva do Senhor
aqueles que esperam mais este abraço, junto com aqueles que cuja entrega Tu
também esperas de modo particular. Tomai sob a tua proteção materna toda a
família humana que, com carinho afetuoso, a Ti, ó Mãe, nós confiamos. Que se aproxime
para todos o tempo da paz e da liberdade, o tempo da verdade, da justiça e da
esperança”.
Depois, para responder mais plenamente aos pedidos de
Nossa Senhora, quis explicitar durante o Ano Santo da Redenção o ato de entrega
de 7 de Junho de 1981, repetido em Fátima a 13 de maio de 1982. Em memória do
Fiat pronunciado por Maria no momento da Anunciação, em 25 de março de 1984, na
Praça São Pedro, em união espiritual com todos os bispos do mundo previamente
"convocados", João Paulo II confiou todos os povos ao Imaculado
Coração de Maria, assim: “E por isso, ó Mãe dos homens e dos povos, Tu que
conheces todos os seus sofrimentos e todas as suas esperanças, Tu que sentes
maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que
abalam o mundo contemporâneo, acolhe o nosso grito que, movido pelo Espírito
Santo, dirigimos diretamente ao teu Coração: abraça com amor de Mãe e Serva do
Senhor, este nosso mundo humano, que Te confiamos e consagramos, cheio de
inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos. De modo especial
Te confiamos e consagramos aqueles homens e nações que têm necessidade
particular desta entrega e consagração”.
Em junho do ano 2000, a Santa Sé revelou a terceira
parte do segredo de Fátima e o então arcebispo secretário da Congregação para a
Doutrina da Fé, sublinhou que a Irmã Lúcia, numa carta de 1989, tinha
confirmado pessoalmente que este ato de consagração solene e universal
correspondia ao que Nossa Senhora queria: "Sim, foi feito", escreveu
a vidente, "como Nossa Senhora havia pedido, em 25 de março de 1984".
A mensagem de Fátima apenas lança um apelo sincero à
conversão para que a humanidade possa ser salva do egoísmo que destrói. Seja
qual for a crueldade dos homens, a mensagem da Senhora é clara: "O Meu
Imaculado Coração triunfará". O que significa isto? Joseph Ratzinger
explica: “Significa que este Coração aberto a Deus, purificado pela
contemplação de Deus, é mais forte que as armas ou armamentos de qualquer
espécie. O fiat de Maria, a palavra do seu Coração, mudou a história do mundo,
porque introduziu neste mundo o Salvador: graças àquele 'Sim', Deus pôde
fazer-Se homem no nosso meio e tal permanece para sempre. Que o maligno tem
poder neste mundo, vemo-lo e experimentamo-lo continuamente; tem poder, porque
a nossa liberdade se deixa continuamente desviar de Deus. Mas, desde que Deus
passou a ter um coração humano e deste modo orientou a liberdade do homem para
o bem, para Deus, a liberdade para o mal deixou de ter a última palavra. O que
vale desde então, está expresso nesta frase: 'No mundo tereis tribulações, mas
tende confiança! Eu venci o mundo” (Jo 16, 33)”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-03-2022.
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