PARÓQUIAS DE NISA
Quarta, 20 de abril de 2022
Quarta-feira de Páscoa
LITURGIA
QUARTA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA
Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.
L1: At 3, 1-10; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7. 8-9
Ev: Lc 24, 13-35
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Na Diocese de Vila Real – Aniversário da criação da Diocese (1922).
MISSA
Antífona de entrada Cf. Mt 25, 34
Vinde, benditos de meu Pai.
Recebei o reino preparado para vós desde o princípio do mundo.
Aleluia.
Diz-se o Glória.
Oração
coleta
Senhor nosso Deus,
que todos os anos nos alegrais
com a solenidade da ressurreição de Cristo,
concedei, pela vossa bondade,
que, celebrando dignamente estas festas na terra,
mereçamos chegar às alegrias do céu.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Atos 3, 1-10
«Dou-te o que tenho:
em nome de Jesus, levanta-te e anda»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, Pedro e João subiam ao templo para a
oração das três horas da tarde. Trouxeram então um homem, coxo de nascença, que
colocavam todos os dias à porta do templo, chamada Porta Formosa, para pedir
esmola aos que entravam. Ao ver Pedro e João, que iam a entrar no templo,
pediu-lhes esmola. Pedro, juntamente com João, olhou fixamente para ele e
disse-lhe: «Olha para nós». O coxo olhava atentamente para Pedro e João,
esperando receber deles alguma coisa. Pedro disse- lhe: «Não tenho ouro nem
prata, mas dou-te o que tenho: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te
e anda». E, tomando-lhe a mão direita, levantou-o. Nesse instante
fortaleceram-se-lhe os pés e os tornozelos, levantou-se de um salto, pôs-se de
pé e começou a andar; depois entrou com eles no templo, caminhando, saltando e
louvando a Deus. Toda a gente o viu caminhar e louvar a Deus e, sabendo que era
aquele que costumava estar sentado, a mendigar, à Porta Formosa do templo,
ficaram cheios de admiração e assombro pelo que lhe tinha acontecido.
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 104 (105), 1-2.3-4.6-7.8-9 (R. 3b)
Refrão: Exulte o coração dos que procuram
o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Aclamai o nome do Senhor,
anunciai entre os povos as suas obras.
Cantai-Lhe salmos e hinos,
proclamai todas as suas maravilhas. Refrão
Gloriai-vos no seu santo nome,
exulte o coração dos que procuram o Senhor.
Considerai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face. Refrão
Descendentes de Abraão, seu servo,
filhos de Jacob, seu eleito,
O Senhor é o nosso Deus
e as suas sentenças são lei em toda a terra. Refrão
Ele recorda sempre a sua aliança,
a palavra que empenhou para mil gerações,
o pacto que estabeleceu com Abraão,
o juramento que fez a Isaac. Refrão
ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia Repete-se
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão
EVANGELHO Lc 24, 13-35
«Reconheceram-n’O ao partir o pão»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma
povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam
entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus
aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam
impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que
trocais entre vós pelo caminho?» Pararam, com ar muito triste, e um deles,
chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o
que lá se passou nestes dias». E Ele perguntou: «Que foi?» Responderam-Lhe: «O
que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de
Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O
entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse
Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que
isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos
sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de
Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele
estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as
mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens
sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas
anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?»
Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas
as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde
iam, Jesus fez menção de seguir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar,
dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite».
Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a
bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e
reconhe¬¬ceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para
o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo
caminho e nos explicava as Escrituras?» Partiram imediatamente de regresso a
Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam:
«Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que
tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.
Palavra da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Aceitai, Senhor, o sacrifício da nossa redenção
e concedei-nos, pela vossa bondade,
a salvação da alma e do corpo.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio Pascal I: O mistério pascal
No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai
benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se
também as comemorações próprias.
Antífona
da comunhão Cf. Lc 24, 35
Os discípulos reconheceram o Senhor Jesus ao partir o pão.
Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Senhor, que nos purificastes do velho pecado,
fazei que a comunhão do sacramento do vosso Filho
nos transforme em novas criaturas.
Por Cristo nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 3, 1-10:
Depois da palavra da pregação dos
Apóstolos, proclamada nos dias anteriores, vemos hoje o gesto, o sinal, como
que a dar encarnação àquela palavra: a cura feita em Nome de Jesus, sinal do
poder do Ressuscitado, que permanece vivo no meio dos seus, como fonte de vida
e de salvação. Este sinal maravilhoso vai ser o ponto de partida para uma
grande catequese nos próximos dias, como uma mistagogia que se prolonga e
aprofunda o mistério pascal agora celebrado.
Lc
24, 13-35: A aparição aos discípulos
de Emaús é das mais significativas: encontramos aqui de novo, mas agora com uma
estrutura mais completa e mais bem recortada, a ligação entre a Palavra e o
Rito, o sinal, onde os discípulos reconhecem o Senhor. Toda esta encantadora
narração reproduz a estrutura da celebração da Eucaristia: Jesus no meio dos
seus; a palavra das Escrituras; Moisés (a Lei) e os Profetas (a leitura de
amanhã acrescentará: os Salmos); a explicação (homilia) que desvenda o sentido
das mesmas Escrituras; por fim, a “Fracção do pão”, termo que, desde a origem,
designa a celebração da Eucaristia.
AGENDA DO DIA:
10.00
horas: Funeral em Arez
14.30
horas: Funeral no Arneiro
17.00
horas: Missa em Gáfete
18.00
horas: Missa em Tolosa
18.00
horas: Missa em Nisa
CRUZEIROS NO CONCELHO DE
NISA
Alpalhão - Senhora da Redonda
Cruzeiro sobre a "rocha Redonda
A VOZ DO PASTOR
MORTO NO CALVÁRIO – EM AUSCHWITZ – NA UCRÂNIA – EM...
Um preso de Auschwitz, escreveu sobre um dos muitos e
terríveis enforcamentos a que assistiu nesse campo de concentração, de horror e
extermínio. Enforcamentos solenemente sádicos e horrorosos, cruéis e
intimidatórios. Naquele dia enforcaram três: dois adultos e um rapazito. Elie
Wiesel escreveu assim: “Os três condenados subiram juntos para as três
cadeiras. A cabeça, dos três, foi introduzida ao mesmo tempo dentro dos nós
corrediços. “Viva a liberdade”, gritaram os dois adultos. O pequeno, porém,
ficou calado. “Onde está Deus? Onde é que Ele está?”, perguntou alguém atrás de
mim. A um sinal do chefe do campo, as três cadeiras foram deitadas por terra.
Silêncio absoluto em todo o campo. O sol ia-se pondo no horizonte. Em seguida,
começou o desfile. Os dois adultos já não estavam vivos. Tinham a língua
pendente, inchada, azulada. A terceira corda, porém, continuava a mover-se;
como era tão leve, o miúdo continuava vivo…Manteve-se assim durante mais de meia
hora, debatendo-se entre a vida e a morte, agonizando lentamente sob o nosso
olhar. E nós tínhamos de olhá-lo bem no rosto. Ainda estava vivo, quando passei
à sua frente. Tinha a língua vermelha e os olhos ainda não se tinham vidrado.
Atrás de mim voltei a ouvir o mesmo homem, que perguntava: “Onde é que Deus
está, neste momento?” Então ouvi dentro de mim uma voz que lhe respondia: “Onde
está Deus? Ei-lo ali, pendurado naquela forca…”. (in “As sete últimas palavras”
de Timothy Radcliffe).
Os que se julgam donos e senhores de tudo e de todos
continuam a crucificar e a matar Jesus na cruz: “O que fizerdes aos outros é a
mim que o fazeis”, disse-nos Ele. E porquê que isso acontece?
Como recordávamos na Missa da Última Ceia, o Senhor
disse a Pedro, relutante em que Cristo lhe lavasse os pés: “Se eu não te lavar
os pés, não terás parte comigo”. Dois mil anos depois de Cristo acontece mesmo.
Ainda há quem, na sua importância, tenha preconceitos de autossuficiência e se
recuse a que Jesus lhe lave os pés. Isto é, rejeita deixar-se lavar e purificar
por Cristo, com a sua graça, com o seu perdão, com a sua misericórdia, com a
sua palavra, com o seu testemunho de amor por todos, incluindo os inimigos.
RECORDEMOS NA FORMA BREVE:
“Naquele tempo, levantaram-se os anciãos do povo, os
príncipes dos sacerdotes e os escribas, levaram Jesus a Pilatos e começaram a
acusá-lo, dizendo: «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir
que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei». Pilatos
perguntou a Jesus: «Tu és o Rei dos judeus?». Jesus respondeu: «Tu o dizes».
Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nada de
culpável neste homem». Mas eles insistiam: «Amotina o povo, ensinando por toda
a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui». Ao ouvir isto, Pilatos
perguntou se o homem era galileu; e, ao saber que era da jurisdição de Herodes,
enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em Jerusalém. Ao ver Jesus,
Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que
ouvia dizer d’Ele, e esperava que fizesse algum milagre na sua presença.
Fez-Lhe muitas perguntas; mas Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e
os escribas que lá estavam acusavam-no com insistência. Herodes, com os seus oficiais,
tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico e
remeteu-O a Pilatos. Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram amigos nesse
dia. Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e
disse-lhes: «Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo.
Interroguei-O diante de vós e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O
acusais. Herodes também não, uma vez que no-lo mandou de novo. Como vedes, não
praticou nada que mereça a morte. Vou, portanto, soltá-lo, depois de O mandar
castigar». Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da
festa. E todos se puseram a gritar: «Mata Esse e solta-nos Barrabás». Barrabás
tinha sido metido na cadeia por causa de uma insurreição desencadeada na cidade
e por assassínio. De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar
Jesus. Mas eles gritavam: «Crucifica-O! Crucifica-O!». Pilatos falou-lhes pela
terceira vez: «Mas que mal fez este homem? Não encontrei n’Ele nenhum motivo de
morte. Por isso vou soltá-lo, depois de O mandar castigar». Mas eles
continuavam a gritar, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores
aumentavam de violência. Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam: soltou
aquele que tinha sido metido na cadeia por insurreição e assassínio, como eles
reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.
Quando O conduziam, lançaram mão de um certo Simão de
Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás
de Jesus. Seguia-O grande multidão de povo e mulheres que batiam no peito e se
lamentavam, chorando por Ele. Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes:
«Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos
vossos filhos. Pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres
que não geraram e os peitos que não amamentaram’. Começarão a dizer aos montes:
‘Caí sobre nós’; e às colinas: ‘Cobri-nos’. Porque se tratam assim a madeira
verde, que acontecerá à seca?». Levavam ainda dois malfeitores para serem
executados com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário,
crucificaram-no a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus
dizia: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». Depois deitaram
sortes, para repartirem entre si as vestes de Jesus. O povo permanecia ali a
observar. Por sua vez, os chefes zombavam e diziam: «Salvou os outros: salve-Se
a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam
d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos
judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei
dos judeus».
Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido
crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e
a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus,
tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o
castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável». E
acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus
respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso». Era já
quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da
tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E
Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito
isto, expirou. Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo:
«Realmente este homem era justo». E toda a multidão que tinha assistido àquele
espetáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. Todos os
conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia,
mantinham-se à distância, observando estas coisas”.
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Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-04-2022.
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