PARÓQUIAS DE NISA
Domingo, 24 de abril de 2022
II domingo de Páscoa
LITURGIA
DOMINGO
II DA PÁSCOA ou da Divina Misericórdia
Branco – Ofício próprio. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, sequência facultativa, Credo, pf. pascal.
L1: At 5, 12-16; Sal 117 (118), 2-4. 22-24. 25-27a
L2: Ap 1, 9-11a. 12-13. 17-19
Ev: Jo 20, 19-31
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Missa
DOMINGO II DA PÁSCOA
ou da Divina Misericórdia
Antífona
de entrada 1Pd 2, 2
Como crianças recém-nascidas, desejai o leite espiritual,
que vos fará crescer e progredir no caminho da salvação. Aleluia.
Ou: 4Esd 2, 36-37
Exultai de alegria, cantai hinos de glória.
Dai graças a Deus, que vos chamou ao reino eterno. Aleluia.
Diz-se o Glória.
Oração
coleta
Deus de eterna misericórdia,
que reanimais a fé do vosso povo
na celebração anual das festas pascais,
aumentai em nós os dons da vossa graça,
para compreendermos melhor as riquezas inesgotáveis
do Batismo com que fomos purificados,
do Espírito em que fomos renovados
e do Sangue com que fomos redimidos.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.
LEITURA I Actos 5, 12-16
«Cada vez mais gente aderia ao Senhor pela fé,
uma multidão de homens e mulheres»
Leitura dos Actos dos Apóstolos
Pelas mãos dos Apóstolos realizavam-se muitos milagres e prodígios entre o
povo. Unidos pelos mesmos sentimentos, reuniam-se todos no Pórtico de Salomão;
nenhum dos outros se atrevia a juntar-se a eles, mas o povo enaltecia-os. Uma
multidão cada vez maior de homens e mulheres aderia ao Senhor pela fé, de tal
maneira que traziam os doentes para as ruas e colocavam-nos em enxergas e em
catres, para que, à passagem de Pedro, ao menos a sua sombra cobrisse alguns
deles. Das cidades vizinhas de Jerusalém, a multidão também acorria, trazendo
enfermos e atormentados por espíritos impuros e todos eram curados.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 117 (118), 2-4.22-24.25-27ª (R. 1)
Refrão: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia. Repete-se
Ou: Aclamai o Senhor, porque Ele é
bom:
o seu amor é para sempre. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Aarão:
é eterna a sua misericórdia.
Digam os que temem o Senhor:
é eterna a sua misericórdia. Refrão
A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão
Senhor, salvai os vossos servos,
Senhor, dai-nos a vitória.
Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos bendizemos.
O Senhor é Deus
e fez brilhar sobre nós a sua luz. Refrão
LEITURA II Ap 1, 9-11a.12-13.17-19
«Estive morto, mas eis-Me vivo pelos séculos dos séculos»
Leitura do Livro
do Apocalipse
Eu, João, vosso irmão e companheiro nas tribulações, na realeza e na
perseverança em Jesus, estava na ilha de Patmos, por causa da palavra de Deus e
do testemunho de Jesus. No dia do Senhor fui movido pelo Espírito e ouvi atrás
de mim uma voz forte, semelhante à da trombeta, que dizia: «Escreve num livro o
que vês e envia-o às sete Igrejas». Voltei-me para ver de quem era a voz que me
falava; ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro e, no meio dos candelabros,
alguém semelhante a um filho do homem, vestido com uma longa túnica e cingido
no peito com um cinto de ouro. Quando o vi, caí a seus pés como morto. Mas ele
poisou a mão direita sobre mim e disse-me: «Não temas. Eu sou o Primeiro e o
Último, o que vive. Estive morto, mas eis-Me vivo pelos séculos dos séculos e
tenho as chaves da morte e da morada dos mortos. Escreve, pois, as coisas que
viste, tanto as presentes como as que hão de acontecer depois destas».
Palavra do Senhor.
ALELUIA Jo 20, 29
Refrão: Aleluia. Repete-se
Disse o Senhor a Tomé:
«Porque Me viste, acreditaste;
felizes os que acreditam sem terem visto. Refrão
EVANGELHO Jo 20, 19-31
«Oito dias depois, veio Jesus...»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa
onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus,
apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto,
mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem
o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me
enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes:
«Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão
perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». Tomé, um dos
Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os
outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas
suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão
no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra
vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas,
apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a
Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no
meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e
meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que
acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos
seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram
escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que,
acreditando, tenhais a vida em seu nome.
Palavra da salvação.
Diz-se o Credo.
Oração
sobre as oblatas
Aceitai benignamente, Senhor,
as ofertas do vosso povo (e dos vossos novos filhos),
de modo que, renovados pela profissão da fé e pelo Batismo,
mereçamos alcançar a bem-aventurança eterna.
Por Cristo nosso Senhor.
Prefácio Pascal I: O mistério
pascal.
Antífona
da comunhão Cf. Jo 20, 27
Disse Jesus a Tomé:
Aproxima a tua mão e reconhece o lugar dos cravos.
Não sejas incrédulo, mas fiel. Aleluia.
Oração
depois da comunhão
Concedei, Deus todo-poderoso,
que a força do sacramento pascal que recebemos
permaneça sempre em nossas almas.
Por Cristo nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS:
AGENDA DO DIA:
09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em Arês
10.45 horas: Tolosa - Celebração da Palavra
11.00 horas: Missa em Nisa (com casamento)
12.00 horas: Missa em Alpalhão
12.00 horas: Missa em Gáfete
15.00 horas: Montalvão / São Silvestre - Festa
15.30 horas: Missa em Arneiro.
IGREJAS NO CONCELHO DE
NISA
Capela da Misericórdia de Arez |
A VOZ DO PASTOR
MORTO NO CALVÁRIO – EM AUSCHWITZ – NA UCRÂNIA – EM...
Um preso de Auschwitz, escreveu sobre um dos muitos e
terríveis enforcamentos a que assistiu nesse campo de concentração, de horror e
extermínio. Enforcamentos solenemente sádicos e horrorosos, cruéis e
intimidatórios. Naquele dia enforcaram três: dois adultos e um rapazito. Elie
Wiesel escreveu assim: “Os três condenados subiram juntos para as três
cadeiras. A cabeça, dos três, foi introduzida ao mesmo tempo dentro dos nós
corrediços. “Viva a liberdade”, gritaram os dois adultos. O pequeno, porém,
ficou calado. “Onde está Deus? Onde é que Ele está?”, perguntou alguém atrás de
mim. A um sinal do chefe do campo, as três cadeiras foram deitadas por terra.
Silêncio absoluto em todo o campo. O sol ia-se pondo no horizonte. Em seguida,
começou o desfile. Os dois adultos já não estavam vivos. Tinham a língua
pendente, inchada, azulada. A terceira corda, porém, continuava a mover-se;
como era tão leve, o miúdo continuava vivo…Manteve-se assim durante mais de
meia hora, debatendo-se entre a vida e a morte, agonizando lentamente sob o
nosso olhar. E nós tínhamos de olhá-lo bem no rosto. Ainda estava vivo, quando
passei à sua frente. Tinha a língua vermelha e os olhos ainda não se tinham
vidrado. Atrás de mim voltei a ouvir o mesmo homem, que perguntava: “Onde é que
Deus está, neste momento?” Então ouvi dentro de mim uma voz que lhe respondia:
“Onde está Deus? Ei-lo ali, pendurado naquela forca…”. (in “As sete últimas
palavras” de Timothy Radcliffe).
Os que se julgam donos e senhores de tudo e de todos
continuam a crucificar e a matar Jesus na cruz: “O que fizerdes aos outros é a
mim que o fazeis”, disse-nos Ele. E porquê que isso acontece?
Como recordávamos na Missa da Última Ceia, o Senhor
disse a Pedro, relutante em que Cristo lhe lavasse os pés: “Se eu não te lavar
os pés, não terás parte comigo”. Dois mil anos depois de Cristo acontece mesmo.
Ainda há quem, na sua importância, tenha preconceitos de autossuficiência e se
recuse a que Jesus lhe lave os pés. Isto é, rejeita deixar-se lavar e purificar
por Cristo, com a sua graça, com o seu perdão, com a sua misericórdia, com a
sua palavra, com o seu testemunho de amor por todos, incluindo os inimigos.
RECORDEMOS NA FORMA BREVE:
“Naquele tempo, levantaram-se os anciãos do povo, os
príncipes dos sacerdotes e os escribas, levaram Jesus a Pilatos e começaram a
acusá-lo, dizendo: «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir
que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei». Pilatos
perguntou a Jesus: «Tu és o Rei dos judeus?». Jesus respondeu: «Tu o dizes».
Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nada de
culpável neste homem». Mas eles insistiam: «Amotina o povo, ensinando por toda
a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui». Ao ouvir isto, Pilatos
perguntou se o homem era galileu; e, ao saber que era da jurisdição de Herodes,
enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em Jerusalém. Ao ver Jesus,
Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que
ouvia dizer d’Ele, e esperava que fizesse algum milagre na sua presença.
Fez-Lhe muitas perguntas; mas Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e
os escribas que lá estavam acusavam-no com insistência. Herodes, com os seus
oficiais, tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto
magnífico e remeteu-O a Pilatos. Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram
amigos nesse dia. Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o
povo, e disse-lhes: «Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo.
Interroguei-O diante de vós e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O
acusais. Herodes também não, uma vez que no-lo mandou de novo. Como vedes, não
praticou nada que mereça a morte. Vou, portanto, soltá-lo, depois de O mandar
castigar». Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da
festa. E todos se puseram a gritar: «Mata Esse e solta-nos Barrabás». Barrabás
tinha sido metido na cadeia por causa de uma insurreição desencadeada na cidade
e por assassínio. De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar
Jesus. Mas eles gritavam: «Crucifica-O! Crucifica-O!». Pilatos falou-lhes pela
terceira vez: «Mas que mal fez este homem? Não encontrei n’Ele nenhum motivo de
morte. Por isso vou soltá-lo, depois de O mandar castigar». Mas eles
continuavam a gritar, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores
aumentavam de violência. Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam: soltou
aquele que tinha sido metido na cadeia por insurreição e assassínio, como eles
reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.
Quando O conduziam, lançaram mão de um certo Simão de
Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás
de Jesus. Seguia-O grande multidão de povo e mulheres que batiam no peito e se
lamentavam, chorando por Ele. Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes:
«Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos
vossos filhos. Pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres
que não geraram e os peitos que não amamentaram’. Começarão a dizer aos montes:
‘Caí sobre nós’; e às colinas: ‘Cobri-nos’. Porque se tratam assim a madeira
verde, que acontecerá à seca?». Levavam ainda dois malfeitores para serem
executados com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário,
crucificaram-no a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus
dizia: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». Depois deitaram
sortes, para repartirem entre si as vestes de Jesus. O povo permanecia ali a
observar. Por sua vez, os chefes zombavam e diziam: «Salvou os outros: salve-Se
a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam
d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos
judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei
dos judeus».
Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido
crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e
a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus,
tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o
castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável». E
acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus
respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso». Era já
quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da
tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E
Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito
isto, expirou. Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo:
«Realmente este homem era justo». E toda a multidão que tinha assistido àquele
espetáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. Todos os
conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia,
mantinham-se à distância, observando estas coisas”.
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Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-04-2022.
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