PARÓQUIAS DE NISA
Quarta, 14 de abril de 2021
Quarta-feira da II semana depois da Páscoa
LITURGIA
Quarta-feira
da semana II
Branco – Ofício da féria.
Missa da féria, pf. pascal.
L 1 At 5, 17-26; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9
Ev Jo 3, 16-21
* Na Diocese do Porto – Aniversário da
tomada de posse de D. Manuel da Silva Rodrigues Linda.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA
Salmo 17, 50; 21, 23
Eu Vos louvarei, Senhor, entre os povos
e anunciarei o vosso nome aos meus irmãos. Aleluia.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pelo mistério pascal de Cristo restaurastes a dignidade da natureza
humana e lhe destes a nova esperança da ressurreição, fazei-nos viver em amor
constante o mistério que anualmente celebramos na fé. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Atos 5, 17-26
«Os homens que metestes na prisão estão no templo a ensinar o povo»
Leitura dos Atos
dos Apóstolos
Naqueles dias, o sumo sacerdote e todo o seu grupo, isto é, o partido dos
saduceus, enfurecidos contra os Apóstolos, mandaram-nos prender e meteram-nos
na cadeia pública. Mas, durante a noite, o Anjo do Senhor abriu as portas da
prisão, levou-os para fora e disse-lhes: «Ide apresentar-vos no templo, a
anunciar ao povo todas estas palavras de vida». Tendo ouvido isto, eles
entraram no templo de madrugada e começaram a ensinar. Entretanto, chegou o
sumo sacerdote com o seu grupo. Convocaram o Sinédrio e todo o Senado dos
israelitas e mandaram buscar os Apóstolos à cadeia. Os guardas foram lá, mas
não os encontraram na prisão; e voltaram para avisar: «Encontrámos a cadeia
fechada com toda a segurança e os guardas de sentinela à porta. Abrimo-la, mas
não encontrámos ninguém lá dentro». Ao ouvirem estas palavras, o comandante do
templo e os príncipes dos sacerdotes ficaram muito perplexos, perguntando entre
si o que se tinha passado com os presos. Entretanto, veio alguém
comunicar-lhes: «Os homens que metestes na cadeia estão no templo a ensinar o
povo». Então o comandante do templo foi lá com os guardas e trouxe os
Apóstolos, mas sem violência, porque tinham receio de serem apedrejados pelo
povo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Sal. 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9
(R. cf. 7a ou Aleluia)
Refrão: O pobre clamou e o Senhor ouviu a sua voz. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes. Refrão
Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade. Refrão
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias. Refrão
O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia. Refrão
ALELUIA Jo 3, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho
Unigénito;
quem acredita n’Ele tem a vida eterna. Refrão
EVANGELHO Jo 3, 16-21
«Deus enviou o seu Filho, para que o mundo seja salvo por Ele»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Deus amou tanto o mundo que entregou o
seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas
tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o
mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é
condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no
nome do Filho Unigénito de Deus. E a causa da condenação é esta: a luz veio ao
mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas
obras. Todo aquele que pratica más ações odeia a luz e não se aproxima dela,
para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade
aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em
Deus».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, que pela admirável permuta de dons neste sacrifício nos
fazeis participar na comunhão convosco, único e sumo bem, concedei-nos que,
conhecendo a vossa verdade, dêmos testemunho dela na prática das boas obras.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
Prefácio pascal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 15, 16.19
Eu vos escolhi do mundo e vos destinei, diz o Senhor,
para que deis fruto e o vosso fruto permaneça. Aleluia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Protegei, Senhor, o vosso povo que saciastes nestes divinos mistérios e
fazei-nos passar da antiga condição do pecado à vida nova da graça. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Atos 5, 17-26: A
palavra de Deus ilumina e salva os que a acolhem com fé e lhe correspondem,
como endurece e cega os que se obstinam em se lhe fecharem. Enquanto, aos
primeiros, os encanta, aos segundos, irrita-os, e eles acabam por serem por ela
preteridos. Mas a palavra de Deus não pode ser julgada; é ela que julga. Foi
assim que os Apóstolos, depois de terem sido presos, acabaram por ser
libertados e vieram a ser encontrados a anunciar, de novo, essa mesma palavra,
pela qual tinham estado prisioneiros.
Jo
3, 16-21: Cristo é o grande dom de Deus aos homens, é a fonte
da salvação. É a luz que ilumina mais fortemente que todas as demais luzes. Ao
lado d’Ele, todas as outras luzes não passam de trevas. Quem d’Ele se aproximar
praticará obras de bem e não terá nenhum receio de ser visto pelos homens; ao
contrário, o que d’Ele se afastar tem receio de que os homens o vejam, porque
as suas obras o hão de envergonhar.
AGENDA DO DIA
17.00 horas: Missa em
Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em
Nisa.
A VOZ DO PASTOR:
QUANDO UM PAI VIVE A SUA BELA MISSÃO!...
Em nome da igualdade e inclusão – dizem, e lá terão as
‘suas’ razões! - , a universidade de Manchester incluiu um novo guião no livro
de estilo da instituição. Por lá consta também banir certas palavras, como, por
exemplo, pai/mãe, mulher/homem, mulher/marido... Já que a natureza nos supera e
deve ser respeitada, acho preferível apostar na educação para que as pessoas se
respeitem e amem na sua dignidade de pessoas e funções, todas iguais mas todas
diferentes. Inclusive no respeito pelos tão habituais e queridos termos de pai
e mãe, marido e esposa, mulher e homem.
Na viragem do milénio, São João Paulo II afirmava que
a Igreja do terceiro milénio deve estimular “todos os batizados e crismados a
tomarem consciência da sua própria e ativa responsabilidade na vida eclesial”
(NMI46). Ora, se a família é o primeiro espaço a fomentar a cultura do diálogo
e da corresponsabilidade, da intervenção e participação, da solidariedade,
gratidão e atenção mútua, também é o primeiro espaço de evangelização e
crescimento na fé, em metodologia apropriada. Este ministério do pai e da mãe,
original e insubstituível, assume as conotações típicas da vida familiar
entrelaçada com o amor, a simplicidade, o sentido do concreto e o testemunho do
quotidiano. “Só o facto de determinadas verdades sobre os principais problemas
da fé e da vida cristã serem retomadas num quadro familiar, impregnado de amor
e de respeito, fará muitas vezes que elas marquem as crianças de maneira
decisiva para toda a vida. E os próprios pais beneficiarão do esforço que isso
lhes impõe, porque nesse diálogo catequético cada um recebe e dá alguma coisa”
(CT68). Além disso, este ministério dos pais, se precede toda e qualquer outra
forma de catequese, deve acompanhar a vida dos filhos nos anos da adolescência
e da juventude, mesmo quando estes contestam ou mesmo rejeitam a fé cristã
recebida nos primeiros anos de vida. Como na Igreja – e este serviço dos pais é
essencialmente um serviço eclesial – como na Igreja, a obra de evangelização
nunca está separada de sofrimento. Por isso, “os pais devem encarar com coragem
e com grande serenidade de ânimo as dificuldades que o seu ministério de
evangelização algumas vezes encontra nos próprios filhos” (cf. FC53). Os filhos
são sempre uma bênção de Deus para os pais e para a sociedade em geral, com
todos os seus talentos e capacidade de intervenção e promoção social na
diversidade dos sectores de ação.
Nestas próximas semanas, dentro do Ano Família Amoris
laetitia e Ano de São José, apontarei como, nos Evangelhos, nos aparece Cristo
a escutar a oração de pais e mães pelos seus filhos, de irmãos pelos irmãos, de
amigos pelos amigos, de patrões pelos seus servos, de pessoas a orar por si
próprias, às vezes em grupo.
Hoje, referimo-nos apenas ao pai de família, e apenas
nesta dimensão da formação em família. A Igreja lembra-nos que a oração
familiar tem as suas caraterísticas. Ela exprime comunhão, uma comunhão que é
fruto e exigência daquela comunhão dada pelos sacramentos do batismo e
matrimónio. E Cristo prometeu que, quando dois ou três se reunissem em seu nome
para pedir ao Pai alguma coisa, Ele estaria no meio deles e o Pai lho
concederia (Mt 18,19...). Mas a oração em comunhão, comunitária, não evita a
oração individual, antes pelo contrário, uma completa e reclama a outra. O pai
deve ser um pai presente, próximo à esposa e aos filhos, partilhando as
alegrias e as tristezas, os êxitos e os fracassos, os projetos e as esperanças.
Como refere o Papa francisco, a proximidade dos pais aos filhos manifesta-se
“quando brincam e quando se empenham, quando estão despreocupados e quando estão
angustiados, quando se exprimem e quando ficam em silêncio, quando ousam e
quando têm medo, quando dão um passo errado e quando reencontram o caminho; pai
presente, sempre. Dizer presente não é o mesmo que dizer controlador! Porque os
pais muito controladores anulam os filhos, não os deixam crescer” (cat.2015). E
apresentando São José como estímulo, acrescenta: “se há alguém que pode
explicar até o fundo a oração do “Pai nosso”, ensinada por Jesus, este é
justamente quem vive em primeira pessoa a paternidade. Sem a graça que vem do
Pai que está nos céus, os pais perdem a coragem e abandonam o campo. Mas os
filhos precisam encontrar um pai que os espera quando retornam dos seus
insucessos. Farão de tudo para não admitir isso, para não deixarem ver, mas precisam;
e não encontrar isso abre feridas difíceis de curar. A Igreja, nossa mãe, é
empenhada em apoiar com todas as suas forças a presença boa e generosa dos pais
nas famílias, porque esses são para as novas gerações protetores e mediadores
insubstituíveis da fé na bondade, da fé na justiça e na proteção de Deus, como
São José”.
Paulo VI, depois de se dirigir às mães, afirmava: “E vós, pais, sabeis
rezar com os vossos filhos, com toda a comunidade doméstica, pelo menos algumas
vezes? O vosso exemplo, na retidão do pensamento e da ação, acompanhada com
algumas orações comuns, tem o valor de uma lição de vida, tem o valor de um ato
de culto de mérito particular; levais assim a paz às paredes domésticas”
(11/8/1976).
No Evangelho, aparece-nos Jairo, um dos principais
chefes da sinagoga, que se aproxima de Jesus a pedir-lhe a cura de sua filha de
doze anos que estava a morrer. Entretanto, vieram dizer ao chefe da sinagoga
que a sua filha já morrera, que não valia a pena incomodar o Mestre. Atendendo
à fé de Jairo, Jesus acompanhou-o a casa, onde, perante o alvoroço e os que
choravam a morte da menina, Jesus tomou-a pela mão e ela levantou-se e pôs-se a
andar, com grande espanto dos presentes (cf. Mc 5,22–24, 35–43). Jesus atendeu
a oração deste pai!
Noutra ocasião, um homem, funcionário do governo, cujo
filho estava doente em Cafarnaum, ouvir dizer que Jesus estava próximo. Foi ao
seu encontro pedir-lhe que o acompanhasse e lhe curasse o filho que estava às
portas da morte, e insistia: “Senhor, vem já, antes que o meu filho morra!”.
Jesus disse-lhe que voltasse para casa porque o seu filho ia sobreviver. O
homem, crendo em Jesus, voltou para casa e o seu filho ficou curado (Jo 4,
43-54). Jesus atendeu a oração deste pai! Um outro pai, abeirou-se de Jesus e
pediu-lhe que curasse o seu filho, pois era epilético e tinha ataques tão
fortes que muitas vezes caía no fogo e na água. Jesus mandou que lho trouxessem
e ficou curado (Mt 17, 14-20). Jesus atendeu a oração deste pai!
Se os filhos são uma bênção de Deus, que cada pai não
deixe de agradecer e rezar pelos seus filhos e de os abençoar mesmo com aquela
bênção tão frequente na Bíblia: “O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça
brilhar sobre ti a sua face e te favoreça. O Senhor volte para ti a sua face e
te dê a paz” (Nm 6, 24-26).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 09-04-2021.
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