PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 16 de abril de 2021
Sexta-feira da II semana depois da Páscoa
LITURGIA
Sexta-feira da semana II
Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 At 5, 34-42; Sal 26 (27), 1. 4. 13-14
Ev Jo 6, 1-15
* 94.º aniversário natalício de Bento XVI, Papa emérito (1927).
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Chagas Gloriosas de Nosso Senhor
Jesus Cristo – MO
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA
Ap 5, 9-10
Vós nos resgatastes, Senhor, com o vosso Sangue,
de todas as tribos, línguas, povos e nações,
e fizestes de nós, para Deus, um reino de sacerdotes. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que, para nos libertar do poder do inimigo, quisestes que o
vosso Filho sofresse por nós o suplício da cruz, concedei aos vossos servos a
graça da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 5, 34-42
«Saíram cheios de alegria,
por terem merecido serem ultrajados por causa do nome de Jesus»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, levantou-se um homem no Sinédrio, um fariseu chamado Gamaliel,
doutor da Lei venerado por todo o povo, e mandou sair os Apóstolos por uns
momentos. Depois disse: «Israelitas, tende cuidado com o que ides fazer a estes
homens. Há tempos, apareceu Teudas, que dizia ser alguém, e seguiram-no cerca
de quatrocentos homens. Ele foi liquidado e todos os seus partidários foram
destroçados e reduzidos a nada. Depois dele, nos dias do recenseamento,
apareceu Judas, o Galileu, que arrastou o povo atrás de si. Também ele pereceu
e todos os seus partidários foram dispersos. Agora vou dar-vos um conselho: Não
vos metais com estes homens: deixai-os. Porque se esta iniciativa, ou esta
obra, vem dos homens, acabará por si mesma. Mas se vem de Deus, não podereis
destuí-la e correis o risco de lutar contra Deus». Eles aceitaram o seu
conselho. Chamaram de novo os Apóstolos à sua presença e, depois de os terem
mandado açoitar, proibiram-nos falar no nome de Jesus e soltaram-nos. Os
Apóstolos saíram da presença do Sinédrio cheios de alegria, por terem merecido
serem ultrajados por causa do nome de Jesus. E todos os dias, no templo e nas
casas, não cessavam de ensinar e anunciar a boa nova de que Jesus era o
Messias.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Sal. 26 (27), 1.4.13-14 (R. cf. 4ab ou
Aleluia)
Refrão: Uma só coisa peço ao Senhor:
habitar na sua morada. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
O Senhor é minha luz e salvação:
a quem hei de temer?
O Senhor é a defesa da minha vida:
de quem hei de ter medo? Refrão
Uma coisa peço ao Senhor, por ela anseio:
habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida,
para gozar da suavidade do Senhor
e visitar o seu santuário. Refrão
Espero vir a contemplar a bondade do Senhor
na terra dos vivos.
Confia no Senhor, sê forte.
Tem confiança e confia no Senhor. Refrão
ALELUIA Mt 4, 4b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão
EVANGELHO Jo 6, 1-15
«Distribuiu-os e comeram quanto quiseram»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, Jesus partiu para o outro lado do mar da Galileia, também
chamado de Tiberíades. Seguia-O numerosa multidão, por ver os milagres que Ele
realizava nos doentes. Jesus subiu a um monte e sentou-Se aí com os seus
discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Erguendo os olhos e
vendo que uma grande multidão vinha ao seu encontro, Jesus disse a Filipe:
«Onde havemos de comprar pão para lhes dar de comer?» Dizia isto para o
experimentar, pois Ele bem sabia o que ia fazer. Respondeu-Lhe Filipe:
«Duzentos denários de pão não chegam para dar um bocadinho a cada um».
Disse-Lhe um dos discípulos, André, irmão de Simão Pedro: «Está aqui um
rapazito que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas que é isso para tanta
gente?» Jesus respondeu: «Mandai-os sentar». Havia muita erva naquele lugar e
os homens sentaram-se em número de uns cinco mil. Então, Jesus tomou os pães,
deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, fazendo o mesmo com os
peixes; e comeram quanto quiseram. Quando ficaram saciados, Jesus disse aos
discípulos: «Recolhei os bocados que sobraram, para que nada se perca».
Recolheram-nos e encheram doze cestos com os bocados dos cinco pães de cevada
que sobraram aos que tinham comido. Quando viram o milagre que Jesus fizera,
aqueles homens começaram a dizer: «Este é, na verdade, o Profeta que estava
para vir ao mundo». Mas Jesus, sabendo que viriam buscá-l’O para O fazerem rei,
retirou-Se novamente, sozinho, para o monte.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Acolhei benignamente, Senhor, os dons da vossa família e concedei-lhe o auxílio
da vossa proteção, para que não perca as graças recebidas e alcance os bens
eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Rom 4, 25
Cristo foi entregue à morte pelos nossos pecados
e ressuscitou para nossa justificação. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Guardai sempre, Senhor, com paternal bondade o povo que salvastes, para que se
alegrem com a ressurreição do vosso Filho aqueles que foram remidos pela sua
paixão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 5, 34-42: Estão
aqui, em presença um do outro, o testemunho de um homem sincero e clarividente,
ainda não cristão, mas atento à palavra de Deus, e o dos outros membros do
tribunal judaico, sempre receosos das interferências na sua maneira de pensar
da doutrina de Jesus. Entretanto, os Apóstolos sentem-se felizes por poderem
participar na Paixão do Senhor, que morreu, mas ressuscitou e está vivo para
sempre.
Jo
6, 1-15: A multiplicação dos pães situa-se próximo da Páscoa.
Hoje lemos o facto; nos dias seguintes ouviremos o comentário, a catequese que
o próprio Senhor Jesus fará a partir deste facto. Mas a multiplicação dos pães
e dos peixes é já apresentada nos termos da celebração eucarística. Depois da
catequese sobre o Batismo, na fala com Nicodemos, depois da referência
constante ao Espírito Santo, começamos hoje a catequese sobre a Eucaristia.
Estamos no ambiente da catequese sobre a iniciação cristã celebrada na Vigília
pascal.
AGENDA DO DIA
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
A VOZ DO PASTOR:
QUANDO UM PAI VIVE A SUA BELA MISSÃO!...
Em nome da igualdade e inclusão – dizem, e lá terão as
‘suas’ razões! - , a universidade de Manchester incluiu um novo guião no livro
de estilo da instituição. Por lá consta também banir certas palavras, como, por
exemplo, pai/mãe, mulher/homem, mulher/marido... Já que a natureza nos supera e
deve ser respeitada, acho preferível apostar na educação para que as pessoas se
respeitem e amem na sua dignidade de pessoas e funções, todas iguais mas todas
diferentes. Inclusive no respeito pelos tão habituais e queridos termos de pai
e mãe, marido e esposa, mulher e homem.
Na viragem do milénio, São João Paulo II afirmava que
a Igreja do terceiro milénio deve estimular “todos os batizados e crismados a
tomarem consciência da sua própria e ativa responsabilidade na vida eclesial”
(NMI46). Ora, se a família é o primeiro espaço a fomentar a cultura do diálogo
e da corresponsabilidade, da intervenção e participação, da solidariedade,
gratidão e atenção mútua, também é o primeiro espaço de evangelização e
crescimento na fé, em metodologia apropriada. Este ministério do pai e da mãe,
original e insubstituível, assume as conotações típicas da vida familiar
entrelaçada com o amor, a simplicidade, o sentido do concreto e o testemunho do
quotidiano. “Só o facto de determinadas verdades sobre os principais problemas
da fé e da vida cristã serem retomadas num quadro familiar, impregnado de amor
e de respeito, fará muitas vezes que elas marquem as crianças de maneira
decisiva para toda a vida. E os próprios pais beneficiarão do esforço que isso
lhes impõe, porque nesse diálogo catequético cada um recebe e dá alguma coisa”
(CT68). Além disso, este ministério dos pais, se precede toda e qualquer outra
forma de catequese, deve acompanhar a vida dos filhos nos anos da adolescência
e da juventude, mesmo quando estes contestam ou mesmo rejeitam a fé cristã
recebida nos primeiros anos de vida. Como na Igreja – e este serviço dos pais é
essencialmente um serviço eclesial – como na Igreja, a obra de evangelização
nunca está separada de sofrimento. Por isso, “os pais devem encarar com coragem
e com grande serenidade de ânimo as dificuldades que o seu ministério de
evangelização algumas vezes encontra nos próprios filhos” (cf. FC53). Os filhos
são sempre uma bênção de Deus para os pais e para a sociedade em geral, com
todos os seus talentos e capacidade de intervenção e promoção social na
diversidade dos sectores de ação.
Nestas próximas semanas, dentro do Ano Família Amoris
laetitia e Ano de São José, apontarei como, nos Evangelhos, nos aparece Cristo
a escutar a oração de pais e mães pelos seus filhos, de irmãos pelos irmãos, de
amigos pelos amigos, de patrões pelos seus servos, de pessoas a orar por si
próprias, às vezes em grupo.
Hoje, referimo-nos apenas ao pai de família, e apenas
nesta dimensão da formação em família. A Igreja lembra-nos que a oração
familiar tem as suas caraterísticas. Ela exprime comunhão, uma comunhão que é
fruto e exigência daquela comunhão dada pelos sacramentos do batismo e
matrimónio. E Cristo prometeu que, quando dois ou três se reunissem em seu nome
para pedir ao Pai alguma coisa, Ele estaria no meio deles e o Pai lho
concederia (Mt 18,19...). Mas a oração em comunhão, comunitária, não evita a
oração individual, antes pelo contrário, uma completa e reclama a outra. O pai
deve ser um pai presente, próximo à esposa e aos filhos, partilhando as
alegrias e as tristezas, os êxitos e os fracassos, os projetos e as esperanças.
Como refere o Papa francisco, a proximidade dos pais aos filhos manifesta-se
“quando brincam e quando se empenham, quando estão despreocupados e quando
estão angustiados, quando se exprimem e quando ficam em silêncio, quando ousam
e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando reencontram o caminho;
pai presente, sempre. Dizer presente não é o mesmo que dizer controlador!
Porque os pais muito controladores anulam os filhos, não os deixam crescer”
(cat.2015). E apresentando São José como estímulo, acrescenta: “se há alguém
que pode explicar até o fundo a oração do “Pai nosso”, ensinada por Jesus, este
é justamente quem vive em primeira pessoa a paternidade. Sem a graça que vem do
Pai que está nos céus, os pais perdem a coragem e abandonam o campo. Mas os
filhos precisam encontrar um pai que os espera quando retornam dos seus
insucessos. Farão de tudo para não admitir isso, para não deixarem ver, mas
precisam; e não encontrar isso abre feridas difíceis de curar. A Igreja, nossa
mãe, é empenhada em apoiar com todas as suas forças a presença boa e generosa
dos pais nas famílias, porque esses são para as novas gerações protetores e
mediadores insubstituíveis da fé na bondade, da fé na justiça e na proteção de
Deus, como São José”.
Paulo VI, depois de se dirigir às mães, afirmava: “E vós, pais, sabeis
rezar com os vossos filhos, com toda a comunidade doméstica, pelo menos algumas
vezes? O vosso exemplo, na retidão do pensamento e da ação, acompanhada com
algumas orações comuns, tem o valor de uma lição de vida, tem o valor de um ato
de culto de mérito particular; levais assim a paz às paredes domésticas” (11/8/1976).
No Evangelho, aparece-nos Jairo, um dos principais
chefes da sinagoga, que se aproxima de Jesus a pedir-lhe a cura de sua filha de
doze anos que estava a morrer. Entretanto, vieram dizer ao chefe da sinagoga
que a sua filha já morrera, que não valia a pena incomodar o Mestre. Atendendo
à fé de Jairo, Jesus acompanhou-o a casa, onde, perante o alvoroço e os que
choravam a morte da menina, Jesus tomou-a pela mão e ela levantou-se e pôs-se a
andar, com grande espanto dos presentes (cf. Mc 5,22–24, 35–43). Jesus atendeu
a oração deste pai!
Noutra ocasião, um homem, funcionário do governo, cujo
filho estava doente em Cafarnaum, ouvir dizer que Jesus estava próximo. Foi ao
seu encontro pedir-lhe que o acompanhasse e lhe curasse o filho que estava às portas
da morte, e insistia: “Senhor, vem já, antes que o meu filho morra!”. Jesus
disse-lhe que voltasse para casa porque o seu filho ia sobreviver. O homem,
crendo em Jesus, voltou para casa e o seu filho ficou curado (Jo 4, 43-54).
Jesus atendeu a oração deste pai! Um outro pai, abeirou-se de Jesus e pediu-lhe
que curasse o seu filho, pois era epilético e tinha ataques tão fortes que
muitas vezes caía no fogo e na água. Jesus mandou que lho trouxessem e ficou
curado (Mt 17, 14-20). Jesus atendeu a oração deste pai!
Se os filhos são uma bênção de Deus, que cada pai não
deixe de agradecer e rezar pelos seus filhos e de os abençoar mesmo com aquela
bênção tão frequente na Bíblia: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça
brilhar sobre ti a sua face e te favoreça. O Senhor volte para ti a sua face e
te dê a paz” (Nm 6, 24-26).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 09-04-2021.
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