quarta-feira, 20 de abril de 2022

 




PARÓQUIAS DE NISA

Quinta, 21 de abril de 2022

 

Quinta-feira de Páscoa

   

 

LITURGIA

 

 

QUINTA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA

Branco – Ofício próprio. Te Deum.
Missa própria, Glória, sequência facultativa, pf. pascal.

L1: At 3, 11-26; Sal 8, 2ab e 5. 6-7. 8-9
Ev: Lc 24, 35-48

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.

 MISSA

 Antífona de entrada Sb 10, 20-21
Os justos celebraram em coro a vossa mão protetora, Senhor,
porque a sabedoria abriu a boca dos mudos
e tornou eloquente a língua das crianças. Aleluia.

Diz-se o Glória.
Oração coleta
Senhor nosso Deus,
que reunistes os mais diversos povos na confissão do vosso nome,
concedei àqueles que renasceram pela água do Batismo
a graça de viverem unidos na fé e na caridade.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos.


LEITURA I Atos 3, 11-26
«Matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos»


Leitura dos Atos dos Apóstolos

Naqueles dias, o coxo de nascença que tinha sido curado não largava Pedro e João e todo o povo, cheio de assombro, acorreu para junto deles, ao pórtico de Salomão. Ao ver isto, Pedro falou ao povo, dizendo: «Homens de Israel, porque vos admirais com isto? Porque fitais os olhos em nós, como se fosse pelo nosso próprio poder ou piedade que fizemos andar este homem? O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, o Deus de nossos pais, glorificou o seu Servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a soltá-l’O. Negastes o Santo e o Justo e pedistes a libertação dum assassino; matastes o autor da vida, mas Deus ressuscitou-O dos mortos, e nós somos testemunhas disso. Foi pela fé no seu nome que este homem que vedes e conheceis recuperou as forças; foi a fé que vem de Jesus que o curou completamente, na presença de todos vós. Agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes. Foi assim que Deus cumpriu o que de antemão tinha anunciado pela boca de todos os Profetas: que o seu Messias havia de padecer. Portanto, arrependei-vos e convertei-vos, para que os vossos pecados sejam perdoados. Assim o Senhor fará que venham os tempos de conforto e vos enviará o Messias Jesus, que de antemão vos foi destinado. Ele terá de ficar no Céu até à restauração universal, que Deus anunciou, desde os tempos antigos, pela boca dos seus santos profetas. Moisés disse: ‘O Senhor Deus fará que se levante para vós, do meio dos vossos irmãos, um profeta como eu. Escutá-lo-eis em tudo quanto vos disser. Quem não escutar esse profeta será exterminado do meio do povo’. E todos os profetas que falaram, desde Samuel e seus sucessores, anunciaram também estes dias. Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus firmou com vossos pais, quando disse a Abraão: ‘Na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra’. Foi para vós, em primeiro lugar, que Deus fez aparecer o seu Servo e O enviou para vos abençoar, afastando cada um de vós das suas iniquidades».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 8, 4-9 (R. 2a)
Refrão: Como sois grande em toda a terra,
Senhor, nosso Deus! Repete-se

Senhor, nosso Deus,
como é admirável o vosso nome em toda a terra!
Que é o homem para que Vos lembreis dele,
o filho do homem para dele Vos ocupardes? Refrão

Fizestes dele quase um ser divino,
de honra e glória o coroastes;
destes-lhe poder sobre a obra das vossas mãos,
tudo submetestes a seus pés: Refrão

Ovelhas e bois, todos os rebanhos,
e até os animais selvagens,
as aves do céu e os peixes do mar,
tudo o que se move nos oceanos. Refrão

ALELUIA Salmo 117 (118), 24
Refrão: Aleluia. Repete-se
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria. Refrão

EVANGELHO Lc 24, 35-48
«Assim está escrito que o Messias havia de sofrer
e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?» Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas».

Palavra da salvação.


Oração sobre as oblatas
Recebei com bondade, Senhor,
as ofertas que Vos apresentamos em ação de graças
por aqueles que renasceram no Batismo
e concedei à Igreja o auxílio da vossa proteção.
Por Cristo nosso Senhor.

Prefácio Pascal I: O mistério pascal
No Cânone romano dizem-se o Em comunhão com toda a Igreja e o Aceitai benignamente, Senhor próprios. Nas Orações eucarísticas II e III fazem-se também as comemorações próprias.

Antífona da comunhão Cf. 1Pd 2, 9
Povo resgatado, proclamai as maravilhas do Senhor,
que vos chamou das trevas para a sua luz admirável.
Aleluia.

Oração depois da comunhão
Ouvi, Senhor, as nossas preces
e fazei que estes santos mistérios da nossa redenção
nos auxiliem na vida presente
e nos alcancem as alegrias eternas.
Por Cristo nosso Senhor.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS:  Atos 3, 11-26: Continua a ouvir-se o grande anúncio: “Cristo foi morto pelos homens, mas Deus ressuscitou-O dos mortos”. É esta afirmação que constitui o objecto da primeira evangelização cristã. Sem a aceitação desta evangelização inicial, não é possível aprofundar o mistério que ela encerra. Esse aprofundamento será depois, num segundo tempo, fruto da catequese posterior. Todo este mistério, o Antigo Testamento o profetiza e o Novo o vê realizado. É ele o objeto da fé da Igreja.

Lc 24, 35-48: Tal como a primeira leitura, também esta insiste na unidade dos dois Testamentos, ambos testemunhas da mesma história da salvação. Para a primitiva comunidade cristã, vinda do povo judeu, esta descoberta era fundamental: o que antes de Cristo fora anunciado tinha agora n’Ele pleno cumprimento. O Novo Testamento, o tempo da plenitude, continua a ser agora testemunha desta Boa Nova entre os povos.

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

17.20 horas: Adoração ao Santíssimo

18.00 horas: Missa em Nisa

 

 

IGREJAS NO CONCELHO DE NISA

 

 

Igreja paroquial de Arez


 


A VOZ DO PASTOR

 

 

 

MORTO NO CALVÁRIO – EM AUSCHWITZ – NA UCRÂNIA – EM...

 

Um preso de Auschwitz, escreveu sobre um dos muitos e terríveis enforcamentos a que assistiu nesse campo de concentração, de horror e extermínio. Enforcamentos solenemente sádicos e horrorosos, cruéis e intimidatórios. Naquele dia enforcaram três: dois adultos e um rapazito. Elie Wiesel escreveu assim: “Os três condenados subiram juntos para as três cadeiras. A cabeça, dos três, foi introduzida ao mesmo tempo dentro dos nós corrediços. “Viva a liberdade”, gritaram os dois adultos. O pequeno, porém, ficou calado. “Onde está Deus? Onde é que Ele está?”, perguntou alguém atrás de mim. A um sinal do chefe do campo, as três cadeiras foram deitadas por terra. Silêncio absoluto em todo o campo. O sol ia-se pondo no horizonte. Em seguida, começou o desfile. Os dois adultos já não estavam vivos. Tinham a língua pendente, inchada, azulada. A terceira corda, porém, continuava a mover-se; como era tão leve, o miúdo continuava vivo…Manteve-se assim durante mais de meia hora, debatendo-se entre a vida e a morte, agonizando lentamente sob o nosso olhar. E nós tínhamos de olhá-lo bem no rosto. Ainda estava vivo, quando passei à sua frente. Tinha a língua vermelha e os olhos ainda não se tinham vidrado. Atrás de mim voltei a ouvir o mesmo homem, que perguntava: “Onde é que Deus está, neste momento?” Então ouvi dentro de mim uma voz que lhe respondia: “Onde está Deus? Ei-lo ali, pendurado naquela forca…”. (in “As sete últimas palavras” de Timothy Radcliffe).

Os que se julgam donos e senhores de tudo e de todos continuam a crucificar e a matar Jesus na cruz: “O que fizerdes aos outros é a mim que o fazeis”, disse-nos Ele. E porquê que isso acontece?

Como recordávamos na Missa da Última Ceia, o Senhor disse a Pedro, relutante em que Cristo lhe lavasse os pés: “Se eu não te lavar os pés, não terás parte comigo”. Dois mil anos depois de Cristo acontece mesmo. Ainda há quem, na sua importância, tenha preconceitos de autossuficiência e se recuse a que Jesus lhe lave os pés. Isto é, rejeita deixar-se lavar e purificar por Cristo, com a sua graça, com o seu perdão, com a sua misericórdia, com a sua palavra, com o seu testemunho de amor por todos, incluindo os inimigos.

 

RECORDEMOS NA FORMA BREVE:

 

“Naquele tempo, levantaram-se os anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas, levaram Jesus a Pilatos e começaram a acusá-lo, dizendo: «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei». Pilatos perguntou a Jesus: «Tu és o Rei dos judeus?». Jesus respondeu: «Tu o dizes». Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nada de culpável neste homem». Mas eles insistiam: «Amotina o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui». Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu; e, ao saber que era da jurisdição de Herodes, enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em Jerusalém. Ao ver Jesus, Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que ouvia dizer d’Ele, e esperava que fizesse algum milagre na sua presença. Fez-Lhe muitas perguntas; mas Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e os escribas que lá estavam acusavam-no com insistência. Herodes, com os seus oficiais, tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico e remeteu-O a Pilatos. Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram amigos nesse dia. Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e disse-lhes: «Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo. Interroguei-O diante de vós e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O acusais. Herodes também não, uma vez que no-lo mandou de novo. Como vedes, não praticou nada que mereça a morte. Vou, portanto, soltá-lo, depois de O mandar castigar». Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da festa. E todos se puseram a gritar: «Mata Esse e solta-nos Barrabás». Barrabás tinha sido metido na cadeia por causa de uma insurreição desencadeada na cidade e por assassínio. De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar Jesus. Mas eles gritavam: «Crucifica-O! Crucifica-O!». Pilatos falou-lhes pela terceira vez: «Mas que mal fez este homem? Não encontrei n’Ele nenhum motivo de morte. Por isso vou soltá-lo, depois de O mandar castigar». Mas eles continuavam a gritar, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores aumentavam de violência. Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam: soltou aquele que tinha sido metido na cadeia por insurreição e assassínio, como eles reclamavam, e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.

Quando O conduziam, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás de Jesus. Seguia-O grande multidão de povo e mulheres que batiam no peito e se lamentavam, chorando por Ele. Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: «Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos. Pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram’. Começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós’; e às colinas: ‘Cobri-nos’. Porque se tratam assim a madeira verde, que acontecerá à seca?». Levavam ainda dois malfeitores para serem executados com Jesus. Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram-no a Ele e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. Jesus dizia: «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem». Depois deitaram sortes, para repartirem entre si as vestes de Jesus. O povo permanecia ali a observar. Por sua vez, os chefes zombavam e diziam: «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito». Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam: «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo». Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos judeus».

Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo: «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também». Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo das nossas más ações. Mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza». Jesus respondeu-lhe: «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso». Era já quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da tarde, porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E Jesus exclamou com voz forte: «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». Dito isto, expirou. Vendo o que sucedera, o centurião deu glória a Deus, dizendo: «Realmente este homem era justo». E toda a multidão que tinha assistido àquele espetáculo, ao ver o que se passava, regressava batendo no peito. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que O acompanhavam desde a Galileia, mantinham-se à distância, observando estas coisas”.

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Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 15-04-2022.

 

 

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