PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 22 de abril de 2022
Sexta-feira de Páscoa
LITURGIA
SEXTA-FEIRA
DA OITAVA DA PÁSCOA
Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.
L1: At 4, 1-12; Sal 117 (118), 1-2 e 4. 22-24. 25-27a
Ev: Jo 21, 1-14
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
MISSA
Antífona de
entrada Cf. Sl 77, 53
O Senhor conduziu o seu povo com mão poderosa,
enquanto o mar submergia os inimigos. Aleluia.
Diz-se o Glória.
Oração
coleta
Deus todo-poderoso e eterno,
que, na Páscoa da nova aliança, oferecestes aos homens
o dom da reconciliação e da paz,
fazei que realizemos na vida o que celebramos na fé.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Actos 4, 1-12
«Em nenhum outro nome podemos ser salvos»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, estavam Pedro e João a
falar ao povo, depois da cura do cego de nascença, quando surgiram os
sacerdotes, o comandante do templo e os saduceus, irritados por eles estarem a
ensinar o povo e a anunciar a ressurreição dos mortos que se verificara em Jesus.
Apoderaram-se deles e, porque já era tarde, meteram-nos na prisão, até ao dia
seguinte. Entretanto, muitos dos que tinham ouvido a palavra de Deus abraçaram
a fé e o número de homens elevou-se a uns cinco mil. No dia seguinte, os chefes
do povo, os anciãos e os escribas reuniram-se em Jerusalém, com o sumo
sacerdote Anás, com Caifás, João e Alexandre, e todos os que eram da família
dos príncipes dos sacerdotes. Mandaram vir os Apóstolos à sua presença e
começaram a interrogá-los: «Com que poder ou em nome de quem fizestes
semelhante coisa?» Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do
povo e anciãos, já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um
enfermo e o modo como ele foi curado, ficai sabendo todos vós e todo o povo de
Israel: É em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, que vós crucificastes e Deus
ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se encontra perfeitamente
curado na vossa presença. Jesus é a pedra que vós, os construtores,
desprezastes e que veio a tornar se pedra angular. E em nenhum outro há
salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual
possamos ser salvos».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118), 1-2.4.22-24.25-27a (R. 22
ou Aleluia)
Refrão: A pedra rejeitada tornou-se pedra angular. Repete-se
Ou: A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular. Repete-se
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Digam os que temem o Senhor:
é eterna a sua misericórdia. Refrão
A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão
Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos abençoamos.
O Senhor é Deus
e fez brilhar sobre nós a sua luz. Refrão
ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia Repete-se
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão
EVANGELHO Jo 21, 1-14
«Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho,
fazendo o mesmo com o peixe»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus manifestou-Se
novamente aos discípulos junto ao Mar de Tiberíades. Manifestou-Se deste modo:
Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, que era de Caná
da Galileia. Também estavam presentes os filhos de Zebedeu e mais dois
discípulos de Jesus. Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar». Eles
responderam-lhe: «Nós vamos contigo». Saíram de casa e subiram para o barco,
mas naquela noite não apanharam nada. Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se
na margem, mas os discípulos não sabiam que era Ele. Disse-lhes então Jesus:
«Rapazes, tendes alguma coisa para comer?» Eles responderam: «Não». Disse-lhes
Jesus: «Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis». Eles lançaram a
rede e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes. Então o
discípulo predilecto de Jesus disse a Pedro: «É o Senhor». Simão Pedro, quando
ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao
mar. Os outros discípulos, que estavam distantes apenas uns duzentos côvados da
margem, vieram no barco, puxando a rede com os peixes. Logo que saltaram em
terra, viram brasas acesas com peixe em cima, e pão. Disse-lhes Jesus: «Trazei
alguns dos peixes que apanhastes agora». Simão Pedro subiu ao barco e puxou a
rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes. E, apesar de
serem tantos, não se rompeu a rede. Disse-lhes Jesus: «Vinde comer». Nenhum dos
discípulos se atrevia a perguntar: «Quem és Tu?»: bem sabiam que era o Senhor.
Então Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho, fazendo o mesmo com o peixe.
Foi esta a terceira vez que Jesus Se manifestou aos discípulos, depois de ter
ressuscitado dos mortos.
Palavra da salvação.
Oração
sobre as oblatas
Realizai em nós, Senhor,
o mistério desta admirável permuta de dons pascais,
para que, da afeição aos bens terrenos,
passemos ao amor dos bens eternos.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio Pascal I: O mistério pascal
No Cânone romano dizem-se o Em
comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios. Nas
Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.
Antífona da comunhão Cf. Jo 21, 12-13
Disse Jesus: Vinde comer.
E tomando o pão, deu-o aos seus discípulos. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Guardai sempre, Senhor, com paternal bondade
o povo que salvastes,
para que se alegrem com a ressurreição do vosso Filho
aqueles que foram remidos pela sua paixão.
Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica,
escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Actos
4, 1-12: A cura do cego foi
ocasião para uma longa catequese, que a liturgia continua a propor-nos ao longo
desta semana. É quase uma mistagogia, uma catequese para iniciados sobre os
mistérios da sua própria iniciação. De facto, esta semana foi sempre a semana
das catequeses mistagógicas para os que receberam os Sacramentos da Iniciação
Cristã na Noite Santa da Páscoa. Hoje esta catequese insiste sobre o “Nome”, o
nome divino de “Senhor”, que é agora título do Homem-Deus, o Senhor Jesus, o
Ressuscitado. É o nome que tão frequentemente pronunciamos, quando exclamamos:
Kyrie, Senhor, misericórdia.
Jo 21, 1-14: As aparições do Senhor ressuscitado vêm
frequentemente em ambiente de refeição, e esta é descrita com termos
semelhantes aos que são usados para falar da celebração da Eucaristia. A
celebração eucarística foi, desde o início, o lugar privilegiado onde os
cristãos reconheceram o Senhor no seu Mistério Pascal. A pesca abundante, como
outros factos semelhantes do Evangelho, evoca a abundância de vida de que o
mistério da Páscoa de Jesus é fonte e origem.
AGENDA DO DIA:
16.00 horas: Missa no Lar da Santa Casa em Alpalhão
16.00 horas: Funeral em Nisa
16.000
horas: Missa na Santa Casa da Misericórdia de Alpalhão
18.00
horas: Missa em Alpalhão
18.00
horas: Missa em Nisa
IGREJAS NO CONCELHO DE
NISA
Igreja de Monte Claro |
A VOZ DO PASTOR
MORTO NO CALVÁRIO – EM AUSCHWITZ – NA UCRÂNIA – EM...
Um preso de Auschwitz, escreveu sobre um dos muitos e
terríveis enforcamentos a que assistiu nesse campo de concentração, de horror e
extermínio. Enforcamentos solenemente sádicos e horrorosos, cruéis e
intimidatórios. Naquele dia enforcaram três: dois adultos e um rapazito. Elie
Wiesel escreveu assim: “Os três condenados subiram juntos para as três
cadeiras. A cabeça, dos três, foi introduzida ao mesmo tempo dentro dos nós
corrediços. “Viva a liberdade”, gritaram os dois adultos. O pequeno, porém,
ficou calado. “Onde está Deus? Onde é que Ele está?”, perguntou alguém atrás de
mim. A um sinal do chefe do campo, as três cadeiras foram deitadas por terra.
Silêncio absoluto em todo o campo. O sol ia-se pondo no horizonte. Em seguida,
começou o desfile. Os dois adultos já não estavam vivos. Tinham a língua
pendente, inchada, azulada. A terceira corda, porém, continuava a mover-se;
como era tão leve, o miúdo continuava vivo…Manteve-se assim durante mais de
meia hora, debatendo-se entre a vida e a morte, agonizando lentamente sob o nosso
olhar. E nós tínhamos de olhá-lo bem no rosto. Ainda estava vivo, quando passei
à sua frente. Tinha a língua vermelha e os olhos ainda não se tinham vidrado.
Atrás de mim voltei a ouvir o mesmo homem, que perguntava: “Onde é que Deus
está, neste momento?” Então ouvi dentro de mim uma voz que lhe respondia: “Onde
está Deus? Ei-lo ali, pendurado naquela forca…”. (in “As sete últimas palavras”
de Timothy Radcliffe).
Os que se julgam donos e senhores de tudo e de todos
continuam a crucificar e a matar Jesus na cruz: “O que fizerdes aos outros é a
mim que o fazeis”, disse-nos Ele. E porquê que isso acontece?
Como recordávamos na Missa da Última Ceia, o Senhor
disse a Pedro, relutante em que Cristo lhe lavasse os pés: “Se eu não te lavar
os pés, não terás parte comigo”. Dois mil anos depois de Cristo acontece mesmo.
Ainda há quem, na sua importância, tenha preconceitos de autossuficiência e se
recuse a que Jesus lhe lave os pés. Isto é, rejeita deixar-se lavar e purificar
por Cristo, com a sua graça, com o seu perdão, com a sua misericórdia, com a
sua palavra, com o seu testemunho de amor por todos, incluindo os inimigos.
RECORDEMOS NA FORMA BREVE:
“Naquele tempo, levantaram-se os anciãos do povo, os
príncipes dos sacerdotes e os escribas, levaram Jesus a Pilatos e começaram a
acusá-lo, dizendo: «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir
que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei». Pilatos
perguntou a Jesus: «Tu és o Rei dos judeus?». Jesus respondeu: «Tu o dizes».
Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nada de
culpável neste homem». Mas eles insistiam: «Amotina o povo, ensinando por toda
a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui». Ao ouvir isto, Pilatos
perguntou se o homem era galileu; e, ao saber que era da jurisdição de Herodes,
enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em Jerusalém. Ao ver Jesus,
Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que
ouvia dizer d’Ele, e esperava que fizesse algum milagre na sua presença.
Fez-Lhe muitas perguntas; mas Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e
os escribas que lá estavam acusavam-no com insistência. Herodes, com os seus
oficiais, tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico
e remeteu-O a Pilatos. Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram amigos
nesse dia. Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e
disse-lhes: «Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo.
Interroguei-O diante de vós e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O
acusais. Herodes também não, uma vez que no-lo mandou de novo. Como vedes, não
praticou nada que mereça a morte. Vou, portanto, soltá-lo, depois de O mandar
castigar». Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da
festa. E todos se puseram a gritar: «Mata Esse e solta-nos Barrabás». Barrabás
tinha sido metido na cadeia por causa de uma insurreição desencadeada na cidade
e por assassínio. De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar
Jesus. Mas eles gritavam: «Crucifica-O! Crucifica-O!». Pilatos falou-lhes pela
terceira vez: «Mas que mal fez este homem? Não encontrei n’Ele nenhum motivo de
morte. Por isso vou soltá-lo, depois de O mandar castigar». Mas eles
continuavam a gritar, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores
aumentavam de violência. Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam: soltou
aquele que tinha sido metido na cadeia por insurreição e assassínio, como eles
reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.
Quando O conduziam, lançaram mão de um certo Simão de
Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás
de Jesus. Seguia-O grande multidão de povo e mulheres que batiam no peito e se
lamentavam, chorando por Ele. Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes:
«Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos
vossos filhos. Pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres
que não geraram e os peitos que não amamentaram’. Começarão a dizer aos montes:
‘Caí sobre nós’; e às colinas: ‘Cobri-nos’. Porque se tratam assim a madeira
verde, que acontecerá à seca?». Levavam ainda dois malfeitores para serem
executados com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-no
a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: «Pai,
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». Depois deitaram sortes, para
repartirem entre si as vestes de Jesus. O povo permanecia ali a observar. Por
sua vez, os chefes zombavam e diziam: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo,
se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam d’Ele;
aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos judeus,
salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos
judeus».
Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido
crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e
a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus,
tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o
castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável». E
acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus
respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso». Era já
quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da
tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E
Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito
isto, expirou. Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo:
«Realmente este homem era justo». E toda a multidão que tinha assistido àquele
espetáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. Todos os
conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia,
mantinham-se à distância, observando estas coisas”.
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Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-04-2022.
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