segunda-feira, 11 de abril de 2022

 


PARÓQUIAS DE NISA

Terça, 12, de abril de 2022

 

Terça-feira da semana Santa

   

 

LITURGIA

 

 

Terça-feira da Semana Santa

Roxo – Ofício próprio.
Missa própria, pf. II da Paixão.

L1: Is 49, 1-6; Sal 70 (71), 1-2. 3-4a. 5-6ab. 15 e 17
Ev: Jo 13, 21-33. 36-38

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.

MISSAL

 ANTÍFONA DE ENTRADA Cf. Sl 26, 12
Não me entregueis, Senhor, ao ódio dos meus adversários:
contra mim se levantaram testemunhas falsas,
que respiram violência.

ORAÇÃO COLETA
Deus todo-poderoso e eterno,
concedei-nos a graça de celebrar dignamente
os mistérios da paixão do Senhor,
para merecermos alcançar o vosso perdão.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.

LEITURA I Is 49, 1-6
«Farei de ti a luz das nações,
para que a minha salvação chegue até aos confins da terra»
(Segundo cântico do Servo do Senhor)

Leitura do Livro de Isaías

Terras de Além-Mar, escutai-me;
povos de longe, prestai atenção.
O Senhor chamou-me desde o ventre materno,
disse o meu nome desde o seio de minha mãe.
Fez da minha boca uma espada afiada,
abrigou-me à sombra da sua mão.
Tornou-me semelhante a uma seta aguda,
guardou-me na sua aljava.
E disse-me: «Tu és o meu servo, Israel,
por quem manifestarei a minha glória».
E eu dizia: «Cansei-me inutilmente,
em vão e por nada gastei as minhas forças».
Mas o meu direito está no Senhor
e a minha recompensa está no meu Deus.
E agora o Senhor falou-me,
Ele que me formou desde o seio materno,
para fazer de mim o seu servo,
a fim de Lhe restaurar as tribos de Jacob
e reconduzir os sobreviventes de Israel.
Eu tenho merecimento diante do Senhor
e Deus é a minha força.
Ele disse-me então:
«Não basta que sejas meu servo,
para restaurares as tribos de Jacob
e reconduzires os sobreviventes de Israel.
Farei de ti a luz das nações,
para que a minha salvação chegue até aos confins da terra».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 70 (71), 1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17 (R. cf. 15ab)

Refrão: A minha boca proclamará a vossa salvação.

Em Vós, Senhor, me refugio,
jamais serei confundido.
Pela vossa justiça, defendei-me e salvai-me,
prestai ouvidos e libertai-me.

Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
meu Deus, salvai-me do pecador.

Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protetor.

A minha boca proclamará a vossa justiça,
dia após dia a vossa infinita salvação.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO
Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai.
Salve, Senhor, nosso Rei, obediente ao Pai,
que fostes levado como manso cordeiro
à morte na cruz. Refrão

EVANGELHO Jo 13, 21-33.36-38
«Um de vós há de entregar-me...
Não cantará o galo, sem que Me tenhas negado três vezes»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
estando Jesus à mesa com os discípulos,
sentiu-Se intimamente perturbado e declarou:
«Em verdade, em verdade vos digo:
Um de vós Me entregará».
Os discípulos olhavam uns para os outros,
sem saberem de quem falava.
Um dos discípulos, o predileto de Jesus,
estava à mesa, mesmo a seu lado.
Simão Pedro fez-lhe sinal e disse:
«Pergunta-Lhe a quem Se refere».
Ele inclinou-Se sobre o peito de Jesus e perguntou-Lhe:
«Quem é, Senhor?»
Jesus respondeu:
«É aquele a quem vou dar este bocado de pão molhado».
E, molhando o pão, deu-o a Judas Iscariotes, filho de Simão.
Naquele momento, depois de engolir o pão,
Satanás entrou nele.
Disse-lhe Jesus:
«O que tens a fazer, fá-lo depressa».
Mas nenhum dos que estavam à mesa
compreendeu porque lhe disse tal coisa.
Como Judas era quem tinha a bolsa comum,
alguns pensavam que Jesus lhe tinha dito:
«Vai comprar o que precisamos para a festa»;
ou então, que desse alguma esmola aos pobres.
Judas recebeu o bocado de pão e saiu imediatamente.
Era noite.
Depois de ele sair, Jesus disse:
«Agora foi glorificado o Filho do homem
e Deus foi glorificado n’Ele.
Se Deus foi glorificado n’Ele,
também Deus O glorificará em Si mesmo
e glorificá-l’O-á sem demora.
Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco.
Haveis de procurar-Me
e, assim como disse aos judeus,
também agora vos digo:
não podeis ir para onde Eu vou».
Perguntou-Lhe Simão Pedro:
«Para onde vais, Senhor?».
Jesus respondeu:
«Para onde Eu vou, não podes tu seguir-Me por agora;
seguir-Me-ás depois».
Disse-Lhe Pedro:
«Senhor, por que motivo não posso seguir-Te agora?
Eu darei a vida por Ti».
Disse-Lhe Jesus:
«Darás a vida por Mim?
Em verdade, em verdade te digo:
Não cantará o galo,
sem que Me tenhas negado três vezes».

Palavra da salvação.

Oração Universal

Irmãs e irmãos:
Recordámos hoje alguns dos últimos acontecimentos
que precederam a morte de Jesus.
Peçamos ao Pai que nos ensine a rezar com eles, dizendo:
R. Pai santo, sede Vós a nossa luz.

1. Pela Igreja, Esposa de Cristo e nossa Mãe,
para que celebre com os sentimentos do Senhor,
a Ceia que Ele celebrou com os discípulos,
oremos.

2. Por todos aqueles que são amigos de Jesus,
para que estejam sempre com Ele nas horas más
e nenhum venha a traí-l’O e a entregá-l’O,
oremos.

3. Pelos que estão prontos a dar por Ele a própria vida,
para que não confiem em si mesmos, mas em Deus,
e Lhe peçam para ser dignos do amor de Cristo,
oremos.

4. Pelos que são chamados, como o Servo do Senhor,
a anunciar a salvação aos que andam longe,
para que sejam sal da terra e luz do mundo,
oremos.

5. Pelos que participam do mesmo Pão do Céu
e não vivem na comunhão da caridade,
para que se deixem transformar por Jesus Cristo,
oremos.

Deus Pai, não olheis aos nossos pecados,
mas ao perfeito amor do vosso Filho
e dai-nos o que Ele nos alcançou na sua Paixão.
Por Cristo, nosso Senhor.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai com bondade, Senhor,
para a oblação dos vossos filhos:
Vós que os fazeis participar neste mistério de salvação,
fazei que alcancem a plenitude da vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio: II da Paixão do Senhor A vitória da Paixão
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação
.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
por nosso Senhor Jesus Cristo.
Aproximam-se os dias solenes
da paixão salvadora e da ressurreição gloriosa,
em que é vencida a iniquidade da antiga serpente
e se renova o mistério da nossa redenção.
Por isso, a multidão dos anjos
adora a vossa majestade
e exulta eternamente na vossa presença.
Permiti que nos associemos às suas vozes,
dizendo (cantando) com alegria:
Santo, Santo, Santo,
Senhor Deus do universo.
O céu e a terra proclamam a vossa glória.
Hossana nas alturas.
Bendito O que vem em nome do Senhor.
Hossana nas alturas.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Rom 8, 32
Para nos salvar,
Deus não poupou o seu próprio Filho.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciais com os vossos dons sagrados,
concedei-nos, por este sacramento
com que nos alimentais na vida presente,
a comunhão convosco na vida eterna.
Por Cristo nosso Senhor.

Oração sobre o povo (facultativa)
Senhor nosso Deus, favorecei com a vossa misericórdia,
o povo que Vos é consagrado,
para que, livre de toda a mancha do antigo pecado,
progrida sempre na vida nova da santidade.
Por Cristo nosso Senhor

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS Jo 13, 21-33.36-38: Vão-se acumulando os antecedentes imediatos da Paixão. Jesus anuncia a traição de Judas e a negação de Pedro. Depois da rejeição dos meios oficiais, vem agora a traição e a negação dos seus. Estamos já na última Ceia. S. João vai interpretando os acontecimentos de maneira simbólica: atrás do pão, Satanás entra em Judas; já era noite; a morte de Jesus é a sua glorificação; Pedro segui-l’O-à depois; Jesus está cada vez mais abandonado dos homens, ao mesmo tempo que é o seu Salvador.

Jo 13, 21-33.36-38: Vão-se acumulando os antecedentes imediatos da Paixão. Jesus anuncia a traição de Judas e a negação de Pedro. Depois da rejeição dos meios oficiais, vem agora a traição e a negação dos seus. Estamos já na última Ceia. S. João vai interpretando os acontecimentos de maneira simbólica: atrás do pão, Satanás entra em Judas; já era noite; a morte de Jesus é a sua glorificação; Pedro segui-l’O-à depois; Jesus está cada vez mais abandonado dos homens, ao mesmo tempo que é o seu Salvador.

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

16.00 horas: Missa na Santa Casa de Nisa horas: Confissões em Arez

18.00 horas: Missa em Alpalhão

18.00 horas: Missa em Nisa

 

 

Cruzes exteriores NA  ZONA PASTORAL DE NISA

 

 



Igreja Paroquial de Montalvão

 

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

 

MEU POVO, QUE TE FIZ EU? EM QUE TE CONTRISTEI?

 

Aproxima-se a celebração do momento central da plenitude dos tempos. É a ‘Hora’ para a qual vinha a convergir tudo quanto estava predito e dito e os próprios gestos salvíficos de Cristo preconizavam e até provocaram. É a hora da cruz, a hora do despojamento total do Filho muito amado do Pai, a hora da vitória da vida sobre a morte, a hora da ressurreição do Senhor. “Não está aqui, ressuscitou!” (Lc 24, 5-6). E Jesus faz-se encontrado, deixa-se ver e tocar pelos seus discípulos que o reconhecem e correm de alegria levando por toda a parte a notícia da maior história de amor que o mundo jamais conheceu. É o mistério da Páscoa, a fonte da vida, a Festa das festas, a Festa da Igreja no coração do mundo a renovar o coração dos homens. É o auge do projeto de Deus em favor da humanidade. A paixão e a ressurreição de Jesus manifestam a coerência da vida de Jesus com a sua mensagem, confirmam Jesus como Filho de Deus, são a expressão máxima do seu amor para com a humanidade, constituem o sacrifício único pelo qual todos os pecados são perdoados, encorajam a fé dos seus discípulos enviados a anunciar o que tinham tocado, visto e ouvido.

Tudo quanto ao longo da História da Salvação, na sua condescendência e pedagogia infinitas, Deus fez acontecer, tudo quanto prometeu que haveria de advir eram apenas sombra das surpresas com que Deus nos haveria, de facto, de presentear na plenitude dos tempos em seu Filho. Uma nova primavera de esperança desponta a fazer florir uma humanidade nova baseada na fraternidade universal, no amor e na paz. Infelizmente, por se querer ignorar esta história de amor incomparável, ainda há quem, dois mil anos depois!, pela dureza do seu coração soberbo e arrogante, teime em se endeusar e prefira viver num inverno existencial triste, tenebroso e destruidor, alimentando ódios impensáveis e interesses mesquinhos a destruir vidas, a promover o terror.

Se desde sempre o homem procurou e procura sentido para a vida e para as perguntas da vida, se nunca faltaram nem faltam na história humana heróis da justiça e do amor aos outros, há uma questão fundamental que sempre permanece e atormenta o homem. O homem não tem solução para a morte, quando muito tenta esquecê-la ou dizer que ela é o fim de tudo! No entanto, Deus fez-se homem, Deus entrou no seio da morte. Não porque fosse mortal, não porque tivesse caído nas ciladas do pecado. Entrou nela por amor, fez-se mortal por graça e por verdade. Bebeu o cálice da nossa morte e convidou-nos a tomar parte, desde já, na sua vida imortal, incorruptível. Se aceitarmos entrar na sua morte por amor, ela é a única que destrói a nossa morte. Jesus venceu a morte com a sua própria morte para nos dar a sua vida e vida em abundância (cf. Jean Corbon, a fonte da liturgia, cap. III). Pela sua cruz e ressurreição tornou-se o único acontecimento da história com repercussões salvadoras para toda humanidade, mesmo que a cruz continue a ser escândalo para uns e loucura para outros. Jesus, livre e soberanamente, entra na morte e enfrenta-a sozinho num combate invulgar em favor de todos. “Ninguém Me tira a vida, sou Eu que a dou espontaneamente (Jo 10,18).

Vamos entrar num tempo sagrado para viver e celebrar estes mistérios da salvação, é a Semana Santa, a Semana Maior. Vai do Domingo de Ramos, dia da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, ao Domingo da Ressurreição do Senhor. Dentro da Semana Santa temos o Tríduo Pascal em que Cristo sofreu, descansou e ressuscitou segundo a palavra que Ele disse: destruí este templo e Eu em três dias o levantarei. Começa na Quinta-Feira Santa, com a celebração da Ceia do Senhor, o dia da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Jesus e os seus apóstolos celebraram a Páscoa judaica, na qual Jesus lavou os pés aos seus discípulos, um gesto simbólico que os seus discípulos deveriam traduzir em atitudes de vida quotidiana, amando como Ele amou. Naquela noite, Jesus saiu para o monte das oliveiras, é traído, entregue e preso para ser julgado, flagelado e morto. É a Sexta-Feira da Paixão em que se recordam os momentos mais difíceis dos últimos dias de Cristo dos quais fazem parte o caminho para o Calvário, a Crucificação e Morte, o maior gesto do amor incondicional de Jesus por cada um de nós. É dia de oração, jejum e abstinência, de adoração da Santa Cruz. Desde o pôr-do-sol da sexta-feira ao pôr-do-sol do sábado, não há celebrações. O Sábado Santo é um dia dedicado ao silêncio, à oração e à reflexão, na esperança da Ressurreição do Senhor. É o Sábado de Aleluia, o dia em que Jesus Cristo permanece no túmulo. A Vigília Pascal é a Vigília cristã por excelência. A bênção do lume novo, a procissão da luz, o Precónio Pascal, a Liturgia da Palavra, a celebração do Batismo e a Eucaristia Pascal preenchem o tempo da Vigília. Embora aconteça na noite de sábado, a Vigília pertence ao dia seguinte, é já uma celebração do Domingo de Páscoa, do Domingo da Ressurreição do Senhor, um dia inesquecível e de grande alegria para toda a humanidade. Foi no Domingo, o primeiro dia da semana, que Jesus ressuscitou, se fez encontrado por várias pessoas e grupos de pessoas. A alegria da ressurreição de Cristo é de tal grandeza que tem um oitavário de celebração festiva como se de um só dia se tratasse. Segue-se depois o tempo pascal, um oitavário de Domingos, uma semana de semanas, cinquenta dias, um tempo para anunciar que Cristo ressuscitou e para vivermos como ressuscitados, agora e sempre, anunciando que Ele está vivo em nós, entre nós, caminha connosco.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 08-04-2022.

 

 

 

 

 

 

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