PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 18 de abril de 2022
Segunda-feira de Páscoa
LITURGIA
SEGUNDA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA
Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.
L1: At 2, 14. 22-33; Sal 15 (16), 5 e.8. 9-10. 11
Ev: Mt 28, 8-15
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. António Maria Bessa Taipa, Bispo
Emérito de Tabbora (1999).
Durante toda a Oitava da Páscoa, Ofício com as particularidade indicadas na
Liturgia das Horas e Missa com Glória, sequência facultativa e sem Credo.
MISSA
Antífona de entrada Ex 13, 5.9
O Senhor conduziu-vos à terra onde corre leite e mel,
para que a lei do Senhor esteja sempre na vossa boca. Aleluia.
Ou:
O Senhor ressuscitou dos mortos, como tinha anunciado.
Exultemos de alegria, porque Ele reina eternamente. Aleluia.
Diz-se o Glória.
Oração
coleta
Senhor nosso Deus, que, pelo Batismo,
aumentais continuamente a vossa Igreja com novos filhos,
concedei-lhes a graça de serem fiéis na vida
ao sacramento que pela fé receberam.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Atos 2, 14.22-33
«Deus ressuscitou Jesus e disso todos nós somos testemunhas.»
É este o primeiro testemunho, dado pelos Apóstolos, da Ressurreição de
Jesus, o Crucificado de Sexta-feira Santa. É este mesmo testemunho que a Igreja
continua a dar até ao fim dos tempos. S. Pedro estabelece nesta sua proclamação
a ligação entre a palavra profética do Antigo Testamento, aqui a de um salmo,
aquele que vai servir de responsorial, e a sua realização agora na pessoa de
Jesus. Assim se proclama a unidade da história da salvação, cujo ponto
culminante é a Ressurreição do Senhor.
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
No
dia de Pentecostes, Pedro, de pé, com os onze Apóstolos, ergueu a voz e falou
ao povo: «Homens da Judeia e vós todos que habitais em Jerusalém, compreendei o
que está a acontecer e ouvi as minhas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem
acreditado por Deus junto de vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus
realizou no meio de vós, por seu intermédio, como sabeis. Depois de entregue,
segundo o desígnio imutável e a previsão de Deus, vós destes-Lhe a morte, cravando-O
na cruz pela mão de gente perversa. Mas Deus ressuscitou-O, livrando-O dos
laços da morte, porque não era possível que Ele ficasse sob o seu domínio. Diz
David a seu respeito: ‘O Senhor está sempre na minha presença, com Ele a meu
lado não vacilarei. Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta e
até o meu corpo descansa tranquilo. Vós não abandonareis a minha alma na mansão
dos mortos, nem deixareis o vosso Santo sofrer a corrupção. Destes-me a
conhecer os caminhos da vida, a alegria plena em vossa presença’. Irmãos,
seja-me permitido falar-vos com toda a liberdade: o patriarca David morreu e
foi sepultado e o seu túmulo encontra-se ainda hoje entre nós. Mas, como era
profeta e sabia que Deus lhe prometera sob juramento que um descendente do seu
sangue havia de sentar-se no seu trono, viu e proclamou antecipadamente a
ressurreição de Cristo, dizendo que Ele não O abandonou na mansão dos mortos,
nem a sua carne conheceu a corrupção. Foi este Jesus que Deus ressuscitou e
disso todos nós somos testemunhas. Tendo sido exaltado pelo poder de Deus,
recebeu do Pai a promessa do Espírito Santo, que Ele derramou, como vedes e
ouvis».
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 15 (16), 5 e 8.9-10.11 (R. 1)
Refrão: Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio. Repete-se
Ou: Guardai-me, Senhor: esperei em
Vós. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,
está nas vossas mãos o meu destino.
O Senhor está sempre na minha presença,
com Ele a meu lado não vacilarei. Refrão
Por isso o meu coração se alegra
e a minha alma exulta,
e até o meu corpo descansa tranquilo.
Vós não abandonareis a minha alma
na mansão dos mortos,
nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção. Refrão
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,
alegria plena em vossa presença,
delícias eternas à vossa direita. Refrão
ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia Repete-se
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão
EVANGELHO Mt 28, 8-15
«Ide avisar os meus irmãos que devem ir para a Galileia»
As aparições de Jesus Ressuscitado manifestam sempre a vida nova em que a
sua santíssima humanidade entrou ao sair deste mundo. É o paraíso reencontrado,
onde o homem encontra Deus na paz. Diante de toda esta novidade pascal, o mundo
pasma ou ignora ou tenta evitar que se creia ser verdade, indo ao ridículo ou à
falsidade premeditada, como esta leitura já o atesta em relação aos primeiros
dias da Igreja.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Maria Madalena e a outra Maria, que tinham ido ao túmulo do
Senhor, afastaram-se a toda a pressa, cheias de temor e de grande alegria, e
correram a levar aos discípulos a notícia da Ressurreição. Entretanto, Jesus
saiu ao seu encontro e saudou-as. Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés e
prostraram-se diante d’Ele. Disse-lhes então Jesus: «Não temais. Ide avisar os
meus irmãos que devem ir para a Galileia. Lá Me verão». Enquanto elas iam a
caminho, alguns dos guardas foram à cidade participar aos príncipes dos
sacerdotes tudo o que tinha acontecido. Estes reuniram-se com os anciãos e,
depois de terem deliberado, deram aos soldados uma soma avultada de dinheiro,
com esta recomendação: «Dizei: ‘Os discípulos vieram de noite roubá-l’O,
enquanto nós estávamos a dormir’. Se isto chegar aos ouvidos do governador, nós
o convenceremos e faremos que vos deixem em paz». Eles receberam o dinheiro e
fizeram como lhes tinham ensinado. Foi este o boato que se divulgou entre os
judeus, até ao dia de hoje.
Palavra
da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Aceitai benignamente, Senhor, as ofertas do vosso povo,
de modo que, renovado pela profissão da fé e pelo Batismo,
mereça alcançar a bem-aventurança eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio
Pascal I: O mistério pascal
No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai
benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se
também as comemorações próprias.
Antífona
da comunhão Rm 6, 9
Cristo, ressuscitado de entre os mortos, já não pode morrer.
A morte não tem domínio sobre Ele. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Enriquecei, Senhor, com a graça do sacramento pascal
aqueles que fizestes entrar no caminho da salvação eterna
e tornai-os sempre dignos dos vossos dons sagrados.
Por Cristo nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos
2, 14.22-33: É este o
primeiro testemunho, dado pelos Apóstolos, da Ressurreição de Jesus, o
Crucificado de Sexta-feira Santa. É este mesmo testemunho que a Igreja continua
a dar até ao fim dos tempos. S. Pedro estabelece nesta sua proclamação a
ligação entre a palavra profética do Antigo Testamento, aqui a de um salmo,
aquele que vai servir de responsorial, e a sua realização agora na pessoa de
Jesus. Assim se proclama a unidade da história da salvação, cujo ponto
culminante é a Ressurreição do Senhor.
Mt 28, 8-15: As aparições de Jesus Ressuscitado manifestam
sempre a vida nova em que a sua santíssima humanidade entrou ao sair deste
mundo. É o paraíso reencontrado, onde o homem encontra Deus na paz. Diante de
toda esta novidade pascal, o mundo pasma ou ignora ou tenta evitar que se creia
ser verdade, indo ao ridículo ou à falsidade premeditada, como esta leitura já
o atesta em relação aos primeiros dias da Igreja.
AGENDA DO DIA:
09.00
horas: Missa na Igreja de Nossa Senhora da Graça - Nisa
09.00
horas: Missa na Igreja de Nossa Senhora da Graça - Alpalhão
11.00
horas: Missa na Igreja de Nossa Senhora da Graça - Santuário
16.00
horas: Missa na Igreja de Nossa Senhora da Redonda
16.30
horas: Terço na Igreja de Nossa Senhora da Graça - Santuário
FESTAS NO CONCELHO DE
NISA
Segunda-feira
de Páscoa
Nossa Senhora da Redonda - Alpalhão
Santo Amaro - Tolosa |
A VOZ DO PASTOR
MORTO NO CALVÁRIO – EM AUSCHWITZ – NA UCRÂNIA – EM...
Um preso de Auschwitz, escreveu sobre um dos muitos e
terríveis enforcamentos a que assistiu nesse campo de concentração, de horror e
extermínio. Enforcamentos solenemente sádicos e horrorosos, cruéis e
intimidatórios. Naquele dia enforcaram três: dois adultos e um rapazito. Elie
Wiesel escreveu assim: “Os três condenados subiram juntos para as três
cadeiras. A cabeça, dos três, foi introduzida ao mesmo tempo dentro dos nós
corrediços. “Viva a liberdade”, gritaram os dois adultos. O pequeno, porém,
ficou calado. “Onde está Deus? Onde é que Ele está?”, perguntou alguém atrás de
mim. A um sinal do chefe do campo, as três cadeiras foram deitadas por terra.
Silêncio absoluto em todo o campo. O sol ia-se pondo no horizonte. Em seguida,
começou o desfile. Os dois adultos já não estavam vivos. Tinham a língua
pendente, inchada, azulada. A terceira corda, porém, continuava a mover-se;
como era tão leve, o miúdo continuava vivo…Manteve-se assim durante mais de
meia hora, debatendo-se entre a vida e a morte, agonizando lentamente sob o
nosso olhar. E nós tínhamos de olhá-lo bem no rosto. Ainda estava vivo, quando
passei à sua frente. Tinha a língua vermelha e os olhos ainda não se tinham
vidrado. Atrás de mim voltei a ouvir o mesmo homem, que perguntava: “Onde é que
Deus está, neste momento?” Então ouvi dentro de mim uma voz que lhe respondia:
“Onde está Deus? Ei-lo ali, pendurado naquela forca…”. (in “As sete últimas
palavras” de Timothy Radcliffe).
Os que se julgam donos e senhores de tudo e de todos
continuam a crucificar e a matar Jesus na cruz: “O que fizerdes aos outros é a
mim que o fazeis”, disse-nos Ele. E porquê que isso acontece?
Como recordávamos na Missa da Última Ceia, o Senhor
disse a Pedro, relutante em que Cristo lhe lavasse os pés: “Se eu não te lavar
os pés, não terás parte comigo”. Dois mil anos depois de Cristo acontece mesmo.
Ainda há quem, na sua importância, tenha preconceitos de autossuficiência e se
recuse a que Jesus lhe lave os pés. Isto é, rejeita deixar-se lavar e purificar
por Cristo, com a sua graça, com o seu perdão, com a sua misericórdia, com a
sua palavra, com o seu testemunho de amor por todos, incluindo os inimigos.
RECORDEMOS NA FORMA BREVE:
“Naquele tempo, levantaram-se os anciãos do povo, os
príncipes dos sacerdotes e os escribas, levaram Jesus a Pilatos e começaram a
acusá-lo, dizendo: «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir
que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei». Pilatos
perguntou a Jesus: «Tu és o Rei dos judeus?». Jesus respondeu: «Tu o dizes».
Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nada de
culpável neste homem». Mas eles insistiam: «Amotina o povo, ensinando por toda
a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui». Ao ouvir isto, Pilatos
perguntou se o homem era galileu; e, ao saber que era da jurisdição de Herodes,
enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em Jerusalém. Ao ver Jesus,
Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que
ouvia dizer d’Ele, e esperava que fizesse algum milagre na sua presença.
Fez-Lhe muitas perguntas; mas Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e
os escribas que lá estavam acusavam-no com insistência. Herodes, com os seus
oficiais, tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto
magnífico e remeteu-O a Pilatos. Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram
amigos nesse dia. Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o
povo, e disse-lhes: «Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo.
Interroguei-O diante de vós e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O
acusais. Herodes também não, uma vez que no-lo mandou de novo. Como vedes, não
praticou nada que mereça a morte. Vou, portanto, soltá-lo, depois de O mandar
castigar». Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da
festa. E todos se puseram a gritar: «Mata Esse e solta-nos Barrabás». Barrabás
tinha sido metido na cadeia por causa de uma insurreição desencadeada na cidade
e por assassínio. De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar
Jesus. Mas eles gritavam: «Crucifica-O! Crucifica-O!». Pilatos falou-lhes pela
terceira vez: «Mas que mal fez este homem? Não encontrei n’Ele nenhum motivo de
morte. Por isso vou soltá-lo, depois de O mandar castigar». Mas eles
continuavam a gritar, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores
aumentavam de violência. Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam: soltou
aquele que tinha sido metido na cadeia por insurreição e assassínio, como eles
reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.
Quando O conduziam, lançaram mão de um certo Simão de
Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás
de Jesus. Seguia-O grande multidão de povo e mulheres que batiam no peito e se
lamentavam, chorando por Ele. Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes:
«Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos
vossos filhos. Pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres
que não geraram e os peitos que não amamentaram’. Começarão a dizer aos montes:
‘Caí sobre nós’; e às colinas: ‘Cobri-nos’. Porque se tratam assim a madeira
verde, que acontecerá à seca?». Levavam ainda dois malfeitores para serem
executados com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário,
crucificaram-no a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus
dizia: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». Depois deitaram
sortes, para repartirem entre si as vestes de Jesus. O povo permanecia ali a
observar. Por sua vez, os chefes zombavam e diziam: «Salvou os outros: salve-Se
a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam
d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos
judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei
dos judeus».
Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido
crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e
a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus,
tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o
castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável». E
acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus
respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso». Era já
quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da
tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E
Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito
isto, expirou. Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo:
«Realmente este homem era justo». E toda a multidão que tinha assistido àquele
espetáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. Todos os
conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia,
mantinham-se à distância, observando estas coisas”.
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Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-04-2022.
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